quarta-feira, 10 de março de 2010

ESTADO NAUSEABUNDO

Terça-feira, Março 09, 2010

O estado nauseabundo da nação

Sinceramente já me dá nauseas escrever sobre o estado da nação.

O facto de ter acontecido a discussão que a todos nos envergonha, os que têm vergonha na cara, na comissão parlamentar de ética, leva-me a pensar, que os partidos políticos deveriam ser, sem excepção, ilegalizados por serem coniventes num embuste, que vai passando com as várias personagens que mandam neste triste país, transformado num sítio muito mal frequentado.

Deveria ter sido uma comissão de inquérito a apurar responsabilidades e daí depois de apuradas e decerto são muitas, pela vergonha a que se assiste, e enviar para quem de direito decidir.

Mas depois assistimos a que se não existe justiça ficamos assim com um dilema que é simples e claro:

Ilegalizar os partidos políticos, correr com juízes e procuradores que não fazem o que devem, levar-nos-ia à questão de saber se existe um Presidente da República que sofre de narcisismo político, de síndrome do tabu e ainda não percebeu que está demasiado velho e sem credibilidade para ser reeleito, para além das culpas finais que as tem, como as iniciais, que as teve quando governou este , já na altura sítio.

Portanto os PEC e outras coisas com siglas de vazio conteúdo, leva-nos a pensar quanto vai valer este país, com o povinho que tem, que gosta tanto de votar em vigaristas, termo no mínimo pouco ofensivo, porque é muito pior.

Estamos numa situação muito pior que antes do 26 de Maio de 1928, porque não temos militares à altura de coisa alguma, apenas interessados em comissões de serviço em guerras que não são nossas.

Posto isto, o Senhor Pinto de Sousa, os candidatos do PSD controlados por Belém, uns mais que outros, e os restantes partidos comandados pela vã cobiça de pensarem que ainda podem ter umas migalhas de poder se houver novo acto eleitoral, e à espreita de aumentarem as percentagens de eleitorado por mais umas massas, que sinceramente não sei onde vão estar, atendendo ao estado de bancarrota em que o sítio sobrevive.

Uns querem o PEC, outros não concordam, mas vão votar a favor, abstendo-se, o que vai dar no mesmo, e os outros, vão votar contra, para fazerem de conta que existem e que são os heróis desta triste realidade.

A realidade é simples:

Um Parlamento com faustoso orçamento que não precisa de mais de 80 deputados.

Um governo que não precisa mais que 10 ministros.

Dezenas de Institutos Públicos de clientelas que as Direcções Gerais antes existentes, seriam mais que suficientes para resolver os problemas como no tempo do António.

Um Tribunal Constitucional de uma Constituição que é uma vergonha e que não justifica nem uma coisa nem outra.

Um Supremo Tribunal com juízes que apenas só deveriam ser 1/6.

Um Tribunal de Contas que decide e que o estado de direito democrático, (como gosto deste samantismo), ignora e despreza a bem dos sucateiros.

Umas Forças Armadas com mais oficiais generais que tropa.

Um funcionalismo público que é substituído no seu trabalho por empresas de auditorias, de consultadoria de amigos, de fornecimento de bens e serviços de amigos e compadres e a cobrar preços de luxo.

Obras públicas empregues para derrapagem nas contas.

Administrações locais e centrais do estado sem o mínimo de qualidade e credibilidade que não aguentam uma auditoria de cegos, que me perdoem os cegos.

Tudo isto, é uma coisa nauseabunda e em tão avançado estado de decomposição que nem tem já maneira de matar ou enterrar sem que se liberte o cheiro.

Aqui estão as obras do regime da III República do Senhor Soares, Cunhal, Cavaco e agora todos os que se perfilam num horizonte sem esperança.

Uma vergonha, este espectáculo de faz de conta que se investiga, e que não vai fazer coisa alguma.

Penso que não vale já pena discutir, apenas faltam aparecer os traidores que recebiam como bons maçons que eram, as tropas de Napoleão quando das invasões francesas, e eram muitos.

A coisa repete-se e envergonha quem ainda se sente português.

Fiquem bem os que são pessoas de bem, os que não são que fiquem com cheiro da porcaria que estão habituados a cheirar, como corvos que se alimentam de carniça e que me perdoem os corvos.

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