sábado, 27 de outubro de 2012
Quinta-feira, 25 de Outubro de 2012
Governo Passos/Portas – Hienas...
Para este governo de hienas, o pagamento de um
vencimento mensal não é a devida retribuição do trabalho, mas sim uma
despesa. Uma prestação social, como um subsídio de desemprego, apoio na
doença, na educação, não é a devida retribuição pelos impostos,
contribuições e taxas que copiosa e pesadamente pagamos... mas sim uma
despesa.
A cabeça dos canalhas e ultraliberais em geral, funciona assim!
Daí que seja natural ver atirar o barro à parede com “propostas” de redução drástica do subsídio de desemprego, capazes de fazer corar e gaguejar até alguns apoiantes do governo. Logo seguidas da recorrente farsa do "recuo", farsa ainda mais rasca, quando é anunciado, no mesmo momento, um corte equivalente, sem que se diga onde.
Daí que seja natural que o governo pretenda reduzir o valor do Rendimento Social de Inserção (RSI) em 6% e o complemento solidário para idosos em 2,5%.
Manda a demagogia balofa e populista (mas nem por isso menos criminosa!) deste
governo que, para tentar fazer os portugueses engolir este “xarope”
nojento, se tente fazer crer que a esmagadora maioria da “despesa”
pública é destinada aos vencimentos da “função pública” e “apoios
sociais”.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão
que aquilo que eles declaram despesa com a “função pública” é toda a
“despesa” com os vencimentos dos funcionários, sim... mas que aqui estão
incluídos os trabalhadores que estamos habituados a identificar como
Funcionários Públicos, mais os professores do ensino público, os médicos
dos SNS, os polícias, os militares, juízes, funcionários judiciais,
deputados, etc., etc., etc., a que se junta toda a “despesa” para fazer
funcionar esses sectores, desde a pequena escola básica ou do centro de
saúde mais remoto, ao moderno "campus" da Justiça no Parque das Nações.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão
que aquilo que eles declaram despesa com os “apoios sociais”, não são
esmolas do Estado, mas sim o pagamento devido aos reformados e
pensionistas que trabalharam e pagaram impostos toda uma vida e àqueles
que, fruto das miseráveis políticas destes governos, ou da má gestão do
patronato parasita, caem no flagelo do desemprego, tendo direito a um subsídio de desemprego digno.
Claro que há dificuldades! Todas as contas e previsões
do executivo estão erradas! A austeridade cega deste governo, com o
brutal corte de poder de compra provocado pelas desumanas subidas nos
impostos, a contracção do consumo, as
falências de milhares de pequenas empresas e mais, cada vez mais
desemprego, reduzem drasticamente as receitas que o Governo “esperava”
ver entrar nos cofres das Finanças.
Claro que, para este governo, a culpa da redução na
receita fiscal esperada não é das falências, nem do desemprego
crescente, nem do empobrecimento. A culpa é dos portugueses, que “não estão dispostos” a pagar impostos... a fazer fá nesta frase lapidar (pena que não seja!) do ministro das Finanças, Vítor Gaspar:
De facto, Portugal está confrontado com sérias dificuldades. Estou convencido de que uma das maiores... é ter como ministro das Finanças um fanático sem um pingo de vergonha na cara!
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Vitor Gaspar
Ao mesmo tempo que Paulo Campos dá entrevistas com este
teor, queixando-se de ganhar tão mal que necessita do apoio dos pais
para conseguir dar uma boa educação aos filhos… afinal, vem a lume que o
ladino ex-ajudante de Sócrates no Governo, tem como média de ganhos
mensais nos últimos anos, qualquer coisa como 8.000 euros.
Para este tipo de gente e este tipo de estórias, já começam a faltar os adjectivos.
Diria, no entanto, que é mais um caso para nos mostrar (como se ainda fosse preciso!) que nenhum dos governos do “centrão”, que nos têm desgovernado desde 76, num interminável “alterne” entre PS, PSD e CDS, tem o exclusivo de governantes sem vergonha na cara.
Diria ainda, dados os montantes de que o senhor Paulo
Campos parece necessitar para a educação dos filhos, que espero bem que
os pobres coitados não fiquem deteriorados irremediavelmente... por excesso de educação!
