segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Nem alma nem corpo tenho
Sinto-me … Nada
Quando paro e olho á minha volta
Vejo os vermes esmagarem-se
Vejo a mentira e a podridão
Sou um morto entre vivos
Não posso, não aguento
Tanto egoísmo e maldade
Um nojo … só lama, sob uma capa de verniz
De amabilidade e cortesia
Estão bem escondidas as maiores feridas
Que brotam pus sempre que a boca se abre
Pus, pus e mais pus
Que das feridas de dentro das cabeças sai
QUE INGLORIA A MISSÃO DO HOMEM NA TERRA
Luis Ferreira
A VIDA
A VIDA
"Já escondi um amor com medo de perdê-lo,
Já perdi um amor por escondê-lo...
Já segurei nas mãos de alguém
por estar com medo,
Já tive tanto medo ao ponto de nem
sentir as mãos...
Já expulsei pessoas que amava
da minha vida,
Já me arrependi disso...
Já passei noites chorando até pegar no sono,
Já fui dormir tão feliz ao ponto de nem conseguir fechar os olhos...
Já acreditei em amores perfeitos,
Já descobri que eles não existem...
Já amei pessoas que me decepcionaram,
Já decepcionei pessoas que me amaram...
Já passei horas em frente ao espelho
Tentando descobrir quem sou...
Já tive tanta certeza de mim,
Ao ponto de querer sumir...
Já menti e me arrependi depois,
Já falei verdade e também me arrependi...
Já fingi não dar importância à pessoas que amava, para mais tarde chorar
quieto no meu canto...
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
Já chorei de tanto rir...
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam...
Já tive crises de riso quando não podia...
Já senti muita falta de alguém,
Mas nunca lhe disse...
Já gritei quando devia calar,
Já calei quando devia gritar...
Já sonhei demais
Ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro...
Hoje, no escuro, me acho, me agacho,
fico ali...
Já caí inúmeras vezes
Achando que não me iria reerguer...
Já me reergui inúmeras vezes
Achando que não cairia mais...
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria...
Já corri atrás de um carro
Por levar alguém que eu amava embora...
Já chamei pela mãe a meio da noite
Fugindo de um pesadelo,
Mas ela não apareceu
E o pesadelo foi maior ainda...
Já chamei pessoas próximas de 'amigo',
E descobri que não o eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão
especiais para mim...
Não me dêem fórmulas certas
Porque não espero acertar sempre...
Não me mostrem o que esperam de mim
Porque vou seguir o meu coração...
Não me façam ser quem eu não sou,
Não me convidem a ser igual
Porque sinceramente sou diferente...
Não quero amar pela metade,
Não quero viver de mentiras,
Não quero voar com os pés no chão...
Quero poder ser eu mesmo,
Mas com certeza, não serei o mesmo para sempre..."
(Desconheço a Autoria)
FRAUDE ELEITORAL
A fraude da eleição presidencial
A trapalhada das alterações de local de voto e de mudança do número de eleitor nesta eleição sem prévia comunicação directa aos eleitores, a propósito da substituição do bilhete de identidade pelo Cartão do Cidadão, constitui uma fraude eleitoral organizada para retirar legitimidade política ao vencedor da eleição e futuro Presidente da República. O problema não é novo: já se tinha passado nas eleições legislativas, embora numa dimensão muito menor e sem alteração das mesas mde voto de eleitores de freguesias maiores.
Não é negligência: é fraude eleitoral. Não estamos no séc. XIX onde a forma de comunicação entre o poder e os cidadãos era o edital pespegado na porta da freguesia ou da igreja. Estamos no tempo da informática, das comunicações fluidas, da internet, da tlevisão e rádio. Este processo fraudulento foi planeado e orquestrado e culmina uma campanha de promoção da abstenção realizado pelos serviços governamentais e pelas suas antenas nos media, quando se tornou claro que os candidatos socialistas, e especialmente Manuel Alegre não atingiam valores honrosos para os socialistas.
