Petição que pede demissão de Cavaco Silva entregue hoje no Parlamento
A petição 'online' que pede a demissão do Presidente da República e recolheu mais de 40 mil assinaturas vai ser entregue hoje no Parlamento. Segundo o primeiro subscritor, a entrega será feita num ato "ordeiro e cívico".
Segundo o primeiro subscritor da petição "Pedido de demissão do Presidente da República", Nuno Luís Marreiros, a entrega nos serviços da Assembleia da República será feita às 10:00, num "ato ordeiro, cívico de entrega de um documento coletivo de cidadãos", que contará com a presença de membros do grupo entretanto criado "Iniciativa Democrática".
Entretanto, já depois de Nuno Luís Marreiros ter lançado a petição ‘online', foi criado "um grupo para congregar todos os cidadãos que se reviram nesta iniciativa que estão dispostos a desenvolver outras a muito breve trecho".
Desta forma, refere o primeiro subscritor da petição ‘online', surgiu na rede social Facebook o grupo Iniciativa Democrática e, depois, da maioria dos cidadãos presentes neste grupo ter manifestado vontade de figurar como apresentantes da petição, foi decidido que a mesma será entregue como petição coletiva.
No texto da petição, são recordadas as declarações do chefe de Estado em janeiro, quando Cavaco Silva foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de poder receber subsídio de férias e de Natal pelo Banco de Portugal, tendo explicado que, "tudo somado" - o que vai receber do Fundo de Pensões do Banco de Portugal e da Caixa Geral de Aposentações - "quase de certeza que não vai chegar para pagar" as despesas, recordando que não recebe "vencimento como Presidente da República".
"Estas declarações estão a inundar de estupefação e incredulidade uma população que viu o mesmo Presidente promulgar um Orçamento do Estado que elimina o 13.º e 14.º meses para os reformados com rendimento mensal de 600 euros", lê-se no texto da petição.
Posteriormente, numa declaração escrita enviada à Lusa, o chefe de Estado esclareceu que com as declarações que proferiu sobre as suas pensões, apenas quis ilustrar que acompanha a situação dos portugueses que atravessam dificuldades, não tendo sido seu propósito eximir-se dos sacrifícios.
Lusa