É que no caso de Vítor Gaspar (só a título de exemplo), o «enorme investimento» que Portugal fez na sua educação e que ele, desgraçadamente, faz questão de “retribuir”… deu na tragédia que vemos todos os dias!
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Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012
Passos Coelho – Um pequeno lacaio
Sei que não sou o primeiro... mas também eu começo a pensar que a acção de
Passos Coelho à frente do Governo não corresponde a qualquer convicção,
mas antes a uma tarefa bem definida: destruir a economia portuguesa,
para entregar de bandeja a nossa soberania (o que resta dela) e o
património que ainda não foi vendido a retalho, ao grande poder
económico da Alemanha e dos demais especuladores sem pátria.
Perante a denúncia do mal que a austeridade está a fazer
ao país, nomeadamente quanto à recessão e ao desemprego, responde,
insolentemente, que isso é uma “verdade de La Palisse”... faltando ao respeito a toda a gente que a sua política vai atirando para a pobreza e para o desespero.
Numa altura em que espanhóis, gregos, ou até o Presidente francês, questionam as políticas e prazos da troika,
políticas e prazos que estão a asfixiar as economias, os trabalhadores,
os reformados e os jovens de todos os países intervencionados... Passos
Coelho, em vez de se colocar ao lado destes, criando um “bloco” com
maior capacidade reivindicativa e negocial perante atroika, demarca-se de todos, critica-os mesmo, e em público.
O traste gaba-se de ter ido para uma cimeira e não ter abordado nenhum "problema português". Em vez de se juntar aos agredidos, junta-se aos agressores, como se fosse uma sombra de Merkel e do seu ministro das Finanças.
O primeiro-ministro português é um inútil. É um traste. É um vendido. É um lacaio. É um traidor. É um “miguel de vasconcelos”.
O 1º de Dezembro está próximo.
Abra-se uma janela!!!
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Sejam sérios! Não digam que não há alternativas à política de desastre do governo PSD/CDS
Não digam que não há alternativa à
vossa política. Assumam que essa alternativa não cabe nos vossos
preconceitos ideológicos, nas vossas opções de classe, no quadro do
neoliberalismo e da submissão do País aos ditames de uma União Europeia
dirigida pela Alemanha e o Directório das grandes potências.
Não digam que não existe a
alternativa quando vos confrontamos há anos com propostas alternativas
em todas as áreas e sectores da economia nacional, em todas as funções
do Estado, nas opções estratégicas fundamentais da integração
capitalista europeia.
A alternativa faz-se lutando
Outros afirmaram, noutros tempos, que não havia alternativas às suas políticas.
Durante quase cinco décadas Salazar
dizia que não havia alternativa à ditadura. Afinal houve, com o 25 de
Abril, a liberdade e a democracia.
Afirmavam que não havia alternativa à
guerra colonial, o 25 de Abril provou que havia, com o fim da guerra e a
paz e cooperação com os povos antes explorados e colonizados.
Afirmavam que não havia alternativa
ao subdesenvolvimento, ao atraso, ao analfabetismo, à elevada taxa de
mortalidade infantil. O 25 de Abril veio mostrar que havia.
E é assim! O deputado Agostinho Lopes só não me dá mais razões para o
admirar e gostar dele... porque não ou ouço ou vejo mais vezes!
Para quem não o ouviu, pode ler aqui o texto integral, ou ver o vídeo.
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Paulo Portas - Um grande e continuado esforço
Depois de assistir a esta viabilização serôdia do Orçamento, por parte de Paulo Portas, numa evidente «manobra» oportunista, apetece-me fazer uma adaptação livre duma velha anedota alentejana:
- Ó senhor Portas. Porque é que encena e protagoniza estas farsas?
- É para ficar parecido com um estadista que se preocupa com o povo... e ficar mais importante!
- Então... porque é que não fica?!!!
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Quinta-feira, 18 de Outubro de 2012
Van Zeller – Um vulgar vadio
Os Estaleiros de Viana do Castelo e os seus trabalhadores poderiam ter
outra vida, bem mais desafogada e feliz, não fosse o facto de terem a
infelicidade de serem joguetes nas mãos criminosas dos interesses do
capital internacional e dos seus lacaios nacionais, que os querem ver
liquidados.
