quarta-feira, 3 de novembro de 2010
BOYS & GIRLS
CRISE:
BOYS & GIRLS DO PS COM SALÁRIOS DE MILHARES DE EUROS
Fernando Gomes lidera esta lista de remunerações de luxo por larga distância
Apresentamos abaixo uma pequena lista dos infindáveis boys & girls do Partido Socialista. Possuem pouco currículo nas áreas para as quais são nomeados o que faz deles, pessoas tecnicamente pouco preparados para executar funções onde ganham milhares de euros anuais. Alternam facilmente entre cargos públicos no Governo, institutos públicos, fundações, entidades reguladoras ou empresas do Estado, sempre recebendo ordenados de luxo e regalias, pagos pelos contribuintes, apesar da crise e das medidas de austeridade tão defendidas pelo ministro das Finanças e pelo Primeiro-ministro. Muitos deles ainda acumulam PPR’s e reformas duplas e triplas, pagas pelo Estado ou pelas empresas privadas onde exercem. Vale a pena ler um pouco sobre estes exemplos, para aprendermos em que país vivemos e a quem andamos a pagar com os nossos impostos sofregamente recebidos pelo Ministério das Finanças.
Ana Tomaz, 35 anos, administradora da Estradas de Portugal (empresa pública), nomeada no dia 23 de Julho de 2010 (já depois do PEC II), pelo Governo, com um salário anual de 151.200 euros, mais carro de serviço, combustível e telemóvel. Na véspera da sua nomeação, esta engenheira civil sem qualquer experiência de gestão, era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, no Governo.
Filipe Baptista foi durante anos um dos colaboradores mais próximos de José Sócrates, primeiro como seu chefe de gabinete ainda no Ministério do Ambiente (1999 a 2002), depois como seu secretário de Estado (até 26 de Outubro de 2009). No dia 12 de Novembro de 2009 foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Anacom, entidade reguladora para a área das comunicações. Esteve apenas 17 dias desempregado. Triplicou o ordenado que recebia como membro do Governo – de cerca de 64.400 euros anuais, mais despesas de representação, para 198.772 euros por ano. Tem ainda direito a viatura de serviço, sem motorista. Com bastante experiência política, Filipe Baptista apresenta um currículo fraco na área de telecomunicações.
Augusto José Pereira Luís apareceu em Julho de 2007 na comissão de honra da candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa. Em Outubro de 2007 era nomeado presidente da empresa pública NAV (Navegação Aérea de Portugal) pelo ministério de Paulo Campos. Pelo seu currículo oficial, Pereira Luís não conhece o sector de gestão do tráfego aéreo, mas conhece o secretário de Estado das Obras Públicas. Entre 1999 e 2002, Pereira Luís foi administrador da EPAL enquanto Paulo Campos foi administrador da holding Águas de Portugal. Recebe na NAV 7.500 euros por mês, mais carro com motorista, combustível (1.755 euros), telefone (604 euros) e despesas de representação (2.172 euros), num total anual de 109.531 euros. É ainda reformado pelo Centro Nacional de Pensões.
Carlos Beja, 61 anos, formado em Direito, ex-deputado do PS (1995-99) de segunda linha, discreto, mais conhecido em São Bento pela boa disposição do que pela intervenção política. Profissionalmente passou pela Sociedade Grande Hotel do Luso e pela companhia de seguros Sagres. Hoje, recebe 6.750 euros por mês, mais carro com motorista, combustível (3.129 euros), telefone (881 euros) e despesas de representação (1.200 euros), num total anual de 99.710 euros.
Luís Patrão, 55 anos, presidente do Turismo de Portugal desde Maio de 2006. Saiu directamente de São Bento, onde era chefe de gabinete de José Sócrates, depois de já ter desempenhado o mesmo cargo com António Guterres (1995-99). Durante os governos de Guterres foi ainda deputado e secretário de Estado da Administração Interna, mas saiu envolvido em polémica, juntamente com Armando Vara, por causa da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança. Natural da Covilhã, Luís Patrão é, com o irmão Jorge, amigo de Sócrates desde a juventude. A sua carreira foi praticamente só política. Profissionalmente foi chefe de divisão e director de serviços do Instituto do Consumidor (1986-89 e 2001-2004). Até 2009, Patrão acumulou o salário do Turismo com o de membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, onde, segundo dados de 2008, recebeu 7.000 euros mensais. Este salário tinha uma componente fixa, de 4.000 euros, a que acrescia uma parcela complementar de 3.000 euros por ser membro da comissão de sustentabilidade e governo societário. Em 2008, a comissão realizou 10 reuniões. Só a revelação pública desta acumulação de funções nos jornais o levou a abdicar em 2009 do ordenado da TAP, mantendo o do Turismo de Portugal.
