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A agência noticiosa portuguesa LUSA está ao
serviço do sistema capitalista instalado, tal como as outras agências de
notícias mundiais: a americana Associeted Press, a britânica Reuters ou a
francesa Agence France Presse.
São essas agências, controladas pelos
grandes grupos económicos, que ditam a informação que deve ser divulgada e a que
não deve.
Os jornais, as rádios, as televisões, não
dispondo, na maior parte das vezes de meios técnicos suficientes para ter
jornalistas nos locais mundiais onde se passa a informação, mais não fazem do
que repetir as informações dessas agências.
Não existe qualquer isenção, a informação
que recebemos é cozinhada por essas agências para que tenhamos a sensação de ser
informados, quando na realidade estamos a ser formatados.
LUSA: o monopólio da
desinformação.
Para ter uma ideia da manipulação informativa a
que estamos sujeitos, basta constatar quais são os accionistas da agência LUSA
que detêm o monopólio, quase exclusivo da informação em Portugal:
- 50,14% Estado Português (nomeações
dominadas pelos partidos do bloco central)
- 23,36% Contolinveste Media (dona da
TSF, Diário de Notícias, Jornal de Notícias, Jogo, Dinheiro Vivo)
- 22,35% Impresa (de Pinto Balsemão,
dona da SIC, Expresso, Courrier Internacional, Visão)
- 2,72% Notícias de Portugal (que
pertence à Impresa)
- 1,38% Público (que pertence à
Sonaecom)
Como podemos constatar, a informação que é
divulgada e propagada pelos meios de comunicação social ao serviço do poder
instalado, sem qualquer verificação, está nas mãos dos grandes grupos económicos
que mais não fazem que transmitir em Portugal, as informações que lhes são
favoráveis e aos seus interesses.
Esta maquina está oleada na perfeição, com uma
agenda ideológica definida, ajudada por um exército de jornalistas manipulados
para manterem os seus postos de trabalho.
Nomeados e mantidos nas suas funções pelo poder
dos accionistas, vergam-se ao poder vigente, ao poder do dinheiro. Qualquer
jornalista que nesta agência tenha a veleidade de por em questão as directrizes
editoriais é simplesmente afastado.
A agência LUSA, como as outras agências
mundiais ditam assim as suas regras informativas, as regras pré-estabelecidas
pelos seus donos (as multinacionais que os controlam), o mesmo é dizer, o poder
instalado, esse mesmo que controla os fantoches políticos instalados no
poder.
Assim sendo não é de estranhar que praticamente todos
os meios de comunicação social transmitam as mesmas informações, com ligeiras adaptações. Na caso português,
essa "informação" provém da agência LUSA. Os factos não são investigados, nenhum
jornalista se desloca ao local, apenas é transmitida.
Vivemos uma época em que os
jornalistas trabalham sentados em frente ao seu computador a absorver as
informações das agências.
O jornalismo, a informação, já não obedece às
perguntas: "o quê", "quem", "quando", "onde", "como" e "porquê". Hoje em dia
esta última pergunta deixou de fazer sentido. As informações, baseadas no
sensacionalismo, deixaram de questionarem o "porquê".
Recebemos então uma informação, além de
deturpada, superficial, propositadamente criada para nos criar um mundo irreal
para nos manter anestesiados. Daí as apostas na diversão baseada apenas em
factos sensacionalistas ou não questionando o fundo das questões. Filtrada pelos
donos da informação ficamos com os factos e as "verdades" que interessam aos
grandes grupos económicos e o seus objectivos políticos para nos manter na
ignorância.