Este vadio, Van Zeller ex-drigente
da CIP e presentemente com um lugar na comissão que planeia e organiza a
destruição dos Estaleiros de Viana do Castelo, diz que «muito pior do que o passivo dos estaleiros, são os seus trabalhadores e um “sindicato comunista violento”».
Evidentemente, os trabalhadores querem vê-lo longe e o PCP já pediu a demissão do escroque.
A nojeira é tal... que até membros deste Governo se demarcam das declarações do vadio.
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Pequena pausa para uma notícia “estrangeira”
Façamos um pequeno parêntesis na actualidade nacional, para uma notícia da qual, quase aposto, estou a ser um dos raros, muito raros, “meios de comunicação social”.
Há uns dias tiveram lugar na República Checa eleições
regionais, disputadas em duas voltas, sendo que a segunda vai ter lugar
nos próximos dias 19 e 20 deste mês.
Assim por alto, direi que a coligação de direita,
presentemente no poder, levou uma trepa desgraçada. O Partido
Social-Democrata, uma espécie de PS... ou algo assim... vai à frente na
primeira volta. Em segundo, com uma média mais ou menos regular de 20%, pasme-se!, está o Partido Comunista da República Checa e da Morávia. Direi ainda que em várias das maiores divisões administrativas, foram mesmo os comunistas a ficar em primeiro lugar.
Curiosamente, descobri esta novidade, por acaso, numa entrada de um amigo, no “facebook”,
que para além da notícia, deixa uns links para jornais... mas naquela
língua “maluca” que se fala lá para as bandas da República Checa. Deixei
passar os dias, para ir tentando encontrar notícias do acontecimento,
mas o melhor que consegui, espremendo diariamente o agregador de
notícias do “google”, foi um link para uma página electrónica de uma rádio chamada “Voz da Rússia”, onde, para além da notícia sobre os resultados da primeira volta das eleições, dão conta de uma das reacções “lógicas” a esse facto: o ataque, por piratas informáticos, à página de internet, do Partido Comunista Checo.
Termino com três apontamentos simples:
1. Um grande abraço de parabéns aos amigos comunistas checos!
2. Não
consigo entender por que diacho de razão nenhum, mas mesmo nenhum
jornal português, rádio ou televisão, ouviu sequer falar desta
notícia...
3. Parafraseando pela enésima vez o pobre do senhor Mark Twain... as notícias sobre a morte do comunismo, foram manifestamente exageradas!
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2012
Isaltino Morais – Deixem o coitado do homem em paz!
Apesar de o Ministério Público defender que Isaltino já deveria estar preso,
o homem tentou mais uma manobra para se livrar da justiça, justiça que
se algum dia chegar, chega tão tarde, que nem será mais uma justiça
digna do nome.
Desta vez vai contestar a existência de um crime que tinha antes admitido e pelo qual já foi condenado.
Como eu o compreendo!!!
Perante os profusos exemplos de colegas de partido,
ex-deputados, ex-ministros, secretários de Estado e seus derivados,
arvorados em banqueiros, gestores e demais sub-produtos... perante,
sobretudo, o exemplo do Governo do seu partido, cujos roubos e demais
crimes continuados estão a arrastar o país para a miséria e os
portugueses para o desespero, o pobre homem deve sentir-se tão inocente
como o escuteiro mais ingénuo da “alcateia de lobitos"... digno, não de prisão, mas sim de uma menção honrosa!
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Orçamento e Cultura – De concessão em concessão...
Quando nasci ainda soavam no ar os ecos de uma frase
que, a par com a célebre “O trabalho liberta”, escrita numa tabuleta à
entrada de um campo de extermínio, é uma das grandes ideias-força do
nazismo:
“Quando ouço falar em cultura, saco o revólver”
O monstro que inspirava estas frases não morreu. Anda
pelo mundo, correndo em círculos desesperados, tentando encontrar
brechas por onde se infiltrar nos cérebros, tentando tirar partido das
contradições e dificuldades das sociedades.
Portugal não é excepção. O
ridículo, vergonhoso e residual orçamento para a “cultura”, inscrito
neste crime disfarçado de Orçamento Geral do Estado que o governo
PSD/CDS pretende cometer contra os portugueses, é bem a prova disso.
