quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SEIS CHEFES PARA UMA FUNCIONÁRIA

Transportes
Seis chefes para uma funcionária

Autoridade Metropolitana de Transportes previa contratação de mais uma dezena de técnicos mas diz que não conseguiu por falta de especialistas
Por:Raquel Oliveira/I.J.

A Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT) de Lisboa, que tem atribuições em matéria de planeamento, organização e financiamento do transporte público de passageiros, tem praticamente só dirigentes. Um ano e meio após entrar em funcionamento, a AMT conta com quatro elementos do conselho executivo, dois directores (de Contratualização e Planeamento) e uma assistente, confirmou ao CM o presidente da AMT, Carlos Correia.

Dotada de um orçamento de cerca de quatro milhões de euros (um milhão para funcionamento e três de PIDDAC), a autoridade previa a contratação de mais técnicos mas dificuldades várias, nomeadamente de encontrar profissionais na área dos transportes, deixaram as vagas em aberto.

Para o próximo ano, e com um orçamento de três milhões de euros, a AMT deverá contratar "mais dois elementos: um chefe de divisão e um assistente administrativo", adiantou ao CM o presidente da AMT.
Segundo este responsável, apesar de não ter actividade visível, a AMT de Lisboa tem estado a trabalhar na "integração administrativa, tarifária e modal" dos transportes urbanos. A instituição prepara-se para "lançar ainda este ano o estudo para o financiamento do sistema de transportes da AMT", no âmbito da integração administrativa, e um estudo para o "estabelecimento de um sistema metropolitano de interfaces", concretizou Carlos Correia. Outra das áreas de trabalho é o alargamento do sistema zapping a outros operadores.

"JÁ NÃO TEMOS GASTOS SUPÉRFLUOS"

Com 32 anos cada um e dois filhos para criar – Martins, 11 meses, e Bruna, seis anos –, Frederico Filipe e Nélia Ferreira acabam de perder os 118 euros do abono de família por estarem no quarto escalão. O casal, que trabalha num posto de abastecimento de combustíveis (ele como operador e ela como supervisora), recebe 1200 euros por mês e já não tem onde poupar mais. "Não temos gastos supérfluos, por isso, só nos falta cortar na conta do supermercado", diz Nélia Ferreira, ao que Frederico Filipe acrescenta: "Temos de poupar bem os bens que temos, pois se surgir uma despesa extra a situação complica-se".

COMENTÁRIO MAIS VOTADO
"Quase perfeito! Uma pequena falha, que provavelmente iria ser corrigida: promoção da funcionária a chefe e ficava tudo igual."
mario
08 Novembro 2010

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