Posted: 30 May 2013 03:32 PM PDT
Enviado
por Fernando Silveira
É isso que você quer para o Brasil?
Estes eventos esportivos serão pretexto para se implantar um estado policial
de vigilância.
A
Força Aérea vai usar drones (veículos aéreos não tripulados, vants, na sigla
em português) para monitorar os estádios do jogo de abertura e da decisão da
Copa das Confederações, nos dias 15 e 30 de junho, no estádio Mané Garrincha
e no Maracanã, respectivamente. As aeronaves irão voar sobre e ao redor das
estruturas, em uma faixa entre 2 mil e 5 mil metros de altitude.
"Vamos usar os vants para monitorar os estádios com segurança e sem
interferir no tráfego aéreo, que terá restrições durante as partidas. A
altitude dos vants vai variar, dependendo das especificações do terreno, se
há montanhas perto que podem interferir no envio das imagens, e do nosso
interesse em ter uma maior qualidade das imagens", disse ao G1 o
brigadeiro Mário Luís da Silva Jordão, diretor do Centro de Operações Aéreas
da FAB.
A Força Aérea Brasileira possui quatro drones Hermes, fabricados pela
israelense Elbit, mas pretende usar durante a competição apenas os dois
aparelhos mais novos, que chegaram ao país neste ano.
Além de câmeras, os drones contam ainda com radares e sensores para
radiografar a área e seguir o movimento de pessoas ou de veículos, segundo o
coronel Donald Gramkow, comandante do Esquadrão Hórus, tropa da Aeronáutica
que opera os aviões não tripulados.
"Recebemos a ordem de serviço para o uso dos Vants na Copa das
Confederações e ainda estamos avaliando de onde ele deve decolar. Pode ser de
um aeroporto ou de uma pista particular. No Rio há mais dificuldade, porque
temos que evitar montanhas ou torres no percurso", disse o coronel.
Em Brasília, além do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek,
a FAB avalia o uso de uma pista particular nas imediações do Mané Garrincha e
do aeroporto de Formosa. Já no Rio, vários aeródromos foram avaliados, mas
também não há ainda uma definição.
No Aeroporto Santos Dumont fica a pista mais próxima do Maracanã, a cerca de
7 quilômetros. O aeroclube de Jacarepaguá apresentaria obstáculos no caminho
até o estádio, o que exigiria dos drones voos mais altos, informou o oficial.
Já a Base Aérea de Campo dos Afonsos tem boas condições para ser a escolhida.
Apesar de não possuírem pilotos a bordo, as aeronaves são coordenadas em
terra a partir de uma base, onde os pilotos administram a rota e recebem, em
diversos monitores, os dados e imagens captados pelos drones. Os vants
precisam de uma pista com cerca de mil metros de comprimento para que possam
decolar com segurança.
"Não há risco nenhum para as pessoas ao sobrevoarmos os estádios. E nem
sempre estaremos em cima da multidão, mas posicionados em regiões próximas,
em que é possível ver os arredores e buscar imagens que nos interessam ao
centro de comando de aérea, como a movimentações de públicos específicos.
Durante as partidas há um espaço aéreo segregado, em que não é possível o
tráfego de aeronaves. Só helicópteros da polícia irão transitar por
ali", explica o coronel Gramkow.
Pilotos da PF
monitoram voos de vant em contêiner
com centro de controle (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pilotos da FAB
monitoram voos de drones em ação
com a PF no Paraná (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Deslocamentos dos times
Na Rio +20, evento que discutiu a preservação do meio-ambiente e reuniu mais
de 100 líderes internacionais no Rio de Janeiro, em 2012, o vant da FAB
vigiou diuturnamente o Rio Centro, onde o evento ocorreu.
Gramkow diz que sentiu a necessidade de um vant monitorando o percurso das
comitivas de chefes de Estado e que acompanhar o deslocamento das seleções
entre hotéis e estádios poderia ser uma nova aplicação dos vants, tanto da
FAB quanto os modelos da Polícia Federal, na Copa das Confederações e na Copa
do Mundo.