Luís Nazaré desempenhou o seu primeiro cargo junto do poder político em 1995 como assessor de António Guterres para as áreas da indústria, comércio e turismo. Antes, estivera seis anos em França na Eutelsat, uma organização intergovernamental europeia de gestão de satélites. De 1998 a 2002, foi presidente da Anacom, por nomeação do PS. Nesse ano pertenceu à direcção de Ferro Rodrigues no partido. E em 2005 foi escolhido por Sócrates para liderar a administração dos CTT, fazendo apenas um mandato. Na altura o Estado criou um novo órgão chamado Comité de Estratégia, que no último ano, teve 23 reuniões como actividade, menos de duas por mês. Por essas reuniões, Luís Nazaré recebeu 3.500 euros, 14 meses por ano, num total de 49.000 euros anuais. Ao mesmo tempo é consultor da Deloitte, uma multinacional à qual os CTT encomendaram um plano de reestruturação da empresa.
Ascenso Simões, passou pelos cargos de secretário de Estado da Administração Interna e da Agricultura. Foi nomeado pelo Governo para vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a 7 de Maio deste ano. No PS, aos 22 anos concorreu a deputado e aos 25 era secretário nacional da Juventude Socialista. Licenciado em Ciências Empresariais, foi vereador da Câmara de Vila Real e presidente da distrital do PS entre 2002 e 2004. A sua distrital apoiou a candidatura interna de José Sócrates. Tem pouco curriculum ligado à energia tendo administrado duas pequenas empresas, a Luzfisa (Caldas da Rainha) e Tecaprod (Vila Real). Ganha hoje na ERSE, 13.488 euros por mês, num total de 188.839 euros anuais. Foi acusado, quando tomou posse, de não ter distanciamento para poder ser independente do Governo, o que é exigível duma entidade reguladora.
António Castro Guerra, ex-secretário de Estado da Economia, está como presidente da Cimpor por indicação da Caixa Geral de Depósitos, que tem 9,6% da empresa. Castro Guerra é professor de Economia no ISEG e foi presidente do IAPMEI no governo de António Guterres. Esteve no IPIPE – Investimentos e Participações. Passou ainda pela Brisa e pelo Taguspark. A Cimpor recusou divulgar o valor da remuneração, só admitindo fazê-lo no fim do ano, no Relatório e Contas, como a lei obriga. Mas em 2009, o antecessor de Castro Guerra, Bayão Horta, recebeu 285.384 euros anuais, cerca de 20.000 euros por mês.
Mário Lino receberá 26.821 euros (ordenado do seu antecessor) por ano bastando para isso ir apenas a algumas reuniões por ano na Caixa Geral de Depósitos com direito a gabinete próprio. Sem qualquer currículo na banca ou em seguros, preside aos Conselhos Fiscais da Caixa Seguros, Fidelidade e Império (todas do grupo Caixa Geral de Depósitos). A CGD argumenta que é difícil encontrar candidatos para o Conselho Fiscal, porque isso impede qualquer outra ligação ao grupo CGD.
Fernando Gomes foi presidente da Câmara Municipal do Porto, ministro da Administração Interna, deputado e, de repente, tornou-se administrador de empresas ligadas ao PSD, após fazer inúmeras declarações polémicas contra o Governo de António Guterres ou mesmo ao presidente sucessor pelo PS, da Câmara Municipal do Porto. Passou directamente do Parlamento para a administração da Galp, com um salário base de 349.000 euros, mais 30.000 euros de prémios, 88.000 euros em PPR e 62.000 euros em subsídios de renda de casa e deslocação, num total de 529.000 euros anuais. Amigo pessoal de José Sócrates.
Alda Borges Coelho passou directamente de directora da Federação Portuguesa de Rugby para vogal do Conselho de Administração da ANA, Aeroportos de Portugal. No currículo, tem uma particularidade: foi colega do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Além do râguebi, tem experiência em supermercados (Feira Nova e Jerónimo Martins) e na área do retalho (Gestiretalho), mas não em Conselhos de Administração. Ganha por ano 109.486 euros.
