quinta-feira, 25 de outubro de 2012



Quinta-feira, 25 de Outubro de 2012

Governo Passos/Portas – Hienas...




Para este governo de hienas, o pagamento de um vencimento mensal não é a devida retribuição do trabalho, mas sim uma despesa. Uma prestação social, como um subsídio de desemprego, apoio na doença, na educação, não é a devida retribuição pelos impostos, contribuições e taxas que copiosa e pesadamente pagamos... mas sim uma despesa.
A cabeça dos canalhas e ultraliberais em geral, funciona assim!
Daí que seja natural ver atirar o barro à parede com “propostas” de redução drástica do subsídio de desemprego, capazes de fazer corar e gaguejar até alguns apoiantes do governo. Logo seguidas da recorrente farsa do "recuo", farsa ainda mais rasca, quando é anunciado, no mesmo momento, um corte equivalente, sem que se diga onde.
Manda a demagogia balofa e populista (mas nem por isso menos criminosa!) deste governo que, para tentar fazer os portugueses engolir este “xarope” nojento, se tente fazer crer que a esmagadora maioria da “despesa” pública é destinada aos vencimentos da “função pública” e “apoios sociais”.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão que aquilo que eles declaram despesa com a “função pública” é toda a “despesa” com os vencimentos dos funcionários, sim... mas que aqui estão incluídos os trabalhadores que estamos habituados a identificar como Funcionários Públicos, mais os professores do ensino público, os médicos dos SNS, os polícias, os militares, juízes, funcionários judiciais, deputados, etc., etc., etc., a que se junta toda a “despesa” para fazer funcionar esses sectores, desde a pequena escola básica ou do centro de saúde mais remoto, ao moderno "campus" da Justiça no Parque das Nações.
Assim amalgamada a informação, os cidadãos não repararão que aquilo que eles declaram despesa com os “apoios sociais”, não são esmolas do Estado, mas sim o pagamento devido aos reformados e pensionistas que trabalharam e pagaram impostos toda uma vida e àqueles que, fruto das miseráveis políticas destes governos, ou da má gestão do patronato parasita, caem no flagelo do desemprego, tendo direito a um subsídio de desemprego digno.
Claro que há dificuldades! Todas as contas e previsões do executivo estão erradas! A austeridade cega deste governo, com o brutal corte de poder de compra provocado pelas desumanas subidas nos impostos, a contracção do consumo, as falências de milhares de pequenas empresas e mais, cada vez mais desemprego, reduzem drasticamente as receitas que o Governo “esperava” ver entrar nos cofres das Finanças.
Claro que, para este governo, a culpa da redução na receita fiscal esperada não é das falências, nem do desemprego crescente, nem do empobrecimento. A culpa é dos portugueses, que “não estão dispostos” a pagar impostos... a fazer fá nesta frase lapidar (pena que não seja!) do ministro das Finanças, Vítor Gaspar:
De facto, Portugal está confrontado com sérias dificuldades. Estou convencido de que uma das maiores... é ter como ministro das Finanças um fanático sem um pingo de vergonha na cara!




Ao mesmo tempo que Paulo Campos dá entrevistas com este teor, queixando-se de ganhar tão mal que necessita do apoio dos pais para conseguir dar uma boa educação aos filhos… afinal, vem a lume que o ladino ex-ajudante de Sócrates no Governo, tem como média de ganhos mensais nos últimos anos, qualquer coisa como 8.000 euros.
Para este tipo de gente e este tipo de estórias, já começam a faltar os adjectivos.
Diria, no entanto, que é mais um caso para nos mostrar (como se ainda fosse preciso!) que nenhum dos governos do “centrão”, que nos têm desgovernado desde 76, num interminável “alterne” entre PS, PSD e CDS, tem o exclusivo de governantes sem vergonha na cara.
Diria ainda, dados os montantes de que o senhor Paulo Campos parece necessitar para a educação dos filhos, que espero bem que os pobres coitados não fiquem deteriorados irremediavelmente... por excesso de educação!
É que no caso de Vítor Gaspar (só a título de exemplo), o «enorme investimento» que Portugal fez na sua educação e que ele, desgraçadamente, faz questão de “retribuir”… deu na tragédia que vemos todos os dias!


Passos Coelho – Um pequeno lacaio




Sei que não sou o primeiro... mas também eu começo a pensar que a acção de Passos Coelho à frente do Governo não corresponde a qualquer convicção, mas antes a uma tarefa bem definida: destruir a economia portuguesa, para entregar de bandeja a nossa soberania (o que resta dela) e o património que ainda não foi vendido a retalho, ao grande poder económico da Alemanha e dos demais especuladores sem pátria.
Perante a denúncia do mal que a austeridade está a fazer ao país, nomeadamente quanto à recessão e ao desemprego, responde, insolentemente, que isso é uma “verdade de La Palisse... faltando ao respeito a toda a gente que a sua política vai atirando para a pobreza e para o desespero.
Numa altura em que espanhóis, gregos, ou até o Presidente francês, questionam as políticas e prazos da troika, políticas e prazos que estão a asfixiar as economias, os trabalhadores, os reformados e os jovens de todos os países intervencionados... Passos Coelho, em vez de se colocar ao lado destes, criando um “bloco” com maior capacidade reivindicativa e negocial perante atroika, demarca-se de todos, critica-os mesmo, e em público.
O traste gaba-se de ter ido para uma cimeira e não ter abordado nenhum "problema português". Em vez de se juntar aos agredidos, junta-se aos agressores, como se fosse uma sombra de Merkel e do seu ministro das Finanças.
O primeiro-ministro português é um inútil. É um traste. É um vendido. É um lacaio. É um traidor. É um “miguel de vasconcelos”.
O 1º de Dezembro está próximo.
Abra-se uma janela!!!



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