quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012


O JORNALISTA JOÃO SEVERINO:

"MILITARES JÁ CONTAM AS ESPINGARDAS"







> Quem procurar aqui no PPTAO o que foi dito sobre o descontentamento dos militares portugueses perante as medidas dos governantes nos últimos seis anos não ficará surpreendido com tudo o que acontece nos dias de hoje. Sempre alertámos, desde a primeira hora, para as reuniões clandestinas entre militares, e sempre salientámos que a situação poderia chegar ao caos.
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Quando Otelo Saraiva de Carvalho proferiu recentemente afirmações contundentes, os velhos do Restelo repudiaram ou criticaram.
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Antes pelo contrário, deviam ter-se interrogado sobre "qual é o recado que o tipo está a dar?".
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A verdade é que no seio das Fprças Armadas chegou-se a uma situação de causa-efeito no sentido mais preocupante quanto à possibilidade de ser tomada uma posição de força.

Alguns políticos de meia-tijela vão sempre afirmando que "não há qualquer problema, os gajos já não têm força nenhuma, nem dinheiro têm para andar com as chaimites, submarinos ou aviões".
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Fiem-se na virgem e não corram. Acontece que a surpresa pode registar-se quando menos se espera. Dos quartéis para o exterior e com tomada efectiva do poder.
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Há uma particularidade que os políticos têm desprezado: os pobres têm familiares militares. Os desempregados têm militares na família. Há sem-abrigos que são vistos diariamente por militares.
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Há casais que ficaram sem casa e sem escola para os filhos que são familiares de militares. Há agricultores sem dinheiro para o cultivo que são familiares de militares.
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Tudo o que se passa neste país falido e desgraçado é sentido pelos militares. E eles avisaram por diversas vezes. Os militares têm conhecimento cabal do pântana em que caiu Portugal.
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Actualmente, decorrem reuniões no sentido de se contar espingardas quanto à cor política dos próprios militares e a divisão de armas está a ter apenas dois vectores: os que apoiam uma ditadura e os democratas. Um conselho aos políticos: não brinquem mais com os militares.

© jes

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