quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Escândalo na União Euopeia - ATENÇÃO LER E DIVULGAR
O que é que se pode fazer para mudar isto ?
Há um clima geral de estarmos a ser roubados por todos os lados
Qualquer dia há uma nova Revolução Francesa e cortam-se as cabeças
á nova nobreza tecnocrata europeia
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Crime: Detido o agente da PSP suspeito de matar a mulher |
Autor: António Henriques | Leitores: 70 |
Quarta, 31 Agosto 2011 11:47 |
O polícia suspeito de matar a mulher já foi detido, na madrugada de hoje, no Alentejo, e entregue à Polícia Judiciária. O crime pelo qual o agente da PSP responde ocorreu na passada terça-feira, em Setúbal. O agente que terá disparado contra o peito da sua mulher, provocando-lhe a morte, foi detido na madrugada de hoje, em Grândola, onde reside a mãe do agente.
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
DIFERENÇAS
"... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro...
mas os nossos gestores recebem, em média:
- mais 32% do que os americanos;
- mais 22,5% do que os franceses;
- mais 55 % do que os finlandeses;
- mais 56,5% do que os suecos"
(dados de Manuel António Pina, Jornal de Notícias, 24/10/09)
Guatemala
Cientistas que inocularam sífilis e gonorreia violaram normas éticas
Os cientistas norte-americanos que inocularam sífilis e gonorreia, doenças sexualmente transmissíveis, em mais de mil pessoas na Guatemala, em ensaios clínicos que terão matado 83, sabiam que estavam a violar normas éticas, concluiu uma comissão que está a investigar o caso
Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico 9:02 Terça feira, 30 de Ago de 2011 |
A conclusão é da Comissão Presidencial norte-americana para o Estudo dos Assuntos da Bioética, durante a sexta reunião da investigação pedida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao caso, que remonta a 1948 e 1949, mas tornado público no ano passado.
"Os investigadores sabiam que o que estavam a fazer ia contra as normas estabelecidas nos Estados Unidos, mas fizeram o possível por mantê-lo em segredo, e só o partilharam com um pequeno grupo de investigadores e superiores", afirmou na segunda-feira a presidente da comissão, Amy Gutmann, citada pela agência noticiosa Efe
E os tugas estão a ser cobaias de quê???
Estado vai ter de pagar 225 milhões de euros da dívida da RTP em 2012
30 de Agosto de 2011, 11:03
O ministro dos Assuntos Parlamentares declarou hoje que o Estado irá pagar em antecipação cerca de 225 milhões de euros da dívida da RTP em 2012.
A medida, segundo Miguel Relvas, resulta de renegociações de empréstimos e sucede depois de, já neste ano, as finanças públicas terem adquirido o arquivo da empresa por 150 milhões.
“Devemos ou não ter a responsabilidade de iniciar a reestruturação da empresa? Eu não tenho dúvidas nenhumas”, declarou, frisando que não se deve estar “agarrado a visões do passado”.
Miguel Relvas está a ser ouvido esta manhã na Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação. A suspensão da onda curta da RDP é o tema que motivou a vinda do governante, mas a sessão tem abordado outras áreas da presença do Estado na comunicação social.
@Lusa
O CASO EMPRESAS MUNICIPAIS
"O caso ouco estranho das empresas municipais e outras coisas.
Parece que o nepotismo partidário ou o nepotismo puro e simples, tinha pé curto, atendendo a que houve serviços feitos pelos serviços municipalizados que foram entregues a familiares e amigos que criaram Empresas Municipais por todo este sítio muito mal frequentado e governado.Mas todos já sabíamos disto, a justiça sabia, o estado do sítio sabia, todos sabiam, todos são cúmplices portanto, excepto nós, os ursos, os que sabíamos , mas não podemos fazer nada, apenas pagar mais impostos.
A teia é tão grande que mete os senhores de vários governos e de todos os partidos sem excepção, uns mais que outros e nem os impolutos do PCP escapam.
É claro que a Justiça deixou e parece óbvio que os investigadores do MP deveriam ser afastados, porque deixaram andar a coisa tempo demais e mais grave, continuam com tempo de antena e continuam a ser tratados como paladinos da justiça e blá, blá, blá...
