sábado, 20 de outubro de 2012







Posted: 19 Oct 2012 03:01 AM PDT
Afinal qual o intuito de o FMI declarar que a austeridade imposta padecia de um erro de cálculo, se os nossos governantes se divertem a prosseguir no erro? Será para mostrarem à Europa e ao mundo que conseguem forçar os portugueses a tudo... até ao suicídio colectivo????


O previsto era que por cada euro gasto a menos pelo estado representaria uma retracção do PIB de €0,5. Contudo, diz agora o FMI, esse multiplicador deve ser muito superior, oscilando entre os €0,9 e os €1,7 (ponto central €1,3). 
Ou seja, o FMI admite agora que cortar €1 na despesa pode fazer cair o PIB do país até €1,7. Por outra palavras, o efeito recessivo pode ser mais de três vezes superior ao presente nos modelo de partida em que se basearam os planos de austeridade.
Mas o governo persistirá em levar a cabo esta previsão ruinosa? Resta saber se esta constatação terá algum reflexo na revisão do modelo de política económica preferido e dominante entre as instituições da troika de que o FMI faz parte.
Eis um excerto da peça de Jorge Nascimento Rodrigues.
” (…) A entidade que mais errou foi o FMI e depois a Comissão Europeia (CE). Por cada 1% do PIB em ajustamento orçamental (austeridade), o FMI subestimou 1 ponto percentual no efeito negativo e a CE 0,8. O erro de subestimação na previsão do desemprego foi na ordem de 0,5 pontos percentuais por cada 1% do PIB em cortes. E no investimento foi arrasador, na ordem de uma quebra de 2 pontos percentuais mais por cada 1% de PIB de corte orçamental.
Este disparo do efeito multiplicador recessivo das políticas de austeridade deve-se, explica o FMI, ao contexto atual de Grande Recessão e crise financeira, em que o crescimento é “frouxo”, a margem de atuação da política monetária pelos bancos centrais está no limite (com taxas de juro de referência já perto de 0%) e os países resolveram proceder a ajustamentos simultâneos, ampliando o efeito negativo das políticas de austeridade.
Portugal foi um exemplo claro  Segundo Olivier Blanchard, o conselheiro económico do Fundo, e que assina o Prólogo do WEO agora divulgado, foi o reconhecimento expresso deste facto, de que o efeito recessivo da austeridade é muito superior, que levou à revisão das metas nominais do défice orçamental no caso português e à extensão do seu plano de ajustamento.(…)” fonte - Expresso Online

Do napalm aos alicates, as medidas inscritas no Orçamento do Estado para 2013 provocaram reacções violentas de várias áreas do espectro ideológico. As metáforas bélicas foram o modo de ilustração preferido de políticos, economistas e comentadores.

António Bagão Félix, antigo ministro das Finanças

A ideia que se dá ao País é que não vale a pena investir no futuro, no trabalho, na dedicação, no profissionalismo, no êxito, no sucesso. Não, não vale a pena. Porque, a partir de uma determinada altura, é um napalm fiscal, arrasa tudo. É devastador.

O que nós estamos em presença é de um terramoto fiscal. A única dúvida é, na escala de Richter, se é 7, que é destruidor; se é 8, que é devastador. Porque isto dá cabo da economia.

António José Seguro, secretário-geral do PS

Vem aí uma bomba atómica fiscal com o próximo Orçamento. 2,5 mil milhões de euros que os portugueses vão pagar pelos erros do seu Governo.

Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD

Estamos perante um assalto fiscal. Não se pode chamar agravamento fiscal, nem sequer aumento fiscal enorme, como argumentou o ministro das Finanças. Trata-se de uma espécie de assalto à mão armada feito ao contribuinte.

Francisco Louçã, coordenador do Bloco de Esquerda

É um massacre fiscal. Quem ganha 800 euros vai pagar mais 40% em imposto.

Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP

O Governo está preso por arames e temos que apelar aos portugueses que comecem a ficar munidos com alicates corta-arame, pois quanto mais depressa cortarmos o arame, mais depressa o Governo sai pelos fundos.

As propostas do Governo no aumento brutal dos impostos para trabalhadores e reformados é ummassacre completo.

António Carlos Santos, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

É um massacre fiscal inversamente proporcional à competência e coragem do executivo [e apresentado] com um cinismo borgesiano.  
Contra tudo e contra todos o governo insiste em levar a cabo a sua chacina da classe média, que por consequência exterminará a economia e o país. 
- Arruína Portugal e os portugueses
- Sacrifica os que menos têm para dar. 
- Vai contra toda a lógica e contra todas as opiniões.
- Finge que é culpa da TROIKA, mas engana a TROIKA, e finta as suas imposições.
- Insiste na inconstitucionalidade
- Prossegue a permitir a impunidade dos que saqueiam os contribuintes.
- Mantém os interesses privados acima dos públicos
- Não assume o papel de defensor do interesse público
- Permite o abuso criminoso dos impostos
- Age como se exterminar a classe média fosse positivo
- Impõe austeridade... selectiva
- Semeia boys e oferece tachos parasitas

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