segunda-feira, 17 de agosto de 2009



O SOCIALISMO “DEMOCRATICO

Do PortugalClub:

Eulália, no entender do PortugalClub, entendemos que não foi ele que escreveu aquelas ofensas ao Portugues Emigrante!.... Mas não sei porque cargas de água o ex-deputado resolveu de uma forma violenta e brutal, assumir e enfiar a carapuça!...
Mas a Eulália agora afirma, qeu o Sr VIctor Caio Pinto , foi na realidade Deputado pela Emigração?
Me desculpe, não acredito, ninguém vai acreditar!.... que um deputado que tenha exercido mandato pela Emigração, e que na ultima eleição tenha tentado se eleger de novo pelos Emigrantes, tenha dito tudo que falou dos Portuguesaes na Diáspora.? Eu me recuso acreditar...
Ai temos Delegados do ICEP, em São paulo, O joão Pinto dando entrvistas a RTP, falando que os Portugueses Emigrantes são tudo Ignorante!.... E vem Deputado... do PS, falar tudo isso que falou dos Emigrantes que representou e tenta ainda represntar... essa sempre foi a area do "tacho" dele" e ameçar, Ofender... Isto me deixa Pasmo , incrédulo... que mais termos que esperar do Governo de Lisboa, qeu sustentamos, Importando produtos e fazendo turismo lá na terrinha, fazendo girar a economia do País. gerando Impostos para sustentar essa Escumalha de Politicos? Casimiro Rodrigues PortugalClub.
Obs:
Observamos, que todos os endereços @ps.parlamento.pt , estão sendo devolvidos ao PortugalClub, na condição de bloqueados!... Este é o PS que nos Governa!...






O PS Bloqueia o PortugalClub

O PS Fecha Escolas primarias por todo o interior de Portugal

O PS Fecha as Maternidades de Portugal... e encaminha as Portugues para parir em Espanha.

O PS Ordena que se quebrem todos os Simbolos reliogiosos Culturais do Povo de Portugal

O PS Incentiva o aprendizado do Castelhano e Inglés , em detrimento do Portugues.

O PS Incentiva os Portugueses a Emigrar a outros Países

O PS Incentiva aos Emigrantes , a se introsem nos Paíse de Acolhimento e naõ voltem a Pátria

O PS Incentiva o Povoamento de Portugal por Imigrantes dos Países de leste

O PS Impede a entrada a Imigrantes do Brasil


O PS Nada Faz para impedir os Incendios em Portugal

O PS dificulta que os Fogos sejam apagados

O PS envia Tropas para Timor , Iraque etc. e deixa Portugal arder...


O PS Incentiva e dá Guarida a Militantes da Extirpe de "VCR"
Casimiro Rodrigues Presidente do PORTUGALCLUB

REMOVER Endereço pessoal ou do Estado?

Por favor, este é meu e-mail @santos.dgaccp.pt de trabalho, solicito não enviar correios para este endereço.
Grato - José Augusto do Rosário - Consulado Honorário de Portugal em Santo

Do Portugalclub:
www.portugalclub.org
Exmo Senhor José Augusto do Rosário
Dignissimo Consul Honorário de Portugal em Santos - SP - Brasil
Estranho Vossa Excelencia me afirmar ser este @santos.dgaccp.pt Um endereço seu !?
Pois o MNE nos informa que este endereço é Estatal , se encontra ao serviço da Nação, dos Portugueses!?...
Vossa Excelencia está proibindo o PORTUGALCLUB usar este endereço, só por que afirmamos ser nossa intenção ( se nos elegermos deputado) tudo fazer para que o Consulado de Santos , volte a ser Oficial e não rebaixado a Honorário?
Pois pensei que esta minha decisão lhes fosse agradável igual é para toda a Comunidade Portuguesa de Santos.
Vejo assim que seus "interesses" não comungam com os mesmos da comunidade Lusitana nessa Cidade!?
Exmo Sr Consul este endereço foi me enviado da lista do Sr Jorge Rosmaninho presidente do Partido Socialista na Cidade de São Paulo.
Será que Vossa Excelencia Admite este "SEU" ( entre aspas) endereço de email nas listas do PS, e não admite na lista da ONG PORTUGALCLUB reconhecida nas comunidades portuguesas a nivel mundial e até no MNE, SECP, AR, PR, PM etc... ?
Vossa Excelencia está fazendo descriminação partidária ? O Sr Não aceita nem saber das Augustias que afligem nossas comunidades ?
Esperamos que não a Bem da Nação Portuguesa.
Aguardamos que nos informe ter sido uma falha sua. E que junto conosco também torce que os deputados que se elegerem pela emigração, tudo façam para elevar novamente o Consulado de santos a Oficial , conforme a Comunidade Portuguesa de Santos deseja e merece. EU se eleito farei isso.
Casimiro Martins Rodrigues - Presidente do
www.portugalclub.org
Candidato Cabeça de Lita pelo Circulo Fora da Europa - PND - Partido Nova Democracia

“E depois não os apanham”