Assim vai o meu país, uma imensa teia.
É claro que os senhores autarcas se sentem ofendidos, as suas associações que seria interessante também serem investigadas ou auditadas, sobre quem é quem e como lá entraram os boys, filhos, enteados, todos nepotes.
Aqui reside uma parte conhecida do défice, a outra parte vai assustar, são mais esqueletos nos armários e decerto mais facturas por pagar.
O caso da sucata foi esquecido no meio desta sucata toda.
O fio e a trama é tão grande que já perceberam que será impossível pagar a dívida do que foi pedido aos sindicados bancários que troika representa, a troika, nome engraçado, porque um pouco eslavo.
Sim, vamos entrar em incumprimento e depois das medidas de cada vez mais roubo nos impostos e no estado social que o FMI, qual praga de gafanhotos, impôs à chamada de União Europeia, vá-se lá saber porquê, a praga seguirá daqui para o Egipto, para a Tunísia, para a Líbia e para onde eles quiserem, como gafanhotos que são, ficando apenas a desgraça social.
Prefiro mil vezes o regime do coronel líbio do que aquilo que vai acontecer depois da NATO e da ONU, entidades pouco fiáveis e sem controlo, fizeram, num país que não tinha um estado e nunca mais irá ter um, porque cada país tem a sua maneira de estar organizado, as tribos, irão correr com os estranhos que provocaram a destruição da Líbia, porque: "is all about oil". No egipto já se percebeu porque já começou.
Aqui na UE, vamos assistir ao default e ninguém vai escapar, nem os arrogantes do norte, afinal a Nokia já não fabrica na Finlândia, fabrica na China e empacota na Hungria, só para idiota ver, não são mais sérios que os povos do sul, são um pouco mais branquinhos.
Fiquem bem e não se queixem das arbitragens é que por cá é uma coisa e lá fora é outra, o Porto que faça queixa ao Partido do Norte carago e o Sr Pinto que limpe a baba!"
Toupeira
Rússia: Homicida enfrenta pena de 15 anos de prisão
Jovem canibal gay cozinha namorado
Um jovem de 21 anos foi detido pelas autoridades de Mourmansk, noroeste da Rússia, acusado de matar e comer um homem de 32 anos que conheceu na internet, num site de encontros homossexuais.
Por:Dina Gusmão com agências
A história remonta ao passado dia 19 de Agosto, data em que o jovem canibal atraiu a sua casa o namorado virtual que acabou morto por envenenamento, retalhado com mão de mestre e cozinhado com requinte de grande ‘chef’.
Durante uma longa semana, o canibal de Mourmansk cozinhou os restos mortais do companheiro com muita imaginação e competência culinária, a saber, filetes, croquetes, salsichas... "O único móbil do crime do homicida era, precisamente, comer carne humana", conclui o relatório policial, divulgado ontem.
O desaparecimento da vítima foi denunciado pela mãe, tendo a polícia chegado ao seu trágico fim através do computador . O criminoso enfrenta agora uma pena de 15 anos de prisão.
Em 2002, quando veio a público o caso do canibal alemão Armin Meiwes, contratado pela vítima, via internet para a matar e comer, as autoridades alemãs estimaram em 10 mil os entusiastas do canibalismo nas suas duas variantes: activa e passiva.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Governo fez em dois meses quase 500 nomeações para os gabinetes
UM GOVERNO SEM AVENTAIS NÃO TINHA PIADA
COMO PORTUGUÊS EMIGRANTE HÁ MEIO SÉCULO SINTO-ME ENVERGONHADO!
Adesão de 100% na greve dos trabalhadores consulares na Suíça
DESTAK
Três formandos terão ingressado na Escola de Polícia com certificados de habilitações literárias falsos
Três alunos do curso da Escola Prática de Polícia (EPP) terão falsificado os certificados de habilitações do 12. ano, informou hoje a Direção Nacional da PSP, que vai enviar as suspeitas para o Ministério Público.
Os documentos em causa foram apresentados durante o processo de candidatura e seleção e neste momento os três alunos visados frequentam o Curso de Agentes da PSP na EPP, estando, à semelhança dos restantes formandos, em período de férias escolares.
