Pátria que fui incumbido de defender
Aditamento de Manuel Amaro Bernardo (Cor. Ref. N.º Mec 514 030 11)
1.Este oficial general da Marinha tem toda a razão quando diz que “uns são filhos e outros enteados”.
Então como se pode explicar que outros profissionais do Estado não vejam os seus subsídios de Natal e de Férias cortados, como é o caso dos funcionários do Banco de Portugal?
Os elementos desta instituição responsável (ou co-responsável) pela falta de controle da dívida pública e das contas do Estado que levou à deprimente situação actual de Portugal ainda recebem esse bónus pela incompetência manifestada?
Parece que Sua Ex.ª o Presidente da República tem algum complexo por ser pensionista de tal organismo…
2.Eu pertenço a uma geração de militares (72/80 anos de idade) que fez toda a guerra de África durante 14 anos (1961-74), cumprindo quatro comissões por escala (imposição) de dois anos cada. Assim a saúde depauperada resultante de tal experiência passa a fazer-se sentir. Ainda na semana passada acompanhei os funerais de quatro amigos oficiais ex-combatentes (3 do QP e um miliciano) na maioria DFA (Deficientes das Forças Armadas)…
Mas não é o “apertar do cinto”, com todas estas medidas restritivas impostas que afectam sobremaneira os militares profissionais, habituados a enfrentar períodos críticos e difíceis. O que mais os escandaliza são as injustiças praticadas com a implementação de tais excepções a determinados grupos ou instituições, como o referido em 1. Em países da União Europeia têm-se visto os responsáveis políticos darem o exemplo em relação a tais medidas incómodas. Espero que aqui aconteça o mesmo e que não permitam qualquer tipo de excepções, seja a quem for. Julgo que ainda estão a tempo de corrigirem os erros cometidos…
Aliás foram as injustiças então existentes e a resolução do conflito ultramarino que levou a instituição militar a montar uma democracia em Portugal em 1974/75 (plena a partir de 1982) e, de acordo com a Constituição, lembra-se que essas FAs são, em situação de crise extrema, os responsáveis por manter o “regular funcionamento das instituições democráticas”
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