terça-feira, 9 de agosto de 2011
CNN
Portugal no 'top 10' dos mais endividados do Mundo
Eudora Ribeiro
09/08/11 15:54
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Entre as economias desenvolvidas, Portugal é o décimo país com a dívida mais elevada em relação ao PIB, de acordo com a CNN.
A Grécia, o berço da Antiguidade Clássica, apesar da crise, é apenas o segundo país desenvolvido mais endividado do mundo este ano (ver tabela abaixo).
De acordo com um 'ranking' da CNN, cabe ao Japão a primeira posição, com uma dívida a atingir os 234% do Produto Interno Bruto (PIB) e a razão pela qual o País do Sol Nascente não está numa crise de dívida prende-se com o facto de dever a maior parte do dinheiro a si próprio.
Em contraste, os Estados Unidos, que surgem na sétima posição dos mais endividados do mundo desenvolvido, devem 4,4 biliões de dólares a estrangeiros, pouco mais de três biliões de euros. Só à China, o maior detentor de dívida dos EUA, a maior economia do mundo deve 1,1 biliões de dólares (771 mil milhões de euros).
Contudo, se analisarmos o valor total da dívida e não a proporção em relação ao PIB, os Estados Unidos ocupam a primeira posição entre os países mais endividados, com uma dívida que ascende aos 14,3 biliões de dólares (10 biliões de euros)
NOTA
NO TEMPO DE “ELES COMEM TUDO” OS VAMPIROS, PORTUGAL ERA UM PAIS CREDOR PORTUGAL NÃO DEVIA A NINGUEM
"Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana,para a voz da rua.
A lucidez, uma das suas maiores qualidades durante a sua longa carreira politica.
A lucidez que lhe permitiu escapar à PIDE e passar um bom par de anos, num exílio dourado, em hotéis de luxo em Paris.
A lucidez que lhe permitiu conduzir da forma "brilhante" que se viu, o processo de descolonização.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que os Estados Unidos financiassem o PS durante os primeiros anos da Democracia.
A lucidez que o fez meter o socialismo na gaveta durante a sua experiência governativa.
A lucidez que lhe permitiu tratar da forma despudorada amigos como Jaime Serra, Salgado Zenha, Manuel Alegre e tantos outros.
A lucidez que lhe permitiu governar sem ler os "dossiers".
A lucidez que lhe permitiu não voltar a ser primeiro-ministro depois de tão fantástico desempenho no cargo.
A lucidez que lhe permitiu pôr-se a jeito para ser agredido na Marinha Grande e, dessa forma, vitimizar-se aos olhos da opinião pública e vencer as eleições presidenciais.
A lucidez que lhe permitiu, após a vitória nessas eleições, fundar um grupo empresarial, a Emaudio, com "testas de ferro" no comando e um conjunto de negócios obscuros que envolveram grandes magnatas internacionais.
A lucidez que lhe permitiu utilizar a Emaudio para financiar a sua segunda campanha presidencial.
A lucidez que lhe permitiu nomear para Governador de Macau Carlos Melancia, um dos homens da Emaudio.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume no caso Emaudio e no caso Aeroporto de Macau e, ao mesmo tempo, dar os primeiros passos para uma Fundação na sua fase pós-presidencial.
A lucidez que lhe permitiu ler o livro de Rui Mateus, "ContosProibidos", que contava tudo sobre a Emaudio, e ter a sorte de esse mesmo livro, depois de esgotado, jamais voltar a ser publicado.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume às "ligações perigosas" com Angola, ligações essas que quase lhe roubaram o filho no célebre acidente de avião na Jamba (avião esse carregado de diamantes, no dizer do Ministro da Comunicação Social de Angola).
A lucidez que lhe permitiu, durante a sua passagem por Belém, visitar 57 países ("record" absoluto para a Espanha - 24 vezes - e França -21), num total equivalente a 22 voltas ao mundo (mais de 992 milquilómetros).
A lucidez que lhe permitiu visitar as Seychelles, esse território de grande importância estratégica para Portugal.
A lucidez que lhe permitiu, no final destas viagens, levar para a Casa-Museu João Soares uma grande parte dos valiosos presentes oferecidos oficialmente ao Presidente da Republica Portuguesa.
A lucidez que lhe permitiu guardar esses presentes numa caixa-forte blindada daquela Casa, em vez de os guardar no Museu da Presidência da Republica.