Tratava-se de um jogador de futebol. Levou tantas ou tão poucas que foi parar ao hospital, com traumatismo craniano. Mas tinha história no caso, não foi como os outros casos que a minha amiga contou, excepto o da rapariga a quem despiram e bateram e queimaram o BMW. Parece que foi um casal que a obrigou, puseram-na atrás, levaram-na no carro, guiado pela mulher, e num certo sítio deixaram-na nesse estado e o carro queimado. Ainda não se sabe porquê.
- É de uma violência tão grande, tão grande, tão grande! Vai ser fácil apanhá-los.
Eu não estou assim tão segura.
- As pessoas que cometem crimes vão ser apanhadas ou quê? Se deixam a vítima com vida... Chega-se à conclusão que não querem matar, porque não quiseram, não interessou matá-los!
- Cá por mim é porque há um recrudescimento de virtude, respondo eu com uma boa fé no género humano, que a minha amiga desdenha com muita segurança.
- Veja os casos em Óbidos. Agora já só há violência. É muito estranho o que está a acontecer. O combinado devia ser não matar. E foi assim que escapou o casal de franceses, e os de idade, portugueses, a senhora que conseguiu fugir saltando pela janela, depois de violentada, o marido fingindo-se morto com a tosa que lhe deram, gente rica, mas parece que não chegaram a roubar grande coisa.
- Ainda bem!
- Mas estes assaltos eu não os entendo, o dinheiro não está lá, está no Banco. Não li nada sobre isto.
Eu também não lera, a vida ocupada nas violências domésticas, o espírito interessado em diversão mais prazenteira, com os filmes da Agatha Christie das ofertas amigas recentes, no comodismo do sofá.
- Também tratam de violência, explica a minha amiga com autoridade.
- Mas mesmo que assustem, a gente sabe que não são reais.
- Quem dera que houvesse agora muitas Misses Marples e MM. Poirots a descobrir os criminosos!
É uma aspiração da minha amiga, em que ela, de resto, não crê, os detectives inteligentes pertencentes, de preferência, à imaginação dos escritores. E eu acrescento, descoroçoada:
- Pois, mas os crimes reais são tão repelentes, os casos de pedofilia, rapto de crianças, filicídios, assassinios, violências que nos fazem temer pelos filhos, e pelos netos, por nós também...
- E depois, aquelas pessoas não têm defesa nenhuma. Ai meu Deus, não sei como é que aquela mulher não morreu, a saltar da janela. Dá a impressão que não é pelo dinheiro. Essa gente vai esperar que a pessoa vá ao Banco no dia seguinte? As vivendas dos dois casais, lá em Óbidos, parece que estão bem fechadas, com os portões e os alarmes como deve ser, e os fulanos sabem ultrapassar isso tudo!
- Parece que é gente doutros países...
- Sim, com aquela história do “deixe entrar”, entrou muito bandido. Mas toda a gente que viu a abertura das fronteiras viu logo isso. E depois não os apanham.
Berta Brás

CASIMIRO RODRIGUES NO PARLAMENTO
Antes de mais nada, ainda antes que todos aqueles tremendos problemas que afliguem os nossos emigrantes sejam denunciados e se possivel resolvidos, é preciso e urgente que Casimiro Rodrigues pugne por haver um maior Grupo Parlamentar que represente a nossa emigração como um todo, e esta deixe de aparecer dividida por outros agrupamentos políticos. Tem de ser uma coisa semelhante ao que acontece no Parlamento Europeu! Os nossos emigrantes têm direito a ter uma representação maior, com mais poderes para conseguir ser mais importante e interveniente nos trabalhos do Parlamento! Pelo menos meia dúzia de deputados seus representantes que pugnariam pelos interesses da Diáspora, com a qual os sucessivos governos apenas se têm ralado com as suas tão importantes remessas de capitais! Claro que vai ser uma dura luta, mas esta tem de ser travada. Claro que um grupo parlamentar que representasse a Emigração não poderia ter o mesmo volume que um qualquer outro partido de governo existente, mas tendo em conta o seu número e o seu peso económico, é por demais evidente que a Emigração tem de ter uma representação mais numerosa, que possa mesmo até entrar em coligações para viabilizar um qualquer Governo! Seja ele da Direita ou da Esquerda! Só desta maneira a Emigração terá a importância a que tem direito e merece! Cordialmente José Pires
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Bom dia,Não sei quem é esse candidato a Deputado.Mas desde já louvo a sua coragem e o seu apreço na defesa intransigente dos superiores interesses da Nação. Boa sorte. Miguel Costa Marques


Prezados Senhores Seria importante, tendo em vsta as eleições, que fosse feito um recensemaento mais completo dos portugueses que residem fora de Portgal e têm direito a voto; o recenseamento atual em alguns casos não abrange nem dez por cento dos cidadãos portugueses emigrados, e se o indivíduo não consta das listas de eleitores não pode votar. atenciosamente João Lupi


O senhor Rosmaninho é mesmo uma pessoa intratável . O que fará na vida e quem o tem que o aturar deve ser mesmo um castigo . Como se pode ser como ser inteligente uma pessoa tão mal preparada para lidar com os cidadãos no dia a dia . Luis Afonso

Este Senhor Rosmaninho é a fotocópia do cidadão Socrates , Arrogante , intolerante e que não sabem o dizem , atiram uns sons sem nexo para quem os quer lêr e pouco mais . Naquelas cabeças existe um vazio de ideias , mas dão opinião de qualquer coisa para não estar calados . Até o Salazar era pessoa que sabia ouvir , mas estes Socraterianos nem isso o sabem fazer .
Luis Afonso


Meu caro amigo Casimiro, boas. Saudades desde as nossas aventuras na Bienal de S. Paulo, espero que estejas bem, tenho lido os correios do Portugal Clube, descubro agora que serás candidato a S. Bento pelos imigras fora da Europa. Descobri também que partes sob o emblema do PND, sou de esquerda, mas tenho intenção de votar em ti se a lei eleitoral o permitir, digo, votar em ti, mas não no PND. Abraços, até um dia destes como deputado, ou não. Espero que sim.Fernando Oliveira Paris, Lisboa, Rio de Janeiro


BOA SORTE DO HTTP://WWW.PAPALVOS.BLOGSPOT.COM

.De: Contra os Canhões
Data: 08/17/09 02:29:50
Para: Undisclosed-Recipient:,
Assunto: Nova Democracia

