Lisboa
16º CObjectos da figura máxima do Estado Novo foram expostos neste sábado
Por:Lusa
Salazar nasceu no Vimieiro, a 28 de Abril de 1889 e morreu em Lisboa, a 27 de Julho de 1970, e os objectos que estiveram expostos este sábado são parte do património herdado pelo seu sobrinho-neto Rui Salazar e são oriundos da casa onde nasceu, mas também da residência oficial, em Lisboa, onde viveu enquanto governou o país, de 1932 a 1968.
Do fogão que equipava a cozinha da sua casa no Vimieiro ao rádio e à televisão, por entre móveis e livros, o seu chapéu ou loiças, foi possível, durante cerca de duas horas, ver muitos dos objetos que fizeram parte da vida privada de Oliveira Salazar.
Pouco mais de uma dezena de pessoas passou pelo n.º 9 da Avenida Dr. António de Oliveira Salazar, no Vimieiro, para ver esta mostra de objectos pessoais do antigo presidente do Conselho de Ministros, as mesmas que, já depois do meio-dia, se deslocaram ao cemitério da localidade para lhe prestar homenagem.
Já no cemitério foi lido um texto onde se vangloriou os feitos do "obreiro da pátria" e o "salvador de Portugal" ao mesmo tempo que se criticava fortemente o regime democrático e os "capitães abrileiros" que puseram fim à ditadura do Estado Novo de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano.
João Gomes, que tem um site na internet denominado Salazar, Obreiro da Pátria, é o organizador da mostra de objectos pessoais de Salazar, iniciativa que classificou à Lusa como tendo "unicamente o objetivo de homenagear o homem".
"Não tem outra ambição, apenas fazer a homenagem justa e devida a Salazar, homem demasiado grande para o país onde nasceu. E se o Governo não pensa dessa maneira, nós fazemos isto para que as gerações mais novas possam conhecer o homem e a terra onde nasceu", adiantou