terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pingo doce nunca mais


A família Soares dos Santos que detém a Jerónimo Martins, dona da marca Pingo Doce, passaram a ser controlados indirectamente, através de uma sociedade com sede na Holanda. A operação deverá estar relacionada com o agravamento da tributação fiscal. Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo informa que «no passado dia 30 de Dezembro de 2011 a sociedade Francisco Manuel dos Santos SGPS vendeu à sociedade Francisco Manuel dos Santos B.V. (subsidiária), que comprou àquela, 353.260.814 ações da sociedade aberta Jerónimo Martins SGPS»

2009/07/23

AGRESSÃO POLICIAL



Detida Para Ir a Tribunal e AGREDIDA pela Polícia.









Nas Fotos acima estão ALGUMAS das marcas bem visíveis da agressão.

Na segunda feira, dia 20/07/2009, cerca das 10H00 da manhã, fui detida por 2 agentes da PSP, da 3ª Divisão de Lisboa (pelo agente Celestino António Pinheiro Fernandes e pelo agente Luís Filipe Lopes Gonçalves), trajando à civil, em cumprimento dum mandato que só me foi entregue mais tarde, na esquadra de Benfica (Lisboa).

Esse mandato foi emitido pela Juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha, do 5º Juízo Criminal de Lisboa, sito no Campus da Justiça, na Expo.



“Manda”, esta juíza, “que seja detida e presente a este Tribunal, a pessoa abaixo indicada” (eu).

O mandato especifica ainda:
Tal detenção prolongar-se-á pelo período de tempo estritamente indispensável e que não poderá exceder as 24 horas, para assegurar a sua comparência neste Tribunal, no dia 21-07-2009 às 10H00, a fim de ser ouvida em audiência de julgamento...”
Fui detida à porta do prédio, com roupa que só visto em casa e logo fui impedida de entrar, sequer, para mudar de roupa.
No meio de algumas provocações e insultos, sempre alvo de tratamento incorrecto e gratuitamente arrogante como é apanágio desse tipo de gente SELECCIONADA para estas profissões, fui conduzida à esquadra de Benfica onde foram preenchidos alguns papéis, foi feita a comunicação da minha prisão, para o Tribunal, e dali levaram-me para a enxovia do Governo Civil de Lisboa.
Vi-me privada de sabão para lavar as mãos, de toalha para as limpar, de meios que permitissem, sequer, lavar os pés, de papel higiénico, de escova e pasta de dentes, etc. Até estava impedida de tirar qualquer peça de roupa porque a porta da cela é de grades e, embora aquela seja uma ala de mulheres, estavam constantemente a passar homens. Aliás foi um corropio de homens (de memória conto 6 homens) de serviço àquela cela e até a entrar e a sair a qualquer hora, apesar de todas as outras celas estarem vazias e de haver uma mulher guarda, ao serviço.
No final desse dia, 20/07/2009, vi ser atirada para dentro da mesma cela uma jovem (a Rute), banhada em lágrimas, visivelmente alterada e desesperada, EM RESSACA, que ali ia pernoitar para ser apresentada em Tribunal, no dia seguinte, às 10 da manhã... Devido à ressaca a Rute não parava quieta, batia com a porta e pedia, desesperada, metadona ou qualquer coisa para aliviar. Para substituir pedia cigarros, fumou vários cigarros, e eu sou alérgica ao fumo do tabaco.

Estranhei que a pusessem naquela cela porque, como já referi, todas as outras celas estavam vazias. Depois percebi:

A Rute cumpriu quase 6 anos de prisão duma pena de 8 anos, por agressão com objecto contundente. Aquela gente estava à espera de que a Rute, no seu desespero da ressaca, perdesse o controlo e me agredisse. Teria sido uma noite feliz para eles: lixavam a Rute e eu teria a agressão que me premeditaram.
Não foi assim; a Rute é uma jóia de rapariga, apanhada na engrenagem maldita da delinquência, iniciada por mero acidente...


No dia 21/07/2009, antes das 08H30, ouvi a mulher guarda dizer: “mas são duas mulheres!” em tom que parecia ser de objecção. Logo a seguir entrou um homem pela cela dentro, homem que me pareceu ser o graduado de serviço. Veio mandar que dobrássemos os cobertores e lhos entregássemos porque iamos embora dali a pouco. Quando a Rute perguntou as horas respondeu que eram 8 e vinte e... "ainda falta", disse. Foi o 3º homem que entrou naquela cela, nessa manhã.


