domingo, 3 de abril de 2011

Sunday, April 03, 2011

AS FALSAS LICENCIATURAS - MAIS UM SINAL DOS TEMPOS
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Isto foi publicado como Post retirado de um Blogue, segundo quem me enviou. Interessante.

E bem verdade. Sempre nos jornais houve notícia dos que se queriam fazer passar por “doutores” sem o serem. Na maior parte dos casos nem necessidade tinham de falsificar documentos. A burla fundava-se na prática.

Os casos mais conhecidos diziam respeito ao exercício de profissões liberais: médicos e advogados. Agora, na época do empreendedorismo, as coisas passam-se ironicamente ao contrário.

Querem passar por licenciados não para exercer por conta própria uma actividade profissional, mas para arranjar bons empregos, preferencialmente reservados às clientelas partidárias.

E é neste contexto que vem a conhecimento público o caso do vogal do Conselho de Administração dos CTT que apresenta em seu favor o cândido argumento, que, em linguagem praxista da Lusa Atenas, se poderia traduzir assim: “Então, se eu até tenho matrículas suficientes para ser “Dux Veteranorum”, porque não hei-de ter para ser dr., ainda por cima depois desta “coisa” de Bolonha?”.

Há tempos, a Clara Ferreira Alves em artigo do Expresso, sintomático de quem já perdeu a paciência para as inúmeras batotas existentes na sociedade portuguesa, queixava-se de que em Portugal, depois do alarido inicial, nenhum destes (e doutros ainda pior) casos tem consequências.

Às vezes até têm. Porém, opostas ao que se esperava: são premiados. Quem não se lembra de os jornais terem denunciado Carneiro Jacinto de, no MNE, se ter feito passar por licenciado em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, apesar nem os “calcanhares” lá alguma vez ter posto?

Basta consultar documentos oficiais, públicos, do MNE, como o Anuário Diplomático, e vários despachos publicados no DR para não haver qualquer espécie de dúvida sob a forma como o dito cavalheiro era tratado.

E mais. Foi denunciada publicamente, por um ex-Ministro, a situação irregular, quanto a vencimentos, em que o ilustre cavalheiro se encontrava no gabinete de Freitas do Amaral, recebendo vultosos subsídios a que não tinha qualquer direito.

E o que fez Freitas do Amaral?

Publicou no DR um despacho atribuindo-lhe um vencimento quase idêntico ao do Primeiro Ministro.

Despacho igualmente ilegal! Mais tarde, mas ainda ao serviço, o dito cavalheiro declarou publicamente numa nota de imprensa que tinha pedido a exoneração de um lugar que há muito não exercia, por ter sido colocado em Lisboa.

E o que lhe aconteceu?

Freitas do Amaral ordenou que lhe fosse paga uma indemnização!

Fantástico: pede a exoneração de um lugar que não desempenhava, continua a exercer a mesma função pela qual é principescamente remunerado e é indemnizado!

Mas não pensem que a história acaba aqui. Cerca de um ano mais tarde, Luís Amado, ao corrente de todos estes factos, vai repescá-lo a Silves, onde o dito cavalheiro acabava de ser derrotado pela estrutura local do PS para se apresentar como candidato a presidente da câmara, e nomeia-o conselheiro de imprensa em Washington, colocando em Nova York, em lugar expressamente criado para o efeito, o funcionário que desempenhava essas mesmas funções em Washington, para que o dito “lic.dir” pudesse lá ser colocado.

Num dos nossos blogues publicamos em cima deste caso http://maquiavelencias.blogspot.com/2009/07/carneiro-jacinto-o-senhor-doutor.html

Posted by Jose Martins at 7:21 AM

SEGUNDO DE JULGA HÁ MAIS DE 1400 DIPLOMAS FALSOS

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