AGENTES DE EXECUÇÃO E PENHORAS BURLAM ESTADO E DEVEDORES EM MILHÕES DE EUROS
aproveitando-se da confusão da crise, estes agentes ficam com parte dos bens recebidos ou apreendidos "legalmente"
Em apenas um ano, as queixas apresentadas contra os agentes de execução quase quadruplicaram. Há dezenas de agentes de execuções suspeitos da prática de crimes. Os casos mais frequentes são de peculato e branqueamento de capitais: apropriam-se de dinheiro que recebem de devedores e, em vez de o entregarem aos credores, "lavam" as verbas obtidas e apagam os vestígios da burla. Vinte desses encontram-se suspensos e dois foram afastados daquela actividade. Ao Diário de Notícias, a presidente da Comissão para a Eficácia das Execuções, Paula Meira Lourenço, pede que lhe seja confiada uma equipa de investigação criminal para este casos. Este ano já houve mais de 1500 queixas contra agentes - no ano passado ficaram-se pelas 409, e em 2009 não foram além de 71. Em Portugal existem cerca de 900 agentes de execuções. Neste momento encontram-se pendentes 1,2 milhões de acções executivas.
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