Passados poucos minutos veio a guarda dizer-me que saísse. À minha espera tinha 2 gorilas à paisana, agentes da PSP (o agente Celestino António Pinheiro Fernandes que agora se fazia acompanhar pelo agente José Edgar Fonseca Correia).


Esses dois energúmenos ao serviço da Polícia levaram-me de carro, num carro civl e sem identificação, até ao Campus da Justiça, na Expo, onde funciona o 5º Juízo criminal.


Primeiro conduziram-me à esquadra da Polícia que se situa na cave do edifício, onde não cheguei a entrar. Depois, esses mesmos levaram-me até à Secretaria da 1ª Secção do 5º Juízo Criminal onde falaram demoradamente com a escrivã Paula Maria Esteves Soares.

A seguir, sem qualquer explicação, agrediram-me arrastaram-me para dentro do elevador apenas porque eu quis saber porque motivo me lavavam novamente, se era ali que eu devia ser apresentada (não era, mas isso eu não sabia, na altura).

No elevador entrou também um indivíduo vestido de segurança privado, que, pelos vistos, já ali estava à minha espera,
para garantir que mais ninguém entrava naquele elevador.
Logo que me apanharam dentro do elevador, um dos gorilas (o José Correia) começou a espancar-me, ao mesmo tempo que se excitava e se satisfazia sexualmente enquanto o outro me segurava, magoando, o braço direito, torcido e assistia à cena porca e vergonhosa.

Eu gritei que me estavam a bater e o escroque que me espancou (o José Correia) troçava dizendo: “bater o quê, qual bater! Aqui ninguém bate em ninguém”, e batia ainda com mais força, por entre as exclamações de “Amén” e outras expressões que lhe vinham com o orgasmo.


Quase no final da viagem, este energúmeno deu-me uma bofetada, com toda a força, no lado esquerdo da cabeça e o outro (o Celestino Fernandes) aproveitou para me bater no queixo com algum objecto contundente (o crachá? as chaves?) provocando a lesão que se vê na primeira foto e de que ficou um nódulo.



O José Garcia manietou-me o pulso esquerdo de modo a ficar com dedo(s) livres com os quais me foi esfacelando o braço e que provocou a lesão que se vê nesta foto.



Este mesmo energúmeno, o José Garcia, deu-me uma joelhada na anca, do lado esquerdo, provocado esta lesão.

Quando o elevador chegou à cave onde se situa a esquadra, levaram-me para uma cela e eu perguntei pelo chefe. O chefe andava por ali e eu dissse-lhe que queria a identificação do bandido que me agrediu.


Não respondeu, afastaram-se todos para “conferenciar” e, logo a seguir aparece esse mesmo chefe, Rogério Coluna, que abriu a cela e perguntou para outro polícia, disfarçando:


- “É para ir para cima, não é? Já chamaram?”


O outro nem bem respondeu e ele, o chefe Rogério Coluna, agarrou-me pelas roupas com violência, de forma a magoar o mais possível a arrastou-me andando mais depressa do que eu podia andar, até ao elevador.


Mas o elevador onde tinha subido e descido antes não lhe serviu, não lhe agradou; e por isso continuou a arrastar-me pelas escandas fazendo-me subir um lance, entrar por uma porta para um átrio cheio de gente, passando por um porteiro, e apanhar o elevador no rés-do-chão, ao mesmo tempo que ME exibia e se exibia para me humilhar e aterrorizar quem visse, para aterorizar quem viu.


Na altura não percebi com que intenção me fez subir as escadas e rejeitou o elevador, na cave; mais tarde "fez-se luz": aquela subida das escadas era para "justificar" as marcas da agressão com uma queda, nas ditas escadas. Estes "truques" ignóbeis da Polícia já estão tão gastos que até me surpreende que eu não tenha percebido logo...


Entretanto continuou "a viagem", sempre maltratando e ia fazendo “Show” empurrando-me e batendo-me na cabeça para que eu não lhe visse bem a placa que tinha ao peito, com o nome, enquanto dizia para “a Plateia”: - “Vira para lá! É pá frente! Não vai à juíza por quê? Não vai à juíza por quê?”


