Colapso Econômico, Fome e
Miséria Programados e Iminentes.
sábado, 25 de maio de 2013
Reitor da Universidade do Porto acusa Executivo de "maltratar" a recuperação urbana da Baixa
Meia centena de personalidades da cidade reunidas por causa da
difícil situação financeira da Sociedade Reabilitação Urbana, a quem o
Estado deve 2,4 milhões.
O reitor da Universidade do Porto, Marques dos
Santos, declarou este sábado, momentos antes da reunião convocada pelo
social-democrata e presidente da câmara, Rui Rio, para debater a situção
da Sociedade de Reabilitação Urbana, que este movimento em defesa da
SRU "não se trata de uma questão do Porto contra Lisboa", mas que
resulta da "falta de confiança" das pessoas em relação ao Estado e
"quando não há confiança as pessoas mobilizam-se".
KAOS:A Tasca da Assembleia da Republica
Um jornalista tomou pequeno-almoço, almoçou, lanchou, jantou, e apanhou uma bebedeira por apenas 13,30 € no Bar/Restaurante da Assembleia da República.
A propósito de uma tabela de preços do bar da AR (Assembleia da República), postada ontem na página do facebook da Maior Tv, um comentário de um dos nossos leitores lançou-me o desafio. Escreveu ele: “gostava era de saber como é que ainda há pessoas que acreditam nisto!!!! Percam tempo com coisas concretas e inventem menos!!”
Pois bem, seguindo o conselho deste nosso leitor, vamos então “perder” um pouco do nosso tempo com coisas sérias.
Consta do Orçamento da AR para este ano (publicado em Diário da República) a rubrica: “Serviços de restaurante, refeitório e cafetaria - 960.850,00” (quase 1 milhão de euros). Prevendo-se a receita de 260 mil euros proveniente da venda de senhas de refeição. Isto é: tendo em conta o preço de custo, as receitas não ultrapassam os 30 por cento, o que equivale a uma venda abaixo de custo na ordem dos 70 por cento.
Mas pior do que isto, é o facto de ser o povo português a pagar a diferença que existe entre os 260 mil e os 960 mil euros.
Para que não restem dúvidas, o povo português paga cerca de 700 mil euros/ano para que os deputados da AR comam e bebam do melhor.
Segundo o caderno de encargos, no refeitório terá de ser servido:
Sopa: normal e dieta (obrigatoriamente elaborada com base em vegetais frescos e/ou congelados, sendo proibido o uso de bases pré-preparadas. São admissíveis sopas com elementos proteicos uma vez por semana – sopa de peixe, canja de galinha, etc.).
Carne, peixe, dieta, opção, Bitoque. Pão, integral ou de mistura; Salada; Sobremesas incluindo, no mínimo, 4 variedades de fruta e 4 de doces/bolos/sorvete, além de maçã assada e salada de frutas.
Exige ainda o caderno de encargos, uma mesa com complementos frios (saladas), com no mínimo 8 variedades entre as quais se incluem, obrigatoriamente, tomate, alface e cenoura, além de molhos e temperos variados.
Uma mesa com um prato vegetariano e mais 4 componentes quentes vegetarianos (cereais, leguminosas e legumes).
Sobre os ingredientes é exigido o seguinte:
Café: “O café para serviço nas Cafetarias deverá ser de 1ª qualidade, em grão para moagem local, observando lotes que incluam um mínimo de 50% de “arábica” na sua composição”.
Bacalhau: “O Bacalhau deverá ser obrigatoriamente da espécie Cod Gadusm morhua. Pode apresentar-se seco para demolha, fresco ou demolhado ultracongelado, observando-se como tamanho mínimo 1 Kg (“crescido”), para confecções prevendo “desfiados” (à Brás, com natas ou similares) ou 2 Kg (“graúdo”) para confecções “à posta”.
Carnes de Aves: “Peru (inteiro em carcaças limpas com peso superior a 5 Kg, coxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais). Frango (inteiro em carcaças limpas com peso aproximado 1,2 Kg, coxas e antecoxas, bifes obtidos exclusivamente por corte dos músculos peitorais).
Agora vamos aos preços
Um jornalista meu amigo tomou pequeno-almoço, almoçou, lanchou, jantou, e apanhou uma bebedeira por apenas 13,30 € no Bar/Restaurante da AR.
