Transportes
Seis chefes para uma funcionária
Autoridade Metropolitana de Transportes previa contratação de mais uma dezena de técnicos mas diz que não conseguiu por falta de especialistas
Por:Raquel Oliveira/I.J.
A Autoridade Metropolitana de Transportes (AMT) de Lisboa, que tem atribuições em matéria de planeamento, organização e financiamento do transporte público de passageiros, tem praticamente só dirigentes. Um ano e meio após entrar em funcionamento, a AMT conta com quatro elementos do conselho executivo, dois directores (de Contratualização e Planeamento) e uma assistente, confirmou ao CM o presidente da AMT, Carlos Correia.
Dotada de um orçamento de cerca de quatro milhões de euros (um milhão para funcionamento e três de PIDDAC), a autoridade previa a contratação de mais técnicos mas dificuldades várias, nomeadamente de encontrar profissionais na área dos transportes, deixaram as vagas em aberto.
Para o próximo ano, e com um orçamento de três milhões de euros, a AMT deverá contratar "mais dois elementos: um chefe de divisão e um assistente administrativo", adiantou ao CM o presidente da AMT.
Segundo este responsável, apesar de não ter actividade visível, a AMT de Lisboa tem estado a trabalhar na "integração administrativa, tarifária e modal" dos transportes urbanos. A instituição prepara-se para "lançar ainda este ano o estudo para o financiamento do sistema de transportes da AMT", no âmbito da integração administrativa, e um estudo para o "estabelecimento de um sistema metropolitano de interfaces", concretizou Carlos Correia. Outra das áreas de trabalho é o alargamento do sistema zapping a outros operadores.
"JÁ NÃO TEMOS GASTOS SUPÉRFLUOS"
Com 32 anos cada um e dois filhos para criar – Martins, 11 meses, e Bruna, seis anos –, Frederico Filipe e Nélia Ferreira acabam de perder os 118 euros do abono de família por estarem no quarto escalão. O casal, que trabalha num posto de abastecimento de combustíveis (ele como operador e ela como supervisora), recebe 1200 euros por mês e já não tem onde poupar mais. "Não temos gastos supérfluos, por isso, só nos falta cortar na conta do supermercado", diz Nélia Ferreira, ao que Frederico Filipe acrescenta: "Temos de poupar bem os bens que temos, pois se surgir uma despesa extra a situação complica-se".
COMENTÁRIO MAIS VOTADO
"Quase perfeito! Uma pequena falha, que provavelmente iria ser corrigida: promoção da funcionária a chefe e ficava tudo igual."
mario
08 Novembro 2010
Sem comentários:
Enviar um comentário