sexta-feira, 16 de abril de 2010

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PORTUGAL NA BANCARROTA

Ex-economista chefe FMI (act.3)

"Portugal corre risco de falência económica"

Pedro Latoeiro
15/04/10 16:25

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"Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando", escreve Simon Johnson.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2001.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina falida de 2001.

"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001", lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.

Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios".

Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.

"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.

Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".

"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.


Comentários

jorge, | 15/04/10 16:34
E quando cai?

, | 15/04/10 16:39
Deve ser por isso que é "ex-economista chefe"

Tó Zé, | 15/04/10 16:44
Conclusão: Portugal está na mesma situação que todo o mundo.

Anvi, | 15/04/10 17:04
Todos os iluminados só não conseguiram prever o que estava a acontecer dentro da sua casa. No entanto, temos de reconhecer que há um esforço enorme em lhes dar razão. E para que tal aconteça, venham daí aeroportos, TGV, auto-estradas, etc,. Quem vai pagar? Logo se verá.

CEO, | 15/04/10 17:04
Uma analise muito forte e muito negativa que provavelmente se vai verificar num futuro próximo. Só acho estranho como ninguém discute estas questões, que comprometem o nosso futuro, de uma forma seria. Parece que existe um interesse em manter a população na ignorância.

Fernanda, Leiria | 15/04/10 17:05
Ó Sr Simon o Sr está equivocado, nós fomos o ultimo país a entrar na crise e ( segundo o nosso ministro não sei de QUÊ ) também fomos os primeiros a sair da crise. Por isso qual é a crise????

Carlos, Lisboa | 15/04/10 17:11
Então Sr. Ministro das Finanças? Continua a achar que não são necessárias medidas de redução da despesa pública? Siga o exemplo irlandês e reduza os salários dos políticos, reduza o nº de deputados, reduza o nº de ministérios, assessores, direcções gerais, fundações e as que mais existem!

Patriota, Lisboa | 15/04/10 17:12
Quem é este Senhor? O que sabe ele realmente da nossa economia? Pq é que não fala de Espanha, que no meu entender está bem mais perto do abismo do que Portugal? É verdade que o nosso PEC é comedido, pouco ambicioso e mal direccionado em termos de medidas a adoptar face ao estado das finanças actuais. No entanto Portugal está claramente longe da falência… Dar ouvidos a este Senhor é simplesmente vermos a nossa bolsa mais um dia em contra-ciclo face às restantes praças da Europa.

LORD, porto | 15/04/10 17:13
INDEPENDENTEMENTE DAS FAMILIAS POLITICAS, PORTUGAL TEM DE TER POLITICAS PRÓ-ACTIVAS EM VEZ DAS REATIVAS DE QUE ANDAMOS A TER DESDE A DÉCADA DE 90. NÃO FIZEMOS AS REFORMAS QUANDO DEVERIAMOS E AGORA ESTAMOS A SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS. SE O PR NÃO TEVE A CAPACIDADE DE AS FAZER NO SEU TEMPO, QUE HAJA AGORA A CORAGEM POLITICA DE PUXAR DOS GALÕES E DE UMA VEZ POR TODAS COLOCAR-MOS ESTE PAÍS NO RUMO CERTO!

Alberto Cardoso, Porto | 15/04/10 17:14
Quem paga a este artista para vir agitar as águas? É lamentável ainda darem ouvidos a esta cambada. Que por sinal foram a causa ou contribuiram para a grave crise mundial que ainda se vive. É preciso uma grande lata!

Américo, V.N. Famalicão | 15/04/10 17:15
Se os Gestores de Empresas podem ser culpados das falências das mesmas e até pagarem dívidas das mesmas, o qe acontece a ESSES HOMENS QUE (des) GOVERNAM ESTE PAÍS E O LEVAM Á FALÊNCIA. JULGO ENTÃO QUE DEVERIAM SERE IMEDIATAMENTE PRESOS A TRABALHOS FORÇADOS DURANTE O PERÍODO QUE FOSSE NECESSÁRIO PARA A RECUPERAÇÃO ECONOMICA DO NOSSO PAÍS

Luis, Lisboa | 15/04/10 17:15
Pois é os gatunos autorizados são muitos.

É complicado...




Nuno Maia, | 15/04/10 17:16
Juro que assim que acabar o curso vou tentar trabalhar no estrangeiro. Vou-me embora deste país enquanto há tempo.

Philip, | 15/04/10 17:17
É bem possível. Mas se tivermos em conta aquilo que o FMI fez na década de 90, nomeadamente na América Central e do Sul, os modelos económicos alternativos que são propostos pelo FMI são uma anedota