Partido da Nova Democracia - PND
Caros amigos do PortugalClub

Queriamos comunicar-lhes que o Partido da Nova Democracia - PND deu inteira liberdade às listas candidatas às eleições legislativas de 27 de Setembro - Europa e Fora da Europa para apresentarem o seu programa de candidatura. O programa agora apresentado pelo Sr. Casimiro Rodrigues é um programa ambicioso no quadro português mas modesto, como melhor saberão, quando comparado com os apoios com que actualmente contam as comunidades, por exemplo, espanholas e italianas.
É do interesse nacional manter fortes os laços de ligação a Portugal de todos os portugueses deslocados no estrangeiros. Há muito que os governos com comunidades espalhadas pelo mundo se desdobram em apoios e actividades para que tais laços não se quebrem.
Portugal adormeceu nesta matéria e espante-se, inverteram-se os papeis.
São as nossas comunidades a exigir aquilo que há muito deveria ser o dever do seu país.
Neste programa nada se propoe de extravagante faltando-lhe ainda um direito fundamental, o de votar para as eleições autarquicas.
Porque participam os espanhois emigrados em todos os actos eleitorais com todas as facilidades do voto por correspondencia, na ausencia de um consulado proximo, e tal direito é negado aos portugueses?
Estamos certos que os candidatos que propomos, Senhores Casimiro Rodrigues e Nelson Fernandes, não deixarão por mãos alheias as tarefas que há muito deveriam ter sido executadas e que agora propoem.

Maria Augusta Montes Gomes
(Presidente da Nova Democracia)



De: CIDADÂOdeCARDIGOS
Data: 08/16/09 21:08:51
Para: Undisclosed-Recipient:,
Assunto: Eleição de um Candidato

Eleição de um Candidato
Não é preciso jurar

A longa frase “Juro pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas” que os funcionários pronunciavam antes de assinarem o seu contrato de trabalho, foi chavão que continuamos a ouvir, aquando da eleição de um novo governo, a cada figura do elenco governativo, pronunciada compenetradamente, se não com íntima ironia, como já no tempo de Salazar se fazia, por serem palavras vazias, no seu ritual imposto. De facto, os sentimentos, se existem, não requerem longas tiradas retóricas para serem verdadeiros. E a maior parte de nós não acredita, infelizmente, na honra nem na lealdade, a não ser em função dos interesses de cada um.
Quando o Sr. Casimiro Rodrigues afirma “Lutarei – em tudo quanto interesse à Diáspora – por não dar tréguas aos meus pares da Assembleia da República, até que os seus direitos sejam implantados e respeitados” – o seu discurso chão não requer a confirmação com juramento pela honra e cumprimento leal, expressões da vacuidade e do cinismo protocolares.
São frases que tocam nos pontos-chave da acção futura: a luta sem tréguas, a realização dos interesses da Diáspora.
E nós acreditamos, não sorrimos interiormente, como na eleição dos governantes.
Porque são palavras de força, de um homem probo, que um dia assumiu uma atitude corajosamente nacionalista - a de levar o incentivo aos Portugueses patriotas espalhados pelo mundo, e a de recolher deles – até então intimidados, despercebidos ou menosprezados, por não comungarem nos novos ideais só aparentemente libertários e só aparentemente solidários – os testemunhos das suas vivências ou dos seus pareceres e lutas, desde o 25 de Abril de 74.
Nunca aqui em Portugal se vira um protector desses, com tal carisma de hombridade e patriotismo.
Por isso, ao ler o seu “Programa” de apoio à Diáspora e as suas propostas que apontam para a autenticidade e o conhecimento e experiência dos problemas odisseicos dos Emigrantes no Mundo, sentimos um verdadeiro respeito por alguém que assumiu corajosamente um papel que reputo “histórico”, porque de uma heroicidade a lembrar os fundadores da Nação Portuguesa e aqueles navegadores dessa pequena Nação que outrora desbravaram mares e terras sem grandes preocupações culturais, mas com um real amor pelo espaço físico da sua criação.
Por isso, apoio incondicionalmente este grande Homem, verdadeiramente amante da sua Pátria e, que, nesse sentido, tem estendido a mão solidária – jamais inferiorizada, mas irónica perante as críticas – a todos, como um pai experiente, conhecedor das tramas que se vão urdindo em torno.
O seu Programa é a voz de um defensor dos direitos dos Portugueses que, pelo Mundo fora, pela indiferença dos Governos nacionais, se têm rebelado ou afligido em vão.
Um grande abraço de parabéns ao Sr. Casimiro Rodrigues, pela sua coragem em assumir um papel de competidor, desejando-lhe, do coração, a Vitória.
Para bem da Nação Portuguesa.
Berta Brás

De: Contra os Canhões
Data: 08/16/09 20:27:36
Para: Undisclosed-Recipient:,

Assunto: SOCIEDADE FINANCEIRA PORTUGUESA

A SOCIEDADE FINANCEIRA PORTUGUESA

A SFP lava os dólares na Suiça e os evapora no Brasil
Gomes da Costa e a Sociedade Financeira Portuguesa

Olá Amigos(as) do PortugalClub

Felicidades para todos, com muita Saúde e Paz.

Para começar bem o ano, inicio hoje, se o Casimiro Rodrigues permitir, a publicação de alguns textos referentes à Sociedade Financeira Portuguesa, o maior escândalo financeiro que sangrou Portugal em 85 milhões de dólares no período seguinte ao 25 de Abril, logo a seguir à queda do regime salazarista.

