quarta-feira, 28 de setembro de 2011



Opiniao



SALAZAR


Publicada em 27/09/2011

Comentário ao artigo publicado em 25 de setembro no jornal O GIRASSOL, assinado por José Romero Cardoso




Convém antes do mais, para melhor compreensão dos leitores, fazer um pouco de
história, para que sejam enquadrados no período em causa, os procedimentos e a
necessidade da existência deste tipo de estabelecimento prisional.

António de Oliveira Salazar, com abnegação, serenidade e equilíbrio, pensou a Nação numa
elite de princípios racionais e no momento próprio quebrou um ciclo e reduziu a Nação ao
seguinte pensamento:
"Tudo pela Nação, nada contra a Nação!"
Na agitação do seu tempo, soube gerir os reflexos da 1ª Guerra Mundial, as
consequências da 1ª República, as expectativas sobre o que surgisse da Guerra Civil
Espanhola, a neutralidade na 2ª Guerra Mundial e a defesa intransigente dos Territórios
Portugueses Ultramarinos.

Sempre que estivesse em causa a soberania de Portugal, Salazar impunha-se pela força
da razão, ainda que para isso, tivesse que impor a razão pela força, sempre que as
circunstâncias o aconselhassem e delas retirasse como única finalidade, a defesa de todo
o território e o bem-estar ou a vida dos portugueses.

É célebre a frase: PARA ANGOLA, RAPIDAMENTE E EM FORÇA!
E porque foi proferida? Porque desde 1961 grupos TERRORISTAS vindos do Norte de
Angola a coberto de interesses internacionais, massacraram populações, negros e brancos,
quebrando a serenidade do habitual viver que se fazia sentir entre os brancos idos do
Continente e os autóctones. De frisar, que esses TERRORISTAS, na sua maioria estranhos
à população angolana, tinham como missão aterrorizar as populações negras para obrigá-las
a revoltarem-se contra a população branca.

Salazar não podia permitir em qualquer parcela do território português espalhado pelo
mundo, que à quebra da ordem, não fosse reposta a paz. Estava em causa a vida de
portugueses!

Salazar, havia inscrito os princípios que interessavam à existência da vida colectiva, na
Constituição Política de 1933, definindo o espírito, a forma e os objectivos do Estado,
garantindo a independência e soberania sobre o território português, espalhado pela Europa,
África Ocidental, África Oriental, Ásia e Oceânia. Sobrepondo ao Estado os princípios da
moral e do direito, REDUZIU-O À IMPOSSIBILIDADE DE TENTAÇÕES
TOTALITÁRIAS. Tinha da NAÇÃO o entendimento de UNIDADE UNA E
INDIVISÍVEL, e em defesa dela, com a Constituição promulgou o Acto Colonial, pelo qual
se cruzavam os INTERESSES PÁTRIOS DE AQUÉM E ALÉM-MAR.

Salazar dotou a Nação de uma doutrina. A Nação passou a ter uma política de
identidade. Assentou na Trilogia Deus, Pátria, Família, e defendeu uma PÁTRIA UNA,
ETERNA, MULTIRRACIAL E PLURICONTINENTAL.

Quanto ao "colonialismo português", é de referir que de facto foi totalmente diferente de
todos os colonialismos que se deram por esse mundo fora. Enquanto a prática era a de
subjugar os povos pela força e extrair dos seus territórios a riqueza possível, Portugal,
ao contrário, estabeleceu junto dos povos uma vivência salutar, evangelizou e cruzou as
raças. Teria como finalidade, e estava nos objectivos de Salazar, dar a autodeterminação,
quando aos naturais fosse reconhecida a emancipação necessária ao
governo de cada uma das nações que daí surgiriam.

Esse processo estava a tornar-se tanto mais lento quanto a dificuldade com que se
deparava o governo português por via do TERRORISMO perpetrado por esses
mercenários a soldo. E se até 1961 havia paz em Angola, com o surgimento do
terrorismo, nessa data, tinha o governo português que tomar as medidas equivalentes,
proporcionais e necessárias para a defesa das populações e integridade da Nação.
Tornou-se imperativo fazer frente a esses assassinos e enquadrá-los.

Não é pois de estranhar que tenham surgido estabelecimentos prisionais e reaberto
outros. O de S. Nicolau foi apenas um entre vários. Mas note-se que nessa cadeia,
existem hoje mais presos do que na altura em que se deu o golpe criminoso de Abril.

Ninguém contesta o facto de que um "Estado para ser forte não tem que ser violento",
mas na presença da violência deve exercer-se uma postura implacável. Todos os "S.
Nicolau", serviram, à época, para recuperar os insurrectos, e esse estabelecimento
concretamente, teve o seu apogeu a partir de 1968, altura em "o sanguinário regime
Salazarista" (como é dito no artigo) já não existia. Portugal vivia o fim do regime, com
a presidência do Prof. Marcelo Caetano, que desde aquela data impôs a Portugal uma
comissão liquidatária cuja finalidade foi o abandono das Províncias Ultramarinas. Foi o
holocausto. Mais de dois milhões de pessoas pereceram às mãos dos chamados
nacionalistas.

Depois, comparar o Estado Novo de Salazar com o nacional-socialismo / nazismo
alemão ou o fascismo italiano, é exercício sobejamente gasto, uma vez que o regime
autoritário português em nada teve que ver com os regimes totalitários que grassavam
pela Europa. E poderíamos falar também nas ditaduras vermelhas!

Quando é dito que "o campo de concentração de São Nicolau foi, indubitavelmente,
umas das piores marcas do sanguinário regime Salazarista no continente africano",
recuso-me a concordar com tão desprovido fundamento histórico. Portugal vivia em
paz, até aos MASSACRES TERRORISTAS que serviam apenas os interesses
internacionais. Nunca serviram os interesses dos povos africanos. E se violência gera
violência, então poderiam esses mercenários e afins, ter sido abatidos em vez de presos.
Pergunto: Vivem hoje os angolanos em liberdade? Vejam o que se passa hoje em dia o
que é transmitido pelas televisões.

Caro amigo, discernir a obra de Salazar, obedece a um "apenas" gradativo processo de
amadurecimento. Não requer conhecimentos científicos; apenas disponibilidade
intelectual e predisposição ao entendimento, que se situa na convergência do razoável e
do necessário!

Mais dignamente o faríamos, se à obra positiva por ele desenvolvida em prol da Nação,
correspondesse igual reconhecimento, em detrimento da mesquinhez e da ignorância
que o acusa, e da má-fé que o combate.


Com os meus cordiais cumprimentos,

João Gomes
Salazar – O Obreiro da Pátria
www.oliveirasalazar.org

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