Duarte Lima e o filho detidos
(Domingos Duarte Lima e o filho Pedro foram hoje detidos na sua casa, em Lisboa, que está a ser alvo de buscas.
Segundo o SOL apurou, o advogado e ex-deputado do PSD e o filho foram constituídos arguidos por crimes de burla, branqueamento de capitais e fraude fiscal, no âmbito da investigação ao caso BPN, que decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), sob a coordenação do procurador Rosário Teixeira.
Em causa está um negócio de terrenos em Oeiras, em 2007, que foi financiado pelo BPN e em que o banco saiu lesado em mais de 40 milhões de euros. O financiamento destinava-se à construção de um complexo habitacional numa zona que chegou a ser equacionada para o novo edifício do Instituto Português de Oncologia de Lisboa.
A detenção de Duarte Lima foi solicitada pelo DCIAP e validada pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, Carlos Alexandre. Duarte Lima deverá em breve ser sujeito a interrogatório.
Quando se esperava que o advogado fosse detido pelo crime de homicídio cometido no Brasil, estando por lá indigitado como o principal suspeito, o PGR, pretendendo mostrar serviço, decreta a sua detenção por suspeitas de crime ligado ao BPN, juntamente com seu filho.
Será que haverá outras suspeitas, como a implicação de seu filho no crime cometido no Brasil?
Se há, porque não fizem nada? Será esse assunto, mais que divulgado na televisão, considerado «segredo de Estado ou de Justiça?»
Todos sabemos haver muitas «histórias mal contadas em Portugal». Será a deste homem mais uma delas?
E, já agora, porque permitem que mantenha a liberdade Dias Loureiro e outros também implicados no caso do BPN?
Tenho a sensação de que além de alguma coisa não bater certo, que há demasiados «protegidos» em Portugal que deveriam estar na cadeia e andam em liberdade a gozar do panorama.
De modo algum defendo Duarte Lima ou seu filho, mas existe um mandado de captura internacional emitido por um juíz brasileiro que deveria merecer mais atenção das autoridades portuguesas.
Sem comentários:
Enviar um comentário