Como se não bastasse o continuado desrespeito para com os criadores e produtores de cultura, agravado pela insolência de nem se saber ao certo qual
é o montante que estará disponível para a SEC, vem agora o irrelevante
Viegas defender que o Património Cultural é “desígnio nacional”... logo,
como parece evidente naquelas cabeças, é a coisa mais adequada para concessionar à gestão de privados.
Gostaria de dizer, em primeiro lugar, que todos os
partidos da oposição, independentemente de terem ou não reais
perspectivas de chegar ao poder, deviam registar, como se fosse uma “pré-lei”,
a garantia de que quaisquer entidades privadas que tiverem, entretanto,
deitado as mãos a qualquer parcela do Património Nacional, serão
corridas sem direito à mais pequena indeminização, logo que este governo
de bandidos for apeado. Talvez arrefecesse os apetites.
Diria ainda que este deplorável declínio cultural e
político, que leva estes calhordas a achar que o Património Cultural é
passível de ser concessionado e transformado em mais um negócio para os
amigos, deve-se a muitos factores, mas, também, ao facto de tantos de
nós, durante tanto tempo, termos feito tantas “concessões”.
Já chega!
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Terça-feira, 16 de Outubro de 2012
Adriano Correia de Oliveira – Sempre!
Hoje é um dia especial para cantar e lembrar o Adriano,
sobretudo para aquelas e aqueles para quem todos os dias são bons para o
fazer.
Pela parte que me toca, nos (já!) 40 anos ininterruptos de actividade e nas muitas centenas de actuações que levo no mundo das cantigas, podem contar-se pelos dedos as vezes em que não tenha cantado o Adriano, ou o Zeca, ou os dois.
Apesar de não estar anunciado no cartaz, chegou ainda a
colocar-se a possibilidade de estar presente. Infelizmente, confirmou-se
a pior das hipóteses... e não poderei estar!
Se este texto conseguir somar uma pessoa que seja ao público que vai estar na Academia de Santo Amaro... ficarei satisfeito.
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OE 2013 – Massacre indigno de Abril
Aí está o monstruoso e criminoso Orçamento de Estado para 2013! Diz o PCP que é «Indigno do 25 de Abril». Dizem Os Verdes que é um «verdadeiro massacre às famílias». Diz o BE que é o «maior ataque jamais feito por um Governo ao país na História da democracia». Todas as críticas são justas! Toda a resistência é urgente!
Já muito se escreveu e disse sobre o que este crime
significa. Em número de trabalhadores sem trabalho, atirados para o
desespero. Em número de trabalhadores com trabalho, empurrados para a
pobreza. Em número de doentes sem acesso a cuidados de saúde. Em número
de jovens sem futuro. Em micro, pequenos e médios empresários,
condenados à falência. Uma economia moribunda. A emigração dos mais
aptos.
Gaspar, o demagogo barato e insolente, lerdo lacaio da troika, diz que «Recusar este orçamento é recusar o programa de ajustamento negociado com a troika». Por mim... vou nessa!!!
Estando tudo, ou quase tudo dito e escrito, fica esta
imagem de um “governo” de fanáticos que, qual bando de criminosos
encurralados, em vez de renderem perante os resultados catastróficos dos
seus crimes, resolvem adoptar a estratégia desesperada da “fuga para a frente”, o que, como se sabe, sobretudo envolvendo gangsters em desespero, resulta em verdadeiros “banhos de sangue”.
Não deixarão de ser julgados pela História... embora eu preferisse vê-los julgados já... e por qualquer coisa muito mais imediata e concreta do que apenas a História!
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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2012
Momento de divulgação científica
Impossível ficar indiferente a essa brilhante, nova e indiscutivelmente científica definição de “buraco negro”, ou, muito simplesmente, “vazio total”:
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Cavaco,
o humor lava a alma,
para espairecer
Cardeal Patriarca - Graças a “deus”... sou ateu!
Graças a “deus”... sou ateu! Passe a provocação,
esclareço que não é, evidentemente, graças a uma entidade em cuja
existência não acredito que sou ateu, mas, seguramente, graças aos
profusos e recorrentes exemplos de gente que, ao longo da minha já longa
vida, tenho visto com nome do tal seu “deus” sempre junto à boca...
porém, muito longe dos actos.
