sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Friday, 21 October 2011

OS NOSSOS BONS RAPAZES (OU OS MAUS CHOURIÇOS DA PRAÇA LUSA)

Adivinha do dia
-
Tem um processo em curso de investigação
1 - Negou coisas que o seu chefe disse
2 - Esteve muito ligado a um grande partido
3 - Sabe fazer umas cantarolas
4 - Também sabe jogar golfe
5 - Desde há uns meses nunca mais se ouviu falar dele

· De quem falamos ????
(...ver resposta abaixo ...)
[]Resposta:
· · - Dias Loureiro!...

A viver actualmente à grande e à fartazana em Cabo Verde.


É o dono do maior Resort Turístico da Ilha do Sal...

( ... é aquela ilha, daquele país africano onde o BPN criou umas "sucursais" e um banco mais ou menos virtual, com que se faziam umas operações de lavagem e fugas ao fisco, etc. etc... )


· PS: Alguém dá por ele na nossa imprensa O que nos leva a pensar tal esquecimento..?

Como vêem é fácil fazer esquecer um roubo superior a mais de 4 mil milhões de euros, quando se tem amigos...por todo o lado...

Vá passando para os esquecidos se irem lembrando!...

ENTREVISTA COM OSCAR CARDOSO EX-PIDE


Bruno Oliveira Santos: A PIDE tinha- entre corpo directivo, agentes, pessoal administrativo e auxiliar- cerca de 2.500 efectivos. Isto não era uma enormidade para um país como Portugal?

Óscar Cardoso: Com os agentes do Ultramar, talvez fossem quase 3.000 efectivos. E este número não é nenhuma enormidade. Não se esqueça que Portugal ia do Minho a Timor. Estando hoje Portugal reduzido às fronteiras do tempo de D. Afonso III, sabe quantos homens tem a GNR? Cerca de 30.000. E sabe quantos tem a PSP? Mais de 20.000. Some-lhes ainda os da Polícia Judiciária, que não sei quantos são.

B.O.S: Como é que se processava a entrada na PIDE?

O.C: O exército, nas suas ordens de serviço, publicava convites, dirigidos sobretudo a oficiais milicianos, que no caso de estarem interessados em ingressar no quadro da PIDE deveria submeter-se depois a concurso. Isto no caso de candidatos provenientes do exército, porque ingressaram na PIDE vários ex-agentes da Polícia Judiciária e da GNR, como é o meu caso.

B.O.S: No caso de virem do exército, era preciso a abonação de um oficial.

O.C: Pois era. Exigia-se, de facto, a abonação de um oficial, até porque o candidato necessitava de ter uma folha militar limpa.

B.O.S: É verdade que vários oficiais que se destacaram depois do 25 de Abril, como Vasco Gonçalves, abonaram a entrada de diversos agentes?

O.C: Eu nunca vi nenhuma abonação assinada pelo Vasco Gonçalves, mas conheci na prisão um agente, o Augusto Queirós, de Portalegre, que me disse que tinha sido abonado precisamente pelo Vasco Gonçalves.
O Costa Gomes, esse então, deve ter abonado muitos. Principalmente candidatos provenientes de Angola, no tempo em que ele era comandante-chefe.

B.O.S: Os informadores tinham um peso significativo na resolução dos problemas?

O.C: Há que distinguir dois tipos de informadores: aqueles que fornecem informações por entenderem que o devem fazer, sem terem sido solicitados para tal e sem exigirem qualquer pagamento, e aqueles que, como em qualquer Estado e em qualquer polícia, fornecem informações para ganhar umas coroas, ainda que sejam indivíduos bem formados. Porque também há informadores angariados na ralé, como são quase todos aqueles que colaboram hoje com a Polícia Judiciária: a gatunagem, os traficantes de droga, que se denunciam una aos outros.
Nenhum Estado sobrevive sem informação. Ora, sem informadores não há informação. Por isso, como qualquer polícia, a PIDE também tinha informadores, inclusivamente no Partido Comunista. Agora, se me pergunta qual o peso que esses informadores tinham dir-lhe-ei que eles eram catalogados de acordo com a qualidade das informações. Havia indivíduos cujas informações batiam sempre ou quase sempre certo e outros cujas informações não tinham qualquer veracidade.

B.O.S: É verdade que os ficheiros da PIDE- os chamados Dossiers Individuais de Controlo- tinham informações sobre mais de um milhão de portugueses?