A Polícia Federal, que possui dois Vants do modelo Heron, da Israel
Aeroespace Industries (IAI), não poderá usá-los sobre multidões nos estádios.
Os drones da PF são os únicos civis autorizados pela Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) a operar no país, sendo proibido o uso de aviões não
tripulados sobre áreas habitadas. A agência ainda estuda uma regulamentação
sobre voos de drones civis no país.
Os vants da FAB podem operar sobre as cidades porque são militares, explica o
chefe do Centro de Inteligência e Análise Estratégica da PF, delegado Disney
Rossetti.
"Estamos terminando nossa fase de avaliação para verificar se iremos
usar os vants na Copa das Confederações. Por parte da PF, temos condições de
operar, mas há uma restrição para uso em área urbana. Nossa ideia é fazer
voos nas regiões costeiras de algumas cidades-sede, somando forças e enviando
imagens que podem ajudar no monitoramento da segurança", diz Rossetti ao
G1.
As cidades em que a PF poderia usar os vants para monitoramento são Salvador,
Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro, que receberão jogos da Copa das
Confederações.
Por parte da PF, temos condições de operar vants na
Copa das Confederações, mas há restrição para área urbana. Nossa ideia é
fazer voos nas regões costeiras de algumas cidades-sede"
Delegado Diseny Rossetti, chefe do centro de inteligência da Polícia
Federal
Ação conjunta nas fronteiras
Na semana passada, pela primeira vez, os drones da FAB e da Polícia Federal
operaram juntos na fronteira do Paraná para coibir o tráfico de drogas na
divisa com o Paraguai. A ação resultou na apreensão de 200 kg de maconha e no
intercâmbio de ideias e procedimentos para que os vants militares e policiais
passem a operar conjuntamente com mais frequência, principalmente no combate
ao crime organizado nas fronteiras (veja no vídeo ao lado imagens da ação
conjunta).
Segundo o coronel Gramkow, com certeza o teste "servirá de base para uma
ação conjunta nos grandes eventos, como a Copa do Mundo".
"A FAB tem uma atribuição militar, e a nossa missão é policial, de
inteligência. Estamos integrando técnicas e táticas e estreitando uma aliança
para trabalho conjunto. Há uma troca de experiências diferentes que pode ser
levada para o futuro", afirmou o delegado Rossetti.
A PF pretende comprar mais dois vants israelenses Heron e construir uma nova
base para operá-los no Norte do país, focando a proteção da Amazônia.
Atualmente, os aviões não tripulados ficam em São Miguel de Iguaçu, a cerca
de 45 km de Foz de Iguaçu (PR), e coletam dados de inteligência para
investigações de combate ao contrabando e tráfico de drogas e armas.
Uso na visita do Papa indefinido
Já para a visita do Papa Francisco ao Brasil durante a Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), em julho, o emprego dos drones ainda não está definido.
"O emprego dos vants ainda não foi solicitado pelo Ministério da Defesa,
mas, se houver a convocação, estamos prontos para operar durante a visita do
Papa. O vant é uma excelente ferramenta para o monitoramento de multidões,
pois pode voar 16 horas ininterruptas, com flexibilidade. Ele consegue ser
uma extensão dos nossos olhos e permitir monitorar áreas além do alcance de
helicópteros ou câmeras fixas", diz o brigadeiro Jordão.
A ideia inicial da FAB seria usá-lo
durante a missa que o Papa fará em Guaratiba, no dia 28, para o encerramento
da JMJ com público previsto de 2 milhões de
pessoas.
Já a PF considera que seria "complicado" o uso durante a visita do
Papa para o controle policial do público em áreas como na praia de
Copacabana, onde Francisco falará com os jovens. "É uma situação mais
crítica, temos que avaliar a conveniência e os riscos. Mas, neste, caso a
vigilância com helicópteros pode render melhores resultados", avaliou o
delegado Disney Rossetti.
