Crimeia: Putin não quer «para já» impor sanções aos EUA
Presidente russo diz que por enquanto vai refrear retaliações
O presidente russo afirmou, nesta
sexta-feira, que por enquanto vai refrear a imposição de sanções aos
norte-americanos em retaliação às medidas punitivas anunciadas pelos
Estados Unidos à Rússia, devido à anexação da Crimeia.
«Penso que não devemos responder para já», disse Vladimir Putin, citado pela agência russa Interfax.
Já
o primeiro-ministro Dmitri Medvedev foi dar conta, nesta sexta-feira,
ao presidente da dívida da Ucrânia, que ascende a 16 mil milhões de
euros à Rússia - 11 mil milhões relativos ao acordo de fornecimento de
gás em troca da utilização da base naval de Sebastopol, na Crimeia; três
mil milhões em Eurobonds; e os restantes dois mil são devidos diretamente à Gazprom.
A
Rússia anunciou ainda que está perto de acordar com a OSCE (Organização
para a Segurança e Cooperação na Europa) o envio de observadores à
Ucrânia.
«Está praticamente tudo acertado», adiantou o ministro
dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, depois de ter criticado os
pedidos do ocidente para o envio de observadores à Crimeia.
Entretanto,
a câmara alta do parlamento russo ratificou hoje por unanimidade o
acordo que anexa a Crimeia e Sebastopol à Rússia, um dia depois de
decisão idêntica na Duma, a câmara baixa.
Os 155 senadores do
Conselho da Federação (senado) presentes votaram a favor do acordo de
adesão assinado na terça-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin, e
pelos líderes da Crimeia e Sebastopol.
Com a aprovação pelo
Senado, o processo parlamentar para incorporar a península ucraniana da
Crimeia e o porto de Sebastopol na Federação Russa fica completo, e fica
apenas a faltar a promulgação das leis correspondentes pelo Presidente.
EM BAIXO: Vladimir Putin (Reuters)