A lucidez que lhe permite, ainda hoje, ter 24 horas por dia de vigilância paga pelo Estado nas suas casas de Nafarros, Vau e CampoGrande.
A lucidez que lhe permitiu, abandonada a Presidência da Republica, constituir a Fundação Mário Soares. Uma fundação de Direito privado, que, vivendo à custa de subsídios do Estado, tem apenas como única função visível ser depósito de documentos valiosos de Mário Soares. Os mesmos que, se são valiosos, deviam estar na Torre do Tombo.
A lucidez que lhe permitiu construir o edifício-sede da Fundação violando o PDM de Lisboa, segundo um relatório do IGAT, que decretou a nulidade da licença de obras.
A lucidez que lhe permitiu conseguir que o processo das velhas construções que ali existiam e que se encontrava no Arquivo Municipal fosse requisitado pelo filho e que acabasse por desaparecer convenientemente no incêndio dos Paços do Concelho.
A lucidez que lhe permitiu receber do Estado, ao longo dos últimos anos, donativos e subsídios superiores a cinco milhões de Euros.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre os vários subsídios, um de dois milhões e meio de Euros, do Governo Guterres, para a criação de um auditório, uma biblioteca e um arquivo num edifico cedido pela Câmara de Lisboa.
A lucidez que lhe permitiu receber, entre 1995 e 2005, uma subvenção anual da Câmara Municipal de Lisboa, na qual o seu filho era Vereador e Presidente.
A lucidez que lhe permitiu que o Estado lhe arrendasse e lhe pagasse um gabinete, a que tinha direito como ex-presidente da República,na... Fundação Mário Soares.
A lucidez que lhe permite que, ainda hoje, a Fundação Mário Soares receba quase 4 mil euros mensais da Câmara Municipal de Leiria.
A lucidez que lhe permitiu fazer obras no Colégio Moderno, propriedadeda família, sem licença municipal, numa altura em que o Presidente era claro está... João Soares.
A lucidez que lhe permitiu silenciar, através de pressões sobre odirector do "Público", José Manuel Fernandes, a investigaçãojornalística que José António Cerejo começara a publicar sobre o tema.
A lucidez que lhe permitiu candidatar-se a Presidente do ParlamentoEuropeu e chamar dona de casa, durante a campanha, à vencedora NicoleFontaine.
A lucidez que lhe permitiu considerar Jose Sócrates "o pior doguterrismo" e ignorar hoje em dia tal frase como se nada fosse.
A lucidez que lhe permitiu passar por cima de um amigo, Manuel Alegre, para concorrer às eleições presidenciais uma última vez.
A lucidez que lhe permitiu, então, fazer mais um frete ao Partido Socialista.
A lucidez que lhe permitiu ler os artigos "O Polvo" de Joaquim Vieirana "Grande Reportagem", baseados no livro de Rui Mateus, e assistir,logo a seguir, ao despedimento do jornalista e ao fim da revista.
A lucidez que lhe permitiu passar incólume depois de apelar ao voto no filho, em pleno dia de eleições, nas últimas Autárquicas.
No final de uma vida de lucidez, o que resta a Mário Soares? Resta um punhado de momentos em que a lucidez vem e vai. Vem e vai. Vem e vai. Vai... e não volta mais.
Clara Ferreira Alves
Expresso"
Última edição por Joao Santos; 16-08-2010 às
REPATRIAR OS SELVAGENS
Europa gasta milhões expulsando ilegais que deixa primeiramente entrar sem controlo
A França expulsou 17.500 estrangeiros ilegais em sete meses e espera atingir as 30.000 expulsões até final de 2011, anunciou, em Paris, o ministro do Interior, Claude Guéant. Claude Guéant, antigo chefe de gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy, nomeado em Fevereiro para a pasta do Interior, considerou que a luta contra a imigração ilegal é agora "mais eficaz" graças a uma nova lei, promulgada a 16 de Junho, que estende o prazo de detenção dos clandestinos de 32 para 45 dias. Esse prazo, segundo o ministro francês, permite obter mais facilmente as autorizações de viagem dos consulados dos respectivos países de origem. A lei alonga também o prazo de intervenção de um juiz nos casos de detenção, de dois para cinco dias, motivo que originou uma forte crítica da oposição de esquerda e de algumas associações de estrangeiros em França, que denunciaram um aumento da extrema-direita no país. O controlo dos fluxos de imigração "continua uma prioridade, isto por uma razão política maior, porque se trata de uma visão da França de amanhã", sublinhou Claude Guéant
Protestos começaram há dois dias em Tottenham
Violência em Londres espelha relação tensa da comunidade negra com a polícia
09.08.2011 - 10:54 Por Joana Gorjão Henriques, Londres
Actos de vandalismo puro e duro, sintoma da crise e do desemprego jovem, reflexo de tensões sociais ou grito de protesto contra uma polícia racista? Dois dias depois do início dos motins que começaram em Tottenham, Nordeste de Londres, começa a tentar explicar-se o que aconteceu.