A investigação efetuada em 1978 pelo jornalista José Cabral Falcão, à época profissional do jornal “ Folha de São Paulo” repercutiu amplamente na mídia brasileira e incomodou a diplomacia e o governo de Portugal. No “ olho do furação”, Antonio Gomes da Costa, presidente perpétuo do Real Gabinete Portugues de Leitura, o responsável pelo fim da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficencia do Rio de Janeiro e diretor da Caixa de Socorros Pedro V a quem o Antonio Braga entregou recentemente uns " trocos".

" É assunto antigo", dirão alguns.Antigo sim, mas muito mal contado. Alguns órgãos de Comunicação Social de Portugal, como o Pùblico, manifestaram interesse em abordar esse assunto . Talvez por razões editoriais ou porque alguns dos " tubarões" envolvidos ainda estão aí " vivos e sãos", nunca levaram o caso adiante.

A minha intenção é apenas a de que os desavisados fiquem sabendo quem é quem nessa gigantesca fraude que prejudicou centenas de acionistas e enriqueceu meia dúzia de espertos, personalidades influentes que formaram o cinturão de proteção ao grande golpe do " capital em fuga" .

Um escândalo que rendeu ao jornalista ameças de morte por parte de um ex-embaixador de Portugal no Brasil, ameaças essa que foram denunciada ao dr. Barbosa Lima Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Imprensa. Temeroso pela sua integridade física, bem como a dos seus familiares, conhecedor de todos os meandros da fraude gigantesca e sabendo que estava lidando com elementos de índole mafiosa, José Cabral Falcão abandonou o jornalismo e hoje vive no anonimato. Abraço a todos(as)
Eulalia Moreno

A SOCIEDADE FINANCEIRA PORTUGUESA

A SFP lava os dólares na Suiça e os evapora no Brasil
de: Eulalia Moreno

A Sociedade Financeira Portuguesa( SFP) foi constituída , durante o governo de Marcelo Caetano, com o objetivo de captar recursos financeiros para a construção da barragem de Cabora Bassa, em Moçambique. Tempos depois, a referida Sociedade ampliou os seus investimentos para o Brasil, investimentos esses que , segundo notícia publicada no jornal " Expresso", de Lisboa, em 11 de março de 1977, envolviam " 80 milhões de dólares em investimentos e empréstimos, repartidos pelo Banco Itaú e pelo grupo EMPAR ( Empreendimentos e Participações S.A)".

Antes de abril de 1974, o governo português detinha 55% de toda a participação empresarial da SFP, enquanto os investimentos privados representavam os restantes 45%. Com a derrubada do governo salazarista, a 25 de abril de 1974, o governo português decretou a nacionalização da SFP que assim passou a pertencer totalmente ao Estado português. Seus funcionários tornaram-se funcionários do governo, dentre eles Antonio Gomes da Costa ( atual presidente do Real Gabinete Portugues de Leitura e diretor da Caixa de Socorros Pedro V, na cidade do Rio de Janeiro).

O governo estatizou a SFP mas não conseguiu impedir a evasão dos seus recursos financeiros para o exterior. Parte deles foram transferidos para a Suiça, adquirindo assim a "nacionalidade" daquele país. Refugiados em Genebra, os diretores da SFP criaram a empresa " DEX HOLDING" e a registraram no Banco Central do Brasil.

Obtida a " nacionalidade" suiça , os recursos financeiros portugueses já devidamente " lavados" foram exportados para o Brasil e investidos em empresas já mantidas pelo grupo. Simultaneamente, os líderes do grupo desativaram a SFP, e a mesclaram com a "EMPAR" ( Empreendimentos e Participações S.A), empresa que tinha sido criada em 1971. E para bloquear qualquer risco de atrito diplomático entre o Brasil e Portugal, os cabecilhas não esqueceram de atribuir a "EMPAR" a característica de " Sociedade Anonima".

Graças a essa jogada de alcance político-diplomático tornaram-se ainda mais complicados os termos de negociações entre Lisboa e Brasília numa possível ação jurídica para repatriação dos fundos portugueses aplicados indevidamente no Brasil pela SFP, " engolida" pela EMPAR, uma sociedade anonima de empreendimentos e participações. Desaparecia assim a pessoa jurídica portuguesa alcançável pelas autoridades de Portugal.

Em 1978 o então Ministro das Finanças de Portugal, Victor Constâncio, que acompanhava o presidente Ramalho Eanes numa visita oficial ao Brasil, interrogado sobre o assunto, declarou à imprensa brasileira:

" O aspecto mais difícil para a normalização das relações economico-financeiras entre Brasil e Portugal está ligado ao esforço do governo portugues para o repatriamento de milhões de dólares trazidos para o território brasileiro pelo consórcio empresarial Sociedade Financeira Portuguesa- SFP- após a morte de Salazar. A dificuldade para a devolução desses dólares está no fato de que a filial da SFP no Brasil mudou de nome e deixou juridicamente de existir, enquanto a matriz era estatizada após a revolução de abril de 1974. A SFP investiu no Brasil de forma diversificada, atuando nos ramos dos seguros, explosivos, bancos e, com menos recursos nos setores editorial e gráfico".


A seguir, a transcrição de algumas notícias publicadas:

Os dólares que fugiram de Portugal

Negócio do Ramalho Eanes, entre miudezas avulsas para o folclore noticioso da grande imprensa era o seguinte: tentar pegar de volta US$ 45 milhões de capital fugitivo dos US$ 80 milhões desviados, após o 25 de abril, da Sociedade Financeira Portuguesa, fundada por Salazar com recursos estatais e privados para investir em África e que se " asilaram" no Brasil sob a égide da EMPAR- Empreendimentos e Participações S/A.