O elevador voltou a subir até ao 5º juízo; este escroque exibiu-me com as marcas bem visíveis da agressão à escrivâ (Paula Maria Soares), perguntou se tinham chamada e, perante a resposta negativa, voltou a arrastar-me para o elevador, para descer, com o mesmo aparato e com os mesmos modos abjectos, voltando a exibir-me para quem estava no rés-do-chão.

Voltou a fechar-me na cela, sempre agredindo e puxando pela roupa de modo a magoar o pescoço que ficou com as marcas.

Passados mais uns quantos minutos, já depois das 10 Horas e portanto com o prazo de prisão ultrapassado, abriram a cela, colocaram-me algemas, o chefe Rogério aproveitou para me dar mais alguns encontrões e fui, pelo meu pé, para a sala de audiências acompanhada por 3 polícias daquela esquadra.


É óbvio que as 2 subidas e descidas anteriores foram formas de violência gratuíta, propositada e desnecessária, que serviram apenas para me molestar e maltratar, para terem oportunidade de me espancar, para violar todos os meus direitos, porque tinham instruções para actuar assim mas também porque esses vermes são mesmo assim: não é possível esperar outra coisa nem comportamentos mais dignos desse tipo de gente. A culpa é de quem os escolhe, os investe das funções que não sabem exercer e lhes garante impunidade para todos os crimes que cometem.


“Isto” são “agentes da autoridade” a quem as leis, feitas por políticos tão bandidos como eles, impõem ao cidadão “obediência” e a quem esses mesmos políticos garantem impunidade para prarticarem todos e quaisquer crimes. E são uma amostra que representa bem o que há por lá. Nem outra coisa seria possível: se estes não fossem a regra mas a excepção, já teriam sido punidos e corridos há muito tempo.

Tenho 60 anos e sou mulher. Imaginem o que não seria se o meu filho, que já estava a telefonar para me localizar, tivesse ido me buscar e me visse naquele estado com o polícia agressor por perto. Os polícias são os piores criminosos! Isto é um descalabro total.

Entrei na sala de audiências ALGEMADA e com as marcas da agressão bem visíveis.

Naquela sala estavam 4 advogados, a escrivâ já referida (Paula Maria Soares?), a juíza autora do mandato de detenção e um MAGISTRADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, para além de cerca de 10 testemunhas.

Tanta gente com responsabilidades mas ninguém fez uma exclamação, referiu o facto, lavrou um protesto, enfim: tomou as providências que se impunham.


Mais grave! Enquanto os polícias me espancavam gritei o mais que pude (no átrio da secretaria do 5º Juízo e no elevador do Tribunal) tendo sido escutada e vista por muitas pessoas.

Quantos magistrados do Ministério Público, quantos Juízes e advogados ouviram e viram fazendo vista grossa?
Essa gente sabe que o que é crime e também sabe que tem o dever de prestar socorro em tais circunstâncias...
Ninguém mexeu uma palha, ninguém interpelou os polícias, NADA...


Os cidadãos não era espectável que interviessem, até por estarem num local daqueles com tanta gente com responsabilidades e conhecimentos, com obrigação de actuar; mas os profissionais da Justiça revelaram bem o que são e o conceito que têm de justiça, a forma como "cumprem" as suas obrigações legais...


Conclusão: estão todos implicados, são todos cúmplices; isto é a justiça PÉRFIDA E MALÉVOLA que temos.



A juíza ainda gozou, quando eu disse que não estava em condições de estar de pé, dizendo que me achava em muito boas condições... Os juízes são outros a quem o cidadão, por lei, deve obediência e respeito; até pode ser preso para “respeitar”; outros que podem fazer tudo e que, por isso, cometem todos os crimes, até crimes inimagináveis como neste caso.


A juíza foi mais longe: ameaçou que me mandava para a prisão logo dali quando eu disse que não podia estar de pé.

Mandava-me para a prisão porque o sr. Magistrado do Ministério Público CERTAMENTE requereria... Pelo meio foi dizendo, como provocação certamente, que eu estava ali para exercer o direito de ser ouvida porque "nós aqui respeitamos os seus direitos", disse olhando para mim e vendo-me naquele estado, COM AS MARCAS DA AGRESSÃO BEM VISÍVEIS.
Fartou-se de gozar, a juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha...