"A Escola Prática de Polícia teve conhecimento, por intermédio de uma unidade militar, da existência de certificados falsos. Até ao momento e após consulta de todos os processos em curso, foram detetadas irregularidades em três situações", referiu a Direção Nacional da PSP à Agência Lusa.
As autoridades solicitaram a confirmação da veracidade dos certificados de habilitações literárias "às escolas secundárias envolvidas" e foi "aberto um processo disciplinar por cada um dos casos identificados".
A Direção Nacional da PSP confirma ainda que "será dado conhecimento destas diligências, pela via oficial, ao Ministério Publico".
A Escola Prática de Polícia, situada em Torres Novas, é o único estabelecimento de ensino no país responsável pela formação e instrução de todos os agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), que após concluírem os respectivos cursos são colocados a nível nacional.
O número de cursos abertos por ano depende do número de vagas autorizadas pelo Governo, estando neste momento a decorrer um único Curso de Agentes da PSP com cerca de 900 alunos, entre eles os três suspeitos da falsificação dos documentos.
O referido curso começou no início deste ano e está previsto terminar em finais de setembro.
A entrega do certificado de habilitações literárias do 12. ano é um dos requisitos obrigatórios, entre outros, para todos os candidatos que concorrem ao Curso de Agentes da PSP.
domingo, 28 de agosto de 2011
O PRIMEIRO AMOR
Bate, bate coração...
Bate, bate coração...
O primeiro amor acontece na adolescência, mas nem sempre tem um happy end
“Bate, bate coração! Louco, louco de ilusão! A idade assim não tem valor. Crescer,vai dar tempo p'ra aprender; Vai dar jeito p'ra viver… o teu primeiro amor.”, assim cantava Carlos Paião nos anos 80 o seu sucesso “Cinderela” a propósito do amor na adolescência.
De facto, não há melhor forma de o definir. O coração começa a bater, primeiro devagarinho, depois mais depressa. Prolongam-se as horas em frente ao espelho. Os brinquedos deixam de ter graça e os ténis ganham importância nas cartas ao Pai Natal, em quem já não acreditam, mas alimentam a esperança dos pais que vivem na ilusão do “ não-cescimento”.
E se primeiro estranham os sintomas - dói-dói não é de certeza! - rapidamente se apercebem que poderá ser “aquilo” que uniu a Fiona e o Shreck no grande ecrã.
Não tem nada que enganar. É o Primeiro Amor e não tem data, hora ou local para acontecer. Aparece num ápice e num ápice voa para outras paragens.
Teresa Paula Marques, psicóloga infantil, explica o fenómeno: “Em regra o primeiro amor surge durante o período da adolescência, já que coincide com a primeira experiencia de envolvimento afectivo” e acrescenta “É muito comum que as pessoas perguntem às crianças se já têm namorado. Então recebem respostas do tipo “sim, já tenho”, ou “tenho várias”. Isso não quer dizer que exista, de facto, uma namorada, mas sim uma amiga especial com quem gostam mais de brincar, ou acham mais bonita. O surgimento da paixão só passa a ser possível na puberdade ou já na adolescência”.
Na realidade e embora não possamos precisar uma idade para os rubores começarem a surgir acompanhados de sonhos e de beijos roubados, a adolescência e a Primavera são factores que podem acelerar todo o processo.
Graziela Zlotnik Chehaibar, terapeuta familiar, refere no seu site que “Esta mudança de comportamento - das bonecas e carrinhos para os recados apaixonados - resultante do primeiro amor acontece, geralmente, entre os 9 e os 12 anos, justamente quando a cabeça e os hormonas dos pré-adolescentes estão a "fervilhar".
Pais, para que vos quero
A pesar de, na maioria dos casos, os pais relevarem o caso – a não ser que assuma posições extremas - a docente da universidade de São Paulo adverte que “o primeiro amor exerce um papel fundamental na forma como estes pré-adolescentes irão se relacionar com as pessoas no futuro”. Seja platónico ou real, os progenitores não devem abster-se desta fase de desenvolvimento do seu filho, mas também não devem mostrar demasiado envolvimento ao ponto de querer saber todos os seus segredos. Gary Chapman, autor da obra “As Cinco Linguagens do Amor das Crianças” elucida sobre esta matéria: “Assim como os adultos, os adolescentes também precisam desesperadamente de sentir que são amados. Mas comunicar essa verdade aos nossos filhos pode ser um grande desafio, porque as pessoas dão e recebem amor de formas distintas e muitas vezes conflituantes.