Essa holding brasileira que tem como testa-de-ferro o " grande amigo" de Portugal que é o embaixador Negrão de Lima, diluiu a copiosa grana por canais diversos, entre os quais o Grupo Itaú, o Banco Residência de Investimentos, a Cobrex-Sociedade Brasileira de Explosivos, a Rupturita- Sociedade Brasileira de Explosivos, a Seguros Ipiranga ( Gustavo Capanema) e outra. O grande animador da EMPAR é o notório Gomes da Costa, frequentador eventual da página 11 do Jornal do Brasil e da página 3 de O Globo, além de editorialista contumaz de " O Mundo Portugues", órgão carioca da cúpula salazarista da colonia lusa, onde semanalmente derrama lágrimas de crocodilo sobre a bancarrota a que o " gonçalvismo" conduziu Portugal e exige de Ramalho Eanes, restaurador do capitalismo, o saneamento à esquerda.

Um notável patriota. Agora, só com as ações que ele tem no Itaú, eu passava o resto da vida numa rede, me abanando com o citado semanário. Mas, desgraçadamente, jamais fui um patriota...
Armindo Blanco, Jornal O Pasquim, 26 de Maio de 1978

Eanes tenta repatriar tudo o que a Financeira Portuguesa trouxe

O ministro das Finanças de Portugal, Victor Constâncio, confirmou na sexta feira que o aspecto mais intricado do chamado " contencioso português", se refere ao esforço para repatriamento de milhões de dólares trazidos para o Brasil pelo consórcio empresarial Sociedade Financeira Portuguesa( SFP), depois da morte de Salazar.

Constâncio explicou que esse assunto tomou muito tempo nas conversas entre autoridades diplomáticas e financeiras do Brasil e de Portugal, na atual visita do presidente Ramalho Eanes a Brasília e Rio de Janeiro. A dificuldade para a devolução desses dólares está no fato de que a filial da SFP no Brasil mudou de nome e deixou juridicamente de existir como tal, enquanto a matriz era estatizada após a revolução de abril de 1974.

O ministro confirmou que a SFP investiu no Brasil de forma diversificada, atuando nos ramos dos seguros, explosivos e bancos, e com menos recursos, nos setores editorial e gráfico. Falando sobre o problema, rapidamente, enquanto o presidente Eanes visitava o Museu de Arte Moderna do Rio, Constâncio admitiu que, apesar, da estatização do consórcio empresarial portugues, não foi possível ao governo português evitar a evasão dos recursos para o exterior.

D.C.I - Diário do Comércio e Indústria ( data não determinada)


O Banco Central garantiu ontem que não há qualquer registro de entrada de recursos no Brasil através da Sociedade Financeira Portuguesa. Esses recursos estariam agora mobilizando as autoridades daquele país na tentativa de repatriar cerca de 46 milhões de dólares retirados ilegalmente de Portugal após a queda do governo de Oliveira Salazar, com a Revolução de 25 de abril de 1974. Segundo o Banco Cntral, se esse capital entrou no país foi através de uma outra empresa qualquer, possivelmente a " Dex Holding" criada na Suiça pela diretoria da Sociedade Financeira Portuguesa e logo em seguida registrada no Banco Central do Brasil. As conversações sobre o retorno desses recursos a Portugal foram inicadas em 1975 entre os governos dos dois países e estariam agora na pauta da visita que o presidente Ramalho Eanes faz ao Brasil .

As denúncias

A Sociedade Financeira Portuguesa foi nacionalizada após a derrubada ro regime salazarista pelo governo portugues, mas este não conseguiu impedir que os recursos saíssem ilegalmente do país. Parte foram transferidos para Genebra, adquirindo a nacionalidade suiça ,posteriormente exportados para o Brasil e investidos em algumas empresas já mantidas pelo grupo. Paralelamente a diretoria da " Dex Holding" desativou no Brasil a sociedade que seria substituída pela " EMPAR", segundo o Banco Central. Atualmente a empresa se encontra sob intervenção do Banco Nacional do Desenvolvimento Economico, assim como a editoria José Olímpio, que também teria recebido parte dos recursos aplicados ilegalmente no Brasil.

A " EMPAR" opera no ramo de coordenação ou realização de empreendimentos industriais e comerciais, prestação de serviços, promoção de contratos com organismos comerciais, etc... Seu presidente é o ex-embaixador do Brasil em Portugal, Francisco Negrão de Lima, eleito em março do ano passado.

Quanto à Sociedade Financeira Portuguesa é uma espécie de empresa de economia mista, criada no governo de Marcelo Caetano, com a participação de diversos bancos, que agora estão nacionalizados, o que a deixa atualmente como um organismo estatal. Ela também tem participação no Banco Itaú desde 1972, quando começou. Entre empréstimos e investimentos, a Sociedade Financeira Portuguesa trouxe para o Brasil cerca de 80 milhões de dólares, mas hoje praticamente os investimentos estão todos no Banco Itaú.


Sociedade Financeira Portuguesa
Empresas de explosivos detonam dólares da Sociedade Financeira Portuguesa
De: Eulália Moreno

Em 1978 a visita do então presidente Ramalho Eanes ao Brasil era a última esperança de Portugal reaver parte dos dólares saqueados dos seus cofres e levados para a Suíça, numa trama internacional que lesou os interesses do país e dos portugueses.

O tráfico de influência garantiu a execução do plano, numa teia habilidosa que culminou com o desaparecimento da Sociedade Financeira Portuguesa( SFP), derrubada por uma complicada fórmula jurídica que tornou impossível a apuração direta por parte do governo de Portugal.

Com a “ naturalização” suíça dos milhões de dólares portugueses, a sua transferência para aplicações no Brasil e a extinção da SFP através da “ laranja” EMPAR ,fecharam-se os caminhos para apurar e revelar os autores e beneficiados do grande saque aos cofres de Portugal.

