quarta-feira, 30 de setembro de 2009


PJ apanha falso médico

com «vasta clientela»Lousada: J.C. intitulava-se neuropsicólogo há vários anos e tratava muitas crianças. É suspeito de tráfico de estupefacientes. Paciente denunciou-o
Por: Cláudia Rosenbusch 31-10-2008 13: 50
(ACTUALIZADA ÀS 18 HORAS)

A Polícia Judiciária (PJ) do Porto anunciou a detenção de um homem de 42 anos, residente em Lousada, suspeito de exercer medicina sem habilitação académica para o efeito.J.C intitulava-se neuropsicólogo clínico e dava consultas «há vários anos» no consultório «Psicomed» que possuía em Lousada. Além disso, também assistiria doentes em Felgueiras e na Lixa. Era um «médico» conceituado, com uma «clientela vasta» e fiel, incluindo um grande número de crianças, adiantou esta tarde a Directoria da PJ do Porto, em conferência de imprensa.A detenção ocorreu na quinta-feira à noite, altura em que a Judiciária efectuou buscas na casa e no consultório do falso médico.Das diligências resultou a apreensão de um elevado número de comprimidos com metilfenidato, uma substância activa constante da tabela legal de substâncias estupefacientes. A situação configura um crime de tráfico de estupefacientes, punível com pena de 4 a 12 anos de prisão, dado encontrar-se na posse de um não médico.Impressos para receitas e vinhetas de outros médicosO fármaco «Rubifen» foi adquirido em Espanha, presumivelmente por um médico, e está indicado designadamente em casos de hiperactividade.«Trata-se de um medicamento perigoso» que pode até colocar em risco de vida quem o toma quando mal prescrito, explicou o coordenador de investigação criminal da 3ª secção da PJ do Porto, Rui Nunes, especificando que o fármaco em causa tem efeitos secundários complicados, nomeadamente o de potenciar, no início da toma, eventuais tendências suicidas.Os investigadores apreenderam ainda ao falso médico uma elevada quantidade de impressos para receitas e vinhetas de clínicos legalmente inscritos na Ordem. Desconhece-se, por enquanto, de que forma conseguiu o suspeito aceder a estes documentos.Além disso, o arguido foi ainda conferencista em vários seminários e detinha diplomas de pós-graduações verdadeiras que frequentou em várias universidades portuguesas, designadamente no Porto. Certo é que J.C frequentou apenas o curso de Sociologia, que não terminou.Denúncia partiu de um doenteSegundo informações recolhidas pela PJ, o falso clínico terá mesmo chegado a participar na recuperação de toxicodependentes com entidades públicas.A notícia desta detenção apanhou os habitantes de Lousada de surpresa, onde J.C., divorciado e sem filhos, era pessoa conceituada e detentora de um nível de vida «muito elevado».O alegado falso médico era investigado há vários meses, na sequência da denúncia de um paciente.Além do crime de tráfico de estupefacientes, as condutas do arguido configuram ainda os crimes de usurpação de funções e de falsificação de documentos.J.C está neste momento a ser ouvido por um juiz de instrução criminal, no Tribunal de Lousada.Quando foi detido, não prestou esclarecimentos, referindo apenas que é médico. Não apresentou diploma comprovativo.

PORQUE É QUE OS FALSOS “ENGENHEIROS”, NÃO TÊM O MESMO TRATAMENTO?

Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
A vontade socratina de «cortar o mal [Cavaco] pela raiz»A repressão política do socratismo, institucional e para-institucional, sobre os portugueses exerceu-se até sobre a Presidência da República.

