quinta-feira, 1 de março de 2012

Militares realizam hoje "passeio contra as injustiças" em Lisboa

Os militares da GNR vão marchar hoje em Lisboa contra o novo regime remuneratório, a extinção do subsistema de saúde da GNR e os problemas relacionados com a passagem à reforma. Os militares da GNR vão marchar hoje em Lisboa contra o novo regime remuneratório, a extinção do subsistema de saúde da GNR e os problemas relacionados com a passagem à reforma.

Na origem do protesto, promovido pela Associação dos Profissionais da Guarda (APG) e Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG), está a forma como foi aplicado o novo regime remuneratório, a anunciada extinção do subsistema de saúde da GNR e os problemas relacionados com a passagem à reforma.

"É um passeio dos militares da GNR que estão descontentes com estas três questões e que atualmente criam um grande mal-estar e as pessoas andam muito descontentes com esta situação", disse à agência Lusa o presidente da ANSG.

José O´Neill adiantou que é um problema "transversal a todas as categorias na GNR".

As duas associações esperam uma grande adesão dos militares ao "passeio", que vai começar no Largo de Camões e terminar no Cais das Colunas, junto ao Ministério da Administração Interna.

O vice-presidente da APG, César Nogueira, afirmou à Lusa que o sistema remuneratório, que entrou em vigor em 2010, mas só foi aplicado à totalidade dos militares no final do ano passado, está a criar "injustiças", uma vez que não foram pagos retroativos e há profissionais com 10 anos de serviços que estão a auferir o mesmo salário de outros com um ou dois anos de trabalho.

Os militares estão também contra o fim do sistema de saúde na GNR, considerando César Nogueira que a profissão é de risco e atualmente são cada vez mais os agentes feridos em serviço.

Outro dos problemas relaciona-se com a reforma, uma vez que os militares que passaram à reserva ao abrigo do novo estatuto não sabem em que condições vão entrar no sistema de pensões daqui a cinco anos.

As duas associações dizem ainda que já pediram uma reunião ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, mas ainda não obtiveram qualquer resposta. No final da marcha de protesto, a APG e ANSG pretendem entregar um documento no Ministério da Administração Interna.

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