Recorde-se que as refeições escolares no ensino básico atingem os 3,80 euros. O jornalista comparou os preços do bar da Assembleia da República frequentado por deputados e ministros, e ficou abismado.
Eram 8 da manhã. O jornalista pediu um café e um bolo de arroz, afim de tomar o pequeno-almoço, tendo pago 15 cêntimos, 5 do café e 10 do bolo.
Vendo ali “mama da grossa”, o jornalista bebeu 10 (Dez), repito 10 minis, tendo pago apenas 1 euro, (pois cada mini custa apenas 10 Cêntimos)!
A meio da manhã, o jornalista “mamou” um gin Bombay Sapphire (1,65 euros), e já perto do Almoço um vodka Eristoff (1,50 euros), para abrir o apetite.
Ao almoço, o jornalista comeu gambas, camarão tigre, lavagante, sapateira, queijo da Serra, presunto de Barrancos, garoupa e bife do lombo, regado com Palácio da Bacalhoa, por 3 euros!
Depois e para rematar um whisky Famous Grouse, que custou (2 euros).
Já de tarde solicitou uma garrafa de champanhe Krug (3 euros a garrafa) e caviar beluga (1 euro).
O jornalista passou a tarde no bar da AR, rodeado das deputadas Rita Rato (PCP), Francisca Almeida (PSD), Ana Drago e Marisa Matias do (BE).
Assim, por tudo isto, o meu amigo jornalista gastou qualquer coisa como13,30 €uros, num pequeno-almoço, almoço de marisco, com entradas de queijo da serra, presunto e caviar, com vinho do Palácio da Bacalhoa, e pelo meio alternadamente bebeu whisky, vodka e gin, rematando com champanhe Krug.
Obviamente saiu com uma piela de caixão à cova, mas que foi barato lá isso foi...
Agora sim, acabamos de perder um pouco do nosso tempo com coisas sérias.
Vítor Santos
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Posted:
24 May 2013 06:27 AM PDT
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Grande parte dos médicos não têm um
conhecimento profundo dos tratamentos farmacológicos que estão a administrar,
apenas têm uma vaga ideia formatada pelo que lhes foi tramitido durante o
curso.
O curso terminado, a maioria não põe em questão os novos medicamentos que surgem no mercado, confiam na informação transmitida pelos delegados de informação médica ou nos estudos patrocinados pelos laboratórios farmacêuticos que os comercializam.
O curso terminado, a maioria não põe em questão os novos medicamentos que surgem no mercado, confiam na informação transmitida pelos delegados de informação médica ou nos estudos patrocinados pelos laboratórios farmacêuticos que os comercializam.
Delegados de "desinformação" médica.
A principal formação que recebem os delegados de informação médica, após uma formação técnica rápida sobre o medicamento, é a melhor maneira de convencer o médico a prescrever a todo o custo esse medicamento.
Estes delegados são comerciais, como tal, bem poderiam apresentar a mesma convicção ao vender uma caneta, uma marca de detergente ou um político. O método é o mesmo: valorizar o produto, minimizando os efeitos secundários ou simplesmente ignorando a sua ineficácia ou inutilidade.
Esta venda é feita cativando o médico de várias maneiras: saber ouvir, fingir-se muito interessados na vida privada do médico que têm à sua frente (familia, filhos, hobbies), com a finalidade de ganhar a sua confiança.
Os laboratórios recrutam delegadas de informação médica que bem poderiam ser modelos de passarela ou jovens e atraentes delegados de informação médica. Existe muitas vezes, nestes casos, um verdadeiro jogo de sedução, no limite, um verdadeiro jogo de atracção sexual.
Sedutores e bem-falantes, propõem jantares nos restaurantes mais badalados da cidade ou estadias em hotéis cinco estrelas, tudo pago, claro, pelo laboratório farmacêutico que representam. Neste contexto, muitos médicos sentem-se reis e rainhas envoltos pelo glamour efémero das circunstâncias.
Por vezes, e não raras, são viagens de luxo a países distantes que são oferecidas, a pretexto de um qualquer congresso ou simpósio, que a maioria nem sequer frequenta.
Perante tantas mordomias, como não se deixar convencer e recusar prescrever o medicamento promovido, acabado de ser colocado no mercado (os mais rentáveis) fundamentado em estudos apressados, testados em populações miseráveis da Ásia ou de África, cobaias com características corporais e culturais muito diferentes das nossas, cobaias esses que nunca irão ter direito a beneficiar dos medicamentos pelos quais foram testados.