É esta a mensagem principal do Presidente da República na declaração que fez aos portugueses, em 29-9-2009, pelas 20 horas - que resistiu ao enterro preparado na notícia do ataque preventivo à autonomia de Paulo Portas nas buscas relativas ao contrato dos submarinos efectuadas pelo DCIAP e fotografadas pela revista Sábado, em 29-9-2009. Quem quiser ouvir, oiça; mas, quem tapar os ouvidos ou gritar mais alto, não elimina o protesto público do Presidente pela degradação da «liberdade cívica» no País. Nem evita a repercussão internacional dessa repressão da liberdade cívica em Portugal.A manipulação de que falou o Presidente foi meticulosa, premeditada e orquestrada. O Prof. Cavaco Silva foi alvo da armadilha da Operação Encomenda, lançada a uma semana das eleições para permitir uma vitória folgada do PS, porque importava a Sócrates passar da imagem de algoz (de adversários políticos e sindicais, dos professores, dos médicos e enfermeiros, dos militares, etc.) a vítima (do PSD) - e ninguém melhor do que o Presidente da República servia para esse fim. Se a denúncia da manipulação política, a intrusão informática na correspondência da Presidência da República, o registo da vigilância exercida sobre assessores e deslocações do Presidente da República fossem comunicadas na semana das eleições outro resultado sucederia e o Presidente não quis essa interferência. Mas, em nome da verdade, também aqui fica dito que o Presidente não devia também ter procedido à alteração na sua assessoria de imprensa, que foi explorada pelos socialistas como admissão de culpa, reservando-a para depois das eleições. A notícia na ante-véspera das eleições, da manutenção da confiança no seu assessor, após notícia Do Portugal Profundo na quarta de que o Dr. Fernando Lima continuava em Belém, não compensou os nefastos efeitos produzidos. E a impressão que dura nos portugueses preocupados com a democracia é de que estas eleições para a Assembleia da República não foram integralmente livres e justas, pois foram realizadas num ambiente de restrição da liberdade plena de informação e de expressão e de manipulação das instituições.Uma notazinha sobre a mentira repetida, que o Dr. Pedro da Silva Pereira retoma para atenuar a gravidade das críticas socialistas à Presidência da República, de que a colaboração dos assessores do Presidente no programa do PSD foi confirmada no sítio desse partido. O sítio do PSD agrega notícias dos media que ao PSD dizem respeito. É mentira que o PSD tenha confirmado a participação de assessores do Presidente no seu programa, como a informação soprada ao Sol, de 18-8-2009, queria alijar. Insistir nessa mentira é manipular a declaração do Presidente da República. Como é evidente, foram os serviços socratinos que obtiveram a informação dos contactos entre assessores do Presidente e membros do seu partido e foi o centro de comando e controlo que a plantou no oficioso Semanário, de 7-8-2009, para que a seguir fosse comentada pelos cinco violinos socialistas indignados - Junqueiro, Vitalino, Vítor Ramalho, Vítor Baptista e António Vitorino. Obter a informação de modo ilegítimo, colocá-la disfarçadamente num meio, e a seguir vir dizer que foram os adversários que se denunciaram é o cúmulo da manipulação.A repressão política, expressão da cólera que caracteriza o primeiro-ministro, é a grande marca do socratismo. Para além da perseguição política através de processos instaurados pelos serviços do Estado e saneamentos políticos no Estado e nos media, a repressão também consiste na violência verbal sobre os adversários e sobre personalidades e instituições independentes. Uma expressão dessa violência verbal do socratismo para-institucional é o director do jornal da Encomenda, o centenário Diário de Notícias, cujo director, João Marcelino, no noticiário da TSF, das 22 horas de 29-9-2009, a propósito da sua legítima declaração ao País, se arrogou acusar o Presidente da República de «desonestidade». E outra o violento e insultuoso comunicado oficial do Partido Socialista, de reacção, pelas 22:30 de 29-9-2009, à declaração do Presidente, lida pelo seu dirigente, e ministro da Presidência do Governo cessante, Dr. Pedro Silva Pereira.Está aberto o confronto entre o Presidente da República e o líder do partido mais votado, com 36,6%, das eleições para a Assembleia da República. À denúncia dura do Presidente, o PS responde com a violência verbal desrespeitosa. Tal como à «cooperação estratégica» de Cavaco, Sócrates contrapôs a subordinação estratégica do Presidente. A expressão «cortar o mal pela raiz» veiculada por Silva Pereira confirma a vontade socialista de arrancar Cavaco Silva da Presidência da República. Cavaco é o último obstáculo entre Sócrates e o poder absoluto e tem, assim, de ser decepado.