Via: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/05/drones-da-fab-vao-vigiar-estadios-do-df-e-rj-na-copa-das-confederacoes.html
|
Posted: 30
May 2013 03:32 PM PDT
Enviado por Fernando Silveira
É isso que você quer para o Brasil?
Estes eventos esportivos serão pretexto para se implantar um estado policial
de vigilância.
A Força Aérea vai usar drones (veículos aéreos não tripulados,
vants, na sigla em português) para monitorar os estádios do jogo de abertura
e da decisão da Copa das Confederações, nos dias 15 e 30 de junho, no estádio
Mané Garrincha e no Maracanã, respectivamente. As aeronaves irão voar sobre e
ao redor das estruturas, em uma faixa entre 2 mil e 5 mil metros de altitude.
"Vamos usar os vants para monitorar os estádios com segurança e sem
interferir no tráfego aéreo, que terá restrições durante as partidas. A
altitude dos vants vai variar, dependendo das especificações do terreno, se
há montanhas perto que podem interferir no envio das imagens, e do nosso
interesse em ter uma maior qualidade das imagens", disse ao G1 o
brigadeiro Mário Luís da Silva Jordão, diretor do Centro de Operações Aéreas
da FAB.
A Força Aérea Brasileira possui quatro drones Hermes, fabricados pela
israelense Elbit, mas pretende usar durante a competição apenas os dois
aparelhos mais novos, que chegaram ao país neste ano.
Além de câmeras, os drones contam ainda com radares e sensores para
radiografar a área e seguir o movimento de pessoas ou de veículos, segundo o
coronel Donald Gramkow, comandante do Esquadrão Hórus, tropa da Aeronáutica
que opera os aviões não tripulados.
"Recebemos a ordem de serviço para o uso dos Vants na Copa das
Confederações e ainda estamos avaliando de onde ele deve decolar. Pode ser de
um aeroporto ou de uma pista particular. No Rio há mais dificuldade, porque
temos que evitar montanhas ou torres no percurso", disse o coronel.
Em Brasília, além do Aeroporto Internacional Presidente Juscelino Kubitschek,
a FAB avalia o uso de uma pista particular nas imediações do Mané Garrincha e
do aeroporto de Formosa. Já no Rio, vários aeródromos foram avaliados, mas
também não há ainda uma definição.
No Aeroporto Santos Dumont fica a pista mais próxima do Maracanã, a cerca de
7 quilômetros. O aeroclube de Jacarepaguá apresentaria obstáculos no caminho
até o estádio, o que exigiria dos drones voos mais altos, informou o oficial.
Já a Base Aérea de Campo dos Afonsos tem boas condições para ser a escolhida.
Apesar de não possuírem pilotos a bordo, as aeronaves são coordenadas em
terra a partir de uma base, onde os pilotos administram a rota e recebem, em
diversos monitores, os dados e imagens captados pelos drones. Os vants
precisam de uma pista com cerca de mil metros de comprimento para que possam
decolar com segurança.
"Não há risco nenhum para as pessoas ao sobrevoarmos os estádios. E nem
sempre estaremos em cima da multidão, mas posicionados em regiões próximas,
em que é possível ver os arredores e buscar imagens que nos interessam ao
centro de comando de aérea, como a movimentações de públicos específicos.
Durante as partidas há um espaço aéreo segregado, em que não é possível o
tráfego de aeronaves. Só helicópteros da polícia irão transitar por
ali", explica o coronel Gramkow.
Pilotos da PF
monitoram voos de vant em contêiner
com centro de controle (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Pilotos da FAB
monitoram voos de drones em ação
com a PF no Paraná (Foto: Tahiane Stochero/G1)
Deslocamentos dos times
Na Rio +20, evento que discutiu a preservação do meio-ambiente e reuniu mais
de 100 líderes internacionais no Rio de Janeiro, em 2012, o vant da FAB
vigiou diuturnamente o Rio Centro, onde o evento ocorreu.
