terça-feira, 6 de novembro de 2012


A MERDA DE GENTE, VIGARISTA, QUE NOS GOVERNOU



De Soares a Passos
Trinta e seis anos de  mentiras e esbulho. A factura que estamos a pagar !
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- De Mário Soares a Passos Coelho. Como aqui chegámos
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Nota prévia: nesta súmula não constam nomes como os de Pinto Balsemão, Maria de Lurdes Pintassilgo ou Santana Lopes; e por um simples razão: por este ou aquele motivo (na maior parte dos casos, por falta de tempo), não deram uma para a caixa. Podemos ficar com esta certeza: nenhum dos políticos que passou pelo poder deixou de arruinar mais um pouco o país. A extrema esquerda que não se ria. Tivemos o governo de Vasco Gonçalves e o PREC para amostra. Nos restantes anos de “democracia”, a esquerda limitou-se a assistir, a ajudar os sindicatos a enterrar cada vez mais o país. A extrema esquerda foi o garante dos “direitos adquiridos” à custa do endividamento do país que agora se esgotou!
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Mário Soares convenceu-se que só por lhe chamaram (sabe-se lá porquê!) o pai da democracia, podia fazer o que lhe apetecesse. Por isso, soltou foguetes, em Março de 1975, com a nacionalização da banca, garantindo que, agora, sim, o 25 de Abril estava totalmente realizado, com o «25 de Abril económico». Que tinham sido, «finalmente, afastados os grandes suportes da ditadura». Sim, ele disse isto.
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Depois, mal se apanhou com o poder na mão, foi buscar os banqueiros e, daí a tempos, estava a pedir ajuda ao FMI. Começou a destruir o aparelho produtivo nacional, coisa que estava intimamente relacionada com a adesão à então designada CEE. Haveria de ser presidente da República, onde se entreteve a dar várias voltas ao mundo. Depois de ter cavalgado as bestas autóctones, chegou a cavalgar uma tartaruga nos Galápagos.  Hoje, nas horas vagas, e sempre que o governo não é do PS, dá uma – ou duas – de esquerda.

Cavaco Silva convenceu-se que depois das asneiras de Soares, que afundaram o país – e com os fundos comunitários a jorrar – a coisa estava no papo. Seria sempre a aviar. Estoirou tudo em cimento e a deixar os amigos encherem os bolsos – a verdadeira mãe-de-água do BPN, que viria a ser a maior burla alguma vez acontecida em Portugal. Delapidou ainda mais o aparelho produtivo nacional, até que foi forçado a «retirar-se», em grande parte empurrado por aqueles a quem enchera a mula. Comprou bem umas acções fantasmas, vendeu-as melhor, fez umas transações imobiliárias jeitosas e começou a pensar da presidência dos matarruanos, o que viria a conseguir. Hoje, não ganha para as despesas. Nem para se ralar.

António Guterres convenceu-se que depois de Cavaco e da sua gestão, que afundou o país, tudo o que viesse (que, por acaso, era ele) seria uma bênção. Bom rapaz, católico praticante – é o que consta – teve o primeiro susto ao inteirar-se do verdadeiro estado do país. Passou uns dias no Hospital da CUF, a recuperar do abalo.
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Sabendo a escória que tinha no partido, resolver rodear-se de «gente nova e promissora», para o que foi buscar jovens ambiciosos e sedentos de sucesso. Sócrates e Vara, por exemplo. Não há job para boys, foi a sua frase mais sonante – e também aquela que teve menos correspondência na realidade. 
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Os rapazes «ambiciosos e sedentos de sucesso», que tinham chegado a Lisboa aos trambolhões, logo se deslumbraram com as luzes da cidade, com os restaurantes da cidade, com os automóveis da cidade, com os bancos – e os banqueiros – da cidade, com os negócios da cidade, enfim, com as possibilidades da cidade, principalmente quando se tem o poder nas mãos. 
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Um dia, depois de eleições autárquicas que não correram nada bem, reparou que estava atolado num pântano. E fugiu. Encontra-se, hoje em dia, refugiado no Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, onde trata de si e, se houver tempo e verba, dos outros refugiados.
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Durão Barroso convenceu-se que depois do pântano de Guterres, onde o país se afundara, nada de pior podia acontecer. Cedo descobriu que o país não só se afundara, como estava de tanga. Percebendo isto, piscou o olho a Bruxelas e, certamente por bruxedo, conseguiu fugir para lá, onde é presidente da Comissão Europeia. O país ficou ainda mais atascado – e a tanga mais esfarrapada. Ele está muito bem da vida, e quase ninguém se lembra dos seus tempos de esforçado MRPP.