António Guilhermino Rodrigues é militante socialista, amigo de Jorge Coelho, passou pela Carris, pela Metro de Lisboa e foi secretário de Estado dos Transportes entre 1996 e 2001, nos Governos de António Guterres. Nunca antes trabalhara no sector da aviação. Quando o PS chegou ao Governo em 2005, Guilhermino tornou-se presidente da ANA. Hoje é ainda presidente da ANAM (aeroportos da Madeira), presidente não executivo da NAER (novo aeroporto) e administrador da ADA (administração de aeroportos). Na ANA recebe salário, automóvel e telemóvel. Na ANAM, tem cartão de crédito (253 euros) e subsídio de deslocação (633 euros em 2009). No total recebe 184.877 euros anuais.
Fernando Rocha Andrade tem 39 anos, é assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, administrador não executivo e membro da Comissão de Auditoria da REN – Rede Eléctrica Nacional. Os cargos que ocupa na empresa do Estado implicam a deslocação aos escritórios duas vezes por mês para participar noutras tantas reuniões fixas e a disponibilidade para participar em eventuais encontros que a Comissão de Auditoria marque com entidades com ou sem ligação à empresa. Não é uma função a tempo inteiro mas implica uma remuneração de 48.000 euros brutos anuais. Foi subsecretário de Estado da Administração Interna (2005-2007) e militou activamente na JS durante a liderança de Sérgio Sousa Pinto, onde também se tornou próximo de Marcos Perestrello, actual secretário de Estado da Defesa. Não tem currículo na área da Energia.
Alexandre Rosa começou a carreira como funcionário do Ministério da Educação. Foi investigador no Instituto de Ciências Sociais, chefe de gabinete da secretária de Estado da Educação e Inovação (1995-1996) e de Jorge Coelho, quando este foi ministro-adjunto de António Guterres. Chegou ao Governo como secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Quando o PS deixou o poder, tornou-se chefe do gabinete do grupo parlamentar. E quando o PS voltou ao poder, foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional. Não tinha experiência anterior na área do emprego. Recebe 79.140 euros por ano e tem carro de serviço com motorista.
FONTE:-
http://amafiaportuguesa.blogspot.com/
BOYS & GIRLS DO PS COM SALÁRIOS DE MILHARES DE EUROS
Fernando Gomes lidera esta lista de remunerações de luxo por larga distância
Apresentamos abaixo uma pequena lista dos infindáveis boys & girls do Partido Socialista. Possuem pouco currículo nas áreas para as quais são nomeados o que faz deles, pessoas tecnicamente pouco preparados para executar funções onde ganham milhares de euros anuais. Alternam facilmente entre cargos públicos no Governo, institutos públicos, fundações, entidades reguladoras ou empresas do Estado, sempre recebendo ordenados de luxo e regalias, pagos pelos contribuintes, apesar da crise e das medidas de austeridade tão defendidas pelo ministro das Finanças e pelo Primeiro-ministro. Muitos deles ainda acumulam PPR’s e reformas duplas e triplas, pagas pelo Estado ou pelas empresas privadas onde exercem. Vale a pena ler um pouco sobre estes exemplos, para aprendermos em que país vivemos e a quem andamos a pagar com os nossos impostos sofregamente recebidos pelo Ministério das Finanças.
Ana Tomaz, 35 anos, administradora da Estradas de Portugal (empresa pública), nomeada no dia 23 de Julho de 2010 (já depois do PEC II), pelo Governo, com um salário anual de 151.200 euros, mais carro de serviço, combustível e telemóvel. Na véspera da sua nomeação, esta engenheira civil sem qualquer experiência de gestão, era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, no Governo.
Filipe Baptista foi durante anos um dos colaboradores mais próximos de José Sócrates, primeiro como seu chefe de gabinete ainda no Ministério do Ambiente (1999 a 2002), depois como seu secretário de Estado (até 26 de Outubro de 2009). No dia 12 de Novembro de 2009 foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Anacom, entidade reguladora para a área das comunicações. Esteve apenas 17 dias desempregado. Triplicou o ordenado que recebia como membro do Governo – de cerca de 64.400 euros anuais, mais despesas de representação, para 198.772 euros por ano. Tem ainda direito a viatura de serviço, sem motorista. Com bastante experiência política, Filipe Baptista apresenta um currículo fraco na área de telecomunicações.
