Triplo homicídio em Beja
Suspeito de triplo homicídio morreu enforcado com lençóis na prisão
Francisco Esperança, suspeito de ter assassinado a mulher, a filha e a neta em Beja, com uma catana, suicidou-se durante a noite na cela do Estabelecimento Prisional de Lisboa, para onde tinha sido transferido na quinta-feira. O suspeito enforcou-se com lençóis, indica fonte policial.
Imagem: LUSA/NUNO VEIGA
O homem suspeito de ter assassinado a mulher, a filha e a neta, em Beja, foi hoje encontrado morto na cela onde estava detido no Estabelecimento Prisional de Lisboa, disse à agência Lusa fonte da PSP.
Segundo a mesma fonte, o homem “enforcou-se com os lençóis da sua cela entre as 22h00 [de quinta-feira] e a 01h00 [de hoje]”.
Fonte da PSP indicou igualmente que o homem foi encontrado morto já perto das 02h00.
Francisco Esperança, um antigo bancário de Beja de 59 anos, foi detido por suspeita de ter assassinado à catanada a mulher, a neta e a filha e mantido os corpos em casa durante uma semana.
Detido em Beja, foi transferido na quinta-feira para uma prisão de Lisboa, porque as autoridades tinham receio de que os outros detidos se vingassem.
O homem, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhou, incorria numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três crimes de homicídio.
Em cúmulo jurídico, o alegado homicida nunca poderia ser condenado a pena que ultrapasse os 25 anos de prisão.
O alegado homicida foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, sem oferecer resistência.
Após a detenção, elementos da PSP entraram na casa, na rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro, cujos funerais foram realizados na quarta-feira.
Fontes policiais avançaram que os crimes terão sido cometidos há cerca de uma semana e que o alegado autor do triplo homicídio também "matou todos os animais" domésticos que tinha em casa, nomeadamente um cão e um gato.
As fontes confirmaram à Lusa que as vítimas foram degoladas com "golpes profundos" na zona do pescoço.
Segundo as mesmas fontes, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente "uma vida normal", uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade.
Advogada oficiosa pediu dispensa
Na quinta-feira, a advogada oficiosa nomeada para defender o homem de 59 anos pediu a dispensa de exercer a defesa do alegado homicida. Gabriela Prazeres não adiantou os motivos para a sua decisão, justificou a opção com "razões sigilosas e que estão ao abrigo do segredo profissional".
A advogada assistiu na quarta-feira ao interrogatório do suspeito pelo juiz de instrução criminal, no Tribunal de Beja, que lhe decretou a prisão preventiva.
Notícia em atualização
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