sexta-feira, 5 de agosto de 2011
SE PORTUGAL FUNCIONASSE ASSIM...............
Ordem de detenção de antiga primeira-ministra ucraniana Timochenko provoca confrontos no tribunal
A ordem de detenção provisória da ex-primeira-ministra da Ucrânia Iulia Timochenko, que está a ser julgada por abuso de poder, foi hoje seguida de confrontos entre deputados do seu grupo parlamentar e agentes do destacamento especial da polícia "Grifon".
Segundo a agência Ria-Novosti, quando os agentes da polícia se aproximaram de Timochenko para a conduzir à prisão, os deputados do Bloco de Iúlia Timochenko começaram a gritar "Vergonha!" e "Iúlia! Iúlia!".
Na sala registaram-se confrontos entre agentes da polícia e deputados do Parlamento ucraniano, que gritavam: "Fascistas, irão todos para a cadeia!".
Os deputados fizeram um cordão à saída do tribunal para impedir a saída do automóvel que transportava a ex-primeira-ministra ucraniana, obrigando a polícia a abrir caminho. Cerca de cem agentes formaram um corredor por onde saiu o automóvel.
Apoiantes da antiga primeira-ministra ucraniana começaram a concentrar-se na Praça Krichatik, no centro de Kiev.
O processo continuará na próxima segunda-feira.
O presidente do tribunal, Rodion Kireev, acabou por anuir a um pedido da procuradora, após ter rejeitado na semana passada uma solicitação semelhante. Lilia Frolova pediu a detenção provisória para Iúlia Timochenko depois desta ter acusado o atual primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov, de "corrupção".
Além disso, o juiz considerou que Timochenko faltou ao respeito ao tribunal e tentou fazer tudo para prolongar o julgamento.
A ex-primeira-ministra, por exemplo, pediu um intérprete para traduzir para ucraniano as declarações de Azarov, que se expressou em russo.
"Não entendo o russo. Solicito um intérprete para que sejam traduzidas as declarações do primeiro-ministro ucraniano, que não sabe falar ucraniano", disse Timochenko, que domina a língua russa.
Em resposta, o presidente do tribunal recordou que, de acordo com a legislação em vigor, todas as testemunhas têm o direito de se exprimir na língua da sua escolha.
Timochenko, que arrisca até dez anos de prisão, é acusada de ter ultrapassado os seus poderes de primeira-ministra em 2009, ao autorizar sem a aprovação do governo a assinatura de contratos sobre a importação de gás russo a um preço demasiado elevado, e desse modo prejudiciais para Kiev.
Na ocasião, Timochenko assinou os contratos com o primeiro-ministro russo Vladimir Putin.
No decurso da audição, Azarov indicou ter colocado a questão a Putin por diversas vezes, para esclarecer em definitivo "como foram firmados esses contratos tão desfavoráveis para a Ucrânia".
PORTUGAL O NOSSO CONSELHO DE ESTADO
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Eleito pela Assembleia da República
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Agente da PSP ferido em tiroteio na linha de Sintra
Um agente da PSP ficou hoje ferido num tiroteio com dois homens num comboio da linha de Sintra.
Um agente da PSP ficou hoje ferido num tiroteio com dois homens num comboio da linha de Sintra.
A troca de tiros aconteceu perto da estação da Damaia e os dois homens conseguiram escapar. O elemento da PSP estava civil, mas terá sido reconhecido pelos atacantes, que decidiram montar uma emboscada.
Quinta-feira, 4 de Agosto de 2011
Carta aberta ao Dr. Pedro Passos Coelho
Presidente do PSD e Primeiro-Ministro de Portugal
É chocante o convite a Mário Soares para ser um dos oradores na Universidade de Verão da JSD, que decorrerá de 29 de Agosto a 4 de Setembro de 2011, em Castelo de Vide (e que tem ainda o Eng.º Ângelo Correia como conferencista, em 31-8-2011). O convite é chocante por causa do País e por causa do PSD.