Sócrates convenceu-se que era um génio e um protegido dos deuses. Se os seus antecessores lhe legaram um país de pantanas, e estavam todos bem na vida, ele tinha todas as condições fazer mais e melhor. E fez. Alargou o pântano, vendeu a tanga e elevou à décima potência tudo o que de pior antes dele fora feito. Pelo meio, descobriu que o pântano era o sítio ideal para deitar toda a espécie de lixo, incluindo os lixos morais. 
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O pântano passou a borbulhar. Como o país integrava um espaço económico livre a alargado como nunca o fora, todos os tipos de traficâncias passaram a ser permitidas. Empenhado nestas proveitosas veniagas, não percebeu que o enriquecimento de uns quantos – ele incluído – não era o enriquecimento do país. 
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Pelo contrário: agora, nem água pantanosa havia. Não quis acreditar no que via, e deu por si a acreditar, delirantemente, sabe-se lá em quê. Já na fase de estrebucho, pediu ajuda externa, mas, tal como Guterres e Durão, achou melhor mudar de ares. Juntou uns dinheirinhos que arrebanhara no meio da confusão – confusões, não; só cabalas e campanhas negras – e foi viver em Paris, onde é, finalmente, um nababo. 
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Às vezes vem almoçar ou jantar a Lisboa, só para ver como param as modas. Pescar à linha. Diz-se por aí que se não foi internado num hospício ou num estabelecimento prisional, é porque não há medicina que o trate, e porque a Justiça está entregue à rainha de Inglaterra, que não tem poderes para o efeito.

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Passos Coelho convenceu-se de várias coisas. Uma, é que lhe bastava dizer que recebeu um país falido. Outra, é que era um génio maior do que Sócrates. Outra, é que o povo, tal como disse, com mágoa, Erasmo de Roterdão, é uma enorme e possante besta.  Outra, é que, dados os factos, tinha força, autoridade e competência para aplicar as medidas que entendesse. 
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Outra, é que tinha o seu partido com ele e o CDS na mão. Outra, é que bastava agradar aos donos do dinheiro para poder fazer o que bem lhe desse na gana, e ainda o que o Gaspar mais o Relvas, aconselhados pelo Borges, lhe dissessem. 
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Outra, é que era um homenzinho a sério, e não um fedelho com umas ideias neoliberais aprendidas à pressa nos meandros da JSD e trabalhadas qb num curso de economia tardio, para justificar um estatuto.
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Convencido disto tudo, foi o «custe o que custar». Como ele nunca soube o que foi «custar», porque nunca trabalhou, nem o Gaspar sabe o que é ser gente comum, tal como o guru António Borges, que aos dois aconselha e é, em certa medida, o primeiro-ministro sombra, perdeu o controlo da situação. O seu partido, logo percebeu que assim não vai lá nas próximas eleições, razão pela qual – não, claro que não é por causa do país, nem das pessoas – lhe começou a tirar o tapete. 
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E Passos, um garoto cobardolas e inconsciente que apenas sabe produzir uns lugares-comuns em voz estudada para impressionar os papalvos, aí está, a padecer do síndroma de Peter e sem saber que contas deitar à vida. Pela primeira vez, em mais de quarenta anos, tem um problema para resolver.

E O POVO PORTUGUÊS CONVENCEU-SE, finalmente,
- Que de Soares a Passos, nenhum se aproveita?
- Que o problema não é só de pessoas, mas das políticas que aplicam?
- Que TODOS estes governantes, cada qual com o seu carácter (desprezível, em qualquer deles, como se vê) são corresponsáveis pela miséria a que o país chegou?
- Que no actual quadro político-partidário não há saída, nem recuos, nem remendos, nem soluções?

Sim, foi bonita a manifestação, pá! Mas…

… não creio que ela signifique, para além da justa revolta pelas medidas impostas pela mais desbragada austeridade, pelo esbulho e confisco que ela provoca, a consciência plena de que estes alegados governantes – TODOS ELESsão apenas os executores de políticas económicas determinadas de muito longe por gente sem rosto. Gente que ninguém elege.
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Gente que nos empresta o dinheiro que nos foi roubado. Dinheiro para essa gente transferido pelos governos dos países. Não basta, por isso, deitar abaixo um governo. É preciso deitar abaixo quem, realmente, comanda os povos, através dos governos.
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Ao mandarmos Passos para a rua, devemos exigir que «o senhor que se segue» não leia pela cartilha de Passos, Sócrates, Durão, Guterres, Cavaco ou Soares. Esse «senhor que se segue» não é com certeza José Seguro ou António Costa que só querem uma casa em Paris ao lado de Sócrates!
No fundo, é isto:
NACIONALIZAR OS INVESTIDORES. OS MERCADOS.
A União Europeia não deixa? Problema dela.
Os EUA não gostam? 
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Problema deles. Na América Latina mandam cada vez menos, e «aquilo» já foi o seu pátio das traseiras

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