Augusto José Pereira Luís apareceu em Julho de 2007 na comissão de honra da candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa. Em Outubro de 2007 era nomeado presidente da empresa pública NAV (Navegação Aérea de Portugal) pelo ministério de Paulo Campos. Pelo seu currículo oficial, Pereira Luís não conhece o sector de gestão do tráfego aéreo, mas conhece o secretário de Estado das Obras Públicas. Entre 1999 e 2002, Pereira Luís foi administrador da EPAL enquanto Paulo Campos foi administrador da holding Águas de Portugal. Recebe na NAV 7.500 euros por mês, mais carro com motorista, combustível (1.755 euros), telefone (604 euros) e despesas de representação (2.172 euros), num total anual de 109.531 euros. É ainda reformado pelo Centro Nacional de Pensões.
Carlos Beja, 61 anos, formado em Direito, ex-deputado do PS (1995-99) de segunda linha, discreto, mais conhecido em São Bento pela boa disposição do que pela intervenção política. Profissionalmente passou pela Sociedade Grande Hotel do Luso e pela companhia de seguros Sagres. Hoje, recebe 6.750 euros por mês, mais carro com motorista, combustível (3.129 euros), telefone (881 euros) e despesas de representação (1.200 euros), num total anual de 99.710 euros.
Luís Patrão, 55 anos, presidente do Turismo de Portugal desde Maio de 2006. Saiu directamente de São Bento, onde era chefe de gabinete de José Sócrates, depois de já ter desempenhado o mesmo cargo com António Guterres (1995-99). Durante os governos de Guterres foi ainda deputado e secretário de Estado da Administração Interna, mas saiu envolvido em polémica, juntamente com Armando Vara, por causa da criação da Fundação para a Prevenção e Segurança. Natural da Covilhã, Luís Patrão é, com o irmão Jorge, amigo de Sócrates desde a juventude. A sua carreira foi praticamente só política. Profissionalmente foi chefe de divisão e director de serviços do Instituto do Consumidor (1986-89 e 2001-2004). Até 2009, Patrão acumulou o salário do Turismo com o de membro do Conselho Geral e de Supervisão da TAP, onde, segundo dados de 2008, recebeu 7.000 euros mensais. Este salário tinha uma componente fixa, de 4.000 euros, a que acrescia uma parcela complementar de 3.000 euros por ser membro da comissão de sustentabilidade e governo societário. Em 2008, a comissão realizou 10 reuniões. Só a revelação pública desta acumulação de funções nos jornais o levou a abdicar em 2009 do ordenado da TAP, mantendo o do Turismo de Portugal.
Luís Nazaré desempenhou o seu primeiro cargo junto do poder político em 1995 como assessor de António Guterres para as áreas da indústria, comércio e turismo. Antes, estivera seis anos em França na Eutelsat, uma organização intergovernamental europeia de gestão de satélites. De 1998 a 2002, foi presidente da Anacom, por nomeação do PS. Nesse ano pertenceu à direcção de Ferro Rodrigues no partido. E em 2005 foi escolhido por Sócrates para liderar a administração dos CTT, fazendo apenas um mandato. Na altura o Estado criou um novo órgão chamado Comité de Estratégia, que no último ano, teve 23 reuniões como actividade, menos de duas por mês. Por essas reuniões, Luís Nazaré recebeu 3.500 euros, 14 meses por ano, num total de 49.000 euros anuais. Ao mesmo tempo é consultor da Deloitte, uma multinacional à qual os CTT encomendaram um plano de reestruturação da empresa.
Ascenso Simões, passou pelos cargos de secretário de Estado da Administração Interna e da Agricultura. Foi nomeado pelo Governo para vogal do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a 7 de Maio deste ano. No PS, aos 22 anos concorreu a deputado e aos 25 era secretário nacional da Juventude Socialista. Licenciado em Ciências Empresariais, foi vereador da Câmara de Vila Real e presidente da distrital do PS entre 2002 e 2004. A sua distrital apoiou a candidatura interna de José Sócrates. Tem pouco curriculum ligado à energia tendo administrado duas pequenas empresas, a Luzfisa (Caldas da Rainha) e Tecaprod (Vila Real). Ganha hoje na ERSE, 13.488 euros por mês, num total de 188.839 euros anuais. Foi acusado, quando tomou posse, de não ter distanciamento para poder ser independente do Governo, o que é exigível duma entidade reguladora.