O.C: Não faço a mínima ideia. Quando entrei para a PIDE fiz um estágio em todos os departamentos e passei também pelos serviços reservados, mas nunca me forneceram qualquer indicação sobre o número de ficheiros existentes.

B.O.S: Esses ficheiros podiam ser consultados livremente por qualquer agente?

O.C: De maneira nenhuma. Estavam reservados à consulta pelos inspectores que estavam nessa divisão. A prática era esta: se um inspector de outra divisão pretendia consultar um ficheiro, tinha de preencher um documento de requisição para o efeito, que era depois arquivado.

B.O.S: Todos esses ficheiros desapareceram...

O.C: Os ficheiros desapareceram porque a sua revelação punha a descoberto os crimes e os vícios de muitos impolutos lutadores antifascistas, alguns deles bufos da PIDE. Os ficheiros importantes foram, como sabe, para a União Soviética. Os que vieram para a Torre do Tombo são refugo.
Desapareceu o processo secreto do navio Angoche, em cujo afundamento estava implicado o PCP; desapareceu o processo do dr. Álvaro Cunhal; desapareceu o processo que comprometia o bando de Argel na morte do general Humberto Delgado; desapareceu o processo de Júlio Fogaça, militante do PCP, preso com o namorado, que era um soldado de Cavalaria 7; desapareceu o processo que demonstrava que a famosa fuga de Peniche fora preparada pela PIDE; desapareceu o processo do Jean Jacques Valente, que estava preso por homicídio, e que depois do 25 de Abril foi credenciado para interrogar os funcionários da PIDE, em Caxias...
Por outro lado, apareceram muitos ficheiros- fabricados e introduzidos nos arquivos depois do 25 de Abril- para dar um estatuto de mártir e de torturado a muito menino que nunca pôs os pés na António Maria Cardoso! Sabe que esses mártires têm hoje direito a benefícios fiscais e pensões do Estado? Talvez isto ajude a explicar a inflação de torturados...

B.O.S: Quer dizer que a tortura não era uma prática institucionalizada na PIDE?

O.C: É claro que não. Um dia vi na televisão uma velhota a mostrar as cicatrizes causadas por queimaduras de cigarro que lhe haviam sido feitas pelos torcinários da PIDE. Uns dias depois, a mesma velhota dizia nos jornais que recebera 40 contos do Partido Comunista para mostrar as queimaduras, que afinal foram provocadas por azeite a ferver num acidente doméstico. É que com estas mentiras que se faz a história! Olhe, eu servi na GNR e na PIDE. Onde eu vi grandes sovas foi na GNR. A PIDE era uma polícia semelhante à de muitos outros países democráticos. A França tinha o SDECE e o DST, a Inglaterra tinha o II5 e o DI6, os Estados Unidos da América tinham e têm a CIA e o FBI. Todas estas polícias faziam ou fazem ainda investigação, informação, espionagem e contra-espionagem. Afinal, éramos diferentes em quê? Fazíamos escutas telefónicas? Fazem-nas hoje todos os serviços de informação dos países democráticos. E Portugal não é excepção!
Com estas atordoadas de tortura e de escutas telefónicas que se lançam para o ar ninguém repara que hoje mesmo se está a formar uma nova polícia à escala mundial que, utilizando meios informáticos poderosos e altas tecnologias, controla facilmente a própria vida privada de cada um de nós. Mas como tudo é feito em nome da democracia, ninguém parece estar muito preocupado...
Os horrores da PIDE continuam a ser propagados para justificar a revolução e esconder as misérias destes últimos 25 anos. Não fomos nada do que dizem. Fomos, sim, uma das três melhores polícias do mundo. Prestámos relevantes serviços ao país.

B.O.S: A PIDE perseguiu os emigrantes?

O.C: Não. Perseguiu apenas os chamados engajadores, indivíduos sem escrúpulos que exploravam os que pretendiam emigrar e os sujeitavam a condições desumanas. Em relação aos emigrantes, nunca tomámos qualquer medida persecutória. Foram à nossa sede várias mulheres e mães de emigrantes pedir ajuda para visitar os seus maridos e filhos no estrangeiro. Recorriam a nós porque sabiam que, para além de assegurarmos o serviço de fronteiras, tínhamos competência para emitir passaportes.
Lembro-me de um caso que vale a pena contar. Apareceu um belo dia na PIDE uma senhora idosa com um semblante pesaroso. O marido, que estava em França, sofrera um acidente e estava internado no hospital. A senhora queria ir vê-lo, mas não tinha dinheiro suficiente para os gastos. Os nossos serviços emitiram-lhe um passaporte especial, arranjaram-lhe um farnel, acompanharam-na a Santa Apolónila e compraram-lhe o bilhete. Não foi caso único.