Pesquisas demonstram que os pais exercem a influência mais significativa na vida de um adolescente. Segundo o escritor, o amor é a porta dessa influência, enunciando assim as cinco linguagens de amor dos adolescentes : Palavras de afirmação; Toque físico; Qualidade de Tempo; Acções de serviço e Presentes. Teresa Paula Marques tem uma opinião similar: “Os pais devem desempenhar um papel de suporte emocional. Apoiar o/a jovem nesses momentos de maior tristeza, sem cair na tentação de desvalorizar o sofrimento proferindo frases do tipo “isso passa, logo arranjas outro!”. Pode até acontecer que passado pouco tempo surja outra paixão mas, naquele momento, o sofrimento é intenso e real, pelo que tem de ser respeitado”. E eis que se toca num ponto fulcral para os pais que têm dificuldade em entender o sofrimento dos filhos. Primeiro não querem que ele sofra, depois porque passam a odiar quem lhes faz sofrer e terceiro porque querem protegê-los ao máximo, sem perceber que todas estas emoções fazem parte do crescimento. Graziela Zlotnik Chehaibar revela: “O sofrimento faz parte da desilusão, principalmente na adolescência, que é a fase onde tudo é vivido com intensidade. Se mesmo com a abertura e conversa dos pais a desilusão tomar uma dimensão maior, um profissional pode ajudar no entendimento e compreensão dos sentimentos por ele vivido”.
Sofrer faz parte do crescimento
E mãe não desespere! Teresa Paula Marques sossega ao afirmar que é normal haver exageros: “ A adolescência é a fase de todos os exageros, portanto tudo é vivido muito intensamente mas também pode passar muito rapidamente. Digamos que é em tudo semelhante a um fósforo que se risca, exibe uma luz intensa e imediatamente apaga ! Habitualmente a desilusão amorosa é ultrapassada à custa de muitas lágrimas, muitos lamentos e, também, do precioso apoio dos/as amigas e dos pais.
Sinais a que se deve estar atento são alterações de rotina drásticas e a ausência de comunicação acentuada. Ou seja, descida de notas, isolamento, falta de apetite, choros compulsivos são indicativos de que um diálogo mais sério, mas sem dramas, é iaconselhável para mostrar um caminho ao seu filho, partilhando até experiências da sua própria adolescência.
Importante é não deixar traumas, pois “os primeiros amores acabam por servir um pouco de modelos para os seguintes. Se formos constantemente mal sucedidos nas nossas experiências afectivas, acabamos por criar um padrão de funcionamento que pode não ser o mais adequado, ou o que mais conduza à felicidade”.
Diz o povo que não há amor como o primeiro. Mas Teresa Paula Marques discorda: “Não concordo com este provérbio. Acho que os amores são todos diferentes e, sobretudo, são vividos de maneira diferente nas diversas fases da vida. O primeiro amor está envolto de muitas ilusões, o que nem sempre é um passaporte para a felicidade …”
Comentários
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Lu
Concordo plenamente com o que a Maria diz: eu tive um grande primeiro amor, durante anos afastamo-nos (não havia telemóveis, pois claro, e volvidos 20 anos cruzamo-nos, divorciamo-nos dos respectivos companheiros e somos imensamente felizes há 2 maravilhosos anos. NÃO HÁ AMOR COMO O PRIMEIRO. Tenho 41 anos e nunca fui tão feliz na minha vida.
Comentário enviado em 2011-03-28 às 10:45:08
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Maria
Esta Sra Psicóloga não saberá bem o que é o primeiro amor porque talvez nunca o tenha experienciado. O primeiro amor é verdadeiramente único e verdadeiramente sublime. Os restantes amores que acorrem na vida e ao longo da vida acontecem eventualmente também intensos mas nunca se assemelham ao primeiro amor porque esse, o primeiro amor, deixa marcas impregnadas na alma e um perfume intenso que resiste ao tempo porque permanece a vida inteira no coração
O primeiro amor é mesmo inesquecível?
