quarta-feira, 21 de novembro de 2012


“A economia do sono não pode existir”, alerta neurologista

Portugueses quadriplicam risco de AVC ao dormirem pouco

2012-11-20
A sonolência diurna é um dos sintomas que alerta para problemas relacionados com o sono
A sonolência diurna é um dos sintomas que alerta para problemas relacionados com o sono
A população portuguesa dorme cada vez menos e pior, o que quadriplica o risco de acidente vascular cerebral (AVC), alerta a Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN), que no congresso que promove no próximo dia 22 a 25, em Lisboa, irá debater vários aspectos do sono e dos sonhos. 
Segundo um estudo promovido pela National Sleep Foundation dos EUA, há cada vez menos pessoas a dormir oito horas ou mais, uma tendência que se regista também em Portugal. Aqueles que dormem menos de seis horas por noite têm quatro vezes mais probabilidade de sofrer um AVC ou um enfarte do miocárdio do que aqueles que dormem seis a oito horas.

“Os portugueses dormem cada vez menos e com menor qualidade, o que se reflecte na sua saúde, nomeadamente no aumento de risco de AVC, uma doença que continua a ser causa de 25 mil internamentos por ano e uma das principais causas de morte no nosso País”, afirma Victor Oliveira, presidente da SPN.

O AVC
"é uma das patologias que mais nos preocupa, especialmente numa altura em que os cortes no financiamento dos exames limitam a possibilidade de rastrear adequadamente as pessoas em risco de acidentes vasculares cerebrais, como é o caso do acesso ao eco-Doppler da circulação cerebral”, sublinha.

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