13 de setembro de 2011, 12:41
Lisboa, 13 set (Lusa) -- Um dos advogados dos manifestantes angolanos condenados segunda-feira a prisão efetiva apontou hoje várias falhas no julgamento dos jovens, adiantando que vai levar o caso à Comissão de Direitos Humanos da União Africana (UA).
"A sentença não foi clara. As ofensas corporais são um crime mais grave do que a desobediência a uma ordem das autoridades e o juiz, para a desobediência à autoridade deu dois meses de prisão, e para as ofensas corporais deu um mês. É absurdo", disse à Agência Lusa David Mendes, um dos advogados de defesa dos manifestantes, adiantando que o juiz foi alvo de grande pressão política durante o julgamento sumário, que decorreu ao longo da semana passada.
Dezoito dos 21 manifestantes detidos a 03 de setembro durante uma manifestação contra o presidente José Eduardo dos Santos em Luanda que foram levados a julgamento foram condenados a penas de prisão efetiva entre 45 e 90 dias, tendo os restantes três sido absolvidos.
Angola: manifestantes condenados a penas entre 45 e 90 dias
Apenas três dos manifestantes detidos no início do mês foram absolvidos. Os restantes jovens foram condenados a penas entre os 45 e os 90 dias de prisão.
Lusa 23:50 Segunda feira, 12 de setembro de 2011 |
A maioria dos 21 jovens manifestantes detidos a 3 de setembro foi hoje condenada com penas que vão de 45 a 90 dias de prisão efetiva, com três a serem absolvidos.
Casimiro Carbono, um dos principais organizadores da manifestação, foi um dos cinco condenados a três meses de prisão efetiva.
A sentença lida pelo juiz ditou ainda a absolvição de três arguidos, entre os quais, Ermelinda Freitas, a única mulher do grupo, pertencente ao Bloco Democrático.
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