Gramkow diz que sentiu a necessidade de um vant monitorando o percurso das
comitivas de chefes de Estado e que acompanhar o deslocamento das seleções
entre hotéis e estádios poderia ser uma nova aplicação dos vants, tanto da
FAB quanto os modelos da Polícia Federal, na Copa das Confederações e na Copa
do Mundo.
A Polícia Federal, que possui dois Vants do modelo Heron, da Israel
Aeroespace Industries (IAI), não poderá usá-los sobre multidões nos estádios.
Os drones da PF são os únicos civis autorizados pela Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) a operar no país, sendo proibido o uso de aviões não
tripulados sobre áreas habitadas. A agência ainda estuda uma regulamentação
sobre voos de drones civis no país.
Os vants da FAB podem operar sobre as cidades porque são militares, explica o
chefe do Centro de Inteligência e Análise Estratégica da PF, delegado Disney
Rossetti.
"Estamos terminando nossa fase de avaliação para verificar se iremos
usar os vants na Copa das Confederações. Por parte da PF, temos condições de
operar, mas há uma restrição para uso em área urbana. Nossa ideia é fazer
voos nas regiões costeiras de algumas cidades-sede, somando forças e enviando
imagens que podem ajudar no monitoramento da segurança", diz Rossetti ao
G1.
As cidades em que a PF poderia usar os vants para monitoramento são Salvador,
Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro, que receberão jogos da Copa das
Confederações.
Por
parte da PF, temos condições de operar vants na Copa das Confederações, mas
há restrição para área urbana. Nossa ideia é fazer voos nas regões costeiras
de algumas cidades-sede"
Delegado Diseny Rossetti, chefe do centro de inteligência da Polícia
Federal
Ação conjunta nas fronteiras
Na semana passada, pela primeira vez, os drones da FAB e da Polícia Federal operaram
juntos na fronteira do Paraná para coibir o tráfico de drogas na divisa com o
Paraguai. A ação resultou na apreensão de 200 kg de maconha e no intercâmbio
de ideias e procedimentos para que os vants militares e policiais passem a
operar conjuntamente com mais frequência, principalmente no combate ao crime
organizado nas fronteiras (veja no vídeo ao lado imagens da ação conjunta).
Segundo o coronel Gramkow, com certeza o teste "servirá de base para uma
ação conjunta nos grandes eventos, como a Copa do Mundo".
"A FAB tem uma atribuição militar, e a nossa missão é policial, de
inteligência. Estamos integrando técnicas e táticas e estreitando uma aliança
para trabalho conjunto. Há uma troca de experiências diferentes que pode ser
levada para o futuro", afirmou o delegado Rossetti.
A PF pretende comprar mais dois vants israelenses Heron e construir uma nova
base para operá-los no Norte do país, focando a proteção da Amazônia.
Atualmente, os aviões não tripulados ficam em São Miguel de Iguaçu, a cerca
de 45 km de Foz de Iguaçu (PR), e coletam dados de inteligência para
investigações de combate ao contrabando e tráfico de drogas e armas.
Uso na visita do Papa indefinido
Já para a visita do Papa Francisco ao Brasil durante a Jornada Mundial da
Juventude (JMJ), em julho, o emprego dos drones ainda não está definido.
"O emprego dos vants ainda não foi solicitado pelo Ministério da Defesa,
mas, se houver a convocação, estamos prontos para operar durante a visita do
Papa. O vant é uma excelente ferramenta para o monitoramento de multidões,
pois pode voar 16 horas ininterruptas, com flexibilidade. Ele consegue ser
uma extensão dos nossos olhos e permitir monitorar áreas além do alcance de
helicópteros ou câmeras fixas", diz o brigadeiro Jordão.