O Governo não promoveu, como devia, por que não quis, uma campanha maciça de esclarecimento dos eleitores, prevenindo os que trocaram o bilhete de identidade por Cartão do Cidadão, directamente (por carta) e através dos meios de comunicação sobre a alteração do número de eleitor, dos locais de voto para o local de residência e de mudança de secção de voto para os que continuaram a residir na mesma freguesia. E não quis por que lhe dava jeito que o novo presidente tivesse uma legitimidade diminuída por abstenção mais elevada.
Não se trata apenas das centenas de milhar de eleitores que sofreram esta mudança do número de eleitor e de local de voto, sem que tivessem sido disso informados directamente, por carta, e pelos media. É também o efeito desmobilizador dos que são enviados para outros locais na mesma freguesia, dos que não conseguiram aceder ao seu número de eleitor porque o sítio da internet do Ministério estava em baixo, ninguém atendia o telefone e nas secções de voto não existiam dispositivos de leitura do novo número, dos que se fartartam de esperar nas filas criadas por causa deste problema, das respectivas famílias e amigos que foram prevenidas do problema e decidiram não sofrer essa maçada.
Portanto, importa:
1. Denunciar esta fraude eleitoral, que envergonha o País na imprensa internacional, apresentar protesto junto dos órgãos próprios e justificar a abstenção também com este motivo.
2. Exigir a demissão do ministro, secretário de Estado e dirigentes do processo, pela bagunça originada.
3. Promover um inquérito judicial - judicial! - para investigar as ordens emitidas, a negligência premeditada e responsabilizar criminalmente os autores desta fraude eleitoral.
4. Obrigar o Governo a publicar o número de eleitores prejudicados pela trapalhada deste escrutínio: o número de eleitores que aderiram ao cartão do cidadão e mudaram de número de eleitor; o número de eleitores que mudaram de freguesia de voto (por mudança de residência no cartão do cidadão); o número de eleitores que foram transferidos de secção de voto na mesma freguesia, sem que o soubessem; e a abstenção de cada um destes três grupos.
5. Instaurar um inquérito judicial à RTP pela divulgação de uma sondagem sobre o valor da abstenção, porque a abstenção era um dos principais resultados em análise nestas eleições para conferir força política, ou não, ao vencedor - esta manobra foi feita em conjunção com a trapalhada da votação.
Parabéns à Helena Matos que teve a coragem de denunciar o problema.
Termino este poste às 19:53 de hoje, 23-1-2011, antes de conhecer qualquer resultado eleitoral ou sequer sondagem.
Pós-Texto (21:18 de 23-1-2011): Exigir responsabilidade pela trapalhada eleitoral
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) sacudiu, já hoje, 23-1-2011, a responsabilidade pela trapalhada para a Direcção-Geral da Administração Interna e admite que não foi assegurado «o livre e representativo exercício do direito de voto»... Disse a CNE:
«A Comissão Nacional de Eleições recomenda que, em futuros actos eleitorais, os dados constantes do recenseamento eleitoral possam, de forma eficaz e em tempo útil, ser acessíveis a todos os cidadãos que o solicitem, só assim se assegurando o livre e representativo exercício do direito de voto, constitucionalmente consagrado.»
O Prof. Cavaco Silva, que antes de tomar posse do segundo mandato para o que foi hoje, 23-1-2011, reeleito, é Presidente da República, deve exigir responsabilidades por esta trapalhada que coloca muito mal o regime democrático português, sujeito a um autoritarismo político que enviesa o livre escrutínio do povo. Uma eleição presidencial é um assunto muito sério com o qual não se pode brincar. Esta eleição presidencial de Janeiro de 2011 é a eleição menos democrática do pós-25 de Abril. Isto é inadmissível.
FONTE:-http://doportugalprofundo.blogspot.com/NTE:-