domingo, 29 de julho de 2012

Pirómano da ilha Madeira foi solto pelo juiz





Madeira: Ministério Público pediu prisão preventiva

Pirómano da ilha foi solto pelo juiz

Evangelista, de 37 anos, esteve pouco mais de 24 horas detido. Ouvido ontem de manhã pelo juiz de instrução no Tribunal da Ponta do Sol – onde foi indiciado pela autoria de dois incêndios, em Março e em Julho – Evangelista foi libertado, apesar de o Ministério Público ter pedido que lhe fosse aplicada a prisão preventiva, alegando que poderia voltar a atear fogos.

Por:Tânia Laranjo

As provas indicavam que o arguido já o tinha feito pelo menos duas vezes antes e a postura demonstrada após a detenção - manteve-se sempre em silêncio - também não revelou arrependimento.

Em tribunal, o suspeito conseguiu, porém, convencer o juiz. Saiu em liberdade, tem de se apresentar dia sim dia não às autoridades e vai aguardar agora pelo desenrolar do processo em casa. Só após a acusação, e caso a mesma seja confirmada em instrução, é que vai para julgamento. O processo poderá arrastar-se, pelo menos, por um ano.

Segundo apurou o CM, Evangelista já estava referenciado por outros crimes. Tinha cadastro, mas nunca tinha sido preso por fogo posto. Pai de três filhos menores, estava actualmente desempregado e dedicava-se a apanhar lapas. Quando não tinha dinheiro, vivia à custa da mulher e da sogra.

Bebia em excesso e com regularidade e as autoridades acreditam que os dois incêndios que ateou - o último dos quais a 17 de Julho na zona oeste da Madeira - foram provocados quando se encontrava embriagado. Amontoava folhas na floresta e ateava--lhes fogo com um isqueiro. Depois, fugia para casa e assistia ao combate às chamas. O motivo que estará na origem da sua actuação criminosa poderá ter sido o ódio que nutria pelos bombeiros. Há dez anos tentou candidatar-se a voluntário, na Calheta, mas foi recusado

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