A ideia inicial da FAB seria
usá-lo durante a missa que o Papa fará em Guaratiba, no dia 28, para o
encerramento da JMJ com público previsto de 2 milhões de pessoas.
Já a PF considera que seria "complicado" o uso durante a visita do
Papa para o controle policial do público em áreas como na praia de
Copacabana, onde Francisco falará com os jovens. "É uma situação mais
crítica, temos que avaliar a conveniência e os riscos. Mas, neste, caso a
vigilância com helicópteros pode render melhores resultados", avaliou o
delegado Disney Rossetti.
Via: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/05/drones-da-fab-vao-vigiar-estadios-do-df-e-rj-na-copa-das-confederacoes.html
|
Posted:
30 May 2013 04:26 PM PDT
Vocês se recordam dos 'Black
Blocks" (veja aqui), grupo que era
formado na sua maioria, de falsos manifestantes (mercenários como sempre) que
se infiltravam em meio a protestos contra o G-20, para encenar confusão e
depredação?
Pois bem, cenário semelhante a este acontece na França, onde falsos
manifestantes se infiltram em manifestações pacíficas Pró-Família para
encenar violência...
Falsos ativistas,
falsos movimentos, falsos protestos, falsos manifestantes, falsas ideologias,
e até falsos ativistas Anti-Nova Ordem... A elite babilônica gostou mesmo
desta ideia de contratar mercenários... Desde a Síria, Egito, até o Brasil, e
os EUA... A ideia é a mesma!
Esta é a agenda deles!
É a 'ordem' em meio ao caos provocado por eles próprios!
Confira este ótimo artigo:
Aos que ainda se iludem com a Rede Globo, com a revista Veja ou
com a Folha de São Paulo, empresas dominadas pela pauta gay, afirmo que a
farsa que está sendo montada na França só tem um objetivo: justificar as
ações do governo socialista francês, que quer calar seu povo no soco.
No dia 26 de maio a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e
históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um
milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa
da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres,
famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os
"conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1].
Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação
de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a
França despertou, acordou de sua letargia.
E o que provocou este despertar?
Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi
colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira, a
guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de
civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios
das tradições que advém da outrora França católica, dos últimos resquícios
das leis fundamentadas sobre a lei natural e a lei divina.
Ocorre que, como sempre, centenas de pessoas de bom senso reagiram a esta
tentativa de mudança. Inicialmente, a reação foi tímida, advinda
principalmente dos grupos católicos tradicionais, do Instituto Civitas[3].
Forçados por estes grupos, e para não serem vistos como negligentes[4], os
bispos da França[5], em uma ação que diríamos até desastrada, escreveram, em
agosto passado, uma oração[6] em favor da família para ser rezada em todas as
paróquias. Dizemos que a ação foi desastrada porque, querendo agradar a
gregos e troianos, a Conferência Episcopal da França acabou se contradizendo,
se desmentindo, dizendo que não se tratava de um confronto propriamente dito,
de uma luta aberta. Vários padres e bispos, inclusive, chegaram a criticar a
oração, defendendo abertamente os gays[7].
Ocorre que algo já estava fermentando nesta França, que
chamaremos de França profunda, tomando emprestado o termo que foi cunhado na
própria terra de Carlos Magno; algo já estava nascendo, aos poucos, em
conversas, pelas redes sociais, nas paróquias. Este algo só ficaria visível,
esta resistência, esta contra-revolução só mostraria sua face em novembro,
quando, em Paris, uma manifestação reuniu 100 mil pessoas contra o projeto de
lei Taubira[8].
Para muitos, o número parece pequeno, mas o fato é que ninguém esperava esta
mobilização[9], nem o governo, nem a Igreja, nem os políticos de todos os
partidos, nem os próprios organizadores, que se reuniram em um coletivo
chamado Manif pour tous, a LMPT[10].