No Brasil, um complexo comercial-financeiro, envolvendo personalidades influentes no Brasil, como embaixadores, industriais e banqueiros, garantiu a impunidade dos responsáveis pelo escândalo do “ capital em fuga” levado fronteira afora em seguida à queda do regime salazarista. Os arquitetos do golpe e através da EMPAR estenderam os seus tentáculos a empresas, a maioria delas ligada à fabricação e comercialização de explosivos, tais como a COBREX- Companhia Brasileira de Explosivos, Rupturita S/A- Explosivos, EXPLO- Indústria Química e Explosivos, grupo Itaú, Banco Residência de Investimentos S/A, Companhia Sul Brasil de Seguros, Companhia de Seguros Ipiranga, Fidelidade S/A Crédito e Investimentos, Nordeste de Seguros, Anchieta de Seguros e várias outras.

Diante das dificuldades para a apuração do grande golpe internacional, somente os entendimentos diretos, governo a governo, poderiam levar ao esclarecimento total e , possivelmente, à recuperação da parte dos milhões de dólares espoliados dos cofres portugueses.

Ramalho Eanes nada fêz em 1978 como nada tinha feito Mario Soares quando como Primeiro Ministro em visita ao Brasil em 1977, foi informado e preferiu segundo um editorial do jornal “ Voz de Portugal” do Rio de Janeiro “ passear a sua carismática figura do que mergulhar nos complexos assuntos que envolviam o meio econômico luso-brasileiro”. Um perito econômico, Alves Condes e outro jurídico, Celestino dos Santos, deram prosseguimento aos entendimentos iniciados em 1975 ,sem, contudo, nada concretizar.

De salientar e louvar a coragem do jornal “ Voz de Portugal” que deu visibilidade às investigações do jornalista José Cabral Falcão publicando-as, na íntegra.

O mistério em torno do desvio dos milhões de dólares tem uma tônica muito curiosa: ninguém sabe, ninguém viu, ninguém conhece. Aquele mesmo código de honra que caracteriza o comportamento de elementos do crime organizado como a Máfia italiana. Quando se fala da Sociedade Financeira Portuguesa ouvimos comentários como: “ A SFP é coisa do passado, como o salazarismo também é do passado. Os dois estão relativamente ligados e, consequentemente, não existe mais a SFP”.

Jean Bernet, então assessor do Banco Nacional do Desenvolvimento Economico ( BNDE), hoje BNDES, embora relutante ,recebeu o jornalista José Cabral Falcão que narra o encontro:

Jean Bernet é um homem cauteloso, seus documentos são dele, não empresta, não vende, nem troca. É um suíço da melhor estirpe em matéria de silêncio e segredo. Um homem conveniente a todos os implicados no esquema do “ capital em fuga” que lesou o tesouro português.

“Sou o único que poderá dar informações sobre a Sociedade Financeira Portuguesa porque tudo se cruzou por aqui. Mas, não quero processo em cima de mim, não vou lhe dar o organograma da DEX HOLDING. O Banco Itaú é um investimento que a ex-Sociedade Financeira Portuguesa tinha no ex-Banco Português de Investimentos, do José Adolpho da Silva Gordo. Depois, esse Banco Portugues foi assimilado,engolido, pelo Banco Itaú e passou a se chamar Itaú Portugues de Investimentos. Depois no final de 1976, a Carta Patente daquele Banco, em que a Sociedade Financeira Portuguesa tinha feito um investimento, foi vendida ao que é agora, o Banco Residência de Investimentos, tudo dentro da legislação brasileira.

A EMPAR é objeto de investigação aqui no BNDE. Ela foi fundada como EMPAR CIA BRASILEIRA DE EMPREENDIMENTOS PARTICIPAÇÕES, uma empresa de grande porte, criada com a finalidade de participar e também gerir empresas comerciais e industriais. O diretor presidente é o ex-embaixador Francisco Negrão de Lima e o diretor superintendente Gustavo Affonso Capanema. Outros membros da diretoria são Frank Louis Torresy, Boaventura Farina, José João Gonçalves Proença, Manoel Ignácio Vieira Machado, Vital Moura de Castro e Stephen David Corry. Tem uma participação num capital que é, oficialmente, suíço,mantém ligações com organizações inglesas e sul africanas através da Brasex Participações Ltda e não tenho dúvida de que esse capital é capital português em fuga. Mas nunca poderei prová-lo, portanto, não disse nada. No caso da José Olympio Editora a coisa é mais clara porque já foi tomada pelo BNDE. A DEX HOLDING é uma abreviatura de Explosivos. Realmente quem está por trás disso é a EXPLOSIVOS DA TRAFARIA, que é uma firma de Portugal “, declarou Jean Bernet.

“Mas qual é a origem da DEX HOLDING?”, perguntou o jornalista

“Ninguém pode dizer. Só o advogado deles em Genebra. A minha teoria é de que é remanescente do antigo capital de fuga porque saiu de Portugal e agora é considerado suíço. Quanto ao Antonio Gomes da Costa se dizer o legítimo representante da Sociedade Financeira Portuguesa, não acredito, porque a meu ver, é o Gustavo Affonso Capanema. O Negrão de Lima, coitado, vê a idade que ele tem, seria o testa-de-ferro. Você está lidando com gente esperta, extremamente astuta. Mais astutos do que eu e o senhor juntos. Então, se o senhor publicar amanhã que a DEX HOLDING, na Suíça, pertence a essa Sociedade Financeira Portuguesa, o senhor vai se dar mal, muito mal. Eu lavo as minhas mãos...”, finalizou.


