domingo, 13 de janeiro de 2013
"A PENALIZAÇÃO FISCAL DOS PENSIONISTAS...
AMIGOS LEIAM ESTE ARTIGO DO DR. ALVES CAETANO, É UMA ANÁLISE MUITO BEM FEITA E SEM FALÁCIA SOBRE OS DIREITOS DOS PENSIONISTAS.
Meus Amigos, Tive no 1º ano de Económicas um professor de Geografia Económica que nos abriu os olhos para a realidade do país, nesses longínquos anos 1963/64. . Naquela época era nitidamente de esquerda, considerando os padrões de então. E tinha outros aspetos curiosos – tinha sido um excelente aluno (condição indispensável, então, para se ser assistente); tinha casado com uma aluna e estava bem empregado (mais tarde, haveria de sair da Siderurgia Nacional em conflito com o Secretário Geral, Spínola de seu nome, arrastando para o desemprego um colega, por solidariedade, que acabava de ser pai. . Esse colega haveria de ser meu administrador no BFN e o filho é o principal partner fiscalista da Deloitte. Mas voltando ao meu assistente. Mais tarde foi presidente da COSEC, andou pelo Brasil no tempo revolucionário e já em tempos democráticos foi presidente da Fidelidade. Em Económicas inquiríamos como uma pessoa de esquerda (haveria de ser vetado para fazer doutoramento) era irmão de quem era. Pois a pessoaem causa chama-se António Alves Caetano, irmão do Marcelo… Enviou-me hoje um artigo seu sobre as pensões que me deu autorização para divulgar, sem anonimato. Com um abraço, aqui vai ele. MCR Estimados Amigos, . Como os jornais não publicam as cartas que lhes remeto e preciso de desabafar, recorro aos meus correspondentes "Internéticos", todos os amigos que constam da minha lista de endereços. Ainda que alguns não liguem ao que escrevo. . Não sei a que se refere o Senhor Primeiro-Ministro quando afirma ser a penalização fiscal dos pensionistas resultante de todos aqueles que, em Portugal, "descontaram para ter reformas, mas não para terem estas reformas". . Pela fala do Senhor Primeiro-Ministro fica-se a saber da existência de pensões de aposentadoria que estão acima daquilo que resultaria da correcta aplicação do Cálculo Actuarial aos descontos que fizeram. . Sendo assim - e não há razões para admitir que o Senhor Primeiro-Ministro não sabe o que diz - estamos perante situações de corrupção. Porque o Centro Nacional de Pensões e a Caixa Geral de Aposentações só podem atribuir pensões que resultem da estricta aplicação daqueles princípios actuariais aos descontos feitos por cada cidadão, em conformidade com as normas legais. . Portanto, o Estado tem condições de identificar cada uma dessas sirtuações e de sancioná-las, em conformidade com a legislação de um Estado de Direito, como tem de sancionar os agentes prevaricadores, que atribuíram pensões excessivas. . Mas, é completamente diferente a situação face aos cidadãos que celebraram contratos com o Estado. Esse contrato consistia em que, ano após ano, e por catorze vezes em cada ano, o cidadão entregava ao Estado uma quota das suas poupanças, para que o mesmo Estado, ao fim dos quarenta anos de desconto lhe devolvesse essa massa de poupança em parcelas mensais, havendo dois meses em que era a dobrar, como acontecera com os descontos. . E tem de ser assim durante o tempo em que o cidadão estiver vivo e, em parte mais reduzida, mas tirada, ainda, da mesma massa de poupança individual, enquanto houver cônjuge sobrevivo. ~. E esta pensão tem o valor que o Estado, em determinado momento, comunicou ao cidadão que passava a receber. Não tem o valor que o cidadão tivesse querido atribuir-lhe. - Portanto, o Estado Português, pessoa de bem, que sempre foi tido como modelo de virtudes, exemplar no comportamento, tem de continuar a honrar esse estatuto. . Para agradar a quem quer que seja que lhe emprestou dinheiro para fazer despesas faraónicas, que permitiram fazer inumeráveis fortunas e deram aos políticos que assim se comportaram votos que os aconchegaram no poder, o Estado Português não pode deixar de honrar os compromissos assumidos com esses cidadãos que, na mais completa confiança, lhe confiaram as suas poupanças e orientaram a sua vida para viver com a pensão que o Estado calculou ser a devida. . As pensões que correspondem aos descontos que cada qual fez durante a vida activa nunca poderão ser consideradas excessivas. Esses Pensionistas têm de merecer o maior respeito do Estado. Têm as pensões que podem ter, não aquelas que resultariam do seu arbítrio. . E é este o raciocínio de pessoas honestas. Esperam que o Estado sempre lhes entregue aquilo que corresponde à pensão que em determinado momento esse mesmo Estado, sem ser coagido, lhes comunicou passariam a receber na sua nova condição de desligados do serviço activo. Ou seja, a partir do momento em que era suposto não mais poderem angariar outro meio de sustento que não fosse