Mas passemos ao prato principal:
O senhor José Policarpo, que presentemente
defende em Portugal os interesses do Estado do Vaticano, uma potência
estrangeira para a qual trabalha com a categoria profissional de
Cardeal, declarou que «não se considera competente» para falar de política. Está no seu direito.
No entanto, quanto mais não seja para provar que no seu
gabinete de trabalho, a falta de vergonha está longe de ser um bem
escasso, não se coíbe de criticar aqueles que se opõe à política vigente. Ou seja:
Ao mesmo tempo que papagueia a receita governamental
segundo a qual esta política e a sua mais visível consequência, uma
austeridade selvática ao serviço dos poderosos, é inevitável, mas vai no
bom caminho (embora se recuse a pagar o IMI que,
pelos vistos, só é “inevitável” para os outros), trata de produzir
pérolas como estas, dedicadas aos milhares e milhares que protestam:
«Até que ponto construímos uma saúde democrática com a rua a dizer como se deve governar? Isso é perfeitamente fora da nossa constituição e da compreensão do nosso sistema democrático. O que está a acontecer é uma corrosão da harmonia democrática da nossa constituição e do nosso sistema constitucional»
… ou esta pequena maravilha…
«A reacção colectiva a este momento nacional dá a ideia de que a única coisa que se pretende é mudar, mudar o Governo. Meus queridos amigos, não sei se é esse o caminho, nem tenho opinião a esse respeito. Sejamos objectivos e tenhamos esperança, porque penso, e há sinais disso (???), que estes sacrifícios levarão a resultados positivos - não apenas para nós, mas para a Europa»
Portanto, como se pode ver, o número de fanáticos que acredita na cartilha de Passos e Gaspar, já tem mais um adepto fervoroso.
Permitam que agora me dirija directamente ao "incompetente" pensador.
Apetece-me aconselhá-lo, senhor cardeal, a lavar a boca sempre que tiver estes impulsos para invocar o nome da Constituição em vão. Exactamente a constituição que garante aos portugueses o direito à manifestação! Quando
lhe vier essa vontade irresistível de invocar em vão alguma coisa,
limite-se ao que vocês já fazem há séculos e com inegável competência: invocar em vão o nome do vosso “deus”.
Senhor Policarpo, não quero aventurar-me em adjectivos… a não ser que acho estas suas posições (mais) uma nojeira! Nojeira que, curiosamente, rima com Cerejeira, Cerejeira que, curiosamente, também era cardeal e abominava os "contestatários". Lembra-se dele, senhor Policarpo?
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Domingo, 14 de Outubro de 2012
Enquanto há força
Hoje convoco – como já ontem fiz na Praça de Espanha – o Zeca.
Hoje não há adjectivos.
Hoje há esta cantiga, dedicada a todas e todos os que
estiveram a encher (e eram tantos!) o enorme recinto e a todos e todos
os que passaram pelo palco. Dedicada também a todos os outros, que
perderam o espectáculo, que têm perdido o protesto... mas que ainda estão mais do que a tempo de não perder o resto das suas vidas.
Bom domingo!