Sociedade Financeira Portuguesa:
a Esfinge lusitana jamais desvendada

Na trilha do escândalo da Sociedade Financeira Portuguesa( SFP) concluímos :ninguém era estranho a ninguém. Através da composição das empresas enredadas com a EMPAR, dos seus corpos administrativos, fica-se logo sabendo que não havia estranhos no barco dessa grande aventura em que Portugal e os portugueses bancaram os riscos e os prejuízos.

Mesmo aos leigos em assuntos empresariais ou em questões jurídicas financeiras não escapa a percepção de que depois de “ naturalizados” os dólares portugueses, muito pouca ou nenhuma chance existia para a sua recuperação total.

Naquele ano de 1978 e para elaborar as reportagens que foram publicadas no jornal “ Folha de São Paulo” e “ Voz de Portugal”, jornalista José Cabral Falcão entrevistou o antigo embaixador Francisco Negrão de Lima:

“ Eu nem conheço qual é a Sociedade Financeira portuguesa... Não ! Sei alguns dados que eu tenho...é que ela foi da EMPAR. Mas isso já acabou. A Sociedade Financeira portuguesa já acabou.Já faz tempo. Há mais de oito meses. No princípio do ano passado. A EMPAR possuía uma participação da Sociedade Financeira Portuguesa. Uma espécie de empréstimo. Mas resolveu. Pagou e acabou. A Sociedade Financeira Portuguesa parece que existe no Brasil. O nome do português que está com ela... Gomes da Costa. Ele parece que era representante há algum tempo da Sociedade Financeira aqui no Brasil. O homem é muito inteligente. Ele escreve aí num jornal portugues também. É um jornalista brilhante. Ele tem escritório na rua do Passeio, 62/10º andar. O senhor pode aparecer lá. Ele se chama Antonio Gomes da Costa. Diz que esteve comigo e que eu lhe informei que ele ainda tinha vinculação com a Sociedade Financeira Portuguesa ou talvez fosse até seu representante. Na própria EMPAR ele atuou como representante da Sociedade Financeira Portuguesa. Teve gente de Portugal também. O advogado da Sociedade Financeira Portuguesa foi o dr. José Nabuco, ele tem escritório na Avenida Rio branco, 85, 8º andar “.


E também José Nabuco, o advogado da Sociedade Financiera Portuguesa

“Não tenho permissão para falar sobre isso. Á época em que advogava para essa Sociedade tudo foi de forma sigilosa. A problemática já era confidencial. Não posso falar nada. Não quero falar nada. O trabalho do jornalista é justamente o oposto do meu. Enquanto o senhor tem que divulgar os fatos, propagá-los, buscando a verdade, eu quase sempre tenho de ocultá-los. Desculpe mas não posso dizer nada. Não posso dar nenhuma entrevista. Não quero dar entrevistas. Quem poderá lhe falar da Sociedade será o Gomes da Costa, seu representante. Desculpe mas não posso ajudar “.

Desnecessário era que ambos apontassem Antonio Gomes da Costa como uma fonte clara para quem quisesse saber do “fantasma” da Sociedade Financeira Portuguesa. As ligações de Gomes da Costa no conglomerado de empresas, inclusive no grupo de explosivos, não o deixam oculto de forma alguma. Sua presença é uma constante.Em entrevista por telefone ,que transcrevemos na íntegra, Antonio Gomes da Costa, hoje diretor do Real Gabinete Portugues de Leitura e da Caixa de Socorros Pedro V a quem Antonio Braga, o desinformado secretario de Estado das Comunidades, atribuiu uma verba choruda durante a sua recente viagem ao Brasil, declarou:

“A Sociedade Financeira Portuguesa foi criada no governo de Marcelo Caetano. Ela é um organismo público como no Brasil a Petrobrás. Digamos que ela é uma sociedade de economia mista. Diversos bancos participavam dela, mas agora os bancos são nacionalizados. Então, praticamente, a Sociedade Financeira portuguesa é um organismo estatal. Ela tem sede em Lisboa. Ela tem uma participação no Banco itaú desde 1972, quando começou. Então era o Banco Portugues. Eu sou o representante da Sociedade Financeira Brasileira no Brasil. Sou o presidente das Assembléias. Quando tem de se tratar de assuntos no Banco Central, é comigo. Sou o procurador mas ela não funciona no Brasil. Não existe, não há uma entidade chamada Sociedade Financeira Portuguesa no Brasil. Nunca funcionou. Quer dizer, ela funcionava aqui através... A empresa que ela tinha, que era holding dela, era essa EMPAR. Está entendendo? Então quando a EMPAR se desvinculou dela, então ela desapareceu do Brasil, não tinha nada mais aqui...

Entre empréstimos e investimentos a Sociedade Financeira Portuguesa trouxe para o Brasil cerca de 80 milhões de dólares, mas, entre empréstimos e investimentos já foi muita coisa paga. Hoje praticamente os investimentos da Sociedade Financeira Portuguesa são no Banco Itaú. E tem ainda empréstimos a algumas empresas brasileiras. Não posso dar nomes porque isso é segredo. Não teria nada demais, mas acho que eticamente não é certo... No Banco Central o senhor não vai encontrar nada porque só tem os investimentos que a Sociedade fez. Qual é? O que o senhor quer encontrar da Sociedade? Eu, por exemplo, sei tudo sobre a Sociedade Financeira Portuguesa. Há certas... se o senhor quer saber coisas operacionais, ninguém vai lhe dar informações. Mas o senhor não vai publicar isso. Qual é a finalidade? Existe algum interesse nisto?