Pois bem, 100 mil pessoas saíram às ruas de Paris e deram um susto no governo
Hollande. Estes 100 mil se transformaram em um milhão de manifestantes em
janeiro[11], e o governo, desprezando o clamor dos franceses contrários à
lei, defendendo uma minoria barulhenta que só serve de joguete para
interesses maiores, deu de ombros para o povo, fez ouvidos de mercador, como
diziam nossos avôs.
Hollande, é claro, está a serviço de uma agenda, que como dizem na Europa,
responde diretamente à Bruxelas, onde está situada a sede da União Européia.
Hollande é apenas um fantoche, e isso fica claro pelo modo com o qual ele tem
tratado toda a questão.
D
esde então, o governo francês, formado em sua imensa maioria por maçons[12],
mais a mídia, começaram a adjetivar os manifestantes, chamando-os de
nazistas, de extremistas de direita, de reacionários, de atrasados, de
homofóbicos. Ora, ao vermos a multidão de manifestantes, podemos dizer que há
de tudo ali, menos gente com estas características.
Pois bem, os termos vazios cunhados para desarmar os adversários acabaram não
surtindo efeito, e ao invés de diminuir, o movimento de resistência foi
crescendo, crescendo e crescendo. Na segunda grande manifestação, em março,
um milhão e quatrocentos mil franceses lotaram as avenidas do Grande Exército
e Charles de Gaulle[13]. A extensão destas duas avenidas dá o dobro da
extensão da avenida Paulista, em São Paulo. Nesta segunda manifestação
nacional, o governo, querendo criar uma situação de confronto, impediu que os
manifestantes ocupassem a avenida dos Campos Elísios[14]. A multidão,
espremida, inevitavelmente, acabou gerando os "transbordamentos", o
que, com a ação desproporcional da polícia, gerou as imagens chocantes que
correram o mundo, aonde crianças, freiras, idosos, foram agredidos
simplesmente porque queriam circular[15]. A França, para quem não sabe, está
respondendo a um processo no Conselho de Ministros da Europa por abuso da
autoridade policial neste caso[16]. É claro, amigos leitores, que sabemos a
quem este conselho responde.
Assim, voltando ao início do nosso texto e ao título de toda esta postagem, o
que vimos ontem foi um governo que criou todas as barreiras possíveis, todas
as situações de extremidade possíveis justamente para ter o que usar em seu
favor. Inicialmente, Manuel Valls aparece falando de extremistas que
causariam transtornos. Depois, a polícia aduaneira, que estava em paralisação
até então, começa a criar transtornos na chegada, à capital, dos franceses
das províncias[17]. Em seguida, estações de trem são fechadas, os serviços de
transporte de Versalhes, região que concentra a maioria dos opositores de
Hollande na grande Paris, são paralisados e os moradores locais são barrados
na estação de trem [18].
Some tudo isso, e temos um verdadeiro barril de pólvora pronto para explodir.
Contudo, como Valls estava lidando com católicos, pessoas pacíficas, e
pacífico não é sinônimo de tolo, nada melhor, então, do que criar uma
situação de confronto real, infiltrando, segundo o que veremos abaixo,
polícias em trajes civis no meio da multidão.
O mundo, ou melhor, os grandes veículos de comunicação, que recebem suas
notícias das agências de notícias como Reuters e France Press, anunciaram que
franceses de extrema direita atacaram a polícia no fim da manifestação de
ontem[19], que, repetimos, reuniu um milhão de franceses mesmo depois da lei
ter sido sancionada. Ora, cara grande mídia, hoje não é possível mais mentir
facilmente para as pessoas, afinal temos celulares que filmam os
acontecimentos, e a verdade é que foi a polícia de Paris que provocou todo o
distúrbio. E querem ver como?
Primeiro, na mídia brasileira foi noticiado que jovens atacaram a polícia com
garrafas, lançando garrafas. Vejam este vídeo:
|