B.O.S: São constantemente referidos os casos de Dias Coelho e de Ricardo dos Santos para demonstrar a mão pesada da PIDE.

O.C: Em nenhum dos casos houve a intenção de matar. O Dias Coelho era militante do PCP. Dois agentes da polícia foram incumbidos de o prender. Contudo, a operação correu mal porque, avistado o Dias Coelho, um dos agentes não esperou pela colaboração do colega e decidiu actuar sozinho.
Apercebendo-se da situação, o Dias Coelho agrediu esse agente, que caiu no chão. Entretanto, chega o colega e agarra o agressor. Nesse momento, o agente caído- certamente com os sentidos afectados pela queda- saca da pistola e dispara atingindo mortalmente o Dias Coelho. Só por acaso a vítima não foi o outro agente, o Manuel Lavado, que ficou ferido no braço.
O caso de Ribeiro dos Santos não é muito importante. Recebeu na PIDE um telefonema da secretaria do Instituto Superior de Economia (actual Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras) informando que os estudantes haviam detido naquela escola um agente da nossa polícia. Quem atendeu o telefonema esclareceu o funcionário da escola que não havia tratar-se de um agente da PIDE porque não introduzíamos agentes nas escolas. De qualquer modo, foram enviados dois homens ao local para averiguar o sucedido. Os estudantes tinham efectivamente raptado um indivíduo, que estava no auditório com as mãos atadas a um saco na cabeça. Os nossos agentes tentaram libertá-lo, tendo sido violentamente agredidos pelos estudantes. Um dos agentes, que já estava ferido, sacou da pistola e deu uns tiros para o ar, com o propósito de dispersar os agressores. Uma bala atingiu, por ricochete, o Ribeiro dos Santos.
Apurou-se depois que o Ribeiro dos Santos não estudava naquele Instituto. Parece que era aluno de Direito. Creio que estava ali como provocador. O indivíduo que os estudantes raptaram era um agente da PSP.

B.O.S: É curioso verificar que, enquanto se fala muito no caso Ribeiro dos Santos, não se diz uma única palavra sobre a morte de um outro militante do MRPP, Alexandrino de Sousa, assassinado depois do 25 de Abril por elementos da extrema-esquerda quando andava a colar cartazes em Lisboa.

O.C: Pois não. Depois do 25 de Abril já não havia a PIDE para carregar a culpa. Mas deixe-me dizer-lhe que, no caso Ribeiro dos Santos, as investigações foram conduzidas pela Polícia Judiciária, que enviou o processo para o Tribunal, tendo sido provada a legítima defesa do autor dos disparos.

(In - http://historiaeciencia.weblog.com.pt/arquivo/024854.html

4 Comments:

Blogger Kalaari said...

Só hoje descobri, por um acaso, este site. Sou jornalista (reformada) e por acaso, ao ler a entrevista com o Oscar Cardoso, lembrei-me que, quando ao serviço do Semanário "O País", fui a única e última jornalista que conseguiu entrevistar o Silva Pais, na prisão de Caxias, precisamente para tentar saber mais, sobre o desaparecimento do Angoche (trabalho que tinha entre mãos) ,bem como dados sobre o assassinato duma rapariga alentejana Olivia Maria Mestre, que eventualmente teria sido morta por saber demais. Na altura, o nome de Sergio Zilhão estava muito ligado a esta jovem. Tinha, portanto, conseguido muitos dados através duma investigação muito cuidada, que iria terminar com elementos que esperava vir a colher de Silva Pais.

6:30 AM

Blogger K said...

Bruno, tinha muita curiosidade em contactar Oscar Cardoso... gostava de saber mais sobre a sua real história e gostava que outros soubessem...Vê como possível arranjar-me um possível contacto com ele?

Obrigado.

7:43 AM

Blogger António said...