a devolução, em fatias mensais, do que haviam confiado ao Estado para esse efeito. . Os prevaricadores têm de ser punidos, onde quer que se situem todos quantos permitiram que, quem quer que seja, auferisse pensão desproporcionada aos descontos feitos, ou mesmo, quem sabe, sem descontos. Sem esquecer, claro está, os beneficiários da falcatrua. . Mas, é impensável num Estado de Direito que, a pretexto dessas situações de extrema irregularidade, vão ser atingidos, a eito, todos aqueles que, do que tiraram do seu bolso durante a vida activa, recebem do Estado a pensão que esse mesmo Estado declarou ser-lhes devida. . Como é inadmissível que políticos a receberem ordenado de função, acrescido de benesses de vária ordem proporcionadas por essa mesma função, considerem que pensões obtidas regularmente, com valores mensais da ordem de 1.350 Euros proporcionam vida de luxo que tem de ser tributada, extraordinariamente. António Alves Caetano
Meus Amigos, Tive no 1º ano de Económicas um professor de Geografia Económica que nos abriu os olhos para a realidade do país, nesses longínquos anos 1963/64. . Naquela época era nitidamente de esquerda, considerando os padrões de então. E tinha outros aspetos curiosos – tinha sido um excelente aluno (condição indispensável, então, para se ser assistente); tinha casado com uma aluna e estava bem empregado (mais tarde, haveria de sair da Siderurgia Nacional em conflito com o Secretário Geral, Spínola de seu nome, arrastando para o desemprego um colega, por solidariedade, que acabava de ser pai. . Esse colega haveria de ser meu administrador no BFN e o filho é o principal partner fiscalista da Deloitte. Mas voltando ao meu assistente. Mais tarde foi presidente da COSEC, andou pelo Brasil no tempo revolucionário e já em tempos democráticos foi presidente da Fidelidade. Em Económicas inquiríamos como uma pessoa de esquerda (haveria de ser vetado para fazer doutoramento) era irmão de quem era. Pois a pessoaem causa chama-se António Alves Caetano, irmão do Marcelo… Enviou-me hoje um artigo seu sobre as pensões que me deu autorização para divulgar, sem anonimato. Com um abraço, aqui vai ele. MCR Estimados Amigos, . Como os jornais não publicam as cartas que lhes remeto e preciso de desabafar, recorro aos meus correspondentes "Internéticos", todos os amigos que constam da minha lista de endereços. Ainda que alguns não liguem ao que escrevo. . Não sei a que se refere o Senhor Primeiro-Ministro quando afirma ser a penalização fiscal dos pensionistas resultante de todos aqueles que, em Portugal, "descontaram para ter reformas, mas não para terem estas reformas". . Pela fala do Senhor Primeiro-Ministro fica-se a saber da existência de pensões de aposentadoria que estão acima daquilo que resultaria da correcta aplicação do Cálculo Actuarial aos descontos que fizeram. . Sendo assim - e não há razões para admitir que o Senhor Primeiro-Ministro não sabe o que diz - estamos perante situações de corrupção. Porque o Centro Nacional de Pensões e a Caixa Geral de Aposentações só podem atribuir pensões que resultem da estricta aplicação daqueles princípios actuariais aos descontos feitos por cada cidadão, em conformidade com as normas legais. . Portanto, o Estado tem condições de identificar cada uma dessas sirtuações e de sancioná-las, em conformidade com a legislação de um Estado de Direito, como tem de sancionar os agentes prevaricadores, que atribuíram pensões excessivas. . Mas, é completamente diferente a situação face aos cidadãos que celebraram contratos com o Estado. Esse contrato consistia em que, ano após ano, e por catorze vezes em cada ano, o cidadão entregava ao Estado uma quota das suas poupanças, para que o mesmo Estado, ao fim dos quarenta anos de desconto lhe devolvesse essa massa de poupança em parcelas mensais, havendo dois meses em que era a dobrar, como acontecera com os descontos. . E tem de ser assim durante o tempo em que o cidadão estiver vivo e, em parte mais reduzida, mas tirada, ainda, da mesma massa de poupança individual, enquanto houver cônjuge sobrevivo. ~. E esta pensão tem o valor que o Estado, em determinado momento, comunicou ao cidadão que passava a receber. Não tem o valor que o cidadão tivesse querido atribuir-lhe. - Portanto, o Estado Português, pessoa de bem, que sempre foi tido como modelo de virtudes, exemplar no comportamento, tem de continuar a honrar esse estatuto. . Para agradar a quem quer que seja que lhe emprestou dinheiro para fazer despesas faraónicas, que permitiram fazer inumeráveis fortunas e deram aos políticos que assim se comportaram votos que os aconchegaram no poder, o Estado Português não pode deixar de honrar os compromissos assumidos com esses cidadãos que, na mais completa confiança, lhe confiaram