quinta-feira, 18 de agosto de 2011
O Ministério do Trabalho brasileiro encontrou trabalho escravo em várias fábricas de confecção da Zara, no Estado de São Paulo. A inspecção foi acompanhada pelas câmaras de uma televisão brasileira. A empresa espanhola Inditex, dona da marca Zara, já reagiu e exige ao fornecedor brasileiro que resolva, de forma urgente, a situação.
A questão foi divulgada pela imprensa brasileira que noticiou também a confirmação pelo Ministério do Trabalho brasileiro da existência do caso numa empresa subcontratada por um dos fornecedores de roupa para a marca Zara.
A imprensa referiu que se confirmaram "irregularidades" na unidade em Campinas, tendo a investigação levado a 52 autos de infração contra a Zara, um dos quais faz referência à "discriminação étnica das tribos Quechua e Aimará que recebiam prior tratamento que os outros trabalhadores".
Os trabalhadores, cerca de 15, estavam com "contratações ilegais, condições degradantes e jornadas exaustivas de até 16 horas diárias".
A Inditex respondeu de imediato ao caso e pediu ao fornecedor para resolver a situação, incluindo através do pagamento de indemnizações aos trabalhadores, por considerar que a prática viola o seu Código de Conduta para Fabricantes de Unidades Externas.
O grupo espanhol, em colaboração com as autoridades brasileiras, reforçará ainda a revisão do sistema de produção, tanto deste fornecedor como das restantes empresas com as quais colabora no Brasil, para garantir que o caso não se volta a repetir.
Atualmente, a Inditex tem no Brasil 50 fornecedores estáveis que empregam mais de sete mil trabalhadores.
O grupo realiza anualmente mais de mil auditorias a fornecedores em todo o mundo, para garantir o cumprimento do Código de Conduta.
Com Lusa
em fábrica da Zara (ESPANHOLA)
Trabalho
Económico
18/08/11 09:05
As autoridades detectaram 52 infracções numa fábrica de uma participada da Zara.
A multinacional espanhola vai responder no Brasil por 52 infracções às leis laborais no país.
O caso foi denunciado pela televisão brasileira e está também a ser acompanhado pela imprensa espanhola, depois de uma inspecção a uma fábrica em São Paulo ter detectado condições de trabalho de "escravatura".
Indícios de trabalho infantil - entre os trabalhadores estava um adolescente de 14 anos -, pagamento de salários inferiores ao mínimo exigido e turnos de 16 horas foram algumas das irregularidades detectadas pela inspecção. A mão-de-obra era sobretudo boliviana e peruana, sendo que os empregadores descontavam nos salários os custos da viagem para o Brasil e outros gastos, com comida, por exemplo.
Segundo relata o Expansión, apesar de se tratar de uma fábrica de uma participada da Zara, a AHA, as autoridades brasileiras consideram que é a multinacional espanhola quem tem de responder pelas infracções detectadas.
Loures: Jovem esfaqueado nas costas na Quinta do Mocho em alegado ajuste de contas
18 de Agosto de 2011, 09:35
Um jovem de 20 anos foi esfaqueado nas costas na noite de quarta-feira, na Quinta do Mocho, em Loures, um caso que as autoridades suspeitam ter-se tratado de um ajuste de contas e que está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
Fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP) disse à Agência Lusa que o incidente ocorreu às 22:20 de quarta-feira, quando um “indivíduo de 20 anos foi esfaqueado nove vezes nas costas”, depois do autor do crime ter disparado um tiro.
“Suspeita-se que se tenha tratado de um ajuste de contas”, acrescentou a mesma fonte, que indicou não ter sido realizada ainda nenhuma detenção nem encontradas as armas de fogo e branca, “que poderão ter sido levadas por alguma das muitas pessoas que se encontravam no local”.
A vítima foi transportada para o hospital, tendo sido “ferida com alguma gravidade, mas não corria perigo de vida”, explicou a PSP.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso qualificado como tentativa de homicídio.
@Lusa