O Ministério do Trabalho brasileiro encontrou trabalho escravo em várias fábricas de confecção da Zara, no Estado de São Paulo. A inspecção foi acompanhada pelas câmaras de uma televisão brasileira. A empresa espanhola Inditex, dona da marca Zara, já reagiu e exige ao fornecedor brasileiro que resolva, de forma urgente, a situação.
A questão foi divulgada pela imprensa brasileira que noticiou também a confirmação pelo Ministério do Trabalho brasileiro da existência do caso numa empresa subcontratada por um dos fornecedores de roupa para a marca Zara.
A imprensa referiu que se confirmaram "irregularidades" na unidade em Campinas, tendo a investigação levado a 52 autos de infração contra a Zara, um dos quais faz referência à "discriminação étnica das tribos Quechua e Aimará que recebiam prior tratamento que os outros trabalhadores".
Os trabalhadores, cerca de 15, estavam com "contratações ilegais, condições degradantes e jornadas exaustivas de até 16 horas diárias".
A Inditex respondeu de imediato ao caso e pediu ao fornecedor para resolver a situação, incluindo através do pagamento de indemnizações aos trabalhadores, por considerar que a prática viola o seu Código de Conduta para Fabricantes de Unidades Externas.
O grupo espanhol, em colaboração com as autoridades brasileiras, reforçará ainda a revisão do sistema de produção, tanto deste fornecedor como das restantes empresas com as quais colabora no Brasil, para garantir que o caso não se volta a repetir.
Atualmente, a Inditex tem no Brasil 50 fornecedores estáveis que empregam mais de sete mil trabalhadores.
O grupo realiza anualmente mais de mil auditorias a fornecedores em todo o mundo, para garantir o cumprimento do Código de Conduta.
Com Lusa
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