terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Tuesday, 21 February 2012

37 ANOS DE PS E PSD, MAIS OS AMANHÃS QUE CANTADO PELOS COMUNISTAS CONDUZIRAM O PAÍS À SITUAÇÃO DE BANCARROTA


Endividamento: Sector privado com débitos da ordem dos 280% do PIB
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Devemos nove resgates da troika
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O Estado, as empresas e os cidadãos portugueses devem 715 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Banco de Portugal (BdP), que dedica um capítulo detalhado ao endividamento do País no seu Boletim Estatístico.
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A dívida nacional, com excepção do sector financeiro, equivale assim a cerca de nove programas de ajuda externa, pois o empréstimo da troika é de 78 mil milhões de euros.
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A dívida total do sector não financeiro nacional corresponde a 418 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), o que significa que seria preciso reunir toda a riqueza nacional produzida ao longo de mais de quatro anos para pagar todas as dívidas que o País contraiu até 31 de Dezembro de 2011. Só o sector privado é responsável por uma dívida de 479 mil milhões de euros, 280 por cento do PIB.
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As empresas privadas aparecem como o sector nacional com maior endividamento, com empréstimos no valor de cerca de 304 mil milhões de euros, de onde se destacam firmas da construção e do imobiliário. Tendo em conta a dimensão, as mais endividadas são as pequenas empresas – um universo total de 321 –, que têm uma dívida de 81,5 mil milhões de euros. Já as cerca de mil grandes empresas nacionais têm uma dívida de 72,2 mil milhões de euros, segundo o BdP.
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O sector público, por seu turno, apresenta um endividamento de 236 mil milhões de euros, 138% do PIB. Segundo os dados divulgados, a Administração Central é responsável por empréstimos da ordem dos 196,6 mil milhões de euros, concentrados em títulos de dívida, mais de metade dos quais detidos por estrangeiros.
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No contexto do Estado, destaca-se a evolução do endividamento das empresas públicas, que aumenta 2,8 mil milhões num só ano, chegando ao final de 2011 com uma dívida de 46,1 mil milhões de euros. O agravamento está bem patente quando se recua até 2007, a uma dívida que se fixava em 29,2 mil milhões de euros, revelando-se assim um aumento de 57,5 por cento.

123 MIL MILHÕES PARA HABITAÇÃO

Os portugueses devem mais de 175 mil milhões de euros, dos quais perto de 123 mil milhões dizem respeito a pedidos de empréstimo para a compra de casa, ou seja, 70 por cento do total. As dívidas dos particulares correspondem a 102 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), um pouco menos do que em 2010.
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PS E UGT PEDEM MAIS TEMPO PARA PAGAR EMPRÉSTIMO
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A UGT, pela voz do seu secretário-geral, João Proença, assinalou ontem a abertura por parte da troika para estudar o alargamento do prazo de pagamento do empréstimo de 78 mil milhões de euros, justificado pelos recentes números do desemprego. Já o PS ficou com uma ideia diferente e critica a inflexibilidade do FMI, do BCE e da Comissão Europeia.
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Os socialistas assumiram "pontos divergentes" com a equipa de monitorização da ajuda. Mais: ficou claro que a reunião foi dura e para o líder socialista, António José Seguro, sendo claras as divergências no "processo de consolidação das contas públicas e particularmente quanto à prioridade". Ou seja, sem margem para flexibilizar prazos e acrescentar mais um ano no plano de pagamentos, de 2013 para 2014.
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Contra aquilo que considerou serem doses excessivas de austeridade, Seguro avisou ainda que o PS não abdicará da defesa do crescimento económico e do emprego.
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Outro dos caminhos apresentados à troika pelo PS foi o de reajustar os 12 mil milhões de euros da ajuda externa que se destinam exclusivamente à Banca.
Os socialistas querem que esse envelope financeiro sirva também para as empresas ou para pagamento de dívidas do Estado aos fornecedores.

ESTADO DEVE PAGAR A HORAS

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos recusou, em entrevista à Lusa, que haja necessidade de os bancos aumentarem o crédito às empresas, considerando que a melhor forma de financiar a economia é o pagamento a horas pelo Estado. "Eu penso que não podemos financiar mais a economia", disse António de Sousa.

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