OS NOSSOS MAIS NOBRES E ELEGANTES PULHAS!
Era
bom que todos lessem inclusive os afilhados, os compadres, os
protegidos de todos os “empoleirados”.... Gostei de ler estas
verdades..... e a nós é que cortam!!!!!!!
A pensão do sobrevivente Constâncio
(com algumas notas além do teor do artigo dop A.)
Publicado no JN de hoje
.
O
Zé António Saraiva passou a ter Constâncio na conta de pessoa de
caracter duvidoso mal soube que ele andava a espalhar por todos os
cantos da Lisboa política que os ataques que lhe faziam no "Expresso"
eram tão-só uma pérfida vingança do seu director por ele o ter derrotado
em partidas de ténis e de xadrez, disputadas quando ambos se
encontraram nas férias.
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Não
conheço Vítor Constâncio ao ponto de poder emitir uma opinião abalizada
sobre o seu caracter. Todavia, creio estar na posse de informação
suficiente para o caracterizar como um sobrevivente.
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Constâncio,
que amanhã deixa a casa dos sexagenários (ficam desde já aqui os meus
parabéns antecipados), sobreviveu a três anos de desastrada e cinzenta
liderança do PS, cargo em que sucedeu a Mário Soares e abandonou em 1989,
na sequência da sua impotência em arranjar um candidato às eleições
para a Câmara de Lisboa - e após ter sido derrotado nas legislativas por
Cavaco, a quem proporcionou uma inédita maioria absoluta.
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Só
um sobrevivente como Constâncio, depois de sair da política pela porta
das traseiras, poderia construir uma brilhante carreira académica, onde
cometeu a proeza de chegar a catedrático sem ter concluído o
doutoramento (foi, de certo, pelo seu exemplo que se guiou o Relvas...),
a par de um lucrativo périplo pelas empresas, como administrador da EDP
e BPI.
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Só
um sobrevivente lograria, no dealbar do novo século, regressar ao cargo
de governador do Banco de Portugal, que ocupou durante dez anos
auferindo o bonito salário mensal de 17 372 euros, um pouco mais do que o
dobro do vencimento do presidente da Reserva Federal norte-americana.
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Só
um sobrevivente conseguiria ser promovido a vice-presidente do Banco
Central Europeu, com um salário anual de 320 mil euros e o pelouro da
supervisão bancária, depois de ter sido incapaz de detetar as fraudes,
aldrabices e patifarias do BPN e Banco Privado que custaram mais de
cinco mil milhões de euros aos contribuintes - e de fazer orelhas moucas
aos alertas feitos em devido tempo pela Imprensa.
(E o cara-de-pau teve e lata de dizer na comissão se inquérito todas as trapalhadas e aldrabices que respondeu aos deputados, principalmente ao Nuno Melo).
(E o cara-de-pau teve e lata de dizer na comissão se inquérito todas as trapalhadas e aldrabices que respondeu aos deputados, principalmente ao Nuno Melo).
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Constâncio
também sobreviveu à sua mulher, Maria José, que nos deixou a 29 de
agosto. E apesar de ganhar 26 724 euros por mês, o viúvo Vítor Manuel
Ribeiro Constâncio tem automaticamente direito a uma pensão de
sobrevivência no valor de 2400 euros/mês, o equivalente a 60% da pensão
da falecida.
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Não
sei se naquele momento de dor, no meio da papelada que a agência
funerária lhe passou para as mãos - onde constam os impressos
solicitando o subsídio de funeral e a pensão de sobrevivência - , o
viúvo Constâncio assinou este último.
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Sei
que ele não precisa da pensão de sobrevivência para sobreviver. Sei
ainda que para sobrevivermos temos de acabar com a possibilidade de ele -
bem como todas as pessoas que ganham num mês o que 90% dos portugueses
não ganham num ano - receber uma pensão de sobrevivência.
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Sei também que
seria avisado perceber primeiro o teor das alterações ao regime das
pensões de sobrevivência antes de armar um banzé e ameaçar recorrer a
essa nova espécie de filial de Deus na Terra que dá pelo nome de
Tribunal Constitucional.
Jorge Fiel
Subdirector
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