sábado, 30 de abril de 2011

UMA AJUDINHA POR FAVOR


Sábado, 30 de Abril de 2011
A Central de Propaganda


Do Prof. Eduardo Cintra Torres, no Público, de 29-4-2011, «A campanha eleitoral da Central de Propaganda». Um artigo notabilíssimo para compreender a natureza da administração socratina do poder. Pela importância factual e analítica que tem, transcrevo o artigo (via Portugal dos Pequeninos):

«A Central de Propaganda
Eduardo Cintra Torres
Público, 29-4-2011


A TVI lá fez mais uma entrevista a Sócrates, ajeitando-se à agenda do líder do PS. Como se comprovou no final, a entrevista foi, para o país, totalmente inútil. Zero de conteúdo. Quaisquer que sejam as perguntas, ele repete à exaustão as mesmas cinco frases memorizadas. Hábil a intimidar entrevistadores, ignora-lhes as perguntas, debitando o menu decorado e queimando tempo.
Judite Sousa não colocou diversas perguntas importantes e não obteve respostas às que colocou. Resultado: um festival de propaganda pessoal, mais um em poucas semanas. Sócrates só falou de si mesmo — o seu tema preferido — ou repetiu as cinco frases combinadas lá na Central de Propaganda. E, ajudado pela entrevistadora, alimentou a agora habitual confusão total entre primeiro-ministro e secretário-geral do PS.
A estranha última pergunta de Sousa sobre a vida privada de Sócrates foi colocada ao secretário-geral do PS na sede do governo de Portugal. Sousa apresentou Sócrates como “divorciado” e “com dois filhos” e perguntou-lhe se “tenciona fazer campanha eleitoral com a família”. Recorde-se que nas presidenciais apareceram familiares de todos os candidatos nas campanhas e nenhum jornalista, nem Sousa, os interrogou sobre isso.
A pergunta permitiu a Sócrates fazer exactamente o que disse que não vai fazer: usar os filhos. Mencionou duas vezes o “amor aos meus filhos”. Disse também “sempre os procurei proteger”. Ora, na campanha de 2009, em entrevista à SIC, Sócrates fez “referências premeditadas” aos filhos (como lhes chamou então um dirigente da agência de comunicação LPM). Também a sua vida privada foi usada em ocasiões escolhidas a dedo ao longo dos anos. Mais de uma vez as revistas cor-de-rosa souberam com antecipação onde ele estaria em momentos “privados” com uma alegada namorada; e numa entrevista ao Diário de Notícias na campanha de 2009 ele falou da alegada namorada (i, 21.09.09).
Na acção mediática de Sócrates não há nada, mas rigorosamente nada, que surja ao acaso. As “respostas” em entrevistas são frases decoradas. Toda a sua agenda e a do Estado que comanda estão planeadas para obter ou evitar efeitos mediáticos. Por exemplo, a correcção para baixo do défice foi divulgada pelo INE no sábado de Páscoa, com o país político ausente. A gestão de danos é brilhante: a Central obliterou Teixeira dos Santos dos media quando este, a bem de Portugal, traiu Sócrates e falou da necessidade da ajuda externa.
A Central vai debitando diariamente pequenos “casos” para a imprensa: através de dirigentes e outras figuras do PS (as ordinarices de Lello não são “arreliadoras deficiências tecnológicas” mas declarações públicas calculadas, cabendo a Lello o papel de abandalhar os políticos em geral); ou através de “fontes”, ou nem isso, como nas campanhas negras na Internet. Essa acção permanente da Central, 24 horas por dia, desgasta os adversários, em especial o principal partido da oposição, sem a mínima preparação para enfrentar uma organização profissionalíssima, que hoje atingiu a dimensão de um embrião de polícia política de informações, agindo exclusivamente através dos media e Internet, directamente ou através de apaniguados ou ingénuos.
O desgaste dos adversários ainda está no princípio. Dado que Cavaco Silva e os ex-presidentes pediram uma campanha eleitoral esclarecedora, caberá à Central de Propaganda oculta e semi-secreta ao serviço do PS encher os media e a blogosfera de “casos”, invenções, mentiras, factóides descontextualizados, etc. Esta Central tem acesso a informações, por métodos quase científicos de busca, selecção e organização de informações, a que os jornalistas não têm ou não podem ter acesso, ou nem sonham que existem. A Central conhece o passado de todos quantos agem no espaço público e ousam desagradar ao PS-Governo. A Internet é usada para divulgar elementos “comprometedores” da sua vida. Fernando Nobre e família foram alvo desses ataques mal ele se candidatou pelo PSD. Nos EUA tem crescido igual tipo de desinformação, como a campanha negra por republicanos mais primários de “dúvidas” acerca da nacionalidade de Obama.
