7 Março 2010 - 00h30
Lourinhã: Psicóloga queixa-se de favorecimento
Vaga foi ocupada por filho de ministra
A presidente de uma associação que prestava apoio social numa escola da Lourinhã queixa-se de ter havido favorecimento na contratação de um psicólogo, filho da ministra da Saúde, Ana Jorge. Não houve concurso público e a vaga foi preenchida por nomeação do director do estabelecimento de ensino, de acordo com a lei. "Era uma questão moral fazerem-me a proposta a mim, dado que eu estou lá há três anos sem ser remunerada e sempre elogiaram o meu trabalho", explicou ontem ao CM Raquel Mendes.
A psicóloga, de 38 anos, tem um mestrado
"A escola sempre teve conhecimento do meu desejo de, se e quando houvesse disponibilidade de verba, ser remunerada pelo meu trabalho, aspiração que penso ser legítima. Muitas vezes fizeram crer que tal aconteceria, se houvesse condições", afirma Raquel Mendes. Porém, a 24 de Fevereiro foi informada de que a escola tinha contratado um psicólogo, ao abrigo de uma lei publicada em Julho 2009, que autoriza a utilização de verbas para a prestação de assessorias técnico-pedagógicas, nomeadamente na área de psicologia, sem recurso a concurso.
"O que mais me intriga é o facto de o psicólogo contratado [Miguel Jorge] ser filho da ministra da Saúde, que também é a presidente da Assembleia Municipal da Lourinhã", diz Raquel Mendes.
Pedro Damião, director da escola, já veio a público contestar a acusação: "Não contratei o filho da ministra, contratei um psicólogo em cujo trabalho acredito." A actual direcção diz desconhecer que a queixosa desejasse preencher aquele lugar.
PORMENORES
SILÊNCIO
O CM pediu ontem ao Ministério da Saúde uma reacção da ministra Ana Jorge a esta polémica, mas não obteve resposta.
AUSENTES
O ‘CM’ tentou, mas não conseguiu contactar ontem Miguel Jorge e o director da escola.
Francisco Gomes
17 Março 2010 - 01h47 | fernando correia
É uma vergonha!Por muito menos demitiu-se o MNE do Governo PSD! Ao que isto chegou!!!
17 Março 2010 - 01h24 | Julio Vasco
E a grandeza de um País vê-se em "pequenas coisas".