Sócrates, mais do que não ter sido reeleito, foi expulso pelo país, nele incluído os militantes socialistas que não recusaram a realidade, votando contra ou abstendo-se. No decorrer dos anos em que utilizou os recursos mais baixos a que um governante pode recorrer - dividir os governados, para maior impunidade da sua incompetência, ignorância e falta de estofo humano -, Portugal, do mesmo modo que com Salazar (émulo subconsciente do seu agir), atrasou-se décadas, até porque o analfabetismo que o Estado promoveu sob a sua batuta será um escolho de enormíssima dimensão. E o Partido Socialista, esse, sai quase moribundo, como acontece, inevitavelmente, a uma organização política que se deixa tomar por aventureiros.
Passos Coelho ganhou, iniciando uma nova forma de ser político em Portugal: dizendo o que julga ser verdade, mesmo que impopular; declarar o que pensa, mesmo que polémico e perigoso para a captação de votos; ser simples e cortês na postura e no modo de falar. Já não é mau. Do que virá a fazer, ver-se-á, como é evidente.
Paulo Portas foi premiado pelo rigor com que dirigiu os trabalhos, no partido e na Assembleia. O país gostou da coerência e da competência demonstradas. Do que fará agora, em mais do que previsível coligação com o PSD, é o que se verá também.
A esquerda perdeu. Hoje, não passa de (mau) folclore. E os portugueses cada vez mais se perguntam sobre quem é que paga as farras.
Acabei de ouvir na tv que parece confirmar-se a demissão de José Sócrates. E a sua demissão, pelo que a gerou e pelo que representa, envergonha o próprio país.
Volto amanhã.
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