Ordem dos Médicos acusa ministro de "frieza"
01/06/2012 - 15:36
O Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) acusou esta sexta-feira o ministro da Saúde de “insensibilidade social”, “frieza” e de ter “objectivos financeiros” e anunciou uma futura concertação com o Sindicato dos Médicos para defender doentes, avança a agência Lusa.
“A insensibilidade social, a frieza que este ministro da Saúde tem demonstrado para com os problemas dos doentes levam-nos a apelar a todos os portugueses para uma indignação cívica colectiva em defesa dos doentes, porque não é possível continuar a penalizar os doentes pela crise do país”, declarou esta sexta-feira o bastonário da Ordem dos Médicos, numa conferencia de imprensa, no Porto.
O bastonário pediu aos portugueses “para que não permitam que este ministro [da Saúde] continue a ser frio e insensível com os problemas dos doentes, e continue a destruir a estrutura do Sistema Nacional de Saúde”.
Segundo José Manuel Silva, a OM e o Sindicato dos Médicos vão reunir-se para a semana para concertar posições.
“Iremos defender os doentes e o direito a terem acesso a médicos de qualidade, o que não acontece com esta portaria em que o único critério é o mais baixo preço, mercantilizando completamente um bem essencial a cada cidadão português, que é a saúde”.
A portaria 11/2012, que entra esta sexta-feira em vigor, obriga o médico a passar a receita pela substância activa do medicamento e não pela marca, mas a OM já anunciou esta sexta-feira que vai avançar com uma providência cautelar para a suspender.
A providência cautelar vai dar entrada o “mais brevemente possível”, disse o bastonário, estimando que tal aconteça para a semana.
“Maquiavélica”, “frágil” e “prejudicial” são alguns dos adjectivos com que o bastonário da OM classificou esta sexta-feira a portaria que obriga os médicos a prescreverem a receita pela substância activa do medicamento e não pela marca.
O bastonário lamenta que o ministro da Saúde trabalhe por “objectivos financeiros” e desafia Paulo Macedo para um debate público sobre a política do medicamento, ironizando que “há mais Saúde para além da Troika” e que “quem não deve não teme”.
“Porque estamos à vontade nas nossas posições, desafiamos o senhor ministro para um debate sobre a política do medicamento. A Ordem dos Médicos vai elaborar um folheto para distribuir aos doentes a explicar o desastre da política do medicamento deste ministro da Saúde, das consequências gravosas que pode ter para a saúde dos doentes e a incoerência com a defesa dos doentes, e [a OM] irá intentar uma providência cautelar para suspensão desta portaria, nomeadamente por causa do seu período transitório”.
Os médicos passam, a partir de esta sexta-feira, a ter de prescrever os medicamentos pelo seu princípio activo, as farmácias a ter de vender os medicamentos mais baratos e os utentes a poderem escolher a marca que quiserem.
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