Por causa do País. Mário Soares é: o responsável-mor pela tragédia de guerras civis e fuga apressada da «descolonização exemplar» - da Guiné a Timor - e provocador do mau relacionamento com os novos países africanos independentes; o causador da instabilidade governativa permanente; o instituidor do sistema promíscuo - entre poder político, poder financeiro, poder judicial e poder mediático - que transformou o País num pântano insalubre; o chefe máximo do meta-sistema que nos oprime; o controlador de media e perseguidor de jornalistas (lembre-se, por exemplo, o caso de Joaquim Vieira); o pseudo-monarca que tentou impor a sua dinastia política à democracia portuguesa; e o percursor do Estado socialista, que levou Portugal à beira da ruína.
Por causa do PSD. Mário Soares é: o arqui-adversário do partido, desde 1974; o homem que vilipendiou soezmente Francisco Sá-Carneiro e Snu Abecassis; o insidioso apoiante da divisão do Partido, através da ASDI; a principal força de bloqueio, enquanto enviesado Presidente da República, ao desenvolvimento do País liderado por Aníbal Cavaco Silva; o patrono da ascensão de José Sócrates ao poder, aproveitando - sem pudor - o impacto político dos crimes horrendos de abuso sexual de crianças da Casa Pia; o defensor de Sócrates à outrance, até ao fim e depois do fim; o apoiante da ensaiada candidatura presidencial de Sócrates em 2011 (manobra prevista neste blogue Do Portugal Profundo, em 22-10-2009, e que Soares confirma na entrevista ao Expresso, de 30-7-2011), uma candidatura que agora pretende pré-lançar para 2016; e o reorganizador da tutela socialista sobre o Estado de direito e o regime democrático.
Soares não pode ser legitimado pelo PSD, nesta ocasião e noutras, como pai do regime político português, numa posição de tutela sobre o próprio PSD e o Estado, acima do Presidente da República Cavaco Silva, uma espécie de padrinho de uma coligação oculta com o Partido Socialista, e sob o seu comando, que só permitiria ao PSD governar sujeito ao aparelho que o socratismo deixou a minar o Estado. É precisamente Mário Soares o adversário maior deste Governo PSD-CDS.
Não é tolerável a sugestão doce de compromisso com os socialistas sobre a porcaria: é urgente a limpeza do Estado. Não consta que, para lá da reserva ao apuramento do défice e dívida reais de Portugal nesta época de turbulência dos mercados financeiros, a União Europeia e o FMI se oponham à responsabilização judicial dos prevaricadores na corrupção dos negócios de Estado - não se trata sequer do processo à húngara pela negligência na condução das finanças do País, nomeadamente a infracção sucessiva da lei orçamental. O povo deseja a responsabilização dos envolvidos na corrupção de Estado, verificada através de auditoria e remetida, depois, ao Ministério Público para investigação, porque a corrupção é a causa principal da ruína do País.
Mário Soares não devia ter sido convidado para a Universidade de Verão da JSD, mas já que foi, sugiro que para cotejo da oração cor-de-rosa que proferirá, seja distribuído aos jovens, e adultos, participantes, a história negra do livro «Contos Proibidos - Memórias de um PS desconhecido», de Rui Mateus (o livro está esgotado, mas o download pode ser feito aqui), de 1996, e do meu livro «O Dossiê Sócrates», de 2009.
Dr. Pedro Passos Coelho: várias pessoas me deram boas referências suas, que não se sujam no pó de imputações conhecidas. É hora - porque não há outra -, de pôr em acção o carácter e demonstrar vigor na condução do Estado.
O PSD não pode renegar, nem sublimar, a história do País e do Partido. Tem de livrar o Estado do monstro da corrupção, enfrentar com coragem o desafio da limpeza da administração pública e da recuperação da soberania e demonstrar firmeza contra qualquer aliciamento de compromisso sistémico. A esperança de quem sofreu e venceu o socratismo não pode deixar de ser patrioticamente cumprida. A força está na autonomia face ao sistema.
Se, e só se, o Dr. Passos Coelho romper a teia de interesses financeiros e políticos, com que o pretendem cercar, e furar a membrana do medo, que os tíbios lhe recomendam preservar, terá o apoio decisivo dos combatentes de seis anos de socratismo para a salvação de Portugal.
Com os melhores cumprimentos patrióticos,
António Balbino Caldeira
a.b.caldeira@gmail.com
http://doportugalprofundo.blogspot.com/
http://viajusta.blogspot.com/
Entrevista de Mário Soares ao Expresso, de 30-7-2011, 1.ª página (linque temporário).
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