E depois, quando eu expliquei os meus motivos de indignação que motivaram a denúncia dos actos torpes de José Maria Martins e que são os fundamentos daquele processo, respondeu que eu iria ver que a liberdade de expressão tem limites.


Assim a juíza afirmou, claramente que, por um lado, o Ministério Público faz o que ela manda e, por outro lado, a sentença já estava “cozinhada”; não importava o que eu dissesse..


Vivi uma situação caricata e surreal, COMO É NORMAL NOS NOSSOS TRIBUNAIS: para exercer o meu direito de ser ouvida mandaram-me prender... e humilhar, e ultrajar, e agredir e molestar. Prefiro não ter o “direito” de ser ouvida.

Para quê? Para dizer o que estava dito e escrito e para sancionar, com a minha presença (ao menos foi forçada e não voluntária) aquela palhaçada em que a sentença está ditada à partida e os julgamentos servem só para esbanjar o nosso dinheiro, para desperdiçar MUITOS meios e para molestar as pessoas?

Disse a Juíza que “A liberdade de expressão tem limites (é assim uma espécie de “Liberdade” amordaçada... pelos juízes)... E quem melhor do que juízes assim com comportamentos destes para definir os limites das nossas liberdades?


O melhor é o cidadão, logo que se levanta, consultar um juíz para saber o que pode fazer e dizer nesse dia, no âmbito da “Sua” Liberdade individual. Indignação? O que é isso? Ninguém tem o direito de se indignar com nada. Os patifes podem fazer tudo às claras e o cidadão tem de “comer e calar”., são os juízes que decidem e pronto.


Enquanto estive naquela sala de audiências estiveram também 3 polícias... a audiência decorreu com apresença de 3 polícias; isto porque eu estava detida, despojada até dos meus pertences que estavam na esquadra.


Saí da sala de audiências acompanhada pelos 3 polícias e permaneci detida até depois das 11 horas da manhã, ultrapassando largamente o prazo máximo de prisão especificado no mandato... Um mandato que previa que o prazo de prisão seria "
pelo período de tempo estritamente indispensável" durou mais de 25 horas, para eu estar na sala de audiências menos de 1 hora... e já depois de expirando o prazo máximo de prisão que esse mesmo mandato especificava. É Obra!


É só mais uma violação das leis e regras especificadas no Mandato elaborado pela escrivã Paula Maria Soares e assinado pela Juíza Marta Maria Gonçalves da Rocha. Este tipo de gente é assim mesmo: têm de violar as leis para se sentirem alguém, para testarem a sua impunidade, para afirmarem claramente que as leis não se lhes aplicam, que não têm de cumprir leis por que eles são "a lei" (da selva).


Estamos a viver, realmente, a mais cruel das tiranias
.
Assunto: Em 2012 :Factura da EDP


EDP - ELETLECIDADE DE POLTUGAL

A paltil de Janeilo pala sua maiol comodidade pague as fatulas da EDP num dos muitos milhales
de postos de coblança existentes no Pais .... A LOJA DO CHINÊS MAIS PLÓXIMA !!!!

Património

Isaltino tem 369 mil euros na Suíça

De 2003 a 2005, o autarca de Oeiras aumentou as poupanças depositadas na UBS em mais de 1000 por cento

Noticias do Tugaleaks


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Assunção Esteves: não é só a reforma dos 7.000EUR que incomoda o povo
Posted: 01 Jan 2012 05:59 PM PST

Assunção Esteves tem o segundo maior cargo político em Portugal. Ganha quase 10.000EUR por mês, teve um acidente que resultou num atropelamento com um carro do estado e está cansada.

Chama-se Maria da Assunção Andrade Esteves . Foi Juíza Conselheira do Tribunal Constitucional durante 10 anos e por isso recebe mais de 7.000EUR de reforma. Algo que uma pessoa que trabalha a vida toda não consegue atingir.
Para comandar a Assembleia da nação, segundo as contas do SOL, a Presidente da Assembleia ganha 7.255EUR de reforma mais 2.133EUR de ajudas de custo, o que num mês é quase o dobro do ordenado mínimo nacional de um cidadão num ano inteiro!
Segundo também o SOL a Presidente da AR tinha a opção de abdicar da reforma e ficar a ganhar 5.219,15EUR mais as ajudas de custo de 2.135EUR mas escolheu o caminho do dinheiro fácil.
Podemos então concluir que um cidadão está a receber menos de metade do que recebe um político cuja função é representar o cidadão. Não deixa de ser irónico, certo?
Assunção Esteves também esteve envolvida cerca de dois meses após assumir o seu cargo político, num acidente de viação em Faro que deixou uma idosa numa passadeira gravemente ferida. O acidente parece ter sido feito com o carro de serviço.