Ainda é cedo para tirar conclusões sobre a verdadeira dimensão daqueles que são considerados os maiores motins dos últimos anos
Analistas ouvidos pelo PÚBLICO fazem a analogia com outros motins dos anos 1980 em Londres, provocados também pela morte de um membro da comunidade negra pela polícia. Os motins em Tottenham começaram com um protesto pacífico organizado por família e amigos de Mark Duggan, um homem de 29 anos morto pela polícia na quinta-feira. As circunstâncias em que ocorreram os disparos estão a ser investigadas e a ser alvo de polémica. Nas ruas de Tottenham muitos gritavam palavrões contra a polícia.
Liz Fekete, directora executiva do Institute of Race Relations (IRR), think tank que faz pesquisa sobre questões raciais, lembra que esta não é a primeira morte de alguém da comunidade negra às mãos da polícia este ano e que "este não é um facto isolado". Em Março, o músico Smiley Culture foi morto durante uma busca policial em sua casa, em Londres; em Abril, um jovem negro, Kingsley Burell, morreu nas mãos da polícia em Birmingham e em Maio houve a morte de outro jovem londrino, Demetre Fraser, na mesma unidade policial de Birmingham. "É um problema que persiste", diz Fekete, que critica a forma como "a família de Duggan foi tratada pela polícia e pela Comissão independente de Queixas da Polícia". "Acho que não terem respostas foi o ponto principal para criar frustração com a polícia." Harmit Athwal, também do IRR, tem analisado as notícias sobre as mortes na polícia e observado a indignação contra a ausência de explicações - isso tem vindo a galvanizar a comunidade. "Sem informação, as pessoas tiram as suas conclusões e..."
Para quem tem estudado motins no Reino Unido como Paul Bagguley, da Universidade de Leeds, estes têm características semelhantes aos dos anos 1980 e de 1985 em Londres e Liverpool, iniciados por uma série de detenções da polícia. "Todos estes motins têm a mesma característica: a polícia aparece com a imagem de ser injusta." Novo será a forma como as redes sociais e os telemóveis estão a ser usados para mobilizar mais pessoas mais rapidamente, tornando o controlo da situação mais difícil. "Nos anos 1980, os que foram presos eram sobretudo locais. Será interessante ver se é esse o caso agora."
Um problema geracional
As relações tensas chegam a um ponto de ebulição tal que o resultado são ruas a arder. Apesar de achar que a comunicação melhorou em 30 anos, os negros ainda são mais parados pela polícia e associados à criminalidade, analisa o especialista. Mas as motivações serão diferentes para os jovens que rapidamente se mobilizaram: "Alguns serão motivados pela raiva, outros estão apenas nas ruas e respondem imediatamente, outros irão apenas para assaltar as lojas."
Para Liz Fekete, é cedo para tirar conclusões, mas a especialista em relações raciais vê os motins, desencadeados sobretudo por jovens, como o reflexo do problema de uma geração. "É uma questão racial também ligada às altas taxas de desemprego jovem, a um sentido de alienação e pobreza, em que os jovens sentem que não têm um lugar na sociedade. Mas é definitivamente um problema geracional."
No Reino Unido, um em cada cinco jovens entre os 16 e 24 anos está desempregado. Desdobrando os números, segundo dados do director do Runnymede Trust, Rob Berkeley, isto significa que a taxa de desemprego entre jovens é de 20% na comunidade branca e 50% na comunidade negra.