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As músicas 2
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- Manifiesto (Victor Jara)
- You've got a friend (Stacey Kent)
- Le mal de vivre (Stacey Kent)
- Os eunucos (José Afonso)
- Cantiga para quem sonha (Luiz Goes)
- É preciso acreditar (Luiz Goes)
- Oblivion (Richard Galliano)
- Flight of the Bumblebee (Swingle Singers)
- Suzanne (Jorane)
- Oleo de mujer con sombrero (Silvio Rodriguez)
- Oblivion (Sol Gabetta)
- Amigo é pra essas coisas (MPB4)
- Roda viva (MPB4 e Chico Buarque)
- No volveré (Chavela Vargas)
- La flor de la canela (Juan Diego Flórez)
- Concerto op. 85 de E. Elgar (Alisa Weilerstein)
- No nos moverán (Joan Baez)
As músicas 1
- Avec le temps (Youn Sun Nah)
- Sem compromisso/Deixe a menina (Chico Buarque e Mart'nália)
- Meu mundo é hoje (Teresa Cristina)
- My Valentine (Paul McCartney e Natalie Portman)
- I got rhythm (Fiona Monbet)
- Malo (Bebe)
- Nuit et brouillard (Jean Ferrat)
- Suite nº4 para alaúde de J.S.Bach (Ana Vidovic)
- Cry me a river (Brad Mehldau)
- Cry me a river (Julie London)
- Aimer à perdre la raison (Nolwenn Leroy e Maurane)
- La segunda independencia (Inti-Illimani)
- Where have all the flowers gone (Marlene Dietrich)
- Sous le ciel de Paris (Juliette Gréco)
- Mediterrâneo (Ana Belén e Joan Manuel Serrat)
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- Epígrafe para a arte de furtar (José Afonso)
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- Padam, padam (ZAZ)
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- Chamateia (António Zambujo)
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- Göttingen (Barbara)
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- Beautiful that way (Noa)
- A morte saiu à rua (José Afonso)
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- Tatuagem (Elis Regina)
- Canción del elegido (Sílvio Rodriguez)
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- Bolero (Sungha Jung)
- Não canto porque sonho (Fausto e José Afonso)
- Que mundo é esse (Dudu Nobre)
- Lamento da lavadeira (Dudu Nobre)
- Primavera - Quatro estações (Carmel)
- Milonga Gris (Tatiana Parra e Andrés Beeuwsaert)
- Já o tempo se habitua (José Afonso)
- A permuta dos santos (Mónica Salmaso)
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- Hacia la libertad (Inti-Illimani)
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- Te recuerdo Amanda (Presuntos Implicados)
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- Vivaldi - Concerto para violino em Lá menor (Alison Balsom)
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- No soy de aqui, ni soy de allá (Facundo Cabral)
- Pobrecito mi patrón (Facundo Cabral)
- Ai Deus, e u é? (Helena De Alfonso)
- Sposa non mi conosci (Philippe Jaroussky)
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- Balada da oliveira (Pedro Caldeira Cabral)
- Chopin, Valsa Op.64 Nº2 (Yuja Wang)
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- La Catedral (Ana Vidovic)
- Canción del poder popular (Inti-Illimani)
- Canto do amanhecer (Carlos Paredes)
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- África (Céu)
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- We shall overcome (Joan Baez)
- Oh pastor que choras (Fausto)
- O que será (Trio Esperança e Chico Buarque)
- Contracanto (Luis Cília)
- Danny Boy (Celtic Woman)
- Danny Boy (Declan Galbraith)
- Danny Boy (Eric Clapton)
- Danny Boy (Keith Jarrett)
- Danny Boy (Muppet Show)
- La maison sur le port (Sanseverino)
- Panis Angelicus (Chloe Agnew)
- Oh my darling Clementine (Taxi Taxi!)
- O charlatão (José Mário Branco e Sérgio Godinho)
- Mar e Lua (Mulheres de Hollanda)
- Le roi des aulnes (Hilary Hahn)
- Desenredo (Boca Livre e Roberta Sá)
- London, London (Cibelle)
- Carinhoso (Yamandu Costa)
- Una canción para Magdalena (Joaquín Sabina & Pablo Milanés)
- Rapsódia Concertante - 3. Dança (Monika Leskovar)
- Aimer à perdre la raison (Jean Ferrat)
- Khawuleza (Miriam Makeba)
