Russos em Portugal tentam dissipar nevoeiro da guerra da informação sobre a crise na Ucrânia
Podem estar longe, mas seguem muito atentamente o que se passa na
Ucrânia, país irmão, do qual não querem ser afastados. Lamentam a
“guerra da informação” entre o Ocidente e a Rússia e lembram os laços
que os unem à antiga República.
Olga Kazmina, 57 anos, é russa e mora em Portugal
há 20 anos. Três dos seus cinco filhos nasceram cá e sentem-se
portugueses, mas permanecem muito ligados ao que chama “alma russa”.
Deixemos a tradutora explicar: “Camões deixou a namorada afogar-se, mas
conseguiu salvar os Os Lusíadas. Um poeta russo nunca faria isso.
Largava o manuscrito, escrevia-o melhor e salvava a namorada.” Diz-nos
Olga que a “alma russa” se manifesta em “comportamentos em situações
extremas”.
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