CUIDADO....NÃO FIQUE DOENTE
Palavras do Secretário de
Estado da Saúde sobre obrigação dos portugueses em ajudar o SNS alvo de
críticas
30.12.2012 13:42
O blogue NoTricksZone divulgou um estudo do Cologne Institute for Economic Research (IW) que confirma aquilo que já tinha denunciado aqui e que é óbvio para alguém com bom senso: a microgeração eléctrica subsidiada com tarifas feed-in (tal como praticada na Alemanha ou Portugal) rouba aos pobres para dar aos ricos.
[...] Como quase tudo aquilo que é incontornável, acontece mais tarde ou mais cedo, com mais ou menos custos, mais ou menos dor. Nesta medida não se estranha este artigo do New York Times que dá conta que o Japão abandonou a ideia de abandonar o nuclear até 2040. [...]
O Governo deu mais um passo para a privatização dos sectores da água e dos resíduos, ao aprovar um pacote legislativo que abre a possibilidade de empresas privadas poderem gerir os sistemas multi-municipais.Este governo, para além de todas as outras malfeitorias que está a fazer, tem vindo a privatizar tudo o que é público, oferecendo aos seus amigos, a preços de saldo, bens, empresas e património que pertencem a todos nós.
A desculpa é uma vez mais as contas públicas e a malfadada e fajuta dívida e, embora tudo o que dai vai resultar é alguns a beneficiarem com aquilo que devia ser de todos, por incrível que possa parecer, ainda há quem acredite que essa é a solução.
Se isto já é um crime contra a a economia o que dizer da vontade de privatizarem também a água, um bem essencial à vida e que não pode ser de ninguém. Muitos dizem que a água vai ser o petróleo do século XXI, a grande negociata de um bem que é escasso, (há zonas do planeta onde já morrem milhares por não ter acesso a água potável), e que cada vez será mais valioso.
Entregar nas mãos de especuladores algo tão precioso como a água é um crime e espero que todos nos unamos na condenação e sobretudo em tudo fazer para o não permitir.
A água é de todos e algo de que nunca podemos prescindir. Estes bandalhos, que nos andam a roubar direitos e salários querem agora roubar-nos o próprio direito à água, um bem que é de todos e por isso nem lhes pertence.
Vamos dizer não tão alto e não o permitir em nome da vida.
Posted:
30 Dec 2012 08:33 AM PST
Enviado por Alexandre do Couto
Correspondente no Cone
SulA recessão às vezes interminável (cinco anos na Grécia), somada a um desemprego em massa (mais de 25% na Grécia e na Espanha, mais de 15% em Portugal) e associada às medidas de austeridade que reduzem o tamanho do Estado-providência, trouxe à tona uma nova forma de pobreza. Esta pode ser percebida através de pequenas privações, mas também de verdadeiros sacrifícios, muitas vezes. Os espanhóis reduziram os orçamentos de Natal. Muitos deles também abriram mão do uso do telefone celular, em proporções recorde: no total, 486 mil linhas foram suspensas, e seu número caiu 3,8% em um ano, de acordo com a agência Reuters em meados de dezembro. Com um desemprego que afeta mais da metade da população ativa abaixo dos 25 anos, os jovens espanhóis têm apelado cada vez mais a seus pais em questões financeiras. Enquanto isso, os mais idosos recorreram às organizações de caridade, muito procuradas neste final de ano. No dia 14 de dezembro, o jornal “El País” divulgou um relatório publicado pela associação Intermon Oxfam (“Crisis, desigualdad y pobreza”), alertando contra o risco de crescente pauperização do país. Segundo esse estudo, 40% --dois em cada cinco espanhóis!-- estarão em situação de exclusão social até o ano 2022. Um “nível tão elevado que serão necessárias duas décadas para que o país retorne ao nível de bem-estar anterior à crise”, assinalava o jornal. No país, o consumo de produtos alimentícios baratos tem levado a um aumento da obesidade, sendo que no vizinho português 10.385 alunos de 253 escolas públicas estão sofrendo carência alimentar, alarmava em novembro o “Jornal de Angola”. Um jornal de Luanda, capital da antiga colônia portuguesa, para onde cada vez mais portugueses têm emigrado para escapar da crise. Na Grécia, segundo um relatório do instituto de estatística europeu Eurostat, publicado no dia 3 de dezembro, quase um terço dos gregos (31%) estariam em “situação de privação material grave”, ameaçados de pobreza ou de exclusão. Ou seja, vivendo com uma renda inferior ao limiar de pobreza, estabelecido em 60% da renda média nacional, e/ou incapazes de pagar as contas do dia a dia, como, por exemplo, a eletricidade. Com a redução dos gastos na saúde, uma parte cada vez maior da população grega não tem mais seguro de saúde, ao passo que as falências e o desemprego estão lançando alguns na depressão ou na miséria. Novas doenças De dois anos para cá, os médicos gregos viram surgir novas patologias associadas à desnutrição das crianças. E em todo o país, doenças esquecidas estão retornando, como a malária ou a tuberculose. No país, a chegada do frio invernal resultou em roubos de madeira, registrados até na floresta protegida do Monte Olimpo... Para o Eurostat, o risco é mais significativo nos países do sul da Europa, mas ele afeta todo o Velho Continente. Em 2011, quase 120 milhões de pessoas teriam estado em situação de privação ou ameaçadas de pobreza ou de exclusão, ou seja, 24,2% da população dos 27 países-membros, contra 23,4% em 2010 e 23,5% em 2008. Já a França, que foi relativamente poupada do flagelo (19% em risco de pobreza, de exclusão ou em situação de privação), foi tomada pelo medo. No dia 7 de dezembro, o jornal “Les Echos” divulgava os resultados reveladores de uma pesquisa realizada pelo CSA: quase um em cada dois franceses (48%) se declarava “pobre” ou “em vias de se tornar pobre". Fonte: http://m.noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2012/12/29/pobreza-ameaca-um-quarto-da-populacao-da-europa.htm |