A brutalidade da desinformação e das campanhas negras atinge não só os adversários políticos, mas todos os que exerçam livremente a liberdade de expressão. Como o PS-Governo vive exclusivamente dos media, a Central visa em especial os comentadores e jornalistas que considere fazerem algo negativo para os seus interesses.
A jornalista Sofia Branco foi recentemente demitida de editora na agência LUSA por se ter recusado, com critérios editoriais, a pôr em linha uma “notícia” oriunda da Central de Propaganda. Recorde-se que o director de Informação da LUSA foi uma escolha pessoal de Sócrates e que o seu administrador principal é amigo pessoal de Sócrates. A demissão teve carácter de exemplo, pois visa recordar a todos os jornalistas, começando pelos da LUSA, que “quem se mete com o PS leva”.
O caso revela a Central em acção. Uma correspondente da LUSA recolheu uma declaração dum assessor do primeiro-ministro que este atribuiu a Sócrates. A editora da LUSA não quis divulgar declarações dum assessor como se fossem de Sócrates (dado que não eram de Sócrates!); disponibilizou-se para ouvi-las do próprio, mas o assessor negou a hipótese. A editora rejeitou a “notícia”. Acontece que a Central precisava que a “notícia” fosse vomitada para os media naquele dia; por isso, a chefia da LUSA soube logo do caso e colocou a “notícia” em linha; a editora foi liminarmente demitida, retaliação que já seria de dureza totalmente desajustada ao normal funcionamento de uma redacção se a editora tivesse procedido mal. No dia seguinte, Sócrates disse a tal frase que fora dita pelo assessor: é o habitual processo de inculcação pela repetição.
Sofia Branco foi demitida por ser jornalista. Se houve “quebra de confiança”, como a direcção socretista da LUSA invocou, não foi no profissionalismo da editora, mas sim quebra de confiança da Central de Propaganda numa jornalista que agiu como jornalista. “Hoje, 27 anos depois do 25 de Abril, faz-se jornalismo com medo”, disse Sofia Branco ao P2 (25.04).
A pressão infernal sobre os jornalistas deu resultados extraordinários nestes seis anos. Somada a campanhas negras e cumplicidades no seio dos media, permitiu a Sócrates ganhar em 2009 e está a permitir-lhe recuperar nas sondagens em 2011.
A estratégia da Central para esta campanha já está delineada. Um dos elementos tem passado despercebido: através de pessoas como Lello e de comentários anónimos produzidos pela Central e despejados na blogosfera e caixas de comentários, repete-se a ideia de que os políticos são todos iguais, todos corruptos, nem vale a pena ir votar. A Central sabe que a percentagem do PS pode subir se a abstenção crescer. O paradoxo de um partido fomentar subrepticiamente a abstenção explica-se: como os eleitores mais livres votariam mais facilmente na oposição, neutralizá-los diminui os votos nos outros e aumenta a proporção relativa do núcleo duro dos eleitores do PS.
Outro elemento que favorecerá essa estratégia será a habitual forma de as televisões cobrirem as campanhas na estrada. Apesar da crise no país, é provável que a cobertura televisiva se concentre, como habitualmente, nos almoços da “carne assada”, nas declarações da velhota na rua, do comerciante à porta, do militante de reduzida inteligência, no “isto está uma loucura” do jornalista empurrado por jornalistas, etc. Enfim, fait-divers sem conteúdo político e sem relação com o discurso dos responsáveis partidários.
Se as televisões juntarem às habituais reportagens da “carne assada” e da velha que grita na rua alguma cobertura aos “casos” emanados da Central, estará lançada a confusão que serve um único entre todos os partidos: o PS-Governo. Tudo o que não esclareça políticas, divirja para os “casos” do dia e para o diz-que-disse, em que a Central tem mestria absoluta, servirá para impedir um esclarecimento mínimo (desfavorável a quem governou) e para induzir descontentes a absterem-se. Se fizerem uma cobertura das campanhas como a de 2009, as televisões estarão a colaborar, não indirecta, mas directamente com a governação dos últimos anos e com a aplicação concreta, diária, da estratégia de desinformação e propaganda.»

Eduardo Cintra Torres explica que a oposição se defronta, de modo amador (e eu acrescento, descuidado) com uma «organização profissionalíssima». Uma organização, com pessoal e meios sofisticadíssimos, que bate as estruturas que enfrenta, por causa da força que tem e do medo e da negligência dos adversários.

