sábado, 15 de janeiro de 2011

MANUEL ALEGRE (Traiu seu irmãos)


Guerra Colonial

Em 1961 é chamado a cumprir serviço militar e assenta praça na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, de onde sai, pouco depois, para a Ilha de São Miguel. Aí desencadeia o movimento de Juntas de Acção Patriótica de Estudantes, constituídas por militares e civis. Além disso chega a traçar, com Melo Antunes e outros, um plano para tomar conta da ilha, que não se concretiza. Em 1962 é mobilizado para Angola, onde é preso pela PIDE e condenado a seis meses de reclusão na Fortaleza de S. Paulo, em Luanda, acusado de tentativa de revolta militar contra à Guerra do Ultramar. Regressa a Portugal em 1964. A ameaça de nova detenção e de julgamento pelo Tribunal Militar, por suspeita de traição, leva-o a passar à clandestinidade e a partir para o exílio.

Em 1964 parte para o exílio, em Argel, onde é locutor da emissora de rádio A Voz da Liberdade. Nessa emissora difunde conteúdos destinados a lutar contra o Salazarismo, declarando apoio aos movimentos de guerrilha do Ultramar, que lutavam contra as Forças Armadas de Portugal, convertendo num símbolo de resistência e liberdade.

Ouvi-o muita vez lá em Angola, através desta rádio Argelina, a excitar os guerrilheiros dos movimentos que lutavam pela independência, dizer-lhes: Camaradas… matem todos os brancos, não os poupem, Angola é dos angolanos, matem-nos! E muita das vezes, informava esses guerrilheiros, onde se encontravam as patrulhas dos soldados português a fim de os atacarem.

Em fins de 1968

Dois alferes pilotos do mesmo curso, o Lamy e o Lopes, do AB.3 Negage, descolam para um voo de rotina num Do27. O cacimbo estava cerrado e ao regressar à base enfiam-se a voar por um morro, tendo ambos falecido no impacto. Seria este simplesmente mais um triste caso de indisciplina de voo a ceifar a vida de dois jovens, não fosse um revoltante desenvolvimento: à noite ouvimos a inconfundível voz do traidor Manuel Alegre, através da "Rádio Portugal Livre", emitida da Argélia, regozijar-se por mais esta "vitória dos combatentes da liberdade de Angola" (isto apesar do inimigo não ter tido qualquer actuação neste acidente).

A pergunta é simples: Será que algum Alemão que tivesse colaborado com os Ingleses ou um Francês que tivesse colaborado com os Alemães ou um Japonês que tivesse colaborado com os Americanos teria algum futuro político no seu país no pós-guerra?

Quando é que vamos parar de aceitar que traidores, refractários e desertores
dominem a política em Portugal?

Um homem que deu em incentivar os negros a matarem os seus irmãos agora pede-lhes o voto!

O Manuel Alegre é traidor á nação e aos seus irmãos que os queria ver mortos. Ele não tem ética, nem postura. O relato acima descrito do acidente é verídico e assisti à transmissão da noticia, ouvimos as palavras proferidas pelo traidor Alegre, mais conhecido na altura por Pateta Alegre. Um amigo meu estava nessa noite em serviço na Rádio Club do Moxico e também ele ouvio, como tantos, as palavras proferidas pelo traidor Alegre. Segundo esse meu amigo, na Rádio havia várias dessas afirmações gravadas em fita. Aliás nos arquivos da PIDE/DGS em Portugal também havia, mas os "revolucionários de Abril" fizeram o favor de as destruir e só é pena que as provas reais tenham sido destruídas porque há mais.

Quando é que vamos mostrar, aos jovens, a realidade cometida por alguns falços portugueses que são figuras publicas e que aparecem na politica a quererem serem os dirigentes do nosso país!? Há que demascar, a realidade tem de vir ao de cima!

FONTE: QUERIA SER SELVAGEM

MANUEL ALEGRE INCENTIVOU ATAQUES Á BOMBA EM PORTUGAL

Notícia SÁBADO

Alegre incentivou ataques à bomba em Portugal

29-11-2010

Por Pedro Jorge Castro

Em Setembro de 1970, dois meses depois da morte de Salazar, a polícia política começou a receber informações de que se preparava o sequestro de altas figuras do Estado, para forçar uma demissão de Marcello Caetano. Além de emitir recomendações para tornar mais seguras as viagens dos políticos, a DGS (Direcção-Geral de Segurança, correspondente à antiga PIDE) elaborou então um pequeno livro para distribuir por todos os postos policiais com o título Fotografias de 109 Elementos Perigosos. Na introdução surgia o alerta: “Alguns deles, pelo seu passado, consideram-se capazes de reagir violentamente.” No canto superior direito da página 9, aparece um jovem assim descrito: “Altura 1,73; olhos verdes; nascido a 12/5/936; Natural Águeda.” Por baixo da imagem está o nome de Manuel Alegre.

Quarenta anos antes de ser pela segunda vez candidato à Presidência da República, com o apoio do PS e do Bloco de Esquerda, o poeta aparecia em 34.º lugar na lista de potenciais suspeitos de actividades terroristas ou de membros de organizações de esquerda apoiadas, julgava a PIDE-DGS, por “movimentos terroristas” com origem em Cuba e nos países árabes. O livro não juntava os maiores opositores do regime de Marcello Caetano (Mário Soares e Álvaro Cunhal não constam, por exemplo), mas sim aqueles que a polícia política considerava “empenhados em desenvolverem acções violentas em território nacional”. O primeiro era Palma Inácio.