Veja o que diz um estudo norte-americano
Um estudo da Stony Brook University, de Nova Iorque, demonstrou porque é que o primeiro amor nunca se esquece.
A razão é muito simples. com o primeiro grande sentimento de amor activam-se de forma completamente nova os circuitos neurológicos da ansiedade e do medo, que são responsáveis por uma espécie de trauma, ou seja, o cérebro é palco de uma verdadeira tempestade bioquímica que ficará marcada para sempre.
Os investigadores afirmam que esta reacção é semelhante em qualquer cultura e, durante a experiência, observaram que as áreas do cérebro que são activadas quando se mostra a fotografia do tal primeiro amor são as mesmas que regulam os mecanismos da dependência e dos desequilíbrios mentais
Estou parado no meio de uma encruzilhada,
ouço ruídos intensos de grande velocidade,
multidão sem rosto, de gente atormentada,
olhares esgazeados, respirando ansiedade,
caminham sobre nuvens, vão agrilhoados,
não sentem as algemas, é uma crueldade,
são novos escravos caminhando acorrentados,
nas mãos em concha, carregam bestialidade,
vendedores de tudo e nada, andam ocupados,
as pratas já foram em memórias de saudade,
a aliança de ouro, marca de apaixonados,
em breve será alienada numa loja da cidade,
pouco resta para oferecer, estão tão afundados,
já perderam tudo, os princípios, a dignidade,
agora são dependentes, autómatos agarrados,
prostituem o corpo em becos de clandestinidade,
a alma está negra, carregada, com sonhos castrados,
vão para a religião, para uma qualquer divindade,
multiplicam igrejas de fé, sotaques abrasileirados,
Deus parece dormir perante tanta barbaridade,
pouco importa, o que conta é sermos abençoados,
nem que seja um homem prenhe de brutalidade,
prometendo esperança em mezinhas africanizadas,
saia lá da bruma um salvador de contabilidade,
nos tire da agonia e nos transforme em regulados,
a liberdade já não conta, menos a credibilidade,
somos somente uma massa, pelotão de soldados,
comandados por generais cheios de falsidade,
buscam o poder para protegerem os afilhados,
é o tempo que corre, não há outra verdade,
tomemos consciência de que estamos tramados,
tomámos a sobrevivência em troca da felicidade.
Publicada por LUIS FERNANDES em 13:09
35 anos de democracia, 20 ministros das Finanças. A turma do funcionalismo
Publicado em 27 de Agosto de 2011
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A maioria nunca soube o que é uma empresa privada. Conheciam a carreira docente e as empresas públicas
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35 anos de democracia, 20 ministros das Finanças. E a esmagadora maioria nunca conheceu outra realidade senão a da carreira docente e o casulo quente e doce da administração pública, empresas e instituições do Estado. Praticamente todos marcados por uma experiência de grau ZERO no funcionamento de uma empresa privada, praticamente todos marcados por uma visão de funcionalismo público.
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Tivemo-los em número significativo vindos da actividade política como rampa para cargos no sector público. Alguns podem gabar-se de uma imponente experiência no ensino e investigação, especialistas nas áreas teóricas das finanças e economia, antes de iniciar o percurso na administração pública e assumir a pasta das Finanças. Uma tradição que tem o seu santo patrono naquele ilustre professor de Santa Comba Dão, que agarrou forte e feio na gestão das finanças públicas sem ter nunca que se preocupar com o percurso dos ovos que lhe trazia à mesa a dona Maria.
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Desta panóplia de teóricos, autênticas virgens poupadas às exigências cruas da economia real, destaca-se Eduardo Catroga, este sim experimentado no desporto radical que é assumir a gestão de empresas privadas.
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São conhecidos os casos daqueles que depois de abandonar os gabinetes ministeriais abraçam importantes cargos administrativos em empresas públicas e privadas. Frequentemente, a vida corre-lhes até muito bem, para a maioria a saída da actividade pública significou enriquecimento. Mas mesmo aí, nem sempre saem do âmbito das administrações de bancos e empresas ligadas ao sector público.
