Comentário ao artigo publicado em 25 de setembro no jornal O GIRASSOL, assinado por José Romero Cardoso
Convém antes do mais, para melhor compreensão dos leitores, fazer um pouco de história, para que sejam enquadrados no período em causa, os procedimentos e a necessidade da existência deste tipo de estabelecimento prisional.
António de Oliveira Salazar, com abnegação, serenidade e equilíbrio, pensou a Nação numa elite de princípios racionais e no momento próprio quebrou um ciclo e reduziu a Nação ao seguinte pensamento: "Tudo pela Nação, nada contra a Nação!" Na agitação do seu tempo, soube gerir os reflexos da 1ª Guerra Mundial, as consequências da 1ª República, as expectativas sobre o que surgisse da Guerra Civil Espanhola, a neutralidade na 2ª Guerra Mundial e a defesa intransigente dos Territórios Portugueses Ultramarinos.
Sempre que estivesse em causa a soberania de Portugal, Salazar impunha-se pela força da razão, ainda que para isso, tivesse que impor a razão pela força, sempre que as circunstâncias o aconselhassem e delas retirasse como única finalidade, a defesa de todo o território e o bem-estar ou a vida dos portugueses.
É célebre a frase: PARA ANGOLA, RAPIDAMENTE E EM FORÇA! E porque foi proferida? Porque desde 1961 grupos TERRORISTAS vindos do Norte de Angola a coberto de interesses internacionais, massacraram populações, negros e brancos, quebrando a serenidade do habitual viver que se fazia sentir entre os brancos idos do Continente e os autóctones. De frisar, que esses TERRORISTAS, na sua maioria estranhos à população angolana, tinham como missão aterrorizar as populações negras para obrigá-las a revoltarem-se contra a população branca.
Salazar não podia permitir em qualquer parcela do território português espalhado pelo mundo, que à quebra da ordem, não fosse reposta a paz. Estava em causa a vida de portugueses!
Salazar, havia inscrito os princípios que interessavam à existência da vida colectiva, na Constituição Política de 1933, definindo o espírito, a forma e os objectivos do Estado, garantindo a independência e soberania sobre o território português, espalhado pela Europa, África Ocidental, África Oriental, Ásia e Oceânia. Sobrepondo ao Estado os princípios da moral e do direito, REDUZIU-O À IMPOSSIBILIDADE DE TENTAÇÕES TOTALITÁRIAS. Tinha da NAÇÃO o entendimento de UNIDADE UNA E INDIVISÍVEL, e em defesa dela, com a Constituição promulgou o Acto Colonial, pelo qual se cruzavam os INTERESSES PÁTRIOS DE AQUÉM E ALÉM-MAR.
Salazar dotou a Nação de uma doutrina. A Nação passou a ter uma política de identidade. Assentou na Trilogia Deus, Pátria, Família, e defendeu uma PÁTRIA UNA, ETERNA, MULTIRRACIAL E PLURICONTINENTAL.
Quanto ao "colonialismo português", é de referir que de facto foi totalmente diferente de todos os colonialismos que se deram por esse mundo fora. Enquanto a prática era a de subjugar os povos pela força e extrair dos seus territórios a riqueza possível, Portugal, ao contrário, estabeleceu junto dos povos uma vivência salutar, evangelizou e cruzou as raças. Teria como finalidade, e estava nos objectivos de Salazar, dar a autodeterminação, quando aos naturais fosse reconhecida a emancipação necessária ao governo de cada uma das nações que daí surgiriam.
Esse processo estava a tornar-se tanto mais lento quanto a dificuldade com que se deparava o governo português por via do TERRORISMO perpetrado por esses mercenários a soldo. E se até 1961 havia paz em Angola, com o surgimento do terrorismo, nessa data, tinha o governo português que tomar as medidas equivalentes, proporcionais e necessárias para a defesa das populações e integridade da Nação. Tornou-se imperativo fazer frente a esses assassinos e enquadrá-los.
Não é pois de estranhar que tenham surgido estabelecimentos prisionais e reaberto outros. O de S. Nicolau foi apenas um entre vários. Mas note-se que nessa cadeia, existem hoje mais presos do que na altura em que se deu o golpe criminoso de Abril.
Ninguém contesta o facto de que um "Estado para ser forte não tem que ser violento", mas na presença da violência deve exercer-se uma postura implacável. Todos os "S. Nicolau", serviram, à época, para recuperar os insurrectos, e esse estabelecimento concretamente, teve o seu apogeu a partir de 1968, altura em "o sanguinário regime Salazarista" (como é dito no artigo) já não existia. Portugal vivia o fim do regime, com a presidência do Prof. Marcelo Caetano, que desde aquela data impôs a Portugal uma comissão liquidatária cuja finalidade foi o abandono das Províncias Ultramarinas. Foi o holocausto. Mais de dois milhões de pessoas pereceram às mãos dos chamados nacionalistas.
Depois, comparar o Estado Novo de Salazar com o nacional-socialismo / nazismo alemão ou o fascismo italiano, é exercício sobejamente gasto, uma vez que o regime autoritário português em nada teve que ver com os regimes totalitários que grassavam pela Europa. E poderíamos falar também nas ditaduras vermelhas!
Quando é dito que "o campo de concentração de São Nicolau foi, indubitavelmente, umas das piores marcas do sanguinário regime Salazarista no continente africano", recuso-me a concordar com tão desprovido fundamento histórico. Portugal vivia em paz, até aos MASSACRES TERRORISTAS que serviam apenas os interesses internacionais. Nunca serviram os interesses dos povos africanos. E se violência gera violência, então poderiam esses mercenários e afins, ter sido abatidos em vez de presos. Pergunto: Vivem hoje os angolanos em liberdade? Vejam o que se passa hoje em dia o que é transmitido pelas televisões.
Caro amigo, discernir a obra de Salazar, obedece a um "apenas" gradativo processo de amadurecimento. Não requer conhecimentos científicos; apenas disponibilidade intelectual e predisposição ao entendimento, que se situa na convergência do razoável e do necessário!
Mais dignamente o faríamos, se à obra positiva por ele desenvolvida em prol da Nação, correspondesse igual reconhecimento, em detrimento da mesquinhez e da ignorância que o acusa, e da má-fé que o combate.
Com os meus cordiais cumprimentos,
João Gomes Salazar – O Obreiro da Pátria www.oliveirasalazar.org
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