O Eduardo escreve que esta Central de Propaganda consiste num «embrião de polícia política de informações». Mas a Central de Propaganda é apenas a secção «suave», semi-visível, de um sistema que contém uma secção clandestina de operações negras - , uma verdadeira polícia política, que com ela interage. A secção de operações negras é «a malta da pesada», tal como foi descrita por um dirigente socialista (lamentavelmente o linque do Corta-Fitas para este poste, e outros, do Carlos Santos já não funciona, mas guardámo-los, bem como os comentários). A chave do poder real do socratismo não está na secção «suave» da Central, mas na secção de operações negras.
CRISE EM PORTUGAL –
medidas a tomar!!!

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MUDEM JÁ A LEI DO ARRENDAMENTO
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"Ora aqui vai outro importante contributo, para que o Ministro das Finanças não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não sabe em que mais cortar.
Acabou o recreio!
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Se todos vocês reencaminharem como eu faço, ao fim do dia seremos centenas de milhar de "olhos mais bem abertos". Orçamento do Estado
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Todos os ''governantes'' [a saber: os que se governam...] de Portugal falam em cortes das despesas, mas não dizem quais, e aumentos de impostos, a pagar pela malta
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Não ouvi foi nenhum governante falar em:

. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados.

. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações,tudo à custa do pagode

. Acabar com os milhares de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego.

. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euros mês e que não servem para nada, antes acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821, etc

. Redução drástica das Juntas de Freguesia.

. Acabar com o pagamento de 200 € por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 € nas Juntas de Freguesia

. Acabar com o Financiamento aos Partidos. Que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem para conseguirem verbas para as suas actividades

. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.

. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias, e até os filhos das amantes.... Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.

. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis...

. Acabar com os "subsídios" de habitação e deslocação a deputados eleitos por circulos fora de Lisboa... que sempre residiram na Capital e nunca tiveram qualquer habitação nos circulos eleitorais a que concorreram!

. Controlar os altos quadros "colocados" na Função Pública (pagos por nós...) que quase nunca estão no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total: HÁ QUADROS QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES, QUE NÃO OS DA COISA PÚBLICA...

. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder - há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCEPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder...

. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos e outros, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar..

. Acabar com as várias reformas, acumuladas, por pessoa, de entre o pessoal do Estado e de entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP, com os juros devidos!

. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros, Duartes Limas, Arlindos de Carvalho, Varas, Penedos, Lamegos e quejandos, onde quer que estejam e recuperar essas quantias para os cofres do Estado.

. E por aí fora... Recuperaremos depressa a nossa posição, sobretudo a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado .

. Quem pode explicar porque é que o Presidente da Assembleia da República (o "Bocassa" Gama) tem, ao seu dispor, dois automóveis de serviço? Deve ser um para a "pasta" e outro para a "lancheira"!...

Envie a, pelo menos, 10 pessoas.
Isto não pode parar. Nós contribuintes pagamos tudo. E só temos culpa porque somos frouxos, passivos, indolentes.

Façam chegar este mail aos homens do FMI
Posted by Jose Martins at 07:53

TODOS OS RESPONSAVEIS POR ESTE VEXAME DEVIAM SER JULGADOS CRIMINALMENTE

EDUARDO CATROGA: "O GOVERNO DE JOSÉ SÓCRATES DEVIA IR A TRIBUNAL"


EXCLUSIVO EXPRESSO
Ajuda externa
Silva Pereira e Eduardo Catroga trocam acusações
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Prestes a chegar à fase decisiva das negociações com a troika, Governo e PSD dão mostras de não se conseguirem entender.
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"O PSD impede que o país fale a uma só voz", diz Pedro Silva Pereira.
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"O Governo de José Sócrates devia ir a tribunal", acusa Eduardo Catroga.
21:50 Sexta feira, 29 de abril de 2011

Numa fase decisiva das negociações com a troika, Governo e PSD intensificam as acusações, em declarações exclusivas ao Expresso. Pedro Silva Pereira acusa o PSD de estar a dificultar as negociações com a troika. "O PSD está a impedir que o país fale a uma só voz, por isso o Governo insiste no apelo a um comportamento responsável", diz.
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O ministro da Presidência, que representa o executivo à mesa das negociações com a oposição, afirma que já "chega de jogar às cartas", numa alusão às missivas enviadas pelo PSD ao Governo sobre as contas públicas.
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Silva Pereira lamenta que o principal partido da oposição tenha enviado para a imprensa as perguntas que fez por escrito ao Governo e diz que a atitude do PSD é "lamentável". "Seria bom que o PSD tivesse um contributo mais construtivo", frisa. No entanto, garante que o Governo vai dedicar toda a atenção às questões colocadas pelo PSD.
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Eduardo Catroga, que preparou o programa eleitoral do PSD, é igualmente duro a denunciar os falhanços socialistas. "O fartar de vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional", acusa. O ex-ministro de Cavaco Silva vai mais longe e considera que "as gerações mais jovens deviam por este Governo em tribunal".
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O ex-ministro das Finanças defende que, independentemente do que a troika disser, é possível pôr as contas públicas na ordem sem despedir funcionários ou cortar salários.
Leia mais na edição impressa do Expresso de amanhã.

