quinta-feira, 14 de junho de 2012
Aniversários para esquecer
O carniceiro mais fotogénico da história do Socialismo faria hoje 84 anos. Paz à alma das suas vítimas.
Miséria na Grécia: Bem-vindo ao Lido, o hotel para os gregos pobres
Angelika Garufalla, e Nikos Mesisklis Costatinos Prekas. | I. H. .
V..Irene Hdez. Velasco (E. Especial) | Atenas - El Mundo.
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"Aceita cartões de crédito: Visa e Mastercard." O cartaz está olhando para a entrada do Lido, um hotel a poucos metros da Praça Omonia, no centro de Atenas. No final do dia, e até poucas semanas, o Lido era um hotel de três estrelas onde o custo, modesto quarto, duplo, de 45 euros.
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Mas a crise a bater Grécia anulou quase tudo, e o Lido não é excepção. A forte queda no turismo que está sofrendo o país Helénico foi forçado a fechar, 20 hotéis em outras áreas, incluindo o Imperial, cinco estrelas.
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"Estou convencido de que, mais cedo ou mais tarde vou ter sorte e encontrar um emprego"
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Agora, o Lido foi convertida em outro tipo de estabelecimento, mais em sintonia com os tempos: um hotel para os pobres.
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A recessão selvagem que assola o país voltou espaço de desempregados e de "sem abrigo".
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No centro de Atenas, há um total de 10 hotéis, convertidos pelos serviços sociais em abrigos da cidade para os necessitados. Eles estão todos transbordando e com listas de espera.
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"Para nós, este lugar é um deleite absoluto. Antes viviamos sem água quente e casas de banho que eram compartilhados, aqui somos duas pessoas em cada quarto, tem casa de banho privada ", diz Lambros, 50 e que, em uma reviravolta macabra de vida, até dois anos atrás, ganhava a vida trabalhando em um hotel..
Novos clientes para o Lido são todos gregos, com idades entre 37 e 80 anos. No pequeno-almoço do hotel.
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"Eu tenho cancro nos ovários, eu fui diagnosticado há seis anos e tive de ser submetida a três operações", disse a ocupante do quarto do Lido nº. 58. "Hoje nós não sabemos o que aconteceu, mas eu não trouxe comida, por isso estou com o estômago vazio, esta manhã. Há três meses que eu não preciso de tomar medicamentos para prevenir a metástase", diz ela.
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Mesisklis Nikos, 52, ocupa o quarto 321. Estou há exatamente um ano em abrigo para os pobres, desde que perdeu seu último trabalho como um guarda de segurança e não conseguiu encontrar outro trabalho.
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"Nem minha ex-mulher e minha filha de 24 anos que estudante de economia, não sabem que eu moro aqui. Ambos estão nos EUA e não lhes quero pedir ajuda. Eles têm uma imagem completamente diferente de mim com isto. Além disso, Estou convencido de que, mais cedo ou mais tarde vou ter sorte e encontrar um emprego ", diz ele.
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Todos os dias o que faz é dar a cada caminhadas intermináveis. e caminhar durante horas para sair do bairro horrível e esquecer por um tempo que eu moro aqui."
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Costatinos Prekas, 53, é o ocupante do quarto 622. Durante seis meses sem trabalho, desde que foi expulso do supermercado onde descarregava caixotes. Em seguida, foi o seu senhorio que o colocou na rua. "Vim parar aqui porque não tenho ninguém a quem recorrer. Minha família é apenas uma irmã, e ela está em um hotel para os pobres".
Um dia destes vai ser proibido morrer…
… e também nascer se os pais, os avós, os primos e os lugares dos detergentes não tiveram sido vistoriados e conseguido o necessário selo de qualidade:
DGS quer ir a casa de crianças até 4 anos para avaliar risco de acidente
Crise e austeridade dificultaram acesso aos serviços de saúde
"A intensificação dos efeitos da crise e consequente pressão para a contenção nos gastos produz nos serviços de saúde um clima que pode levar esses mesmos serviços a não oferecerem aos doentes aquilo que melhor convém à sua condição de saúde", refere o Relatório de Primavera 2012, que vai ser hoje apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O documento, intitulado "Crise &Saúde - Um país em sofrimento", refere um "racionamento implícito" na saúde, explicando que este "não decorre de instruções ou de decisões explícitas para limitar a prestação de cuidados de saúde necessários, mas resulta de comportamentos restritivos, como consequência de um clima de intensa contenção de gastos por parte de decisores pressionados para limitar despesas e avaliados em função disso".
