terça-feira, 17 de janeiro de 2012

1 700 nomeações em sete meses. Pode ser de outra maneira?

por Luis Moreira às 17:30

E faltam todas as que vão ser feitas para os lugares de topo nas empresas públicas cujas administrações estão agora a terminar o mandato. Normalmente, entregam as contas, reúnem em Assembleia Geral e nomeiam os novos corpos gerentes.

Passos esforça-se por mostrar que reconduziu muita gente mas a verdade é que só em assessores júniores, isto é, com idade à volta dos 28 anos, foram admitidos em grande número e a ganharem acima dos 3 000 euros. Pode ser de outra maneira?

Há lugares que são preenchidos por confiança política, mas há outros que deveriam ser por mérito. Nas empresas, nos hospitais, percebe-se muito mal que gente sem curriculum em gestão , entre directamente para o topo da administração. Espera-se o quê? Que as empresas e os hospitais sejam bem administrados?

A administração pública é o que é, um monstro que anda ao "ralenti" e ao sabor dos sindicatos, por causa disso, para se fugir ao "entupimento", criaram-se, paralelamente, institutos, empresas e fundações. Veja-se como a oposição, PCP, BE e uma fracção importante do PS não quer aligeirar o estado. Não querem um estado regulador, financiador, mantendo nas mãos o que é importante e deixar para a sociedade civil o resto. São os mesmos que se queixam que há muitas nomeações como já acusaram todos os PM anteriores. Pois se esta gente dos partidos querem um estado monopolista, a ser dono das escolas, dos hospitais, da água , da luz, dos comboios, dos Portos, da TAP, dos aeroportos... vêm depois acusar o elevado número de nomeações do partido que está no poder? E isto serve para todos!

Esperam que o governo nomeie os seus oposicionistas boys e girls ? As nomeações correspondem ao Estado gigantesco que nos empobrece desde Salazar

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