CASAL REAL PARTE PARA LUA DE MEL

ESTADO DA NAÇÃO (1)

O ESTADO DA NAÇAO (2)

OS POVOS TEM OS LIDERES QUE MERECEM
DEVEREIS APRENDER A SER POBRES


VOU PÔ-LOS A PÃO E ÁGUA.....A VENDA




sexta-feira, 29 de abril de 2011

AMOR E FELICIDADE POR LONGOS ANOS




5-1


AMOR E FELICIDADE, POR LONGOS ANOS



AMOR E FELICIDADE, POR LONGOS ANOS

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SOMOS ASSIM...OS TUGAS

E NINGUEM É PRESO????

Site revela contratos realizados pela administração central e local

Trinta adjudicações por ajuste directo a empresas que não existiam

27.04.2011 - 17:05 Por Lusa, PÚBLICO

Dezenas de entidades públicas assinaram nos últimos anos contratos por ajuste directo no valor global de cerca de 800 mil euros com empresas que ainda não tinham sido constituídas, revela o novo serviço online Despesa Pública.


Site foi lançado a 25 de Abril e anunciado hoje

(Nelson Garrido)

Cruzando dados oficiais da criação de empresas e dos ajustes directos (sem concurso público), o site Despesa Pública (www.despesapublica.com), anunciado hoje, mas cuja conta foi entretanto suspendida, junta contratos e adjudicações feitos por entidades da administração central, regional ou local a empresas ainda inexistentes ou criadas pouco dias antes.

Segundo as estatísticas do site, os 30 casos referem-se apenas à data de publicação da adjudicação, mas há mais algumas dezenas de contratos assinados antes de as empresas terem sido constituídas e publicados só depois. A maior parte dos casos de adjudicações a empresas ainda não formalmente constituídas refere-se a contratos feitos com revisores oficiais de contas (ROC).

Das empresas criadas em 2011, 15 já beneficiaram de 17 contratos com entidades públicas por ajuste directo, no valor global de 870 mil euros.

A equipa do site Despesa Pública, que lançou o portal a 25 de Abril, reconhece que, “por vezes”, a informação recolhida “não está 100 por cento correcta”, pelo que apela à colaboração de todos na sua validação.

Para testar o novo serviço, a Lusa fez algumas pesquisas directamente nos sites do Governo que servem de fonte ao Despesa Pública (www.base.gov.pt e http://publicacoes.mj.pt) e verificou que são iguais, pelo que, a haver engano, será de alguma das bases de dados oficiais.


Simplesmente arrasador

Portugal visto de Espanha por um jornalista.

AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

LISBOA, 21 set (IPS) - Indicadores econômicos e sociais regularmente comunicados pela União Europeia (UE) colocam Portugal em situação de pobreza e injustiça social é inaceitável para um país para integrar em 1986 o "clube de ricos" do continente.
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Mas o golpe de misericórdia foi dado a avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): Portugal nos próximos anos para se distanciar ainda mais dos países avançados.

A produtividade mais baixa da falta da UE, de inovação e vitalidade do sector empresarial, a educação ea formação, desvio de fundos públicos, para gastos excessivos e resultados magros são os dados apresentados pelo relatório anual sobre Portugal da OCDE, que reúne 30 países industrializados.

Ao contrário de Espanha, Grécia e Irlanda (que também faziam parte do grupo "pobres" da UE), Portugal não conseguiu capitalizar para a comunidade de desenvolvimento de fundos consideráveis que corria de forma constante a partir de Bruxelas durante quase duas décadas, os analistas políticos concordam e econômico.

Em 1986, Madrid e Lisboa aderiram à então Comunidade Económica Europeia com níveis semelhantes de desenvolvimento relativo, e há apenas uma década, Portugal estava em um lugar mais alto do que a Grécia e Irlanda no ranking da UE ..

Mas em 2001, estava confortavelmente espancado por esses dois países, enquanto Espanha e fica a uma curta distância da média do bloco.

"A convergência da economia Português com a OCDE mais avançados pareceu parar nos últimos anos, deixando uma lacuna significativa na renda por pessoa", disse a organização.

No setor privado, os bens de capital nem sempre são utilizados de forma eficaz ou estão localizados e as novas tecnologias não são rapidamente adoptadas ", afirma a OCDE.

"A força de trabalho Português, com menos educação formal que os trabalhadores de outros países da UE, incluindo os novos membros da Europa Central e Oriental", diz o documento.