Dizem ainda os autores que "não faltam relatos de que isto esteja de facto a acontecer" e que estes racionamentos "acabam por ter um impacto negativo na saúde dos cidadãos", dando como exemplo o caso da fisioterapia, especialidade em que "há doentes não isentos que, por carência económica, abandonam os tratamentos aos primeiros sinais de melhoria"
Saúde | |||
O número de tratamentos de cancro foi reduzido desde que a crise económica se acentuou e desde que o empobrecimento da população aumentou. Esta é uma das principais conclusões do Relatório da Primavera, elaborado por especialista de saúde pública, que hoje é apresentado em Lisboa. |
Saúde
64 mil idosos passaram a pagar nos hospitais. Estado ganhou quase meio milhão de euros
Hospitais são a parte mais frágil do sistema e podem colocar em risco o SNS
Também no Alentejo, os cortes no transporte pago aos doentes não urgentes chegaram aos 65%. Um exemplo em destaque no documento, de como as receitas da “troika” para a área da saúde partem de números, mas atingem pessoas.
O relatório que vai ser apresentado esta quinta-feira de manhã adverte que foram tomadas demasiadas medidas restritas para tão pouco tempo e considera essencial uma reavaliação: perceber o verdadeiro impacto dos cortes, fazer correcções e ganhar mais tempo.
O documento aponta vários exemplos de medidas que afectam directamente a vida dos utentes. Porque a crise, já se sabe, não dá saúde a ninguém – bem pelo contrário – é importante perceber, em concreto, o impacto dos cortes na saúde na vida das pessoas, nomeadamente em Portugal.
Em países como a Grécia, refere o relatório, é bem patente o aumento dos comportamentos de risco, do consumo de álcool e drogas e o aumento das doenças mentais, com subidas nunca vistas das taxas de suicídio.
Por cá, os sinais vão no mesmo sentido, mas está a cair bastante, por exemplo, o consumo de ansiolíticos – medicamentos que perderam nos últimos anos quase metade da comparticipação do Estado.
Os hospitais são apresentados como a parte mais frágil do sistema, que pode pôr em risco o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Falta financiamento e não chega pagar metade da dívida acumulada. A situação de racionamento implícito na saúde alastra e podemos perder depressa o que tanto demorou a erguer – e nunca fez tanta falta.
O ministro Paulo Macedo é elogiado por ter enfrentado, como ninguém, “lobbies” como o das farmacêuticas, mas é acusado de ser bem mais brando com outros que dependem demasiado do Estado, como o sector privado.
O relatório deixa, por exemplo, a pergunta: porque é que, tendo os hospitais públicos capacidade para tratar 20% dos hemodialisados, só são tratados 10%? E porque é que o número de doentes renais em fase terminal é, em Portugal, o dobro do que existe noutros países europeus?
Partilha pelos teus amigos se achas que a corrupção na madeira (mas também no continente) tem que ter um fim! |
PSD: o caderno eleitoral de 2010 disponível no Scribd e agora em torrent Posted: 13 Jun 2012 03:38 AM PDT O documento é facilmente obtido. Já esteve no RapidShare e está ainda no Scribd e foi há poucas horas disponibilizado em torrent.
Ontem, a manchete de um dos mais vistos jornais do país apregoada um caderno eleitoral com dois anos de atraso e o seu leak para a Internet. Como o fundador do Tugaleaks explicou numa entrevista à RTP no dia de ontem, este não parece ser uma acção de hackers. Esta é provavelmente uma acção de descuido por parte de alguém dentro do partido que só agora se veio a descobrir. No entanto o PSD Lisboa tem sido ao longo de vários meses uma distrital partidária bastante afectada pela tecnologia ou a falta dela. Existem repetidos ataques na sua página web e este leak volta a colocar em causa a competência de um dos maiores partidos para gerir plataformas tecnológicas e a confidencialidade dos seus dados. O documento pode ser obtido com uma simples pesquisa no Google por “Seccoes concelho LX”. Isto prova que o documento estava há algum tempo online, e que foi um acaso esta descoberta (seja pelos media ou por membros da cúpula dos Anonymous). A posição do Tugaleaks no dia de ontem era a de não revelar o link do documento, para aguardar que o documento fosse eliminado. Outra distrital, a de Setúbal, já foi anteriormente alvo de ataque, publicou o Tugaleaks no ano passado. Na altura a base de dados tinha como password “pinoquio” e foi divulgada pelos LulzSec Portugal. |