- Maria, Maria (Elis Regina)
- Diz-me companheiro (Grupo Outubro)
- Valsas Venezuelanas 2 e 3 (Ana Vidovic)
- Otche Nash (Coral de São Domingos)
- Otche Nash (Academic Choir Un. of Niš)
- El derecho de vivir en paz (Victor Jara)
- El colibri (Anna Likhacheva)
- Prelude nº2 (Anna Likhacheva)
- Modinha (Roberta Sá & Yamandu Costa)
- Con toda palabra (Llasa de Sela)
- Tenho um primo convexo (Júlio Pereira)
- Desse fruto (Verónica Ferriani)
- Yo se quien soy (Alfredo Zitarrosa)
- Mosaico (Beatrice Mason)
- Manifesto (Victor Jara)
- Canção de madrugar (Susana Félix)
- Beatriz (Maria João e Mário Laginha)
- Mambembe (Chico Buarque & Roberta Sá)
- Prelude in C sharp minor (R. Hying-Ki Joo)
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- Roda Viva (MPB4 e Chico Buarque)
- Gracias a la Vida (Mercedes Sosa)
- Yo pisaré las calles nuevamente (Pablo Milanés)
- Ciranda da Bailarina (Fabíola Nascimento)
- Malka Moma (Neli Andreeva)
- Balada de Outono (José Afonso)
- Monangambe (Lura)
- Unicórnio azul (Sílvio Rodriguez)
- Which side are you on? (Pete Seeger)
- Prelúdio e Fuga em Lá menor (Lise de La Salle)
- Rondo Alla Turca (Mozart)
- Inventions (Nigel Kennedy e Juliet Welchman)
- Libertango (Richard Galliano)
- Orquestra Sinfónica - Kinshasa
- Chaconne (Hélène Grimaud)
- Sarabande (Glenn Gould)
- Panis Angelicus (Coro de rapazes de St. Philip)
- Away in a manger (duas versões)
- What a wonderful world (Eva Cassidy/Katie Melua)
- Les bonbons-1964 (Jacques Brel)
- Les bonbons-1967 (Jacques Brel)
- Cantemos até ser dia (Teresa Silva Carvalho)
- Aires de Lima (Fabiola Socas)
- Dueto (C. Buarque e Nara Leão)
- Graceland - African Concert (Paul Simon & Miriam Makeba)
- Pata-Pata (Miriam Makeba)
- L'hymne a l'amour (Maurane)
- Vilarejo (Marisa Monte)
- Quand il est mort, le poète (G. Bécaud)
- Mestre-Sala dos Mares (Elis Regina)
- Eh companheiro (Vários)
- Yo pisaré las calles nuevamente (Pablo Milanés)
- Llanto para Alfonso Sastre y todos (Samuel)
- Inquietação (José Mário Branco)
- Canción del Jinete (Paco Ibañes)
- Maricotinha (Dorival Caymmi e Chico Buarque)
- A vizinha do lado (Dorival Caymmi e Chico Buarque)
- Liberty Bell (John Philip de Sousa)
- Alípio de Freitas (Couple Coffee)
- Traz outro amigo também (José Afonso)
- Disparada (Jair Rodrigues)
- Oração da Mãe Menininha (Caetano, Bethânia e D. Canô)
- Humoresque (Itzhak Perlman e Yo-Yo Ma)
- Haiti (Caetano Veloso)
- La Muralla (Los Quillapayún)
- Passionaria (Ana Belén)
- Blues Clair (Biréli Lagrène)
- Cartomante (Elis Regina)
- Noches de boda (Joaquin Sabina)
- A cantiga é uma arma (Vários)
- Dear Mr. President (Pink)
- O mio bambino caro (Anna Netrebko)
- Meine lippen... (Anna Netrebko
- Manon (Anna Netrebko)
- Which side are you on (Pete Seeger)
- Poupée de cire, poupée de son (France Gall)
- Derniers baisers (Laurent Voulzy)
- Here comes the sun (George Harrison)
- Balada de Outono (Couple Coffee)
- Tu Gitana (Luar na Lubre)
- El pueblo unido jamás será vencido (Quilapayún)
- Começar de Novo (Jane Monheit)
- Non ho l'età (Gigliola Cinquetti)
- Bom Feeling (Sara Tavares)
- Jacksoul Brasileiro (Lenine)
- Carinhoso (Marisa Monte)
- Big Yellow Taxi (Joni Mitchell)
- A Bandeira do Divino (I.Lins, Simone, Z.Possi, J.Vercilo)
- Happy New Year (ABBA)
- Diga (João Gilberto & Bebel Gilberto)
- Goodbye (Oscar Peterson)
- Natal dos Simples (José Afonso)
- Oh Holly Night (Billy Gilman)
- You've got a friend (James Taylor)
- Os amigos (Operários do Natal - vários)
- Chove en Santiago (Luar na Lubre)
- Tous les garçons et les filles (Françoise Hardy)
- Ouvindo Beethoven (Manuel Freire)
- Dunas (Rosa Passos)
- Sur un prélude de Bach (Maurane)
- A vossa vontade será feita (Grupo Outubro)
- Avec le temps (Leo Ferré)
- Verdes Anos (C.Paredes/Q.Belle Chase)
- Blowin' in the wind (Katie Melua e Bob Dylan)
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- O bêbado e a equilibrista (Elis Regina)
- Meu caro amigo (Chico Buarque)
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