Toda a análise dos montantes investidos concordam que o problema central não está na quantidade, mas nos métodos de distribuição. Portugal gasta mais do que a grande maioria dos países da UE sobre a remuneração dos funcionários públicos em relação ao seu produto interno bruto, mas não consegue melhorar significativamente a qualidade ea eficiência dos
serviços. Com mais professores por número de alunos que a maior parte da OCDE, também deixa de oferecer educação profissional e competitiva com outros países industrializados.

Nos últimos 18 anos, Portugal foi o país que recebeu mais benefícios per capita em cuidados comunitários. No entanto, depois de nove anos para se aproximar aos padrões da UE, em 1995, começou a declinar e as perspectivas hoje indicam uma maior distância.

Quando acabaram os fundos comunitários, é a pergunta que não calava em debates televisivos e colunas de opinião nos principais jornais do país. A resposta mais comum é que engorda o dinheiro no bolso dos que já acabou.

Os números mostram que Portugal é o país da UE com maior desigualdade social e salário mínimo e meio menor do bloco, pelo menos até 01 de maio, quando se expandiu 15-25 nações.

É também o país do bloco em que gestores de empresas públicas têm salários mais elevados. O argumento mais freqüente indica que os salários dos executivos no mercado a decidir. " Consultado pela IPS, o ex-ministro das Obras Públicas (1995-2002) e atual deputado negou socialista a teoria João Cravinho. "Eles são os administradores que definir seus próprios salários, carregando a culpa no mercado", disse ele.

Nas empresas privadas com participação estatal ou nas estatais com accionistas minoritários privados, "os executivos fixar os seus vencimentos astronómicos (alguns até 90.000 dólares por mês, incluindo bônus e royalties), com a cumplicidade dos accionistas de referência", disse Cravinho.

Esses mesmos accionistas principais, são dois altos executivos, e todo o sistema, basicamente, é em detrimento dos pequenos accionistas, que se parece com uma grossa fatia dos lucros vai para as contas bancárias dos gestores ", lamentou ex-ministro.

A crise econômica que paralisou o Português no crescimento nos últimos dois anos "está a ser paga pelas classes mais pobres", disse ele. Esta situação de desigualdade surge cada dia com exemplos variados. A mais recente crise no setor automotivo.

Os comerciantes queixam-se de uma queda de quase 20 por cento nas vendas de carros de baixa cilindrada, com preços entre 15.000 e 20.000 dólares. Mas os representantes de marcas de luxo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati e Lotus (veículos valor superior a US $ 200.000), lamentam não lidar com todas as ordens, antes de um aumento de 36 por cento da demanda.

Estudos sobre a tradicional indústria têxtil Lusa, que foi um dos mais modernos de qualidade mais elevada e no mundo, demonstrando a sua estagnação, porque seus empregadores não fazem os ajustes necessários para atualizar. Mas o norte, onde a indústria têxtil está concentrada, tem mais carros, por metro quadrado, da Ferrari na Itália.

O governo espanhol da informática, Javier Felipe, disse à IPS que em sua experiência com empresários Português, eles estão mais interessados na imagem projetada no resultado do seu trabalho. " Para muitos é mais importante do carro que dirigem, o tipo de cartão de crédito você pode olhar para pagar uma conta ou modelo de telefone celular, a eficiência de sua gestão ", disse Felipe, ressaltando que há exceções. Tudo isso é formação de uma mentalidade que, em última instância, afeta o desenvolvimento de um país ", disse ele.

A evasão fiscal impune é outro aspecto que tem castrado investimento do sector público potenciais efeitos positivos na superação da crise econômica eo desemprego, que este ano atingiu 7,3 por cento da população economicamente ativa. O único a contribuir plenamente para os cofres do estado são os trabalhadores contratados que trabalham retido na fonte.

Nos últimos dois anos, o governo decidiu cobrar o imposto sobre esses mão cabeças, mantendo "obsceno" situações e "escandaloso", segundo o economista e comentarista de TV Antonio Pérez Metello. "Em vez de anunciar progressos na recuperação dos impostos daqueles que continuam a rir na cara do Tesouro, o governo (conservador) decide tomar uma fatia ainda maior daqueles que já pagam o que é devido, deixando intacta a nebulosa fugitivos fiscais, sem coerência ideológica, sem visão do futuro ", criticou Metelo.

O teste é explicado em um artigo de opinião de José Vitor Malheiros, publicado terça-feira no jornal Público de Lisboa, que fustiga a falta de honestidade, em troca de profissionais lamados. De acordo com os documentos apresentados para o Tesouro, os médicos e dentistas declararons), os arquitetos da renda média anual de € 17.680 (21.750 dólares), os advogados de 10.864 (9277 $ 13.365 ($ 11.410) e 8.382 engenheiros ($ 10,310).