"É óbvio que há uma ligação entre o desemprego jovem e actividades criminais", diz Matt Grist, do think tank Demos. Mas Grist recusa explicar os motins com as taxas de desemprego. O analista, que participou na publicação de um estudo sobre desemprego jovem, acrescenta que o alargamento do ensino obrigatório dos 16 para os 19 anos é positivo para a sociedade, mas deixou um problema por resolver: "Há 15 anos muitos dos que tinham 16 anos trabalhavam, agora quase ninguém o faz. O sistema mantém as pessoas mais tempo na escola, e o que acontece é que aqueles que não têm sucesso desligam. E não há alternativas para esses. É preciso mais imaginação para pensar em actividades que desenvolvam as suas capacidades." Há ainda outro factor que explica o que aconteceu, tão simples como ser Verão: não há escola e muitos não têm nada que fazer a não ser arrastarem-se de esquina
Vaga de assaltos leva agricultores a pedirem polícias nos campos
Inserido em 09-08-2011 11:20
Além dos furtos de cobre, que geram prejuízos avultados pelos danos que provocam, há um número crescente de roubo de gado, de culturas. Há agricultores a organizarem-se para vigiarem os campos.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) considera que os furtos nos campos agrícolas estão a assumir uma dimensão preocupante e pediu uma reunião ao ministro da Administração Interna para exigir patrulhamento.
Além dos furtos de cobre, que geram prejuízos avultados pelos danos que provocam, há um número crescente de roubo de gado, de culturas e até relatos de plantas novas de oliveira e vinha arrancadas numa só noite.
João Machado, presidente da CAP, disse à agência Lusa que espera reunir-se com o ministro Miguel Macedo ainda este mês porque "há questões de matéria urgente e de vida ou morte", já que há agricultores a perderem a capacidade de voltar a produzir, com risco de "desaparecimento do tecido produtivo".
Sublinhando que os furtos que se têm vindo a registar nos campos exigem uma "logística" por parte dos assaltantes - num dos assaltos a um barracão foram levadas num camião todas as alfaias agrícolas, que tiveram que ser levantadas com uma grua, exemplifica."Queremos maior fiscalização, uma maior presença de forças, sejam da GNR sejam militares, na rua, e sobretudo durante a noite", afirmou.
Agricultores deixam de dormir para vigiar
Para João Machado, a situação, que já relatou ao primeiro-ministro na reunião da Concertação Social, "é muito grave" e "se não houver segurança (esta actividade económica) vai desaparecer", porque não são situações esporádicas.
"Andam os agricultores o ano inteiro para colher o que cultivaram e quando vão para colher não está lá? Ouvimos relatos todos os dias, o que é grave. Alguma coisa vai ter que ser feita", frisou, advertindo que é preciso evitar "que se chegue às milícias populares".
Segundo disse, já há agricultores a organizarem-se para vigiarem as suas culturas e o gado e, no seu entender, não se pode chegar ao ponto de se ter de ir dormir "de espingardas" para o campo.
"Há uma ameaça interna à segurança dos cidadãos", disse, sublinhando que se a GNR não tem os meios necessários então que se recorra à ajuda do Exército, já que a sensação actual é de "impunidade total".
João Machado admitiu a possibilidade de os juristas da confederação estudarem uma proposta de alteração à lei actual, que, segundo os produtores, não é suficientemente pesada quando se consegue que os assaltantes cheguem a julgamento.
Hoje
Bactérias detectadas na água potável e em estações de tratamento de águas podem tornar outras bactérias mais perigosas resistentes a antibióticos.
O "Jornal de Notícias" escreve que um estudo nacional detectou bactérias ambientais resistentes a antibióticos na água da torneira. Por si só, aqueles organismos não são perigosos. Porém, podem transmitir essa resistência a bactérias nocivas, tornando-as igualmente imunes à medicação.
Para já, ainda não há motivo para alarme, mas, "dentro de algum tempo, as autoridades têm de começar a olhar para isto de outra forma", aconselha a responsável pelo estudo da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto, que detectou a presença das bactérias em água potável e estações de tratamento de águas.
As bactérias detectadas são de origem ambiental, ou seja, predominam sobretudo no ambiente e não são as que habitualmente se encontram em doenças infecciosas nos humanos. Contudo, estão longe de ser totalmente inofensivas. Em casos de debilidade imunitária podem provocar doenças. "Não sendo elas próprias um perigo para as pessoas, ao estarem presentes na água, podem ser uma fonte de transmissão de resistências a outros organismos, estes sim, perigosos para a saúde", explica a responsável.