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São velhos hábitos adquiridos que não querem mudar.
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E é caso para nos perguntarmos se temos direito alguma vez a queixar-nos do desempenho de um ministro das Finanças, quando sabemos que nos cargos que assumiu não teve nunca que arriscar, com as decisões que tomava, a sorte própria e da família, unicamente a dos contribuintes.
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Temos sido governados por professores e funcionários públicos. Não estamos afinal tão longe do espírito que animava o sonho socialista e as economias centralizadas, onde estava tudo seguro, protegido, garantido, pelos séculos dos séculos. Para os governantes, família e amigos. Os eleitores que aguentem - estamos aqui para servir de cobaias e pára-choques.
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Veja a lista:
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Medina Carreira
I Governo Constitucional, de Mário Soares (1976)
Iniciou a carreira profissional como técnico fabril de fundição de aço. Dedicou-se à advocacia, à consultoria em empresas e à docência universitária. Negociou com o FMI um empréstimo a Portugal de 750 milhões de euros.
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Vitor Constâncio
II Governo Constitucional de Mário Soares (1978)
Foi secretário de Estado do Planeamento, nos I e II Governos Provisórios (1974-75), e do Orçamento e do Plano, no VI Governo Provisório, em 1976.
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José da Silva Lopes
III Governo Constitucional de Nobre da Costa (1978)
Iniciou a carreira no Ministério da Economia, em 1955. Em 1969 integrou o Conselho de Administração da CGD. Dirigiu o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Finanças, até 1974. Em 1975, nomeado governador do Banco de Portugal.
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Manuel Jacinto Nunes
IV Governo Constitucional de Mota Pinto (1978)
Iniciou carreira de docência em 1948. De 1968 a 1970 director do ISCEF. Vogal da Junta Nacional de Educação (1971-1974). Nomeado em 1974 governador do Banco de Portugal (Vice-
-governador desde 1960) e em 1976 administrador-geral e presidente do Conselho de Administração da CGD.
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Sousa Franco
V Governo Constitucional de Lurdes Pintasilgo (1979)
XIII Governo Constitucional de António Guterres (1995)
Actividade docente desde 1966. Jurista no Centro de Estudos Fiscais do Ministério das Finanças (1965-68 e 1974). Na direcção do Gabinete de Estudos Económicos da SACOR (1968-72) e no Conselho de Administração da Companhia Nacional de Petroquímica (1972-1974). Administrador da CGD (1974-75), presidente do Tribunal de Contas (1986-95).
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Cavaco Silva
VI Governo Constitucional de Sá Carneiro (1980)
Desde 1967 na Fundação Gulbenkian, leccionou no ISCEF até 1978. Em 1977 director do Departamento de Estatística e Estudos Económicos do Banco de Portugal. A partir de 1979 leccionou na Universidade Nova de Lisboa.
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Morais Leitão
VII Governo Constitucional de Pinto Balsemão (1981)
Admitido na Ordem dos Advogados em 1962. Director de contencioso do Banco Pinto e Sotto Mayor até 1968, e administrador-delegado da companhia de seguros Mundial Confiança, até à sua estatização, em 1975.
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João Salgueiro
VIII Governo Constitucional de Pinto Balsemão (1981)
Iniciou carreira profissional como economista do Banco de Fomento Nacional, (1959-63). Assistente e regente em Teoria Económica e Desenvolvimento Económico no ISCEF (1961-69). Preside à Junta de Investigação Científica e Tecnológica (1972-74). Vice-governador do Banco de Portugal (1974-75). Em 1981, nomeado presidente do Instituto de Investimento Estrangeiro.
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Ernâni Lopes
IX Governo Constitucional de Mário Soares (1983)
Assistente do ISCEF (1966-74), ingressou no Banco de Portugal, em 1967. No Serviço de Estatística e Estudos
Económicos do Banco de Portugal (1967-75). Aplicou o programa do FMI no país no início dos anos ‘80.
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Miguel Cadilhe
X e XI Governos Constitucionais de Cavaco Silva (1985 e 1987 )
Leccionou vários anos na Faculdade de Economia do Porto. Em 1973, ingressa no Banco Português do Atlântico, no qual viria a exercer os cargos de director do Gabinete de Estudos Económicos (1976-85).