Esses números indicam que por cada seis euros pagos ao Tesouro, "eu roubar de volta à comunidade, uma vez que estes profissionais não dependentes deveriam contribuir 15 por cento do total do imposto sobre o rendimento do trabalho são tributados apenas no singular e seis por cento disse Malheiros . Com o retorno dos impostos para fechar um ano fiscal, estes "roubado mais do que paga, como um açougueiro nos vender 400 gramas de carne de hiciese pagamos uma libra, e há 180 mil destes profissionais, em média, nos roubam 600 gramas por quilo ", disse ele sarcasticamente.

Se um país "permite que um profissional com duas casas e dois carros de luxo declare rendimentos de 600 euros (738 dólares) por mês, ano após ano, sem ser questionado, pelo menos até a tesouraria e, acima de um subsídio da Estado para ajudar a pagar escola particular para seus filhos, significa que o sistema não tem nenhuma moral ", disse ele.
Posted by Jose Martins at 09:50
PONTARRÃO JOSÉ LELO E O PEIDO PARA JUSTIFICAR O ENGANO

Texto abaixo retirado do blogue Alto Hama.

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“Estava a enviar mensagens a um colega meu de bancada e, naturalmente, a utilizar uma linguagem que entre amigos é corrente. Se estivesse a exprimir-me publicamente utilizaria o politiquês e diria que o Presidente da República não foi suficientemente abrangente e, portanto, aquilo que eu disse senti”...
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O José Lelo acabou por dar uma justificação, rasca, à comunicação social depois de no Facebook chamar “foleiro” ao Presidente da República.
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Está visto que o Lelo quando troca mensagens, correntes, no Facebook com os seus colegas de bancada e amigos a linguagem é cabrão práqui, f***** da P***** práli, “inda” te f***** a tua mulher, etc.etc. e tal.
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Vem-me à mente aquela história do Bocage de quando a dama deu um “pum”, num salão de festa, mal cheiroso, chamou o poeta (rasca na ocasião própria) e pediu-lhe para informar a plateia que não tinha sido ela que deu a “bujarda” fétida. O Bocage foi desenrascar a dama perante os presentes em voz alta: “o peido que esta senhora deu, não foi ela mas eu!”
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Esta foi a declaração, peideira, do José Lelo.
José Martins

REFORMAS MILIONÁRIAS DO ESTADO DUPLICAM EM PLENA CRISE
quem descontará no futuro para garantir estas pensões com o actual desemprego?

O número de pensões milionárias pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) aos funcionários públicos que passam à reforma mais do que duplicou. De Janeiro a Junho deste ano, o Estado concedeu pensões acima dos três mil euros a 306 trabalhadores do Estado que passaram à reforma - mais 128% do que no primeiro semestre de 2005. As listagens de aposentações publicadas mensalmente pela CGA, e que incluem as pessoas que passarão à reforma em Junho, indicam que a tendência se mantém nos valores ainda mais elevados. Este ano, 162 pessoas deixaram a vida activa tendo garantida uma pensão acima dos quatro mil euros, o que compara com 87 no primeiro semestre de 2005. A Caixa Geral de Aposentações é responsável pelo pagamento das reformas a todos os funcionários públicos, sejam eles da Administração Central, Regional ou Local ou, mesmo, de empresas de capitais públicos. Entre estas, os CTT destacaram-se pelo nível de pensões que chegam a pagar. Quer no primeiro semestre desde ano quer no de 2005, passaram à reforma duas pessoas - uma jurista no ano passado e um especialista de pessoal - com uma pensão superior a seis mil euros. Tirando as excepções, dentro da Administração Pública, são os magistrados, professores universitários e médicos quem consegue as pensões mais elevadas, já que são também quem tem salários mais elevados. Estas pensões chegam, com frequência, a ultrapassar os cinco mil euros por mês. Os professores do ensino secundário dominam as pensões acima dos dois mil, mas abaixo dos três mil euros.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

PORTUGUESES A PÃO E ÁGUA

LEIAM O CONTEÚDO ABAIXO E FIQUEM A SABER QUEM EM PORTUGAL VOS QUERIA COLOCAR A PÃO E ÁGUA...!!!

Porque silenciam a ISLÂNDIA?

(Portugal está neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha (entenda-se portugueses) a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele


Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.

Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.

Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).

País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no poder até levar o país à miséria.

Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.

Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.

O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.


Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições. Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria.

Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.

Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.

Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.

As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.

Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.

O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas.

Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.

Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.

Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.

O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo.