Os agentes da Pide assassinaram no próprio dia da Revolução - 25 de Abril de 1974, pessoas indefesas (como, alás, sempre o fizeram!), na Rua António Maria Cardoso, onde estavam acantonados na Sede da Pide. Não o teriam feito, se os militares tivessem cercado o edifício na noite de 24/25 de Abril e os fizessem render e prender. Foi tudo muito bonito. Mas não devia ter sido com cravos... assim esses agentes da pide jamais voltariam a assassinar!

11:02 AM

Anonymous Anonymous said...

assassinaram qual quê opositores violentos. enimigos do partido, do País e dos portugueses. SALAZAR SEMPRE!

7:33 PM

Trabalhar em equipa, na EDP





Tás a ver donde vem o preço da energia eléctrica???

Octopus


Mario Draghi: a inacreditável nomeação de um vigarista para presidente do BCE

Posted: 20 Oct 2011 11:22 AM PDT

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Pela primeira vez, a presidencia do Banco Central Europeu (BCE), um lugar reservado até aqui aos holandeses, alemãos e franceses, vai ser entregue a um italiano: Mario Draghi.

Mario Draghi formou-se em economia na Universidade La Sapienza de Roma, obteve um doutorado em economia pelo Massachusetts Institute of Tecnology (USA) em 1976, foi professor da Universidade de Florença de 1981 até 1991, foi director Executivo do Banco Mundial de 1984 a 1990 e director-geral do Tesouro italiano de 1991 a 2001.


Um passado suspeito...
Até aqui tudo bem. Temos um indivíduo com um curriculo invejável. O problema é que no seu curriculo, também aparece uma fase nubelosa, aquela em que foi vice-presidente na Europa do banco Goldman Sachs.
Essa função foi exercida de 2001 a 2005. Ora, entre 2001 e 2002, a Grécia dissimulou várias dezenas de milhares de euros de dívidas. Mario Draghi disse que não sabia de nada. Uma resposta que nos deixa no mínimo perplexos: ou está a mentir, o que é grave para o cargo que vai desenpenhar no BCE, ou é um incompetente, o que é perigoso para as finanças europeias. Também pode ser mentiroso e incompetente!Temos portanto a nomeação para presidente do BCE, de um hommem que trabalhou para um dos maiores bancos privados. O seu antecessor, Jean-Claude Trichet também estava ligado aos meios financeiros, mas através de altos cargos público, nunca directamente ligado a um banco, como agora vai acontecer.
Não admira que o jornal Le Monde diga dele que "os seus conhecimentos dos mercados faz dele o melhor candidato para o BCE", só se for para a comunidade financeira!
A nomiação de Mario Draghi vem clarificar as coisas. O BCE não defende os interesses dos seus cidadãos, mas sim o interesse dos bancos.
O negócio do século!
Temos então, um homem que vai assumir o futuro do Euro, e que passou por um banco que escondeu as contas da Grécia, e que veio a criar as condições para o descadeamento de uma crise na qual o Euro era o alvo. Descubra onde está o erro.
O banco Goldman Sachs não é um banco qualquer. Basta lembrar que Henry Paulson passou por lá 32 anos, antes de ser chamado em 2006 para secretário do Estado do tesouro americano, cargo esse que ocupava quando o banco Lehman Brothers, grande inimigo da Goldman Sachs, foi levado à falência e que o governo, do qual fazia parte Henry Paulson, decidiu não o secorrer.

Em 2009 a dívida grega era insustentável. É então, que o Goldman Sachs vai realizar o negócio do século. Vai fazer circular o rumor de que a Grécia vai pedir à China para lhe comprar 25 mil milhões da sua dívida. Goldman Sachs sabia perfeitamente que a China nunca iria cobrir essa soma. Finalidade: fazer disparar os mercados. Porque paralelamente, o Goldman Sachs aconselha os seus clientes a comprar Credit Default Swap grego. Estes Credit Default Swap funcionam como uma espéce de seguro, se a Grécia não pagasse, era o Jackpot assegurado.

Nessa altura, o Goldman sachs já ganhava uma soma considerável como "consultor" da Grécia, mas ao mesmo tempo, fazia "apostas" sobre a sua falência nas suas costas. Como é que se pode chamar a isto? Senão manipulação de mercado ou vigarice. Qualquer que seja o termo, estamos perante uma total falta de ética e de desregulação do mercado. E agora, temos esse mesmo Sr. Draghi nomeado presidente do BCE!
Nota: como seria de esperar, Mario Draghi também é membro do clube de Bilderberg.



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