Ainda voltando à questão financeira desta nossa Presidente, em Outubro a Visão publicou um artigo onde dizia que “Assunção Esteves quer promover tertúlias em cafés para aproximar Parlamento da vida real“. Ora, a tertúlia é paga com o Subsídio de Natal que tiraram aos Portugueses ou com a reforma mensal que ultrapassa um ano de ordenado mínimo de um Português? Ou será que abdicar de um salário da Assembleia da República mais baixo em comparação com uma reforma mais alta é sinal de uma vida real?
Para terminar o ano em beleza, no final do ano transato fez uma declaração à RR que, citada pelo Correio da Manhã, afirma “Estávamos a precisar de descansar um pouco”.
Neste contexto e analisando o historial aqui descrito, solicitamos à Presidente da AR que se está cansada – e tendo em conta que se reformou passado apenas 10 anos de serviço – que abdique do seu cargo, já que a sua forma de cumprir o dever se resume à ganância e a tentar aproximar realidades que os próprios corpos políticos quierem diferenciar.
Existem certamente movimentos cívicos que com bem menos podiam fazer bem mais.
E por último os mais atentos podem ver que acabamos de fazer um artigo com informações dos media. Vários jornais e jornalistas deram o seu melhor para breves notícias que o Tugaleaks compilou e que, 4 artigos depois, chegamos à conclusão que a corrupção, demagogia e falta de profissionalismo chegam aos mais altos poderes políticos do nosso Portugal.
Os media não dormem. Nem o povo

E não é por eles serem portugueses.

Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos e
você vai descobrir que doze por cento da população é portuguesa, o povo
que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que
controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa
africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no
Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da
Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao
Japão... e Austrália.

Esta semana, o Primeiro-ministro José Sócrates lançou uma nova onda
dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA,
mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório
por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto
com o mundo real, um esteio na classe política elitista Portuguesa no
Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão
política que têm assolado o país desde os anos 80.

O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia se deixou
ser sugada é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e
Standard and Poor's, baseadas nos estados unidos da América (onde
havia de ser?) virtual fisicamente controlam as políticas fiscais,
económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da
atribuição das notações de crédito.

Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de
inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto
forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha
depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta
anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e
por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de
pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os
mercados para sua indústria.

E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por
motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores"
(estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país
eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são
Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.

Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD
(Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm
sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses
pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores
portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu)
e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
O quê é que as contrapartidas renderam, a não ser a aniquilação total
de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base
sustentável?

Aníbal Cavaco da Silva, agora presidente, mas primeiro-ministro durante
uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões
através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do
desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores
políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque é considerado
"sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso
fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se
a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de
sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice
público em Portugal e o campeão de gastos públicos.

A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal
planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes
inexistente localização no modelo governativo do departamento do
Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses
investidos que sugam o país e seu povo.

Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção
de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o
transporte interno e fomentando a construção de parques industriais
nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que
assentava no litoral.

O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para
fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques
industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas,
em muitos casos já fecharam.

Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou
em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram
encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de
javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e
Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o
dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou
a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a
participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu
próprio partido político. E ele é um dos melhores.

Depois de Aníbal Cavaco da Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António
Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um
candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro
em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata
excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora
Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que
não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que ele
resolveu, passou a batata quente para Pedro Santana Lopes (PSD), que não tinha
qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha.
Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente
competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou
corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado
por interesses instalados.

Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este
primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para
enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise
mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo
foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para
salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi
produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos
de educação).

E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria,
demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus
ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que
obviamente serão contra-producentes.
Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os
resultados:

-Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos
(94%).
-Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu
melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país
(5%).
-Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento.

Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que
multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a
criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado
a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no
caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de
física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que
sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde
eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as
agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar
medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao
futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um
retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de
Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o
eleitorado de suas ideias e propostas.

Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de
punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os
interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas,
não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos.
Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem
se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que
convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude".
Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo.
Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário
lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe
política abominável.


Timothy Bancroft-Hinc