A Sociedade Financeira Portuguesa é uma empresa que tem participações ou tinha participações em determinadas empresas brasileiras. A EMPAR não tem mais ligações com a SFP. O senhor Negrão de Lima parece que esteve ligado à EMPAR. Mas Negrão de Lima não é do tempo da Sociedade, lá. Quando Negrão entrou, a Sociedade já tinha saído. Já não participava mais da EMPAR. A EMPAR é um grupo Ítalo-Americano—Torressy e Gustavo Capanema é que são as pessoas da EMPAR.

Alexandre Azevedo Vaz Pinto é o presidente da SFP. Ele mora em Lisboa. A SFP participa do Banco Itaú. Era o antigo Português do Brasil e hoje é o Banco Itaú. Eu não tenho nada a ver com a Sociedade Financeira Portuguesa. Eu trabalho no Banco Itaú “.

Através do roteiro da reportagem elaborada pelo jornalista José Cabral Falcão e publicada no jornal Voz de Portugal do Rio de Janeiro, a 19 de maio de 1978 cujos excertos publicamos aqui no Portugal Club, acompanhamos através de etapas habilmente planejadas, a saga da Sociedade Financeira Portuguesa desde que ela encabeçava o grupo financeiro, passando pela formação da sua holding na Suíça, a DEX HOLDING até o seu desaparecimento diluída na EMPAR brasileira.

Só uma verdade resta: não existe mais o capital português, aquele “capital em fuga”, evadido de Portugal para a Suíça, segundo um plano bem traçado e melhor executado com o apoio de figurões e o consequente tráfico de influência que permitiu que tudo se desenrolasse sem qualquer obstáculo, suspeição ou fiscalização. Enquanto Portugal procurava ajustar-se aos seus novos padrões políticos, a trama diabólica estrangulou a Sociedade Financeira Portuguesa. Hoje o que resta são as pegadas dos “ invisíveis” autores da evasão dos milhões de dólares e as peças da engrenagem, no Brasil, onde o dinheiro português chegou com carimbo suíço, até se perder no tortuoso labirinto descrito nas matérias que postamos aqui.
Eulália Moreno ( Leia toda a matéria no site
www.portugalclub.org em "CRÒNICAS" pagina de Eulália Moreno


De: Contra os Canhões
Data: 08/16/09 21:48:07
Para: Undisclosed-Recipient:,
Assunto: Presidente da República Portuguesa

Exmo Senhor Presidente da República Portuguesa
Excelência

Até hoje tenho-me contentado em escrever-lhe e enviar publicamente crónicas, mais ou menos agressivas ou provocadoras, na expectativa de fazer no mínimo reflectir os seus Exmos. Conselheiros.
Hoje, ao acabar de ler no jornal Expresso que Vossa Exa. acaba de vetar a Lei que pretendia suprimir o voto por correspondência aos expatriados, dirijo-me directamente a Vossa Exa. para lhe dizer Obrigado Sr. Presidente.
Vou dar-lhe o exemplo aqui da Suiça onde vivo. Somos actualmente mais de 200.000 Portugueses com documentos legais e sei do que lhe falo porque sou membro de uma Comissão de Integração das Comunidades Estrangeiras na Suiça e militante do Partido Liberal Suisso.
Desses 200.000 somos menos de 5.000 em toda a Suiça a estarmos recenseados.
Como nas últimas Eleições nas quais Vossa Exa. foi eleito o voto por correspondência ja tinha sido suprimido pela lei 5 de 2005 de 8 de Setembro, lei de eleição do Presidente da República (queira fazer o favor de a consultar) fomos votar presencialmente, cerca de 700 eleitores...!
A realidade é que 199.300 não puderam votar...!
Excelência, os Espanhois emigrados recebem voto por correspondência para todas as eleições. Aliás foi com os votos dos Galegos emigrados na América Latina que Fraga Eribarne perdeu as eleições.
Os Francêses até por procuração podem votar.
Os Belgas são obrigados a Votar.
A Italia paga o bilhete de comboio aos seus expatriados na Europa para irem as suas aldeias natais, votar.
Os Americanos vêm aqui mesmo fazer campanha eleitoral. Todos votam aonde quer que estejam.
Mas a solução ideal e mais prática para os Portugueses expatriados é o sistema brasileiro.
Isto é, os brasileiros para obterem os seus documentos para se ausentarem do País ou outros, são obrigados a fazer prova de estarem recenseados e terem votado. Caso contrário têm que se pôr em dia e pagam multa por não terem votado se querem obter os documentos.
Depois votam em trânsito, aonde quer que estejam no mundo, quando houver eleições no Brasil.
Outro ponto muito importante Sr. Presidente: os votos por correspondência não é para serem enviados para Lisboa para seguidamente serem enviados para o Caixote do Lixo...!
Os Votos têm que ser enviados às embaixadas ou aos consulados para serem contados na presença dos representantes dos Emigrantes e depois as Autoridades Consulares informarão Lisboa dos resultados.
Nesse dia Portugal passará a viver em Democracia.
Já aquando da eleição de Vossa Exa. enviei um abaixo assinado à Dra. Louise Arbour, Alta Comissária na altura para os Direitos do Homem, a alertar para a interdição de participação cívica dos portuguêses no exercício eleitoral.
Quêm é que em Lisboa tem mêdo do voto dos Portugueses expatriados...?
Vossa Exa. já imaginou que em vez dos 700 votos que foram para a sua candidatura da Suiça fossem por exemplo 100.000...?
Sendo este o assunto que me faz correr, termino aqui.
Subscrêvo-me de Vossa Exa Senhor Presidente muito respeitosamente.
Nelson Magalhães Fernandes. Genebra - Suiça
Candidato Cabeça de Lista do PND - Circulo da Europa