Médicos ao serviço da indústria farmacêutica.
Existem alguns médicos que trabalham diectamente para benefício da indústria farmacêutica. Os menos perigosos são aquelas que se aproveitam do sistema: os directores clínicos dessa indústria, que abertamente beneficiam das mordomias e salários altíssimos pagos para ocuparem esses postos. Claro que defendem o laboratório para o qual trabalham, mas estão "simplesmente" a cumprir uma função.
Os mais perigosos são os encaputados, escondidos através de um qualquer título ou renome e que definem as "guidelines" nacionais e internacionais que a generalidade dos médicos segue sem questionar, a troco de elevadas compensações monetárias. Constatamos que muitos deles têm assento nos laboratórios produtores dos medicamentos que defendem.
Sem questionarem os numerosos estudos existentes sobre um determinado medicamento, a maioria dos médicos acredita piamente nas conclusões elaboradas por esses gurus. Acreditam estar a prescrever o melhor para os seus doentes.
O grande problema está na maneira como são realizados os famosos estudos clínicos que se tornam os padrões das futuras prescrições.
Como falsear um estudo clínico.
Tudo começa pelo simples facto que 95% dos estudos clínicos, devido em parte ao seu elevado custo, são concebidos e realizados pelos laboratórios que produzem o medicamento que querem vender, logo, ninguém no seu perfeito juízo irá falar mal do que pretende vender.
Os estudos elaborados pelos laboratórios são depois entregues a um conjunto de médicos que, ou porque acreditam genuinamente no medicamento ou porque lhes trás benefícios monetários, têm logo á partida uma tendência natural para encarar os futuros resultados desses estudos, de forma favorável em relação ao medicamento em estudo. Começa aqui uma das partes tendenciosas do estudo.
Durante a selecção dos doentes, com as caracteristicas necessarias para entrar no estudos, um conjunto deles, apesar de reunirem essas condições é eliminado por directrizes previstas pelos laboratórios que elaboraram o estudo. São doentes que poderiam por em causa os resultados positivos esperados, ficando apenas aqueles "perfeitos" para que tudo corra bem, isto é que tenham a maior probabilidade do medicamento em questão ter bons resultados.
Muitas das vezes, no decorrer do estudo, os doentes que fogem aos padrões esperados são simplesmente eliminados do estudo.
Finalizado o estudo, os dados são entregues a uma empresa de analise de dados contratada e paga pelo laboratório que encomendou o estudo. Essas empresas de analise não querem perder o cliente que a sustenta, por isso rezam para que os resultados sejam favoráveis ao medicamento estudado. E não é que corre tudo bem, e que os resultados são mesmo favoráveis!
De qualquer maneira, os que se revelam desfavoráveis, apesar de esticar os resultados positivos são guardados numa gaveta e nunca serão publicados.
Para aumentar articialmente os resultados favoráveis, várias técnicas são postas em prática. Por exemplo, na analise estatística, as referências mal defenidas são desvalorizadas (por exemplo: não sinto uma grande melhoria da dor, transcrito para: melhor ) ou maximizadas (por exemplo: melhorei um pouco da dor, transcrito para: bastante), numa escala de: pior, igual, melhor, bastante.
Outra técnica é usada na elaboração das curvas e histogramas estatísticos. A representação gráfica é feita de maneira a parecer que um determinado resultado positivo é bastante superior aquele que é na realidade. O efeitos secundários são frequentemente atribuídos a outros medicamentos (geralmente os doentes estão polimedicados).
A próxima fase é contactar um médico "bem cotado" pelo seu estatuto profissional, que seja uma fonte de credibiladade inquestionável para a restante classe médica. A troco de elevadas quantias monetárias vai vender o medicamente em congressos e colóquios. O resto, já vimos, cabe aos delegados de informação médica.
Uma imensa teia de interesses.
Quando um medicamento começa a causar problemas, são desvalirizados e os seus críticos ostracisados. Quando surgem estudos independentes contrários ao medicamento, pura e simplesmente não são publicados, dado que as revistas médicas estão nas mãos de decisores médicos que justamente também trabalham para a indústria farmacêutica.