as suas poupanças e orientaram a sua vida para viver com a pensão que o Estado calculou ser a devida. . As pensões que correspondem aos descontos que cada qual fez durante a vida activa nunca poderão ser consideradas excessivas. Esses Pensionistas têm de merecer o maior respeito do Estado. Têm as pensões que podem ter, não aquelas que resultariam do seu arbítrio. . E é este o raciocínio de pessoas honestas. Esperam que o Estado sempre lhes entregue aquilo que corresponde à pensão que em determinado momento esse mesmo Estado, sem ser coagido, lhes comunicou passariam a receber na sua nova condição de desligados do serviço activo. Ou seja, a partir do momento em que era suposto não mais poderem angariar outro meio de sustento que não fosse a devolução, em fatias mensais, do que haviam confiado ao Estado para esse efeito. . Os prevaricadores têm de ser punidos, onde quer que se situem todos quantos permitiram que, quem quer que seja, auferisse pensão desproporcionada aos descontos feitos, ou mesmo, quem sabe, sem descontos. Sem esquecer, claro está, os beneficiários da falcatrua. . Mas, é impensável num Estado de Direito que, a pretexto dessas situações de extrema irregularidade, vão ser atingidos, a eito, todos aqueles que, do que tiraram do seu bolso durante a vida activa, recebem do Estado a pensão que esse mesmo Estado declarou ser-lhes devida. . Como é inadmissível que políticos a receberem ordenado de função, acrescido de benesses de vária ordem proporcionadas por essa mesma função, considerem que pensões obtidas regularmente, com valores mensais da ordem de 1.350 Euros proporcionam vida de luxo que tem de ser tributada, extraordinariamente. António Alves Caetano
Relatório por encomenda
Publicado ontem
Como é do domínio público, o relatório do FMI - que propõe inqualificável degradação da segurança social, da saúde e da proteção social, regressão no sistema de educação, mais desemprego, redução de salários, aumento dos horários de trabalho e fragilização da defesa e da segurança - foi encomendado pelo Governo
Duarte Lima recebe pensão vitalícia de 2.200 euros mensais desde os 39 anos
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Duarte Lima recebe todos os meses dois mil e 200 euros de pensão vitalícia. A subvenção foi atribuída em 1995 por ter sido deputado e líder parlamentar do PSD.
O advogado exerceu aquelas funções entre 1983 e
1995 e voltou à Assembleia da República alguns anos depois.
Recebe a pensão desde os 39 anos e no ano passado
terá sido o único rendimento que declarou às Finanças.
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2011/11/19/duarte-lima-recebe-pensao-vitalicia-de-2.200-euros-mensais-desde-os-39-anos
E depois lemos noticias destas: 4.5 milhões de portugueses pagos pelo Estado
E ALGO QUE FOI ESQUECIDO DIZER DESTA REFORMADA SE VIVER MAIS 40 ANOS......
Há, em Portugal reformas impossíveis, como algumas que
propõe o FMI. Mas há outras, que sendo mais abstrusas do que aquelas, são
reformas possíveis - como a da senhora presidente da Câmara de Palmela,
que depois de 26 penosos anos de trabalho, fica com uma reforma de 1859 euros
aos 47 anos de idade. Ana Teresa Vicente, socióloga de profissão e autarca
desde 2001, consegue este direito por uma norma que faculta aos políticos a
contagem do tempo a dobrar para efeitos de reforma (o PCP, partido a que
pertence a autarca, foi e é contra a norma, mas a ideologia, já se sabe, só é
útil quando convém para efeitos de obtenção de reforma).
E pronto. Havia uma raspadinha que dava 1500 euros mensais por
10 anos, mas este prémio é mais chorudo. Se Ana Teresa viver mais 40 anos, aufere do Estado
um prémio de pouco menos de um
milhão de euros. Bom prémio, e a
que muita gente que trabalhou 40 anos e não tem nem metade (e outros que nem
reformados ainda podem ser) deve deixar cheios de inveja.
E, aqui entre nós, eu penso que é devido a reformas destas que
uma boa parte das outras reformas (as do FMI) são impossíveis de levar neste
país. É que se o Estado diminui o seu peso, lá se vão estas e outras
regalias.
Mário Soares mantém-se internado em situação estável
13.01.2013 10:32
Mário Soares continua internado por precaução no Hospital da Luz, em Lisboa. O antigo Presidente da República foi hospitalizado com sintomas de má disposição e alterações de tensão arterial. Ao longo do dia de sábado fez exames complementares de diagnóstico. A situação não é considerada grave mas de alguma preocupação, dada a idade de Mário Soares, 88 anos. O Hospital da Luz remeteu para esta manhã um novo boletim clínico. Carla Rodrigues está junto ao estabelecimento hospitalar e conseguiu apurar junto de um familiar que a situação clínica do histórico socialista é estável.
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