Aos 34 anos, Manuel Alegre tinha já um razoável currículo de combate à ditadura, mas foi depois de sair este documento policial que se destacou na defesa da luta armada, como mostram as 1364 folhas arquivadas na PIDE em seu nome e os 19 volumes sobre as Brigadas Revolucionárias e a Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), uma organização que juntava o PCP e os apoiantes de Humberto Delgado, general derrotado fraudulentamente nas presidenciais de 1958.

Alegre encontrava-se no exílio, em Argel, desde 1964, e era o principal locutor da Rádio Voz da Liberdade, emissora clandestina ao serviço da FPLN. Em 1968, encontrou-se em Paris com Carlos Antunes, um militante comunista desiludido, como ele, com a invasão da Checoslováquia, e interessado, como ele, em radicalizar a luta contra o regime e avançar com acções armadas contra o aparelho de guerra colonial, que se arrastava desde o início da década. Carlos Antunes conta à SÁBADO que rompeu com Cunhal e se deslocou a Argel, em segredo, para, com Alegre e Piteira Santos, expulsar da Frente Patriótica o representante do PCP, Pedro Soares, numa reunião de que este estava ausente – a ruptura foi comunicada à mulher do dirigente comunista, que também pertencia à FPLN.

Uma das primeiras medidas da liderança de Manuel Alegre e Piteira Santos na Frente foi a edição do Pequeno Manual do Guerrilheiro Urbano, um texto de Carlos Marighella, o mais destemido e perigoso guerrilheiro brasileiro. As 50 páginas davam à população civil conselhos práticos para se juntar à luta armada, com os objectivos de expropriar o governo e os capitalistas e de concretizar “a liquidação física dos chefes e dos subalternos das forças armadas e da polícia”.

Carlos Marighella aconselhava a “pistola metralhadora ideal para o guerrilheiro urbano” (a INA, calibre 45) e descrevia as 14 formas de acção que o guerrilheiro podia empreender, das emboscadas às tácticas de rua, passando pelo “sequestro de personalidades conhecidas” para propagandear ideias revolucionárias. Marighella defendia ainda: “O terrorismo é uma arma a que o revolucionário nunca pode renunciar.” Um exemplar guardado pela PIDE permite ver que tinha quatro metralhadoras e as iniciais FPLN na capa, era vendido a 3 francos e foi feita uma introdução onde se admitia que São Paulo não era Lisboa, mas alegava: “Torna-se indispensável que [os leitores] conheçam (...) outras técnicas de combate”.

Algumas escutas das emissões da Voz da Liberdade consultadas pela SÁBADO na Torre doTombo permitem perceber que Manuel Alegre lançava apelos à deserção (apesar de ele próprio não ter desertado) e à sabotagem de objectivos militares. Enquanto o poeta combatia o salazarismo através de três emissões de rádio por semana, de cerca de uma hora, a partir das 0h15, Carlos Antunes reentrou em Portugal e, através de um contacto de um primo da mulher, Isabel do Carmo, fundou na Margem Sul duas Brigadas Revolucionárias, pequenos grupos de opositores do regime, que preparavam atentados em que conseguissem boicotar o esforço na guerra colonial.

Estrearam-se a 7 de Novembro de 1971, com a sabotagem de uma base da NATO na Fonte da Telha. Até 9 de Abril de 1974, praticaram mais 14 acções, na maioria recorrendo ao uso de explosivos: foi assim que eliminaram uma bateria de canhões, destruíram 15 camiões do exército e inutilizaram o navio Niassa, antes de este transportar soldados para o Ultramar.

Segundo Carlos Antunes, após cada acção das Brigadas Revolucionárias, os operacionais disfarçavam-se de jornalistas do Comércio do Porto para analisar os estragos e escrever o balanço do atentado. Estes documentos chegavam à Argélia poucos dias depois, através de um código feito a partir de um livro (com indicação das palavras a partir apenas da página e da linha de um livro que estivesse na posse das duas partes). Depois, o fundador das Brigadas ouvia as emissões da rádio, onde, lembra, Manuel Alegre lia depois os comunicados com grande entusiasmo, ao mesmo tempo que apelava aos ouvintes para que se juntassem às Brigadas – ou que as defendessem: “E tu, trabalhador que nos escutas, a todos aqueles que te vierem dizer que estas acções são actos terroristas, responde-lhes que terroristas são os que mandam a juventude portuguesa matar e morrer em África.”

Em Setembro de 1972, Manuel Alegre e Carlos Antunes encontraram-se num hotel em Biarritz (Sul de França), e o poeta usou um gravador que pesaria uns dois quilos para fazer uma entrevista ao “camarada André Sérgio”, pseudónimo com que foi identificado. Na introdução a uma pergunta, Alegre assume: “Tanto os militantes da Voz da Liberdade como os das Brigadas Revolucionárias estão empenhados num processo comum.” A conversa foi transcrita em 40 páginas de um dossiê de propaganda disponível no site das Brigadas (memoriando.net/br).

Em Lisboa e no Porto foram atingidas instalações em edifícios militares ou relacionados com as colónias. Carlos Antunes frisa que os operacionais tomavam precauções para garantir que as explosões não provocavam perda de vidas humanas e tinham como regra telefonar aos vizinhos dos alvos a avisá-los de que deviam sair de casa.

Leia o artigo completo esta semana na revista SÁBADO