domingo, 18 de março de 2012

Greve Geral: CGTP vai tentar parar o país na quinta-feira

A central sindical avançou para sua oitava paralisação geral depois de o Governo ter aprovado "o pacote laboral" que vai mexer com o tempo de trabalho, o pagamento do trabalho extraordinário, as indemnizações por cessação do contrato de trabalho, as férias e feriados e os despedimentos.

Quatro meses após uma greve geral concretizada com a UGT, a Intersindical arrisca novo protesto desta vez contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade.

Desta vez a UGT não se junta ao protesto, ao contrário do que aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010, porque a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, Crescimento e Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.

As duas centrais sindicais estiveram juntas nas duas últimas greves gerais, pela primeira vez, contra as medidas de austeridade aplicadas pelo Governo socialista e pelo atual governo PSD/CDS.

A primeira greve geral nacional em Portugal realizou-se em janeiro de 1912 em defesa de melhores salários.

Ao longo dos últimos 29 anos a CGTP fez sete greves gerais e a UGT três:

- A primeira greve da CGTP, a 12 de fevereiro de 1982, foi contra o pacote laboral que o governo AD tentou impor, retirando direitos aos trabalhadores. Por isso, a Intersindical pediu a demissão daquele Executivo. Na altura, a paralisação contou com a participação de 1,5 milhões de trabalhadores.

- No mesmo ano, a 11 de maio, realizou-se outra greve geral pelo mesmo motivo, mas acrescentando o protesto contra a repressão policial que causou dezenas de feridos e 2 mortos no Porto, na véspera do 1.º de Maio.

- O pacote laboral do Governo de Cavaco Silva deu o mote para a terceira greve geral em democracia, a 28 de março de 1988. Esta greve foi realizada pelas duas centrais sindicais, embora convocada em separado porque as relações entre a CGTP e UGT não eram as melhores.

- Para tentar impedir a aprovação do Código do Trabalho de Bagão Félix a CGTP promoveu uma nova greve geral a 10 de dezembro de 2002, que contou com a participação de 1,7 milhões de trabalhadores.

- A quinta greve, a 30 de maio de 2007, foi de protesto contra a revisão do Código do trabalho feita pelo Governo PS, que a Inter considera ter agravado ainda mais a legislação laboral.

- A sexta greve geral juntou as duas centrais sindicais a 24 de novembro de 2010 contra as medidas de austeridade imposta pelo Governo.

- A sétima greve geral, também com a participação da CGTP e da UGT, foi de protesto contra o empobrecimento da população causado pelas medidas de austeridade impostas e realizou-se a 24 de novembro de 2011.

@Lusa


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Portugal

"Vão matar-nos"

"Socorro, eles vão matar-nos. Alguém nos ajude". Os gritos desesperados de Aurora Margarida, de 65 anos, alertaram ontem de madrugada a cunhada, que mora na casa ao lado, em Jovim, Gondomar. A mulher e o marido, vendedor de ouro, estavam a ser assaltados por quatro encapuzados. Os ladrões acabaram por fugir no carro do casal, sem levar outros bens. Antes, ainda espancaram brutalmente José Ferreira, de 71 anos, que ficou com quatro dentes partidos e vários golpes na cabeça.

Estado

Fisco cobra 7% em juros de mora aos contribuintes



Lisboa

16º C
Manuel Moreira


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Por:António Sérgio Azenha

Presidente da EDP recebeu perto de 3 mil euros por dia em 2011

Em 2011, a EDP pagou a António Mexia 1,04 milhões de euros, sendo que 32% deste valor corresponde a remunerações variáveis. Os sete membros do conselho de administração da EDP receberam no total 6,09 milhões de euros, o equivalente a 12.569 salários mínimos em Portugal.
Foto de Paulete Matos.

O valor auferido, em 2011, pelos membros do Conselho de Administração (CA) da EDP - António Luís Guerra Nunes Mexia, Ana Maria Machado Fernandes, António Fernando Melo Martins da Costa, António Manuel Barreto Pita de Abreu, João Manuel Manso Neto, Jorge Manuel Pragana da Cruz Morais e Nuno Maria Pestana de Almeida Alves - daria para pagar 12.569 salários mínimos nacionais.

O presidente do CA da EDP António Mexia terá obtido a maior remuneração, que ascendeu a 1,04 milhões de euros (1.043.541,48€), o equivalente a 2.859 euros por dia.