Os organismos nacionais que fiscalizam os medicamentos, como o Infarmed em Portugal, estão nas mãos da indústria farmacêutica, e portanto não querem matar a galinha de ovos de ouro. O mesmo se passa com os organismos internacionais, 95% das receitas da OMS provém de subvenções da indústria farmacêutica, muitos delas a coberto de Fundações fictícias dessa indústria. Nestas condições como garantir a independência?
Quando finalmente um determinado medicamento, demasiado prejudicial para a saúde é retirado do mercado, muitas vezes após anos de denúncias e algumas mortes, é somente quando a sua rentabilidade financeira já foi amplamente atingida.
A deriva da medicina.
Não é pois de estranhar que na medicina actual sejam colocados cada vez mais frequentemente medicamentos insuficientemente estudados, alguns posteriormente retirado do mercado, após várias mortes, mas que entretanto já renderam milhões de dólares.
Não é pois de estranhar que sejam colocados no mercado medicamentos que são "mais do mesmo" em que diferem do anterior com uma simples alteração molecular e que não trazem nada de novo, a não ser obter a tão famigerada patente que lhes permite não serem copiados nos anos seguintes. Vendidos como inovação, mais caro que os anteriores, que até funcionavam, permitem aos laboratórios arrecadar milhões de dólares.
O exemplo do colesterol.
Não é de estranhar, que desde que os laboratórios decidiram tomar contar de uma das mais frequentes causas de morte, as doenças cardiovasculares (não é puro acaso que escolhem as mais frequentes, aquelas que dão mais dinheiro, menosprezando as pouco frequentes), tivessem de escolham uma vítima, neste caso o colesterol.
Hoje em dia, a propaganda está tão bem feita, que não existe praticamente ninguém que não tenha o colesterol demasiado elevado e, claro, que tome a sua estatina. Aliás os valores optimais não para de descer, óbvio, quanto mais gente estiver fora desse valor considerado "normal", mais serão vendidas estatinas.
Este exemplo reflecte bem o poder da indústria farmacêutica que consegue vender o que quer, começando por criar o medo, através de "estudos" promovidos e pagos pelos próprios laboratórios, soburnando médicos de renome, para diabolizar este famoso colesterol junto da população e dos médicos prescritores.
O raciocínio parece lógico, como não poderia deixar de ser, se aceitarmos as premissas: nas doenças cardiovasculares, existe frequentemente uma acumulação de gordurana artérias, o colesterol é uma gordura, logo o colesterol é o grande culpado destas doenças.
Por outro lado, descobriu-se que as estatinas baixavam os níveis de colesterol, o que é verdade, logo conclui-se que baixando os níveis de colesterol estariamos a baixar o risco de doenças cardiovasculares.
Tudo certo, excepto que a correlação directa entre o colesterol elevado e as doença cardiovasculares não está provada, muitos outros factores existem. A mortalidade global nunca baixou nos doente medicados com estatinas, o que poderá ter baixado é a morbilidade para determinadas doenças das quais as cardiovasculares, o que não é a mesma coisa.
O poder da persuasão contra o poder do raciocínio.
Através de estudos falsificados, todos pagos pela indústria farmacêutica, da corrupção de certos médicos e da divulgação em grandes revistas científicas controladas por essa mesma indústria, chaga-se a uma estratégia de comunicação em que se utilizam argumentos lógicos e racionais para se induzir a necessidade de consumir uma determinada substância medicamentosa.
Outro exemplo típico passa-se com a quimioterapia, para a qual os estudos revelam que a mortalidade global não baixa ou de forma pouco significativa com o seu uso, e neste último caso o que poderá melhorar são algumas formas de morbilidade, o que mais uma vez não é a mesma coisa. Aqui confunde-se voluntariamente a correlação inexistente entre a redução tumoral, que se verifica com a quimioterapia, e o maior tempo de sobrevivência, que não se verifica.
Muitos outros exemplos poderiam ser citados, o que importa aqui é salientar que o tempo em que os investigadores estudavam a melhor maneira de curar ou minimizar as consequências de uma determinada doença, isolados nos seus laboratórios de fortuna, acabou.
O que temos é uma poderosa indústria farmacêutica, a terceira a seguir às energéticas e financeiras, que promove fármacos que não se destinam a minorar o sofrimento humano, mas a fazer dinheiro a qualquer custo, ou perpetuar certas doenças rentáveis, tudo feito à custa dos doente, muitas vezes prolongando as próprias doenças, tanto faz, o que interessa é o dinheiro.
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