Por Francisco Gouveia, Eng.º

NÃO TE ESQUEÇAS VOTA P.S.


Posted by Jose Martins at 01:09

VOTAI NO MARÇANO OUTRA VEZ... "A MAÇONARIA JÁ VOS SUGOU O SANGUE,VOS COMEU A CARNE E DEPOIS ROER OS OSSOS!
Previsões go Governo ficam muito afastadas
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Portugal é o país da UE onde o défice e a dívida mais deslizaram
27.04.2011 - 07:16 Por Ana Rita Faria
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De acordo com os dados ontem divulgados pelo Eurostat, Portugal chegou ao final de 2010 com o quinto pior défice e d ívida entre os 27 países da União Europeia (UE). E foi também o país que registou o maior deslize nas contas públicas.
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Dívida pública é agora de 93 por cento do PIB
(PÚBLICO)
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O défice orçamental foi 1,8 por cento acima do que o Governo previa e a dívida pública disparou 9,7 por cento, devido a alterações metodológicas, que levaram à inclusão de algumas empresas públicas de transporte e parcerias público-privadas (PPP) no perímetro das contas públicas.
Comparando os números ontem apresentados pelo Eurostat com as previsões apresentadas a Bruxelas em Outubro do ano passado pelos vários governos europeus, Portugal foi o país que apresentou o maior deslize da dívida e do défice em 2010, uma tendência que recua até 2007.
A dívida pública, que se previa que fosse de 83,3 por cento do PIB, foi, afinal, de 93 por cento, mais 9,7 pontos percentuais. O mesmo aconteceu com o défice, que, em vez dos 7,3 por cento inicialmente estimados pelo Governo (entretanto, este reviu as suas projecções, apontando para um défice abaixo de sete por cento), fixou-se nos 9,1por cento em 2010. O valor já tinha sido apresentado pelo INE no sábado e foi agora confirmado pelo Eurostat.
Mudanças sucessivas
A diferença entre as previsões feitas em Outubro pelo Governo e os números agora apresentados decorrem de alterações metodológicas às contas públicas. No passado dia 31 de Março, o INE anunciou a revisão em alta do défice de 2010 para 8,6 por cento do PIB, devido ao registo nas contas dos prejuízos dos Metros de Lisboa e do Porto e da Refer e das perdas associadas ao BPN e ao BPP.
Mas as negociações com a troika para a ajuda externa forçaram o instituto a rever o défice novamente, no sábado, para 9,1 por cento, uma vez contabilizado o impacto de três PPP: as concessões Scut do Norte Litoral, Costa de Prata e Túnel do Marão. Sem estas alterações, garantem o INE e o Governo, o défice nacional teria ficado nos 6,8 por cento.
Os dados ontem divulgados pelo Eurostat mostram, contudo, que não foi só Portugal que sofreu com as mudanças de metodologia. O gabinete de estatísticas europeu reviu também o défice e dívida austríacos, na sequência da incorporação da dívida de uma empresa ferroviária e dos hospitais públicos. Noutros casos, como o da Grécia, os números foram também revistos, mas apenas devido à actualização de informação.
Olhando para o contexto europeu, Portugal fechou o último ano com o quarto pior défice da zona euro, só superado pela Irlanda, Grécia e Espanha (a nível da UE, só o Reino Unido teve um défice superior ao português). Quanto à dívida pública, é também a quinta pior da zona euro e da UE, apenas ultrapassada pela da Grécia, Itália, Irlanda e Bélgica. Dos 27 Estados-membros da UE, 20 apresentam um défice superior a três por cento, o limiar máximo fixado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento. Ao nível da dívida pública, 13 países superam também a meta de 60 por cento fixada por Bruxelas.
Troika toma nota
Neste momento, o mais difícil de determinar é o impacto que a revisão das contas de 2010 vai ter sobre as metas orçamentais deste ano. O Governo tem mantido o objectivo de consolidação com que se comprometeu com Bruxelas - um défice de 4,6 por cento -, mas a possibilidade de as alterações metodológicas se manterem este ano podem pôr em causa esta meta, ou, então, exigir medidas tão duras para a atingir que vão afundar a economia na recessão.
Ontem, o porta-voz da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, afirmou que a meta orçamental para 2011 que será proposta pela troika "terá em conta" os novos dados do défice e da dívida. "Todos estes elementos serão tidos em conta" pelas equipas da Comissão, do BCE e do FMI, afirmou, salientando que a revisão em alta do défice português não significa que "as autoridades tenham fracassado nos seus esforços". Tal como o INE explicou no sábado, a análise de eventuais alterações às contas foi antecipada por "ordem" da troika, que queria partir de "dados estáveis" nas negociações actualmente em curso.
Os encontros entre o Governo e as equipas da CE, FMI e BCE continuam a decorrer, com a participação de actores externos (ver caixa). Mas, ainda assim, não têm sido suficientes para acalmar os mercados. Ontem, as taxas de juro dos títulos portugueses a dois, três e cinco anos, passaram a barreira dos 12 por cento e os de dez anos bateram novo recorde, devido ao crescente receio de que a Grécia tenha de reestruturar a dívida, arrastando consigo Portugal.
Posted by Jose Marti