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Miguel Beleza
XI Governo Constitucional de Cavaco Silva (1990)
Foi professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. No Banco de Portugal, como consultor (1979-87) e administrador (1987-1990).
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Braga de Macedo
XII Governo Constitucional de Cavaco Silva (1991)
Iniciou em 1976 carreira docente na Universidade Nova de Lisboa. Consultor da CIP, Banco Mundial, United States Agency for International Development e governos da Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Angola. Foi técnico do Departamento de Pesquisa do FMI (1978-79), e integrou a Comissão de Reforma Fiscal do Ministério das Finanças (1984-88).
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Eduardo Catroga
XII Governo Constitucional de Cavaco Silva (1993)
Docente no ISCEF (1968-74 e 1990). Exerce funções no sector privado desde 1967, primeiro na CUF, como director financeiro e director de planeamento, depois membro do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, (1974-75). Vice-presidente executivo da
Quimigal (1978-80). Desde 1981 administrador delegado da holding industrial Sapec, actualmente presidente do Conselho de Administração. Administrador não executivo da Nutrinveste, do Banco Finantia e de membro do Conselho Geral e de Supervisão da EDP.
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Pina Moura
XIII Governo Constitucional de António Guterres (1999)
Iniciou carreira docente no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Desde 1973 na Assembleia Nacional, abandonou a política em 2007 para assumir funções de administrador na Media Capital.
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Oliveira Martins
XIV Governo Constitucional de António Guterres (2001)
Carreira docente na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1977-85), consultor jurídico dos Ministérios das Finanças e da
Indústria e Comércio (1975-86), e director dos Serviços Jurídicos da Direcção-Geral do Tesouro. Assessor político da Casa Civil do Presidente da República, até 1991.
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Manuela Ferreira Leite
XV Governo Constitucional de Durão Barroso (2002)
Iniciou docência no ISCEF, para percorrer depois uma longa carreira em várias instituições públicas, entre outras o Banco de Portugal. Integrou ainda os órgãos de várias instituições privadas, sendo membro do Conselho Consultivo do Instituto Gulbenkian de Ciência, desde 1988, e dos Conselhos Superior e de Orientação Estratégica da Universidade Católica Portuguesa, e vogal (não executiva) do Conselho de Administração do Banco Santander Totta (2006-08).
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Bagão Félix
XVI Governo Constitucional de Santana Lopes (2004)
Foi director financeiro da Companhia de Seguros A Mundial (1973-76), membro do Conselho de Gestão da COSEC (1976-79), membro do Conselho Directivo do Instituto Nacional de Seguros (1979-80), administrador do Banco de Comércio e Indústria (1985-87), administrador (1992-93) e vice-governador (1993-94) do Banco de Portugal e director-geral do Banco Comercial Português (1994-02). Administrador de várias seguradoras do Grupo BCP (1994-00). É professor catedrático convidado da Universidade Lusíada de Lisboa (desde 2006), onde rege as disciplinas de Finanças Públicas e Ética.
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Campos e Cunha
XVII Governo Constitucional de José Sócrates (2005)
Professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, desde 1985, foi também docente na Universidade Católica. Foi director da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Vice-Governador do Banco de Portugal (1996-02).
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Fernando Teixeira dos Santos
XVII e XVIII Governos Constitucionais de José Sócrates (2005 e 2009)
Carreira académica desde 1973, desempenhou depois vários cargos directivos no sector público. De 1995 a 1999, secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do XIII Governo Constitucional.
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Vitor Gaspar
XIX Governo Constitucional de Passos Coelho
O actual ministro das Finanças foi membro suplente do Comité Monetário Europeu de 1989 e 1998 e membro do Gabinete de Consultores Políticos da Comissão Europeia de 2005 a 2006. Foi conselheiro especial do Banco de Portugal e director-geral da área de investigação do Banco Central Europeu de (1998-04). Também foi director de Investigação e Estatísticas do Departamento do Banco de Portugal e director de Estudos Económicos do Ministério das Finanças.
Posted by Jose Martin