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18 Jan 2014 04:14 PM PST
Por quê essas "especialistas" não criam acampamentos
onde meninos e meninas irão aprender a se respeitar?; a conviverem em uma
sociedade unida, onde cada um depende de cada um?; onde o todo é mais importante
do que ideologias de gêneros individualistas?; Onde o amor ao próximo é o valor
real da vida?.
Isso tudo faz parte da tática: "Separar para
conquistar"....
Não devemos cultuar essa cultura individualista, devemos
ter consciência que JUNTOS E UNIDOS somos mais fortes e acima de tudo, AMANDO
UNS AOS OUTROS...
Confiram a matéria do site G1:
Sorocaba recebe o
Girls Rock Camp pelo segundo ano consecutivo. Aulas de música, skate e defesa
pessoal fazem parte do currículo.
“Não à Barbie! Não à Barbie!” O grito
esganiçado sai da garganta de uma menina miúda, que aparenta não ter mais de 10
anos, e ecoa pela sala de aula, mas não se trata de nenhuma revolução
punk-infantil: é apenas um momento de ensaio de uma das 10 bandas formadas no
Girls Rock Camp Brasil.
É uma espécie
de acampamento de verão, que reuniu 60 garotas de 7 a 17 anos para uma semana de
música e diversão em Sorocaba
(SP). Saídas de vários lugares do Brasil, as meninas se reúnem para aprender
música - mas, acima de tudo, para celebrar coisas como a amizade, o trabalho em
grupo, a solidariedade e a autoestima.
“Eu adoro o som que ela faz”, diz
Alice, de 7 anos, sem parar de tocar a bateria nem na hora em que fala com o
repórter. Com a guitarra na mão, Maria Fernanda, de 9 anos, conta que a
inspiração veio de casa. “As minhas primas têm uma banda”, diz. “E você também
quer ter uma?” “Claro!”
“Nosso foco é o empoderamento feminino. O objetivo não é formar bandas
nem revelar talentos, mas mostrar que as meninas podem fazer o que elas
quiserem, inclusive ter uma banda de rock. Mostrar que elas são iguais aos
meninos e não precisam depender deles para nada”, explica Flavia Biggs,
socióloga, guitarrista com mais de uma década de estrada na cena do rock
independente e diretora do evento. Flavia se inspirou no Girls Rock Camp
americano, criado em 2001 e que ela frequentou em três ocasiões.
Depois
de organizar diversas
oficinas específicas de guitarra para meninas, ela organiza um evento de
temática feminista óbvia, mas sem explicitar a palavra “feminismo”. “As meninas
em geral têm uma formação individualista, de competir umas com as outras, além
de passiva, ou seja, de esperar que outra pessoa tome a atitude.” Por isso,
explica, a ausência de meninos: “Se eles estivessem aqui, provavelmente tomariam
a frente para organizar e liderar tudo. Por isso, para que a gente possa treinar
essa atitude independente, é que o evento é feito só de meninas”,
completa
Há ainda o componente artístico. Bandas só de mulheres são muito
mais raras que bandas de homens - que, eventualmente, aceitam uma mulher como
vocalista. “A gente não é incentivada a tentar instrumentos como guitarra, baixo
e bateria, acaba muitas vezes relegada a cantar ou tocar teclado, que seria uma
coisa mais feminina. Aqui, a gente mostra que esse tipo de escolha não tem nada
a ver com o sexo”, diz Patricia Saltara, outra das organizadoras, também ela
guitarrista e membro de banda.
As inscrições para o evento se encerraram
em apenas quatro dias - e ainda sobrou uma fila de espera com cerca de 40 nomes.
No ato, as meninas já tinham que escolher um instrumento, e uma das primeiras
atividades do acampamento, aberto na última segunda-feira (13), foi a formação
de 10 bandas, cada uma delas com seis integrantes – vocalista, duas
guitarristas, baixista, tecladista e baterista -, separadas pela afinidade
musical.
Como
saber tocar não era condição para participar, as meninas aprendem um pouco de
teoria musical, recebem dicas de composição e noções básicas de cada
instrumento. Cada grupo tem de compor uma música própria para a apresentação de
encerramento, que será neste sábado (18). Mas dizem que rock não é só música,
mas atitude – e, por isso, as aulas são intercaladas com oficinas de skate e
silk screen, para fazer as camisetas personalizadas das bandas. “Com isso, elas
aprendem a ter responsabilidade, a respeitar a opinião da maioria, a ter uma
verdadeira concepção do que é trabalhar em grupo”, diz Flavia.
Também
estão no "currículo" aulas de defesa pessoal, para prevenção de situações de
assédio e violência. Elas se dividem em grupos e metade representa meninos em
posição ofensiva, enquanto outras colocam a mão na frente do rosto para afastar
o "oponente" enquanto gritam "não" em voz alta.
Colaborações
O
ambiente colaborativo é uma característica fundamental do evento, bancado em
parte pelas inscrições das participantes (50 delas pagaram R$ 75 e dez ganharam
bolsa), parte por shows beneficentes realizados no segundo semestre do ano
passado e parte por doações. A reportagem doG1 presenciou, por exemplo, a
chegada de uma carga de oito caixas de picolé e dezenas de panetones, tudo dado
por uma comerciante.
As instrutoras são todas voluntárias e recebem apenas a alimentação e a
hospedagem - e muitas delas ainda emprestam seus próprios instrumentos. “É um
ambiente que toca muito quem acredita na música como catalisador de
transformação social”, discursa Patrícia Saltara.
Palco do evento desde
sua primeira edição, no ano passado, a EE Prof. Júlio Bierrenbach de Lima, onde
Flavia Biggs já deu aulas de sociologia, também não cobra nada. “Faz parte de
nosso papel interagir com a comunidade e colaborar com a valorização do mundo
feminino”, discursa a diretora, Maria Helena Vieira de Camargo. E o barulho não
incomoda? “Claro que não. A escola deve ser um núcleo de propagação de todo tipo
de conhecimento, e a gente dee se renovar, gostar de tudo”, completa.
As
aulas e oficinas se encerraram na sexta-feira (17). Neste sábado, o bar
Asteroid, que fica na rua Aparecida, 737, no bairro Santa Rosália, recebe o show
de encerramento. Pais e parentes já estão empolgados. Os ingressos serão
vendidos na hora, e costuma lotar. “No ano passado não coube todo mundo, ficou
gente de fora”, relembra Flavia. Quem quiser ir deve chegar cedo. E melhor não
levar a Barbie.
Fonte: G1.com.br e http://lado-oculto-nova-ordem-mundial.blogspot.com.br/ Por
Jessé Santos
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