ESTA É PARA RIR?...NÃO PARA CHORAR

Ministério cobra 10 euros aos polícias que solicitam certidão para o voto antecipado

O Ministério da Administração Interna está a exigir o pagamento de 10 euros aos polícias por uma certidão que atesta que estarão a trabalhar no dia das legislativas e que permite a votação antecipada.

A denúncia é feita pelo Sindicato Nacional de Polícia, que exige a abolição da taxa e ameaça apresentar uma queixa junto da Comissão Nacional de Eleições.

Fonte ligada à Direcção Nacional da PSP garante que o pagamento é exigido no âmbito de uma portaria do Ministério da Administração Interna que define o pagamento pela emissão de vários documentos e que entrou em vigor no início do ano.

terça-feira, 26 de abril de 2011

UM POVO ROUBADO E HUMILHADO




HOJE

Portugal é o terceiro país com maior risco de bancarrota do mundo

Ganhe quem ganhar


"O "cabeça de lista" do PS nos Açores é Ricardo Rodrigues, cidadão que subtraiu dois gravadores a jornalistas da Sábado quando estes o questionaram sobre um caso de pedofilia em que foi mencionado e um caso de fraude em que foi arguido.

O "cabeça de lista" do PS na Guarda é Paulo Campos, o secretário de Estado que encomendou os chips das Scut à empresa gerida por um seu ex-assessor, que permitiu a dois assessores acumularem ilegalmente funções na administração da Fundação para as Comunicações Móveis e que nomeou para a administração dos CTT um amigalhaço acusado de falsificar a licenciatura (uma trivialidade, admito).

O "cabeça de lista"" do PS em Leiria é Basílio Horta, histórico (no sentido museológico) do velho CDS, "homem às direitas" das presidenciais de 1991 e dilecto funcionário do actual Governo numa influentíssima Agência para o Investimento e Comércio Externo.

O "cabeça de lista" do PS em Évora é Carlos Zorrinho, o ex-coordenador do Plano Tecnológico ouvido em Comissão de Inquérito pelos concursos de atribuição do poderoso computador Magalhães, o génio que o vento levou para as ventoinhas "renováveis" e o profeta que, em Janeiro último, garantia um futuro risonho para as nossas trocas comerciais com os países árabes.

E por aí fora, de Helena André (Aveiro) a Pedro Silva Pereira (Vila Real), sobre os quais a decência recomenda discrição absoluta.

À custa de figuras duvidosas, tristes serviçais e puro refugo, eis um retrato do descaramento. Mas se os comentadores próximos do PSD acertam ao alertar para a rematada baixeza dos primeiros candidatos socialistas (as segundas linhas incluem um ex-concorrente ao Big Brother), erram ao usá-la para, comparando-a, "justificar" por exemplo a escolha de Fernando Nobre, um desastre que nada justifica e quase nada permitia antecipar. Nem a miséria alheia legitima a própria nem ninguém prefere a miséria desconhecida à conhecida.

O eleitorado percebe que o PS é um prodígio de incompetência (e não só). O eleitorado gostaria de perceber que o PSD é outra coisa. Não se vê como. Em vez de, nas "listas" e no resto, se mostrar uma alternativa capaz à toleima dos últimos seis anos, tarefa ao alcance de uma couve-galega ou do Pato Donald, o PSD decidiu empenhar-se numa série de acções suicidas destinadas a provar que talvez não valha a pena arriscar a mudança. Não se trata de saltar da frigideira para o fogo: trata-se de saltar da frigideira para uma frigideira diferente, exercício cansativo e escusado.

Pelo menos é o que afirmam as sondagens, que súbita e previsivelmente colocaram PS e PSD no chamado empate técnico. Um sujeito que caísse hoje em Portugal, sobretudo se vindo de Plutão, julgaria que as "legislativas" prometem entusiástica disputa. Os sujeitos que cá vivem estão literalmente cansados de saber que a promessa é a inversa: salvo para os fanáticos, as eleições de Junho serão um acto de resignação colectiva, uma penosa corrida entre o bando responsável pela ruína pátria e o bando empenhado em tornar esse pormenor irrelevante. Ganhe quem ganhar, nós perdemos. Em larga medida, merecidamente."

ALBERTO GONÇALVES