António Castro Guerra, ex-secretário de Estado da Economia, está como presidente da Cimpor por indicação da Caixa Geral de Depósitos, que tem 9,6% da empresa. Castro Guerra é professor de Economia no ISEG e foi presidente do IAPMEI no governo de António Guterres. Esteve no IPIPE – Investimentos e Participações. Passou ainda pela Brisa e pelo Taguspark. A Cimpor recusou divulgar o valor da remuneração, só admitindo fazê-lo no fim do ano, no Relatório e Contas, como a lei obriga. Mas em 2009, o antecessor de Castro Guerra, Bayão Horta, recebeu 285.384 euros anuais, cerca de 20.000 euros por mês.
Mário Lino receberá 26.821 euros (ordenado do seu antecessor) por ano bastando para isso ir apenas a algumas reuniões por ano na Caixa Geral de Depósitos com direito a gabinete próprio. Sem qualquer currículo na banca ou em seguros, preside aos Conselhos Fiscais da Caixa Seguros, Fidelidade e Império (todas do grupo Caixa Geral de Depósitos). A CGD argumenta que é difícil encontrar candidatos para o Conselho Fiscal, porque isso impede qualquer outra ligação ao grupo CGD.
Fernando Gomes foi presidente da Câmara Municipal do Porto, ministro da Administração Interna, deputado e, de repente, tornou-se administrador de empresas ligadas ao PSD, após fazer inúmeras declarações polémicas contra o Governo de António Guterres ou mesmo ao presidente sucessor pelo PS, da Câmara Municipal do Porto. Passou directamente do Parlamento para a administração da Galp, com um salário base de 349.000 euros, mais 30.000 euros de prémios, 88.000 euros em PPR e 62.000 euros em subsídios de renda de casa e deslocação, num total de 529.000 euros anuais. Amigo pessoal de José Sócrates.
Alda Borges Coelho passou directamente de directora da Federação Portuguesa de Rugby para vogal do Conselho de Administração da ANA, Aeroportos de Portugal. No currículo, tem uma particularidade: foi colega do secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Além do râguebi, tem experiência em supermercados (Feira Nova e Jerónimo Martins) e na área do retalho (Gestiretalho), mas não em Conselhos de Administração. Ganha por ano 109.486 euros.
António Guilhermino Rodrigues é militante socialista, amigo de Jorge Coelho, passou pela Carris, pela Metro de Lisboa e foi secretário de Estado dos Transportes entre 1996 e 2001, nos Governos de António Guterres. Nunca antes trabalhara no sector da aviação. Quando o PS chegou ao Governo em 2005, Guilhermino tornou-se presidente da ANA. Hoje é ainda presidente da ANAM (aeroportos da Madeira), presidente não executivo da NAER (novo aeroporto) e administrador da ADA (administração de aeroportos). Na ANA recebe salário, automóvel e telemóvel. Na ANAM, tem cartão de crédito (253 euros) e subsídio de deslocação (633 euros em 2009). No total recebe 184.877 euros anuais.
Fernando Rocha Andrade tem 39 anos, é assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, administrador não executivo e membro da Comissão de Auditoria da REN – Rede Eléctrica Nacional. Os cargos que ocupa na empresa do Estado implicam a deslocação aos escritórios duas vezes por mês para participar noutras tantas reuniões fixas e a disponibilidade para participar em eventuais encontros que a Comissão de Auditoria marque com entidades com ou sem ligação à empresa. Não é uma função a tempo inteiro mas implica uma remuneração de 48.000 euros brutos anuais. Foi subsecretário de Estado da Administração Interna (2005-2007) e militou activamente na JS durante a liderança de Sérgio Sousa Pinto, onde também se tornou próximo de Marcos Perestrello, actual secretário de Estado da Defesa. Não tem currículo na área da Energia.
Alexandre Rosa começou a carreira como funcionário do Ministério da Educação. Foi investigador no Instituto de Ciências Sociais, chefe de gabinete da secretária de Estado da Educação e Inovação (1995-1996) e de Jorge Coelho, quando este foi ministro-adjunto de António Guterres. Chegou ao Governo como secretário de Estado da Administração Pública e da Modernização Administrativa. Quando o PS deixou o poder, tornou-se chefe do gabinete do grupo parlamentar. E quando o PS voltou ao poder, foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional. Não tinha experiência anterior na área do emprego. Recebe 79.140 euros por ano e tem carro de serviço com motorista.
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